O celular vibrou às 22h47. Uma mensagem seca:
"Venha. Agora."
Lucca olhou para a esposa dormindo no sofá, a novela ainda rolando em volume baixo. Tocou seu ombro.
— Vou ali na farmácia. Você quer algo?
Ela murmurou algo sobre enxaqueca. Ele saiu sem fazer barulho.
O coração batia forte no Uber. Sabia o que o aguardava.
A PORTA ENTREABERTA
O apartamento de Vander cheirava a whisky caro e lenha queimada. A luz baixa dourava os músculos do homem quando ele surgiu na porta do quarto – 1,93m de puro poder nu.
— Demorou — disse ele, os olhos escuros percorrendo Lucca como um leão avalia a presa.
Lucca engoliu seco. Não havia roupas de mulher dessa vez. Apenas ele, frágil e pequeno diante daquele corpo.
— Me beija primeiro — pediu, a voz trêmula.
Vander sorriu, arrastou-o pelos cabelos até seus lábios. O beijo foi uma declaração de posse.
— Você não manda aqui, Lucca. Só recebe.
A DOMINAÇÃO
Mãos grandes o viraram de costas, pressionando-o contra a cama. A respiração quente de Vander queimou sua nuca.
— Você sabe porque volta pra mim? — sussurrou, mordiscando sua orelha. Porque aqui, você não precisa pensar. Só sentir.
E então, ele entrou.
Lucca arqueou-se, os dedos se enterrando no lençol. Era dor e êxtase, uma invasão que queimava e preenchia ao mesmo tempo.
— Isso... geme pra mim — Vander rosnou, segurando seus quadris com força. Gosta de ser minha puta, não é?
E Lucca gemeu. Gemeu como nunca gemera na vida.
O PRAZER DA ENTREGA
Cada movimento de Vander era uma afirmação. Ele não fazia amor. Tomava. E Lucca se derretia sob esse domínio.
— Você é tão pequeno... tão frágil — murmurou Vander, puxando seus cabelos. E ainda assim, aguenta tudo que eu te dou.
Lucca sentiu-se quebrado e completo ao mesmo tempo. Não havia culpa ali. Apenas suor, pele e a verdade crua de dois corpos que se encaixavam perfeitamente.
Quando a onda de prazer finalmente o atingiu, Vander enterrou os dentes em seu ombro.
— Você é minha.
E Lucca soube que era verdade.
O PENSAMENTO DO ALFA
(Vander observando Lucca depois, enquanto ele respira ofegante na cama.)
"É isso que me excita nele. Não é o corpo. É a entrega. A coragem de se deixar dominar. De ser frágil sem medo."
Ele passou a mão pelas costas de Lucca, sentindo os arrepios.
— Você volta quinta — disse, não como pergunta, mas como fato.
Lucca assentiu, o rosto ainda enterrado no travesseiro.
E sorriu.
Até a próxima