A Segunda Esposa .Capítulo 33

Um conto erótico de Emilly sissy
Categoria: Crossdresser
Contém 2161 palavras
Data: 08/08/2025 00:02:10

Parte 1.

O relógio marcava pouco depois das cinco da manhã quando Luiza despertou. O quarto ainda estava na penumbra, com a luz tímida da madrugada filtrando pelas frestas da cortina. Ela piscou algumas vezes, os músculos ainda pesados. A sensação era como se o próprio corpo tivesse se rendido por completo — e de certa forma, havia mesmo.

"Apaguei…", pensou, ao levar uma das mãos ao peito nu, sentindo a pele ainda sensível e quente. O lençol grudava levemente em suas coxas, e ela sentiu a umidade ali… intensa, inconfundível.

Se levantou devagar, sentindo as pernas um pouco trêmulas. Caminhou até o banheiro em silêncio, o piso frio sob os pés contrastando com o calor que ainda parecia pulsar dentro dela.

Lá, de frente ao espelho, Luiza se encarou por um breve momento.

Bagunçada. Descabelada. Mas havia algo no brilho dos seus olhos. Um cansaço feliz, quase orgulhoso.

Entrou no chuveiro, ligando a água morna. Deixou que ela escorresse por seu corpo por alguns segundos antes de iniciar a chuca. Quando começou, se surpreendeu. A quantidade de sêmen escorrendo a fez soltar um riso curto, quase incrédulo.

— Meu Deus… — murmurou sozinha, um sorrisinho malicioso se desenhando em seus lábios. — Acho que fui muito bem usada, hein…

E ao pensar isso, em vez de sentir vergonha… sentiu calor. Um arrepio nas costas, e aquela pontada prazerosa entre as pernas, como se o corpo dissesse que ainda não tinha superado a noite.

Depois de se limpar, passou creme no corpo com calma, aproveitando o silêncio da casa. Vestiu uma lingerie discreta, mas elegante. Ainda era cedo, mas sentia que precisava estar pronta — para si mesma.

De volta ao quarto, pegou o celular do criado-mudo. Tela acesa, várias notificações. Entre elas, algumas mensagens de Aline, enviadas na noite anterior:

Aline:

“Amiga, está tudo bem? Sumiu!”

“Me avisa se precisar de algo, ok? 💕”

“A gente precisa conversar depois…”

Luiza mordeu o lábio inferior, pensativa. Ela sabia que mais cedo ou mais tarde teria que contar alguma coisa. Ou, pelo menos, dar um sinal.

Parte 2.

Luiz terminava de ajeitar a mesa da cozinha, ainda de lingerie sob um robe leve. O cabelo úmido pendia pelos ombros, e os pés descalços sentiam o frescor do piso frio. O aroma do café recém-passado trazia aquela sensação de casa, de infância, de colo.

O relógio marcava pouco depois das seis da manhã.

Com um impulso, pegou o celular.

Sabia que Aline ainda dormia, mas sua mãe, com certeza, já estaria de pé.

Digitou uma mensagem rápida:

"Mãe, tá acordada?"

A resposta veio instantaneamente, mas não em texto — era uma ligação.

Luiz hesitou por um segundo... e atendeu.

— Oi, mãe...

— Oi, meu filho... — disse Marta com aquela voz tranquila e acolhedora. — Acordado cedo hoje, hein?

— Não dormi muito bem...

— Tá tudo bem? — perguntou, com aquele tom de quem lê nas entrelinhas.

Luiz ficou em silêncio por alguns segundos. Olhava para a caneca de café entre os dedos, como se ela tivesse as respostas.

— Posso te perguntar uma coisa meio... nada a ver?

— Pode perguntar o que quiser, meu filho.

Respirou fundo.

— Você... você já desconfiou de mim? Assim... sobre eu ser diferente?

Marta não demorou.

— Luiz, meu amor... mãe sente. Desde muito antes de você mesmo entender. Eu sempre soube que você tinha um brilho diferente. Um jeito doce... um olhar mais sensível. Mas nunca te pressionei. Porque cada um tem seu tempo, sua hora. E só você sabe quando — disse, com uma firmeza que acalmava.

Luiz sorriu, um pouco envergonhado.

— Nunca falou nada...

— E pra quê? Eu te amo igual. Você é meu filho. Se um dia quiser ser outra coisa... outro nome... outra forma... vai continuar sendo meu. Só não aceito safadeza — completou, com um tom brincalhão. — O resto, a gente lava, passa e abençoa.

Os dois riram.

— Qualquer jeito mesmo?

— Qualquer jeito. Mas me promete uma coisa?

— Hm?

— Escolhe homem que presta. Se for pra mudar, muda com classe. Nada de vagabundo frouxo. Homem de verdade, que trate você como merece.

Luiz arregalou os olhos, surpreso.

— Mãe!

— Ué! Tô falando sério. A gente sofre muito por dar moral pra macho ruim. Se for pra virar, vira com juízo. Mulher esperta mira em homem que fecha porta do carro e pega firme pela cintura. Só não seja trouxa.

Luiz riu alto agora, meio envergonhado.

— E outra — continuou Marta — ontem mesmo a Sabrina tava surtando com o vestido de madrinha de uma amiga. Sabe o que ela falou?

— O quê?

— "Só Luiz sabe dessas coisas de cor, corte e caimento. Se ele estivesse aqui, me ajudava em dois minutos." Ela sentiu tua falta, viu?

— A Sabrina é um caso... — disse Luiz com carinho.

— Ela te ama. Brinca, provoca... mas sente sua falta de verdade. Vou mandar ela te ligar depois. Vocês precisam conversar. Vai ser bom pra vocês dois.

Houve um silêncio leve do outro lado. Marta sentiu e acrescentou, como se falasse para o coração do filho:

— E quando tiver dúvida, escuta o instinto. Toda mulher tem. Mesmo quando não sabe que é.

Luiz não respondeu de imediato. Estava com os olhos cheios. Só disse, baixo:

— Obrigado, mãe.

— Sempre estarei aqui. De sutiã, avental ou batendo cabelo, você continua sendo meu amor. Só não me venha com salto torto.

A gargalhada dos dois encerrou a ligação. E ali, mesmo sem dizer tudo... muita coisa foi dita.

Parte 3.

Luiza terminou de se arrumar com calma, o corpo ainda sentindo os ecos da noite intensa. Colocou sua roupa social com leveza, o toque da camisa contra a pele limpa e perfumada parecia um novo começo. Antes de sair, pegou o celular e enviou uma mensagem rápida para Aline:

> "Bom dia, amore! Já tô pronta aqui. Bora juntas hoje?"

A resposta veio em menos de um minuto.

> "Claro! Desce aqui em casa. Tô passando um café. Júlio ainda tá de Julia, rs."

Luiza sorriu, já imaginando o cenário. Pegou sua pasta e desceu os andares do prédio, o salto dos sapatos soando leve no corredor ainda silencioso da manhã.

Ao chegar ao apartamento de Aline, a porta já estava entreaberta.

— Pode entrar! — A voz de Aline ecoou da cozinha.

Luiza entrou devagar, observando a cena familiar: Aline estava de baby doll, cabelo preso em um coque alto, mexendo distraidamente o café na cafeteira. Júlio — ainda vestido como Julia — estava no sofá, com um robe de seda e uma xícara na mão, os olhos semicerrados de sono.

— Aline sorriu de lado. — Agora senta aí e me conta tudo. Sua cara tá dizendo que a noite foi de filme… ou de novela das oito.

Luiza riu, abaixando o tom da voz, mas com um brilho malicioso no olhar.

— Aline… eu nem sei por onde começar. Foi intenso… muito mais do que eu imaginava. — Ela mordeu o lábio, pensativa. — Ainda tô tentando entender tudo que senti. Me entreguei de um jeito que nunca tinha feito antes.

Aline se virou totalmente, encostando-se na pia, braços cruzados, com expressão curiosa.

— Você tá com um brilho diferente. E um jeitinho mais… solto, sabe? Fala logo, mulher. Ele foi tudo isso mesmo?

— Ele foi além. — Luiza respondeu em voz baixa, mas firme. — Me olhou como se soubesse exatamente o que eu precisava. Me tocou com força e calma, com fome e cuidado ao mesmo tempo. Eu… — respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. — Eu me senti desejada de um jeito que nunca tinha sentido.

— E você se sentiu você mesma, né? — Aline completou com empatia.

Luiza assentiu, os olhos marejando levemente.

— Pela primeira vez, sem medo.

Júlio sorriu do sofá, apenas levantando a xícara em sinal de apoio silencioso.

— Menina, eu sabia que esse dia ia chegar. — Aline caminhou até ela, lhe entregando uma xícara. — Toma. Você tá radiante. E não é só de sexo, viu? É de liberdade. De aceitação.

Luiza riu, encostando-se no balcão.

— É… talvez seja isso mesmo.

Logo depois, as duas pegaram suas bolsas e saíram do apartamento. O elevador estava silencioso, mas o clima entre elas era leve, íntimo. Lá fora, o céu ainda estava despertando em tons de laranja claro.

— Quer dirigir hoje? — Aline perguntou, jogando as chaves para Luiza.

— Claro. Depois de ontem, acho que posso dirigir o que for — respondeu Luiza, com uma piscadela.

As duas riram enquanto entravam no carro.

Parte 4.

O vento era leve, mas fresco naquela manhã. Luiz encostou-se ao parapeito da varanda dos fundos do prédio, onde alguns funcionários costumavam fumar. Não havia ninguém por perto. O celular vibrava com a chamada de Sabrina. Ele hesitou por um segundo… mas atendeu.

— Alô?

— Ué… tá viva, mona? — Sabrina soltou de cara, rindo com aquele tom provocador que só ela conseguia usar com carinho.

Luiz riu baixo, meio nervoso.

— Você ainda tá com esse jeito de me chamar, hein…

— Tô, e você nem reclamou. Isso quer dizer que já posso te chamar de irmã oficialmente?

Ele respirou fundo, o coração disparando no peito. Silêncio por alguns segundos.

— Tá vendo? Nem nega mais… — completou ela, suave, com um tom de afeto genuíno.

— Sabrina…

— Eu sabia, Lu… ou melhor, Luiza. Desde sempre. E quer saber? Eu amei te ouvir com a mamãe hoje cedo. Ela desligou toda boba. Disse que o jeito como você falou com ela… parecia até uma filha de verdade.

Luiz abaixou os olhos, sorrindo involuntariamente.

— Às vezes parece que todo mundo percebeu antes de mim. Ou… antes de eu aceitar.

Sabrina suspirou do outro lado da linha.

— Eu sempre quis ter uma irmã. Sempre. E pra mim, é como se eu finalmente tivesse. E, olha, se você for seguir esse caminho mesmo… vai ser uma gata, viu? Já tô até imaginando os peitões — ela disse rindo, provocando.

— Nossa, Sabrina! — Luiz riu alto, envergonhado, cobrindo o rosto com uma das mãos. — Você não tem filtro mesmo, né?

— Nenhum. Mas tô falando sério. Já tá tomando alguma coisinha?

Ele hesitou… mas dessa vez, não fugiu.

— Tô, sim… já tem um tempinho. Os seios tão começando a crescer. Bem de leve ainda.

— Ai, mana… você não tem ideia de como tô feliz. Tipo… de verdade. — Sabrina deu um risinho animado. — E, olha, quando for comprar sutiã, me chama. Já me ferrei tanto com tamanho errado no começo, você não precisa passar por isso.

Luiz riu, sentindo um calor reconfortante dentro do peito.

— Não acredito que a gente tá falando disso…

— Acostuma, viu? Agora é papo calcinha, bebê.

— Misericórdia, Sabrina!

— E vou te ensinar tudo. Inclusive, como fazer um macho grudar, viu? Mulher esperta prende com charme… mas tem uns truquezinhos que só a gente sabe. — Ela riu, maliciosa.

— Ah, não. Já começou… — Luiz disse, já rindo também. — Para, que eu tô no trabalho.

— Verdade! Onde você tá agora?

— Na varanda dos fundos aqui do prédio. Fica mais tranquilo pra falar.

— Hmmm… apostando que já deve tá toda bonitinha hoje, né? Roupa social e carinha de quem tá se descobrindo… — Sabrina falou em tom brincalhão, mas com carinho genuíno.

— Para de me deixar vermelha, menina!

— Tô só começando. — Ela riu outra vez. — E olha, a mamãe tá toda feliz. Ela meio que sempre sonhou em te ver assim. Esses dias mesmo falou que você, se fosse mulher, ia ser daquelas que ia atrair um monte de homem. Disse até: "quero minha filha com seios de respeito, que homem de verdade gosta!". Acredita?

— Não… — Luiz riu, surpreso, meio envergonhado. — Ela falou isso mesmo?

— Falou. Toda empolgada. Mas você sabe como ela é… só não aceita safadeza. Quer que você seja decente. E linda, claro.

O silêncio entre eles agora era doce.

— Obrigada, Sabrina… por isso tudo. Por me ouvir.

— Sempre, mana. Sempre. Tô aqui pra te ver brilhar. E vou te ajudar com tudo, tá?

Luiz fechou os olhos por um instante, sentindo-se mais leve do que em muito tempo.

— Te amo, viu?

— Também te amo, irmãzinha.

Sabrina, antes de desligar, soltou com aquela risadinha maliciosa que só ela tinha:

— E ó… só cuidado com os grandões, viu? Nem tudo que brilha entra fácil… aprende a dizer "devagar, lindo"... e reza! — riu alto do próprio comentário.

Luiza, do outro lado da linha, segurou o riso, mas acabou se entregando num tom mais sussurrado:

— Ai, Sabrina… pior que eu já sei como é.

— Tô toda doída até agora por causa de ontem… — disse baixinho, com um riso envergonhado, os olhos fugindo pro chão, como se a irmã pudesse vê-la corando.

Sabrina, espantada e divertidíssima:

— O quê?! Meninaaa!!

— Ah, não! Depois você vai ter que me contar TUDO! Tudinho!

— Mas calma, só entre irmãs, tá? Juramento de calcinha! — falou entre risos.

Luiza riu também, meio tímida:

— Segredo nosso.

— Beijo, maninha…

— Beijo, Luiza… — respondeu Sabrina, suave e carinhosa, como se aquele nome já fosse natural entre elas. — Vai dar tudo certo. Vai ser linda. E vai ser feliz.

A ligação terminou com um silêncio sorridente nos dois lados da linha — o tipo de silêncio que só existe entre quem se ama e se entende de verdade.

[ CONTINUA....]

Espero que estejam gostando .quem puder comente .isso me inspira a continuar a história. Bjss 💋 💋 💋

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Comentários

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Emily bem que você podia fazer um capítulo especial mostrando essas partes que só aparecem na história em trechos das falas das personagens. Ex: Essa descoberta do Luiz em querer ser Luiza,a mãe ou irmã descobrindo esse lado do irmão ou filho,como Aline foi se envolver com Roberto e porque ele confia nela para mudar suas " esposas" ,o Júlio se transformando ,a Lorena sabe deesse desejo do marido e ignora ou simplesmente ela é mais uma madame que não liga pra nada . Enfim existem pontas soltas que merecem uma explicação.

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Eu pulei esse capítulo e só hoje percebi 😁..Ainda bem que a irmã e a mãe compreendem o Luiz e sabem que em breve ele vai ser ela.

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