Após aquele dia com Amara na cozinha, o peso de Nhambane parecia mais pesado do que nunca. O cheiro dela ainda grudava na minha pele, misturado ao suor e à culpa que me sufocavam. A imagem de Beyya, chorando no velório, o colar de prata brilhando no pescoço, lutava contra a lembrança do corpo de Amara tremendo sob o meu, os gemidos ecoando na pia. Eu amava Beyya, queria protegê-la, mas a vila tinha um jeito de me puxar para o fundo de um abismo que eu estava gostando . Saí da casa de Doge, o sol escaldante batendo na nuca, o sedã preto estacionado na frente, mas optei por caminhar, precisando do ar, mesmo que quente e carregado de poeira. As ruas de terra da vila estavam cheias de vida – crianças correndo, mulheres carregando baldes, homens consertando motos –, mas eu me sentia isolado, preso num labirinto de escolhas impossíveis. Fátima, Beyya, Digo, Amara – cada um era um fio puxando-me em direções opostas, e eu temia que, no final, todos se rompessem. dez dias se passaram, e a transformação de Fátima, guiada por Amara, era visível. Fui à casa delas numa tarde abafada, o céu cinzento prometendo chuva, o cheiro de terra úmida no ar. Bati na porta, e Fátima abriu, me deixando quase sem palavras. O cabelo, antes grisalho e sem vida, agora era um castanho escuro, brilhando em tranças bem feitas. Ela usava um vestido verde que Amara devia ter emprestado, justo o suficiente para destacar a cintura, mas elegante, com um brilho que deveria lembrar a mulher que ela fora antes da doença de João. Seus olhos, ainda marcados pelo luto, tinham uma nova energia, uma jovialidade que contrastava com a sala simples, com o sofá áspero e a mesa onde Beyya estudava.
“Mayer, entra,” disse Fátima, a voz suave, mas com uma firmeza que eu não notara antes. Sentei, o cheiro de sabonete caseiro dela misturando-se ao aroma de pão fresco na cozinha. “Você tá… diferente,” comentei, tentando não soar surpreso. Ela sorriu, um sorriso cansado, mas orgulhoso. “A Amara me levou pra academia, me deu cremes, pintou meu cabelo. Disse que eu precisava me cuidar, me sentir viva de novo.” Fez uma pausa, sentando-se numa cadeira, o rosário nas mãos, as contas clicando suavemente. “Mas vim te chamar por outro motivo. O Digo veio aqui, falou do casamento. Disse que você tava pensando na proposta dele. É verdade?”
O peso da pergunta me acertou como um soco. Toquei o pendrive no bolso, o plástico frio contra meus dedos, e suspirei. “Ainda não respondi, Fátima estou enrrolando ele ainda” disse, a voz baixa, a culpa queimando no peito. “Ele quer casar com você, sustentar a casa, mas… tem um preço. Ele disse que eu teria que… transar com você, uma vez por mês. E ele não seria fiel.” As palavras saíram pesadas, cada uma carregada de vergonha, e Fátima baixou os olhos, o rosto endurecendo, mas sem surpresa. “Eu sei,” murmurou. “Ele foi claro. Mas quero saber o que você acha, Mayer. Você concordaria?”
Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu, e Beyya entrou, uma sacola de compras nas mãos, o vestido amarrotado, o colar de prata brilhando no pescoço que percebi que ela nao tirava mais. “Mayer?” disse, surpresa, o sorriso tímido iluminando o rosto, mas desaparecendo ao ver a expressão da mãe. “O que tá acontecendo?” perguntou, colocando a sacola na mesa, os olhos castanhos indo de Fátima para mim. Fátima respirou fundo, o rosário apertado nas mãos. “Senta, filha. Preciso te contar algo.” Fátima contou tudo, na minha frente, sem poupar detalhes. A proposta de Digo, o casamento, a condição de que eu transasse com ela, a infidelidade dele. Cada palavra era uma faca, cortando o ar, e Beyya me olhava, os olhos marejados, o rosto contorcendo-se de dor, raiva, e confusão. “Você sabia disso, Mayer?” perguntou, a voz tremendo, as mãos apertando o colar, como se ele pudesse protegê-la. “Eu não concordei, Beyya,” respondi, rápido, levantando-me, o coração disparado. “Eu disse que ia pensar, mas não quero isso. Eu te amo. Só tô tentando salvar vocês.”
Beyya baixou os olhos, uma lágrima escorrendo pelo rosto, manchando o vestido. “O dono da casa veio hoje,” disse, a voz quase um sussurro. “Cobrou o aluguel. Disse que temos uma semana, ou vamos pra rua. A aposentadoria do papai acabou, e o que a Zuri ganha… não dá nen pra comida.” Ela olhou para Fátima, depois para mim, os olhos brilhando com desespero. “Eu não concordo com isso, Mayer. Não quero que você… que você toque na minha mãe. Mas… pense. Por favor.”
O silêncio caiu, pesado, o tique-taque do relógio na parede marcando os segundos como uma contagem regressiva. Fátima segurou a mão de Beyya, os dedos trêmulos. “Filha, eu não quero ser um peso,” disse, a voz falhando. “Mas sem a casa, sem dinheiro, não temos nada. O Digo… ele pode ser nossa chance.” Beyya balançou a cabeça, as lágrimas caindo. “Mas a que custo, mãe? Eu não quero perder o Mayer. Não quero que ele…” Ela não terminou, o choro engolindo as palavras, e eu senti meu peito se partir.
Aproximei-me, ajoelhando ao lado dela, segurando o rosto dela com as mãos, o calor das lágrimas contra meus dedos. “Beyya, eu não quero te perder,” disse, a voz rouca, as palavras saindo com dificuldade. “Mas não sei como salvar vocês sem isso. O pendrive… posso usar contra o Digo, mas se ele cair, a empresa pode sofrer, minha mãe pode perder tudo. E vocês… vocês vão pra onde?” Ela me olhou, os olhos castanhos cheios de dor, mas também de amor, e tocou minha mão, os dedos entrelaçando-se com os meus. “Eu confio em você, Mayer,” sussurrou. “Mas não sei se aguento isso.”
Fátima se levantou, o vestido verde esvoaçante, e foi até a janela, olhando o quintal, o céu cinzento. “Mayer, o Digo veio com a proposta , e tem os credores,” disse, a voz baixa. “Eles tavam aqui hoje. Ameaçaram levar a casa, os móveis, tudo. Uma semana, Mayer. É o que temos.” Ela se virou, os olhos marejados, mas firmes. “Você faria isso por nós? Por mim, pela Beyya, pela Zuri?” A pergunta era um peso, uma corrente que me prendia à vila, à culpa, ao amor que sentia por Beyya.
Eu queria dizer não, fugir, levar Beyya comigo, deixar Nhambane para trás. Mas a imagem dela na rua, Fátima humilhada, Zuri afundando ainda mais – era demais. Pensei em Amara, na facilidade com que cedi ao desejo, na minha fraqueza. Pensei no pendrive, na chance de destruir Digo, mas também na minha mãe, em tudo que podia desabar. “Eu… eu não sei,” murmurei, a voz falhando, as mãos tremendo. Beyya me abraçou, o corpo frágil contra o meu, o choro abafado no meu peito. “Pensa, Mayer,” sussurrou. “Por nós. sei que tomara a decisão correta” Passei a noite sem dormir, o ventilador zumbindo no quarto, o cheiro da Amara ainda me perseguindo, misturado à culpa que me sufocava. O rosto de Beyya, as lágrimas dela, a voz de Fátima – tudo ecoava na minha mente. De manhã, o céu estava claro, o sol queimando a vila, mas dentro de mim era escuridão. Peguei o pendrive, o peso dele como uma sentença, e dirigi até a casa de Digo, o sedã preto sacudindo na estrada de terra, o coração disparado.
Ele me recebeu no escritório, a camisa polo desabotoada, o sorriso arrogante de quem sabia que tinha poder. “E aí, Mayer? Decidiu?” perguntou, recostando-se na cadeira, o copo de cerveja na mesa. Respirei fundo, o pendrive na mão, e olhei nos olhos dele. “Eu aceito,” disse, a voz firme, mas tremendo por dentro. “Você casa com a Fátima, sustenta a casa, trata ela bem. Eu… eu faço o que você pediu. Mas para com os desvios, ou entrego isso.” Levantei o pendrive, o plástico brilhando na luz da janela.
Digo riu, um som seco, satisfeito. “Feito, menino. Vou falar com a Fátima hoje. E você… começa na próxima semana.” Ele estendeu a mão, mas eu não apertei, apenas assenti, o estômago revirando. Saí da casa, o sol queimando minha nuca, o peso da decisão me esmagando. Beyya, o amor dela, era tudo que eu tinha, mas aceitar o acordo era como traí-la, mesmo que fosse para salvá-la. Nhambane, com suas regras cruéis, me prendera, e eu sabia que o preço ainda não estava pago. Os dias que antecederam o casamento de Fátima e Digo passaram como um borrão, o sol escaldante de Nhambane marcando o ritmo de uma vila que parecia alheia ao peso que eu carregava. Cada manhã começava com o zumbido do ventilador no quarto, o cheiro de café subindo da cozinha de Doge, e a culpa que me acordava antes mesmo do sol. Aceitar o acordo com Digo – casar Fátima, sustentar a casa, em troca de transar com ela uma vez por mês – era uma corrente que me prendia, e a imagem de Beyya, seus olhos castanhos cheios de amor e dor, me mantinha preso ao mesmo tempo que me dava forças.
Amara, fiel à sua promessa, continuava ajudando Fátima quase todos os dias. Eu as via juntas na academia da vila com um vigor e focadas nos exercicios, Fátima suando em roupas emprestadas, o cabelo castanho brilhando, o corpo ganhando uma vitalidade que a fazia parecer dez anos mais jovem. Amara lhe dava cremes, maquiagem, conselhos, transformando-a numa mulher que atraía olhares na rua, mas também me cobrava um preço. Sempre que estávamos sozinhos na casa de Doge – Faraji fora, resolvendo suas “paradas” –, Amara vinha com aquele sorriso malicioso, o short jeans colado às coxas, a regata rosa marcando os seios. “Vem, Mayer,” dizia, a voz rouca, e eu, incapaz de resistir, cedia.
Na cozinha, na sala, no quarto, eu a comia com uma urgência que misturava desejo e raiva. Seus gemidos enchiam a casa, o corpo quente tremendo sob minhas mãos, as tranças balançando enquanto eu a tomava contra a parede ou na cama, o cheiro de lavanda misturado ao suor. Cada vez era uma traição a Beyya, mas também um alívio para o peso que Nhambane jogava sobre mim. “Você é meu, menino,” Amara murmurava, os olhos brilhando, e eu saía desses momentos com o coração apertado, a culpa me engolindo, sabendo que estava me perdendo pra min mesmo.
Meu relacionamento com Beyya, apesar de tudo, se fortalecia. Ela era uma rocha, aguentando firme o peso da proposta de Digo, a dor do luto por João, a ameaça dos credores. Nos encontrávamos à tarde, na casa dela ou no quintal, sentados sob uma árvore, o colar de prata brilhando no pescoço dela. “Eu te amo, Mayer,” ela dizia, segurando minha mão, os dedos quentes entrelaçados com os meus. “Mas isso… isso com a minha mãe… é difícil aceitar assim.” Eu beijava a testa dela, o cheiro do cabelo liso me ancorando, e prometia que faria tudo para protegê-la. “Não vou te perder, Beyya, vou arrumar um jeito de sair desta” dizia, mas as palavras soavam frágeis, como se Nhambane pudesse arrancá-la de mim a qualquer momento. O dia do casamento chegou rápido, uma cerimônia simples marcada para o fim da tarde, na pequena capela onde fizemos o velório de João. A vila parecia indiferente, as ruas de terra cheias do barulho de motos e crianças, mas na capela o ar era pesado, carregado de tensão e silêncio. Havia poucas pessoas – o pastor, algumas amigas de Fátima, e eu, sentado ao lado de Beyya, segurando a mão dela com força. Zuri estava lá, num vestido preto simples, os olhos secos, mas com uma expressão de alívio, sabendo que poderia deixar o bar. Lúcia, a filha de Digo, também veio, mas sua presença era fria, o rosto rígido, os óculos escondendo a desaprovação. Ela não gostava da ideia do pai casando com Fátima, e seus olhares para mim eram uma mistura de raiva e algo que eu não conseguia decifrar.
Fátima entrou na capela, o vestido branco emprestado por Amara destacando a pele escura, o cabelo castanho em tranças elegantes, um sorriso tímido no rosto. Digo, ao lado, usava um terno azul, o sorriso arrogante de sempre, mas com um toque de nervosismo. O pastor falou sobre união e sacrifício, mas suas palavras pareciam vazias, um ritual que não escondia a verdade – esse casamento era um acordo, uma troca, e eu era parte dela. Beyya apertou minha mão e sussurrou: “Ela tá linda, né?” Assenti, o coração apertado, sabendo que o preço desse dia ainda estava por vir.
Após a cerimônia, Fátima, Beyya e Zuri se preparavam para a mudança. A casa de Digo, imponente com suas paredes brancas e jardim bem cuidado, seria o novo lar delas. Zuri, aliviada por deixar o bar, abraçou-me antes de entrar no carro de Digo, o perfume doce dela trazendo lembranças da cachoeira que eu tentava apagar. “Obrigada, Mayer,” disse, a voz baixa, e eu apenas assenti, incapaz de olhar nos olhos dela. Beyya, ao meu lado, segurou minha mão, os olhos castanhos cheios de uma força que me fazia amá-la ainda mais. “Vamos ficar bem,” disse, mas a voz tremia, como se ela tentasse convencer a si mesma. Naquela noite, enquanto o céu de Nhambane se enchia de estrelas, meu celular tocou. Era Digo, a voz curta, direta. “Mayer, encontra comigo num lugar. Agora.” Ele não deu detalhes, apenas disse para seguir o carro dele. O tom era sério, diferente do sorriso arrogante que eu conhecia, e senti um frio na espinha. Peguei o sedã preto, o motor ronronando na escuridão, e encontrei Digo na saída da vila, o carro dele, um SUV prateado, estacionado sob uma árvore retorcida. Fátima estava no banco do passageiro, o rosto escondido pela sombra, o vestido branco agora trocado por uma blusa simples. “Me segue,” Digo disse pela janela, e partiu, os faróis cortando a noite.
Dirigi atrás dele, o sedã sacudindo na estrada de terra, o cheiro de poeira invadindo as janelas abertas. Meu coração batia forte, o pendrive no bolso como uma âncora, um lembrete do poder que eu tinha sobre ele, mas também do risco. Quando vi para onde estávamos indo, o estômago revirou – a cachoeira, o mesmo lugar onde tudo aconteceu com Zuri, Luki e Baga. O som da água já ecoava ao longe, o ar fresco carregado com o cheiro de musgo e vegetação. Estacionei ao lado do SUV de Digo, os faróis iluminando as árvores altas, a cachoeira brilhando sob a luz da lua.
Digo desceu do carro, Fátima ao lado, o rosto dela sério, os olhos evitando os meus. “Por que aqui, Digo?” perguntei, a voz tremendo, as mãos apertando o volante mesmo com o motor desligado. Ele sorriu, mas era um sorriso frio, diferente do usual. “Aqui é onde as coisas acontecem, Mayer,” disse, a voz baixa, quase um sussurro. “Você aceitou o acordo. Agora é hora de começar.” Fátima olhou para mim, o cabelo castanho caindo sobre os ombros, e eu vi o peso nos olhos dela, o mesmo peso que eu carregava. A cachoeira rugia ao fundo, o som engolindo o silêncio, e eu soube que Nhambane, com suas regras cruéis, estava prestes a cobrar mais uma vez.O rugido da cachoeira preenchia a noite, um som grave que parecia engolir o mundo, misturado ao cheiro úmido de musgo e terra molhada. As luzes dos faróis do meu sedã preto e do SUV prateado de Digo cortavam a escuridão, iluminando as árvores altas e o corpo de Fátima, que estava ao lado dele, o rosto sério, os olhos evitando os meus. Meu coração batia forte.
Digo, com sua camisa polo desabotoada, o sorriso frio brilhando sob a luz da lua, olhou para Fátima e ordenou, a voz firme: “Tira a roupa, Fátima. Devagar.” Ela hesitou, os dedos trêmulos na blusa simples, o tecido leve contrastando com o vestido branco que usara horas antes na capela. Assenti para ela, um gesto silencioso de apoio, lembrando-a do nosso acordo, do consentimento que todos demos, mesmo que a culpa por Beyya queimasse no meu peito. Fátima respirou fundo, os olhos encontrando os meus por um instante, e começou a se despir, o movimento lento, quase ritualístico.
Primeiro, a blusa caiu, revelando os seios firmes, empinados, a pele escura brilhando sob a luz dos faróis. A barriguinha que outrora marcava seu corpo havia desaparecido, graças à academia e aos cuidados de Amara, e as coxas, agora torneadas, pareciam esculpidas. Ela tentou cobrir os seios e a buceta com as mãos, um gesto instintivo de pudor, mas Digo a interrompeu, a voz cortante: “Mostra.” Fátima obedeceu, deixando as mãos caírem, o corpo exposto, vulnerável, mas com uma beleza que me fez lembrar da vez que a comi com João, seu falecido marido, num momento que agora parecia distante, quase irreal. Ela estava mudada – o rosto mais cuidado, os cabelos castanhos brilhando em tranças, uma mulher transformada, mas ainda carregando o peso da vida que levava.
Digo se virou para mim, o sorriso sádico brilhando nos olhos. “Você sabe sua parte do combinado, Mayer,” disse, a voz baixa, provocadora. “Mas eu estreio ela.” Ele tirou a camisa, o peito largo reluzindo, e depois a calça, revelando o membro enorme que eu já vira antes, na cena com minha mãe, um monstro de carne que parecia desafiar a realidade. “Tira a roupa,” ordenou, e eu obedeci, o ar fresco da noite tocando minha pele, meu pau já endurecendo, movido por uma mistura de desejo e repulsa. O peso do que estava por vir – transar com Fátima, a mãe de Beyya – me sufocava, mas o acordo era claro, e todos consentimos, mesmo que a culpa me rasgasse. Digo jogou uma toalha branca grande no chão, o tecido contrastando com a terra escura, e Fátima, entendendo o sinal, ajeitou-a com cuidado, os movimentos precisos, quase mecânicos. Ela se ajoelhou na toalha, o corpo nu brilhando sob a luz dos faróis, e sem dizer uma palavra, aproximou-se de Digo, os olhos baixos, obedientes. Começou a chupá-lo, a boca envolvendo o pau enorme, a língua lambendo a base, os lábios esticando para acomodar o tamanho. Digo deu um tapa leve no rosto dela, o som seco ecoando, e disse, a voz grave: “Agora eu sou seu macho, Fátima. Você obedece.” Ela assentiu com a cabeça, sem parar, os gemidos abafados misturando-se ao som da cachoeira.
Ele me olhou, um brilho cruel nos olhos. “Vem, Mayer.” Aproximei-me, o coração disparado, o pau duro apesar da culpa que me consumia. Fátima entendeu, os olhos sérios, e começou a revezar, chupando Digo, depois eu, a boca quente e úmida alternando entre nós, o som molhado preenchendo o ar. Seus dedos seguravam minha coxa, a pele quente contra a minha, e eu gemi, o prazer lutando contra a imagem de Beyya. Digo riu, dando outro tapa no rosto de Fátima, mais forte agora, e ela gemeu, o som ambíguo, entre dor e algo mais.
Ele me mandou deitar na toalha, a terra fria sob o tecido, e ordenou a Fátima: “Cavalga ele.” Ela obedeceu, subindo em mim, o corpo quente, a buceta úmida deslizando sobre meu pau com facilidade. Começou a cavalgar lentamente, os seios empinados balançando, o rosto sério, obediente, mas com um brilho nos olhos que eu não conseguia decifrar. O movimento acelerou, os quadris dela subindo e descendo, e ouvi um gemido baixo, um som que parecia prazer, mesmo em meio à humilhação do momento. Tentei me concentrar nela, nas curvas do corpo, na pele brilhando sob os faróis, mas a culpa me puxava para Beyya, para a promessa que eu estava quebrando. Digo, com um sorriso sádico, empurrou Fátima levemente, fazendo-a inclinar-se sobre mim, o rosto dela perto do meu, o hálito quente contra minha pele. Ele cuspiu na ponta do pau, o líquido brilhando, e enfiou um dedo no cu dela, entrando e saindo, os gemidos dela aumentando. Depois, sem aviso, enfiou dois dedos, a pele dela se retesando, o corpo tremendo. “Você vai aguentar Fátima,” disse, a voz rouca, e então, sem piedade, enfiou o pau enorme no cu dela, de uma vez, o movimento brutal arrancando um grito alto, quase animal, que ecoou pela cachoeira.
“Para, Digo!” ela gritou, a voz falhando, o corpo tenso, mas ele fingiu não ouvir, metendo mais fundo, os 24 centímetros que eu imaginava ter desaparecendo dentro dela. Meu pau, ainda na buceta dela, sentia a pressão do membro dele, a parede apertada vibrando com cada estocada. Tentei ajudar, passando as mãos nos seios dela, apertando os mamilos endurecidos, querendo dar prazer, aliviar a dor, mas a intensidade de Digo era assustadora, cada estocada um trovão, o corpo de Fátima balançando entre nós. “Nunca fiz isso… com dois…” ela gritou, a voz quebrada, mas ele apenas riu, metendo mais forte, o som da carne contra carne misturando-se ao rugido da cachoeira.
Eu olhava para Fátima, tentando ler seu rosto, mas ela não chorava, não fazia expressão, apenas gemia, um som que oscilava entre dor e prazer. Não sabia se ela gostava, se aguentava por necessidade, ou se algo mais a movia. Tentei ser gentil, minhas mãos acariciando as coxas dela, mas Digo dominava, o ritmo implacável, o corpo dela tremendo sob a força dele. Por um momento, senti ele meter tudo, o pau inteiro, e Fátima gritou novamente, o corpo convulsionando, mas aguentando, a pele brilhando de suor, os seios balançando com cada estocada. Depois de longos minutos, Digo pediu exclusividade. “Minha vez,” disse, puxando Fátima de mim, colocando-a de quatro na toalha, o corpo dela exposto, vulnerável, mas firme. Ele se ajoelhou atrás, metendo no cu dela com uma intensidade ainda maior, as estocadas fortes, cruéis, o som da carne contra carne ecoando na noite. A luz da lua e dos faróis iluminava a cena, sombria, quase irreal, como um ritual pagão. Fátima aguentava, os gemidos altos, o corpo tremendo, a toalha manchada de terra e suor. Eu via, hipnotizado, a força dela, a capacidade de suportar o que parecia insuportável, e reconheci, com um misto de admiração e horror, que ela aguentava bem o pau de Digo.
Foram 15, talvez 20 minutos, de uma intensidade brutal, Digo destruindo o cu dela, cada estocada um desafio, um castigo. Ele ria, o som grave misturando-se aos gemidos dela, e eu, de lado, sentia o peso da culpa, do desejo, da impotência. Quando ele finalmente cedeu, me olhou, o sorriso sádico. “Sua vez, Mayer.” Aproximei-me, o pau ainda duro, e entrei no cu dela, com cuidado, tentando ser gentil. Mas dava pra sentir o estrago – meu pau, grande, mas menor que o dele, deslizava com facilidade, o cu dela arrombado, quase sem resistência. Comecei a meter devagar, acariciando as costas dela, os seios, querendo dar prazer, e ouvi um gemido baixo, genuíno, um som que parecia prazer, não dor.
Digo observava, se masturbando, o pau enorme brilhando de suor . Quando senti o orgasmo chegando, avisei, a voz rouca, e ele ordenou: “Na cara dela.” Fátima se posicionou, ajoelhada, o rosto sério, mas com um brilho nos olhos que eu não entendia. Gozei, o jato quente acertando o rosto dela, os cabelos, a boca, uma quantidade que parecia não acabar, escorrendo pela pele escura como cera derretida. Digo veio em seguida, gozando ainda mais, a porra cobrindo o rosto, o pescoço, os seios, o cabelo, uma quantidade absurda, como se quisesse marcá-la. Ela passou a mão, tentando limpar, mas havia muito, o corpo brilhando, quase como um boneco de cera. Digo se virou para se vestir, a camisa polo amassada, o sorriso satisfeito, como se tivesse vencido. Olhei para Fátima, esperando dor, vergonha, mas vi algo que me desarmou – um sorriso leve, quase imperceptível, nos lábios dela. Ela riu, um som baixo, rouco, e passou a língua na mão cheia de porra, os olhos encontrando os meus por um instante. Não sabia se ela gostara, se o prazer vencera a humilhação, ou se era apenas uma forma de sobreviver. “Você aguentou bem,” murmurei, a voz falhando, e ela assentiu, limpando o rosto com a toalha, o corpo ainda nu sob a luz da lua.
Nos vestimos em silêncio, o som da cachoeira voltando a dominar, o ar pesado com o cheiro de sexo, suor e terra. Fátima ajeitou o cabelo, as tranças brilhando, e entrou no SUV de Digo, o rosto sério novamente, como se nada tivesse acontecido. Ele me olhou, o sorriso frio. “Primeira de muitas, Mayer,” disse, antes de ligar o motor. Entrei no sedã, o coração disparado, a culpa por Beyya me sufocando. Enquanto dirigia de volta, a vila escura ao meu redor, o sorriso de Fátima não saía da minha mente, um mistério que Nhambane guardava, como tudo mais.