A Submissão de Thiago- Parte 9- O Universo do Yuri

Um conto erótico de Rafa Porto
Categoria: Gay
Contém 3003 palavras
Data: 11/08/2025 18:06:45
Última revisão: 11/08/2025 18:09:30

A Submissão de Thiago- Parte 9- O universo do Yuri

Fala, pessoal! Mais uma aventura do Thiago saindo do forno :)

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“Thiago, acabou!”, pensei aliviado quando o vi ônibus que passava em casa virando a esquina. Assim que subi, mal cumprimentei o motorista e o cobrador, já procurando um assunto lá nos fundos. O tempo todo eu puxava minha camiseta para baixo, pra evitar que algum outro passageiro notasse o meu pau celebrando a “soltura” depois de um mês de cana.

“Mano, que foi que eu vivi nesse último mês?”, me perguntava em silêncio, ainda sem conseguir colocar minha cabeça em ordem. Não, não era possível: quer dizer que o Yuri, que eu sempre achei que fosse o cara que mais me odiava no mundo, era na verdade... doido por mim? Mas caidinho mesmo, a ponto de armar todo um complô maluco pra me fisgar? E como se não bastante, contando com a ajuda do melhor amigo, que praticamente me vendeu pra salvar a própria pele! Mano, como é que eu pude ter topado ficar com meu pau preso por 30 dias por causa desses dois filhos da puta? Inacreditável!

Mas, para além do meu choque com a malandragem do Yuri e a traição do Bê, outros sentimentos, bem mais complicados de explicar, me atormentavam naquele trajeto de ônibus até minha casa. Até então, nunca tinha vivido algo que tivesse tirado de verdade da minha zona de conforto. Sendo bem sincero, toda minha vida sempre se desenrolou exatamente de acordo com o que se esperava de mim. Ganhar a primeira bola de futebol com 3 anos, entrar na escolinha de futebol do professor Gérson aos 5, bencer minha primeira copinha aos 10, pegar a Lari – minha primeira namoradinha- aos 13. Tudo tinha acontecido como uma linha reta, um fato levando ao outro em uma sucessão lógica. Como se eu sempre estivesse destinado a me tornar o “Thiagão do futebol”!

Mas – e esse “mas” me deixava louco – e se essa porra toda de Thiagão do futebol, a que eu tanto eu me apegava não fosse nada mais que uma personagem, que por conveniência, eu interpretei tão bem? E se, na real, eu não tivesse na verdade me engando desse tempo todo? E se existisse um outro Thiago que eu não conhecia, sufocado durante tanto tempo, e que agora estivesse tomando conta da minha vida de pouquinho a pouquinho, sorrateiro, até me fazer perder o controle?

“CACETE, O TREINO!”. Realmente: pra eu esquecer que aquele era dia de treino, era porque algo tava pegando! Por sorte, o ônibus que passava pelo meu apê era o mesmo que me deixava perto do campinho que a gente costumava treinar. Como já tinha vindo com o uniforme do fut da república do Yuri, decidi então que iria direto pra lá.

A galera já tava se aquecendo na beira do gramado quando o Otávio viu que eu cheguei, 20 minutoos depois da hora marcada:

– Ae Thiago, onde tu tá tava, lek? – se virando pro Guga, um dos caras do time mais chegados nossos, meu amigo começou a tirar uma com a minha cara– viu só Guga, o Thi tá todo estrela! Chega atrasado, não se troca mais no vestiário com a gente… jogador caro, mermão!

– Pois é! – o Guga, que eu sabia que sentia que tinha uma pontinha de inveja de mim, também entrou na zoeira – esse daí, depois que ganhou o campeonato dois anos seguidos, tá se achando!

– Caralho, com uns amigos como vocês, quem precisa de inimigo! – respondi enquanto me aquecia – mas bora deixar de papinho e jogar, rapaziada!

Minha fala eletrizou a turma toda. Olha, vou falar: ainda que existia o futebol na minha vida. Depois de tudo o que eu tinha vivido, naquelas horas de treino finalmente consegui relaxar, me sentindo eu mesmo de novo. De alguma forma, o mundo sempre foi muito mais simples dentro das quatro linhas do gramado

E bom, dessa vez, não tive de medo de acompanhar a galera no vestiário quando o treino terminou!

– Olha quem decidiu se misturar com a plebe! – o Helder, o volante, brincou assim que me viu entrando no vestiário. Ele era um puta negro altão e malhado, outro cara que arrasava corações pela facul.

– Porra, que bom que você reconhece quem é a realeza aqui, Helder – falei enquanto tirava a camisa, em meio aos risos da galera. Reparei nos olhares dos outros caras, invejando o meu progresso na academia. Bom, pelo menos isso não tinha como negar: aqueles 30 dias engaiolados tinham servido pra colocar o shape em dia!

– Olha lá, e não é que ele perdeu o medo e vai se trocar com a gente mesmo? – o Jonatas, um calouro que tinha acabado de entrar no time, se meteu na conversa – viu Thi, a galera antiga diz que é mentira, mas a gente que entrou esse ano sabe que tu não se troca no vestiário porque tem medo de mostrar a piroquinha, né?

Todo o vestiário riu daquela piada. A única coisa que os moleques gostavam mais de futebol e mulher, era de zoar um com a cara do outro:

– Ih, não falei que tu tava pegando a fama de ter pau pequeno, Thi? – o Otávio tirou o calção, ficando só de cueca – mas eu falei pra eles que se eles apostassem, iam se dar mal!

– O quê? Tão de zoeira que vocês apostaram sobre o tamanho do meu pau? Bando de desocupado do caralho!

– Sérião! – o Kaique, um outro calouro, do mesmo ano do Jonatas, respondeu – eu também sou do time que acha que o “Thiagão” tem uma minhoquinha no meio das pernas!

Por algum motivo, era muito engraçado pros calouros imaginarem que eu – que eles tanto tinham ouvido falar sobre ser camisa 10 dentro e fora de cama – tinha pau pequeno. Ah, mas tinha chegado a hora de acabar com aquela porra!

– Tu acha isso mesmo então, Kaiquinho? – respondi, estufando o peito e já pegando na borda do calção – bom, já que vocês tão a fim de ver meu pau…

Sem medo de ser feliz, abaixei o calção e a cueca, ficando pelado no meio do vestiário. Minhas bolas – que, modéstia a parte, sempre foram grandes, quase como dois pêssegos -– caíram pesadas pra fora da cueca. E minha pica, que mesmo mole já impunha respeito, se tornou a “atração principal” do vestiário.

“Cacete, como é bom ser pauzudo!”, pensei quando vi as bocas dos meus parças de time se abrindo em choque. Porra, onde eu tava com a merda da minha cabeça quando que eu aceitei ficar com meu pau ficar preso durante 30 dias? No final, aquele desafio que os moleques do primeiro ano me lançaram foi a injeção de confiança que eu tava precisando pro meu retorno!

– E aí, quem é quem tem minoquinha aqui, hein? – abri os braços, sabendo muito bem que tinha levado a melhor naquele desafio.

– É, pessoal… – o Otávio, que também já tava pelado, quase entrando no chuveiro, veio consagrar minha vitória – falei pra vocês que o Thiagão é grande dentro e fora de campo, mano!

– Real! – o Jonatas, que até pouco tempo antes tava todo cheio de banca pra cima de mim, já tava falando mansinho. Ainda mais porque ele, da galera toda, era um dos menos dotados – não tá mais aqui quem falou, Thi!

– É, Thi! – o Kaique emendou, também envergonhado – caralho, tua fama não é a toa!

Toda a galera entrou então no chuveiro, continuando naquele mesmo clima de zoeira. Problema resolvido: terminei de uma vez por todas com aqueles boatos de merda sobre o meu pau! Aliás, depois disso, a turma do primeiro ano só falava comigo em tom de reverência, quase como se tivesse falando com algum famoso. Enfim eles entenderam que não era qualquer pivete que podia se bancar de macho pra cima do Thiagão!

“Mas nossa, imagina se algum dia eles descobrem o que o Yuri fez comigo…”, fiquei pensando durante o meu caminho até em casa, depois do jogo. Mas ah, isso já era passado. Assim que cheguei, aproveitei que o Otávio tinha dado uma saída e fui até meu quarto. Tava atrás do consolo rosa que o Yuri tinha me dado. Deixava aquela porra de plástico– que foi a gota d’água que me fez topar a proposta do meu rival – escondida embaixo da cama.

Enquanto ela tivesse ali, eu pensava, sempre haveria uma prova do que o Yuri me fez passar. Não tive dúvida: peguei o dildo, meti em um saco de lixo, e fui até a lixeira do prédio. Fiz tudo rápido, com a pressa das pessoas que a gente vê nos filmes, quando tão desovando um cadáver.

“Pronto”, pensei assim que joguei o saco na lixeira. “Agora sim tudo voltou ao normal!”.

Pelo menos era isso no que eu acreditava…

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– Meu Deus, Thi, mas tu tava com um fogo danado ontem à noite, hein? – a Ju disse, com a cabeça apoiada no meu peito, enquanto a gente trocava ideia antes de levantar da cama, em um domingo de preguiça– tu aguentou três vezes, hein?

Duas semanas tinham se passarado desde o meu “dia da libertação”. E caralho, que duas semanas foram aquelas! Foi como reviver o meu ano de calouro: todo dia era um barzinho depois da aula, ou de uma festinha diferente em alguma república da cidade. Não era surpresa que meus estudos- que eu tinha passado a levar mais a sério no meu segundo ano, pra alegria dos meus pais – ficaram mais uma vez totalmente de lado.

Mas também, quem tinha tempo para perder com fórmula de cálculo ou história econômica do Brasil, quando finalmente tava com o pau de volta? Cara, como era bom andar por aí sem o peso de uma bigorna no meio das pernas! Sem falar na liberdade que era tocar uma punheta a hora que eu quisesse! Ou ainda mijar em pé, feito homem, e não mais me sujeitar ao ridículo de fazer xixi sentado. Tinha vezes em que eu até me olhava no espelho pelado, como pra checar que tava “tudo no lugar”. Sorria, orgulhoso de mim, e mais que tudo aliviado em saber que aquele mês sob o domínio do Yuri já tinha virado história!

E as garotas? Mano...naquela época, eu tinha a virado uma máquina movida a testosterona: não tinha uma que eu deixava passar! No começo até tinha ido com certa calma, com medo da Amandinha descobrir algo lá da Espanha. Mas pouco tempo depois, vendo que tudo continuava na mesma, meti o louco. Muito provável que algum rumor chegasse nela, por meio das amigas. Mas sempre que eu sentia que a mina tava meio cabreira, eu sabia muito bem contornar a situação, com a lábia que eu tinha aprendido a ter com anos de experiência!

É, meu irmão… finalmente eu tava vivendo a vida que achava que teria quando minha namorada se mandou pra gringa. Antes de cair em toda aquela enrascada que Yuri e o filho da puta do Bernardo tinham armado pra mim!

Mas bom...sendo honesto, a verdade é que, no silêncio da noite, quando eu ia pra banheiro depois de uma transa, ou pra lavar o rosto pra cortar a ressaca de manhã, sentia uma sensação de vazio difícil de disfaça. Porra, o que é que tinha de errado? Eu tava implacável, traçando uma mina atrás da outra, vivendo a vida que qualquer cara de 21 anos queria ter. Mas então, porque será que eu ainda não estava plenamente satisfeito? Apesar de estar transando feito um coelho, com minas que um milhão de caras daria a vida só por um beijo, eu sentia que não relaxava, que não me entregava pro momento. Lá no fundo, claro, eu sabia muito bem qual era a resposta para o que me angustiava….

Por mais que não quisesse admitir, eu ainda desejava aquele prazer tão supremo que senti com o Yuri. Desde o nosso último encontro na Sinistra, a gente não tinha se visto mais. Passei a estranhar esse sumiço misterioso dele, já que era normal se esbarrar pelos corredores da facul. Mas mesmo ausente, o Yuri sempre achava um jeito de invadir minha cabeça Tinha vezes que eu ainda me pegava esperando a notificação da mensagem dele chegar, me pedindo para eu tirar a fotinho de “checagem” da gaiola. Outra vez, quando tive que pegar uns livros na biblioteca, não resisti e fui dar uma bisbilhotada no corredor em que “aprontamos” na última vez. O cheiro daquela tarde, o cheiro do Yuri, parecia estar impregnado ali. Um segredo nosso só esperando pra que eu encontrasse.

É, não tinha jeito: o que eu vivi com o Yuri tinha sido algo fora do normal. Era como viajar para um outro universo, um em que ele ditava as regras, e eu seguia obediente, como um discípulo segue o mestre. Um universo onde eu não tinha que pensar em mais nada, apenas me deixar ficar sob controle daquele homão, cumprir todas as vontades daquele cara que me metia tanto medo. Mas que, ao mesmo tempo, me deixava tão fascinado.

Eu evitava de pensar nisso tudo, mas era fato. O Yuri, eu já sabia no íntimo, era meu rei, meu ídolo, meu dono. Meu macho.

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“É, Thiagão back in the house, gata!”, respondi pra Ju todo orgulhoso, fazendo cafuné nos cabelos dela. O pós-sexo pra mim sempre foi isso: o momento de curtir mais uma conquista, como um guerreiro celebrando mais uma vitória no campo de batalha. Bom... isso até a chegar a hora a de puxar o carro! Naquele dia, sabia que não podia enrolar muito com a Ju, porque tinha combinado uma chamada de vídeo com a Amandinha por vídeo. E, né? Eu também teria que comparecer!

Decidi então acelerar as coisas. Ainda pelado, fui até o banheiro para escovar os dentes. Esperava que a Ju entendesse o recado e sacasse que era hora dela vazar. Comecei os dentes com pressa, nem prestando muita atenção no que tava fazendo, listando mentalmente as coisas que teria que fazer no dia.

Até que, de repente, tive a impressão de ter visto um lampejo prateado no reflexo do espelho.

Levei um choque. A cena durou no máximo uns dois segundos: 1uando encarei o espelho, no lugar do meu pau soltão, me vi de novo vestindo a gaiolinha prateada que o Yuri tinha me feito usar durante um mês. Minha pica, que vinha causando um estrago danado pela facul durante aquelas últimas semanas, estava mais uma vez confinada naquela jaula metálica de 10cm, que foi a casa dela por 30 dias. E a chave para destrancar aquele cadeadinho, eu sabia muito bem, estava pendurada no peitão peludo do Yuri . Levei um susto tão grande que até gritei, deixando a escova cair na pia!

Mas quando olhei de novo, estava tudo normal. O reflexo mostrava minha pica livre, balançando soberana no meio das minhas pernas. Tudo normal, como sempre tinha sido!

- Que foi, Thi? – a Ju foi até mim assustada, usando nada além que uma calcinha branca e uma blusa de fut minha – o que aconteceu?

– Nada, gata ­– respondi depois de lavar a boca, ainda tenso, mas querendo mostrar que estava no controle da situação – acho que eu pisei em algo pontudo, sei lá!

O olhar de raposa da Ju, pousando na minha rola, mostrava que ela já estava interessada em outra coisa. Se tinha uma coisa que eu gostava naquela garota, era que ela- ao contrário da Amandinha, que se fazia de santinha - sempre foi desinibida quando o assunto era sexo. Independente do que a galera comentasse, ela não tava nem aí. Sempre admirei como ela falava com muita naturalidade sobre os fetiches e desejos dela:

– Meu Deus, Thi… eu tinha esquecido como teu pau é grande! Olha esse puta linguição!

Eu ri como resposta, me sentindo o rei do mundo. Admito que que me excitava com ela enchendo a minha bola, mesmo que fossem com uns comentários idiotas assim, chamando meu pau de “linguição”. Na real, o fato de ser besta, do tipo que alguém diria em um pornô bagaceiro, me fazia ter mais tesão ainda. E a Ju, que não era boba nem nada, sabia que eu adorava que inflassem o meu ego...

Não tive dúvida: cheguei junto, baixei a calcinha dela e girei a gata pra meter por trás, com ela se apoiando na pica. Pelo espelho via a cena toda. “Hmmm, que grandão que você é, Thiago!”, ela falava, de um jeito exagerado, enquanto as tetas enormes dela balançavam no ritmo da meteção. “Tem alguém maior que o Thiagão aqui, porra?, eu perguntava, macetando sem dó. “Não”, ela respondia, arfando.“Você é o maior!”. Aquelas palavras eram combustível para eu aumentar as bombadas. Queria ver aquela bucetinha apertada, molhada, com os lábios salientes, gozando gostoso mais uma vez.

Mas, no meio da transa,acabava me distraíndo. Focava em detalhe aleatórios s do banheiro, como uma rachadura no azulejo, ou um barulho de avião que vinha de fora. Com o mesmo tédio de alguém na sala de espera do dentista que tá sem o celular, sendo obrigado a folhear aquelas revistas de mais de dez anos atrás. Cacete, era duro confessar, mas... eu não estava ali. Não 100%, não de corpo e alma. A verdade é que eu tinha medo de quando a Ju saísse da minha frente e me visse cara-a-cara com o espelho. Medo de ver o meu “Thiagão”, em toda sua glória, reduzido a um...a um…

“Grelinho”, uma voz inconfundível surgiu na minha cabeça para completar o pensamento.

“Ahhhhh”. Esporrei gostoso na buceta da Ju. Ela revirava os olhos, enquanto o suor escorria do biquinho do peito dela pra cair em cheio na pia. Pronto, meus 18cm tinham feito o trabalho deles. Mas minha mente...

Já tinha viajado pro universo do Yuri!

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Espero que tenham curtido! Pra variar, o conto ficou muito grande, então tive que dividir em duas partes. Na sequência, alguns temas que ficaram de fora desse vão ser tratados… em especial a relação do Thiago com o Bê! Fiquem atentos aos próximos capítulos ;)

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