O apartamento cheirava a whisky e madeira encerada. Lucca ajoelhou-se no tapete persa, as mãos tremulas apoiadas no sofá de couro. Diante dele, Vander desabotoava o relógio suíço com movimentos lentos, os olhos escuros queimando sua pele nua.
"Deus, como ele é grande", pensou Lucca, engolindo seco ao ver a sombra do volume na calça do homem. Suas próprias pernas já estavam abertas, oferecidas - sabia exatamente o lugar que ocupava ali.
Primeiro Toque
A mão quente de Vander envolveu sua nuca, pressionando-o para frente até sua testa tocar o couro frio.
— Isso... assim mesmo — a voz era áspera como conhaque. Minha femea obediente.
O primeiro contato foi uma queimadura doce. Lucca arqueou as costas quando Vander entrou apenas a ponta, fazendo-o sentir cada milímetro.
"Não é como nos filmes", pensou, os dedos se enterrando no sofá. "É melhor. É real."
Minuto 3: A Dança
— Devagarzinho... isso... — Vander puxou seus quadris para trás, afundando mais alguns centímetros.
Lucca gemeu, um som rouco que ecoou no apartamento vazio. Seu corpo estava tenso, mas não de dor - de antecipação.
— Relaxa, putinha — um tapa leve nas nádegas, mais som do que força. Tá gostando, não tá?
Ele não respondeu. Não precisava. Seu corpo respondeu por ele, abrindo-se mais, convidando.
Minuto 6: O Abismo
Quando Vander finalmente encaixou por completo, Lucca viu estrelas.
— Olha pra mim — ordenou o homem, puxando seus cabelos.
No espelho à frente, Lucca viu a cena: seu rosto vermelho, os lábios inchados, o corpo musculoso totalmente dominado por aquele homem mais alto, mais forte.
"Sou dele", pensou, e a ideia fez seu estômago embrulhar de prazer.
Minuto 9: O Presente
Vander mudou o ângulo, encontrando aquele ponto que fez Lucca gritar.
— Aí... aí, Vander, por favor...
— Fala. Fala o que você é.
— Sua... sua femea... — a voz era um fio, quebrada.
O ritmo acelerou. As mãos de Vander em seus quadris eram como algemas vivas. Lucca sentiu-se despedaçado e remontado a cada movimento.
Clímax
Quando veio, foi como um trem descarrilhado - violento, inevitável. Vander enterrou os dentes em seu ombro, segurando-o no lugar enquanto ambos tremiam.
No silêncio pesado que seguiu, só se ouvia a respiração ofegante. Vander acariciou sua coluna suada.
— Você nasceu pra isso — murmurou. Pra ser minha.
E no táxi de volta pra casa, com as pernas ainda tremulas, Lucca sorriu.
"Tenho sorte", pensou. "Quantos caras como eu passam a vida sem nunca serem... vistos assim?"
O motorista perguntou se estava tudo bem. Ele apenas assentiu, limpando discretamente o resto do lubrificante nas coxas.
Tudo estava mais do que bem.