UMA MANHA DE BRINCADEIRAS (9) - PARTE FINAL

Da série Juliana e Felipe
Um conto erótico de JULIANA
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1698 palavras
Data: 02/08/2025 14:57:39

- POR FAVOR FELIPE, POR FAVOR. POR FAVOR – eu digo desesperada

Ele se agacha, ficando na altura do meu rosto. Eu já passei por 2 posições nas últimas 1.30h e agora me encontro ajoelhada não chão, normalmente, com os braços livres, a única instrução é de não me levantar.

Falta pouco, 100 ml de infusão e depois 20 minutos de espera – como Felipe calmamente me disse à poucos momentos, quando eu pela enésima vez perguntei. Os últimos 30 minutos foram complicados. A dor, não era pequena, mas não era o pior. O mais complicado estava sendo a urgência. É como se eu precisasse ir ao banheiro tanto como preciso de ar. Eu consigo sentir o liquido dentro de mim, navegando lentamente pelos meus intestinos, fazendo um caminho direto. Minha barriga, mesmo sendo grande e mole normalmente, está parecendo ainda maior, e mais durinha. Na ultima massagem de Felipe – sim o filho da puta as vezes faz uma massagem circular em meu abdomem, com óleo morno, em movimentos circulares que aumentam o movimento intestinal – ele brincou que parecia que eu tinha um bebe em mim. Este soro esta me fazendo parecer ter alguns messes de gestação.

Ele vê algo em meu rosto que faz com que uma expressão assustada surja no seu. Levantando rapidamente ele pausa o constante gotejar e volta a se abaixar. Toca meu queixo com dois dedos, o levanta e faz com que meu olhar e o seu se encontrem.

- Limão?

Eu faço um aceno negativo, com olhos que estão já quase secos, após eu ter esperneado a tarde toda

- Não, não é limão, mas eu preciso de sua ajuda.

- O que?

- Eu não quero desistir agora. Não, não posso desistir agora. Eu preciso acabar com isso.

Já passei por dor demais para desistir. Este liquido é como se fosse uma cobra traiçoeira. A dor, como já disse, não é cortante, mas é uma pequena agulha, que não para de ser espetada nas minhas entranhas, de novo e de novo, até que tudo pareça estar em carne viva.

É realmente a pior coisa que já passei ate agora. Mas a dor não é comparada ao pânico de não saber oque vai acontecer comigo.

É tudo horrível, tudo demais. Mas não o suficiente para me fazer desistir da única coisa que almejo hoje.

- Eu não vou ficar bravo Juliana, se este é seu limite, este é seu limite, e acaba tudo aqui.

- Não. Não posso parar aqui. Eu preciso continuar.

- Não você não precisa.

-Ta eu não preciso, mas quero continuar. Falta tão pouco, quero concluir este dia. Eu preciso de perdão.

- Eu já disse que isso não é sobre aquilo pequena. E você já esta perdoada.

- Eu sei, e sei que você já me perdoou, mas eu não me perdoei. Eu preciso desta purgação Senhor, não por você, mas por mim. Temo que se parar minha cabeça nunca vai ficar tranquila.

- Tá bom, vamos continuar. Mas se você precisar parar, pare, bebê, sem nenhuma consequência.

- Eu sei – digo enquanto ele acaricia meu couro cabeludo e me dá um beijo casto e cheio de emoções.

- Que ajuda você precisa?

- Não sei – as lagrimas já recorrentes voltam- eu não sei, mas preciso de você, da sua ajuda.

Eu não consigo focar em nada no momento, não consigo pensar em que eu preciso, minha cabeça esta rodando a uma velocidade que se assemelha a uma montanha russa. Meus sentimentos estão por todo lado e a única coisa constante em mim é o medo. Mas estou tao doida que nem consigo focar em qual medo me assola, todos parecem que estão de mao dadas e debochando de mim. Tenho medo de não conseguir segurar, e ter que lamber estes litros de suco intestinal, tenho medo de que Felipe nunca mais me olhe da mesma forma após presenciar algo tao nojento, tenho medo da dor e do desespero que sinto, e tenho medo de mim. Sim, tenho medo de me achar fraca – eu sempre consegui tudo que queria, e tenho medo que esta seja a primeira vez que eu falhe comigo mesmo.

Ele me olha por uma fração de segundo, dá um aceno curto e se levanta, me pegando no colo, e carregando feito um bebe, com todo cuidado do mundo até o banheiro. Juro que é tão delicado que quase não sinto nenhum movimento.

Sou posta dentro do box, de 4 apoios. Ele prende o soro – que nem o vi trazer - no chuveiro, e reinicia o gotejar – desta vez em um ritmo acelerado.

O olho curiosa enquanto ele abre o banquinho auxiliar, se senta e simplesmente começa a me afegar, fazendo carinhos pelo meu rosto, pescoço, ombro e quando chega a meus seios para, dando uma atenção fixa. Ele sabe que isso fará com que minha cabeça fique aterrada naqueles movimentos pecaminosos.

- Não pense em nada, só ouça a minha voz. Ouça seu mestre, seu dono. Ouça seu marido. Você é a escrava perfeita para mim, e estou tão orgulhoso de você, de tudo que passamos hoje. Meu coração chega a doer de tão orgulhoso. Cada lagrima que você derramou hoje só regou a plantinha de admiração que você fincou no meu peito. Eu amei cada gemido, cada grito, cada um dos seus barulhos. Sinto uma felicidade extrema, uma verdadeira arrebatação por você.

Minhas lagrimas deixam de ser de desespero e se tornam algo diferente, como se fossem de redenção.

- Você vai conseguir, vai aguentar ate o fim deste castigo e depois, nunca mais vai pensar sobre oque ocorreu mais cedo. O perdão que eu já te dei, vai enraizar e você também vai se perdoar. Entendeu?

Balanço a cabeça com uma afirmação silenciosa.

- Não, use suas palavras, para que elas entrem bem dentro do seu coração.

- Sim eu vou me perdoar.

- Boa garota, minha esposa linda.

Ele continua por um tempo me alimentando com suas palavras de amor, me distraindo com seu carinho, até que isso não seja mais suficiente, e os pensamentos de desespero retornem a mim. Ele novamente lê minha mente, e coloca minha cabeça apoiada em seu colo, e começa a desenhar padrões com a ponta de seus dedos no meu crânio, sempre sem se calar, sem parar de me dar seu amor.

- Pronto acabou – ele se levanta e desconecta as coisas, retirando a mangueira do meu cu, colocando o dedo para impedir que saia alguma coisa com este movimento.

- Certeza que quer esperar?

- Sim senhor

Ele se sai do box e coloca o alarme do celular para tocar em 20 minutos, que eu imagino que vão ser os mais longos da minha vida.

A dor que antes era a mais pungente que eu já havia sentido some, dando lugar a uma sensação de estufamento, como se eu tivesse uma melancia dentro de mim, exigindo saída.

Ele me abraça, e começa a lamber meu pescoço, dando pequenas mordidas e chupões que me marcam como sua. Beijos ardentes, possessivos, que vão dos meus olhos ate onde deveriam ficar minhas saboneteiras, e retornam, sempre com mais pressão, com mais urgência.

Os barulhos que começam a sair de mim já não são de dor, e sim de prazer. Gemidos tímidos e roucos, que crescem a cada segundo.

Sua mão passeia demoradamente por mim, dando a cada centímetro do meu corpo atenção e carinho. Ele está fazendo amor com meu pescoço e tudo que consigo pensar é em como sou sortuda por tê-lo.

- Quando aquele alarme soar, você vai soltar tudo que tem dentro de você e vai estar purgada.

Fico tensa, sem saber se conseguirei me aliviar em seus braços, sobre oque vai acontecer, mas confio nele. Confio nele de corpo, e principalmente de alma. Todo o temor que estava me acompanhando nas últimas horas se vai.

De repente ele para, vira-se e liga o chuveiro, com força, fazendo que os jatos nos molhem, que sejam tão fortes que eu não consigo pensar em nada além de como é gostoso sentir essa pressão toda me mim. O barulho é forte, tão alto que nem consigo ouvir o bip do alarme – mas ele ouve, pois como sempre esta prestando atenção a tudo.

- Libera pequena, libera o que tanto de magoa. Estou de olhos fechados, não se preocupe comigo.

Me agarro a ele, confiando em sua palavra, sabendo que ele não verá minha vergonha. Segurando sua camisa enxarcada com tanta força que acho que vou rasga-la, escondo meu rosto em seu peito e me solto. Relaxo meu esfíncter, soltando tudo.

Não olho para traz, nem abro os olhos para falar a verdade. Não consigo fazer nada além de chorar um choro feio e sujo, e colocar para fora tudo que me faz mal. Não apenas aqueles 2 litros de tortura, mas toda a mágoa, medo e arrependimento que sentia.

Não sei quanto tempo ficamos debaixo daquele chuveiro quente. O banheiro já parece uma sauna. Quando acabo de chorar e finalmente olho para cima oque vejo não me surpreende. Vejo Felipe olhando para mim com amor. Muito amor.

Ele nos vira, e eu finalmente crio coragem para olhar para o chão. Esta em perfeitas condições – se sempre esteve assim eu não sei, e sinceramente não me importo.

Acabou, finalmente acabou.

Ele pega o sabonete e com reverencia me lava. Garantindo que cada parte de mim esteja cheirando a lavanda. Limpa meus cabelos, os condiciona e quando eu estou perfeita, ele coloca um beijo simples no meu nariz. Um estalinho que transmite todo o seu sentimento por mim.

Ele rapidamente se despe, e se limpa, para em seguida desligar o chuveiro e nos secar.

Eu estou mole, uma boneca em suas mãos. Felipe me carrega até a cama, se deita e me puxa. Não para o colchão, não para o seu lado, mas sim para cima dele. Apoia meu ouvido em seu peito e me diz que aquelas batidas são por mim. Uma lagrima solitária passa por meu rosto.

- Eu te amo – é a última coisa que ouço antes de fechar os olhos e dormir.

Acabou o nosso dia, que se iniciou com uma manhã de brincadeiras e terminou com uma noite de descobertas. A maior e mais importante para mim - a que sou tão importante para Felipe quanto ele é para mim.

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