Parte 4.
Da série: Maha – esposa e atriz
No sábado, quando acordei, vi que a Maha já havia saído. Era umas 10h da manhã. Fui para a cozinha e encontrei o café da manhã pronto. Tinha torradas com manteiga e geleia de amora, tinha mamão picado em pedaços, dois ovos cozidos e café na garrafa térmica. Sob a minha xícara, encontrei um bilhete escrito sobre um guardanapo: “Amor, resolvi ir ao ensaio. Se vou continuar no curso, não quero perder nada. Prometo não contar o que acontecer. Um beijo”. Tinha a marca dos lábios dela em batom cor de coral no cantinho do papel.
Respirei fundo, pois entendi que ela havia se decidido. E eu sabia que diante daquela decisão, teria que me preparar pois iria começar uma nova etapa da minha vida, cheia de desafios. Sentia que ela iria me testar até no limite da loucura.
Minha cabeça estava cheia de questões, não sabia muito bem o que a Maha estava tentando fazer. Ela não queria que eu apenas a liberasse e não me importasse com o que acontecia. Ela queria que eu fosse cúmplice e apoiasse tudo. Eu não tinha muito como conversar sobre aquilo com praticamente ninguém. Fiquei ali por uns minutos meio desorientado.
Até que me lembrei que eu tinha um grande amigo e sócio, o Melga, como eu o chamava, mais velho e mais vivido do que eu, e uma pessoa muito experiente. Se tinha alguém que eu pudesse conversar, seria ele. Eu tomei meu café, fazendo um pouco de hora, para ligar e conversar com ele. Sabia que ele acordava sempre tarde. Mesmo na agência, ele costumava chegar no final da manhã.
Quando deu 11h, mandei uma mensagem: “Bom sábado, “parça”. Qual é a pauta?”
Não demorou nada chegou a resposta: “Boa, a pauta é a praia. Vamos?”
Respondi: “Eu topo. Quero muito falar contigo umas coisas pessoais.”
Ele devolveu: “Em meia hora passo aí, vou de moto, levo um capacete extra.”
Tratei de me preparar, coloquei uma sunga azul claro, uma bermuda preta, camiseta branca com um print do logo da SMG, a nossa agência, peguei uma braçadeira com espaço para cartão de crédito, dinheiro, documento e telefone.
No banheiro, passei filtro solar nas partes mais sensíveis ao sol, e esperei. Antes de sair, fiz um bilhete no verso do da Maha, mas sem marca de batom, e escrevi:
“Fui à praia. Não sei quando volto. Depois eu conto como foi. Bom sábado.”
Eu sabia que ela iria notar a diferença. Era muito raro que eu fosse à praia sem ela, e certamente ela entenderia o meu sinal. “Tu faz a tua vida, eu faço a minha”.
Em 25 minutos recebi a mensagem do Melga: “Cheguei”.
Avisei que estava descendo, calcei as sandálias de borracha e saí.
Ao chegar na rua, vi que o Melga estava parado na sombra de uma árvore. Meu prédio fica em frente à Praça da Nicarágua, na divisa entre o Flamengo e Botafogo. Ele tinha uma bela moto Custom preta, a Boulevard 800 da Suzuki, com suspensão traseira. Com um motor de 805 cm³. Essa moto se destaca pela qualidade da suspensão traseira progressiva e pela posição das pedaleiras, mais próximas ao piloto. Para quem não sabe, as motos Custom são de grande porte, e peso, comprimento entre eixos e guidões mais largos, além de um centro de gravidade mais baixo, e posição mais avançada nos pedais. Isso dá grande conforto ao piloto que se mantém numa postura mais relaxada. Ideal para ser usada em estradas. Maha tinha me pedido para vender a minha moto, quando nos casamos, por medo de acidente. E eu havia pedido para o Melga guardá-la em sua garagem. Mas estava há muito tempo sem sair com ela.
O Melga, meu sócio na agência, é um designer incrível, e excelente fotógrafo também. Ele é um madurão, regula comigo de altura, entre 1,78m e 1,76m, que já foi loiro na juventude. Naquele dia tinha o cabelo cor de palha seca, cortado baixo, pele clara, muito tostada pelo sol, com muitas manchas de sol no corpo, olhos azuis, barba e bigode curtos. Ele me lembra muito aquele ator Rutger Hauer, que faz o replicante do filme “Blade Runner”. Também é adepto do Surf, ainda tem um corpo em forma, embora já tenha a cintura mais larga e uma barriguinha mais saliente que a idade trouxe. Mas é charmoso, tem ombros largos, deve ter sido muito forte na juventude, e mantém o espírito sempre jovem, brincalhão, e sempre de bom-humor. Ele já se casou e separou algumas vezes, e nessa altura da história estava solteiro. As pessoas acabam se sentindo à vontade com ele pois ele inspira confiança e otimismo.
Ele me cumprimentou e estendeu o capacete extra. Coloquei, ajustei os óculos escuros, e montei atrás, no assento adaptado que ele instalou para dar mais conforto ao carona. Partimos e eu nem perguntei para onde.
Ao chegamos em Ipanema, na altura do Posto 9, ele procurou onde poderia estacionar, ali perto da rua Vinícius de Moraes. Ele já tinha um esquema com um guardador que nos conhecia há anos.
Era um dos pontos mais procurados naquela praia e àquela hora, já estava muito movimentada. Depois, fomos andando para a areia e ele falou:
— Marquei aqui com umas amigas, acho que vai gostar delas. Vamos achar um lugar para ficar, pedir uma sombrinha para o Magrão da barraca e umas cadeirinhas.
Fomos avançando até onde o Magrão, um negro mais preto do que um Etíope, pois vivia ao sol, atendia seus clientes, alugando as cadeiras e as sombrinhas. E logo encontramos um espaço ainda desocupado de um metro quadrado onde espetar nossa sombrinha. Nem bem nos acomodamos o ajudante do Magrão já trouxe o balde com gelo e umas cervejas. Essa é a vantagem de ser frequentador de um ponto na praia no Rio de Janeiro. É como um clube dos habituais, embora aberto a muitos outros visitantes.
Nos acomodamos e o Melga disse:
— Para variar, elas estão atrasadas, mas já estão vindo.
— Elas quem? – Perguntei.
— A Sharon e a Shakira, duas irmãs, modelos lindas, morenas deliciosas como uma propaganda de chocolate, que eu conheci ontem na festinha de lançamento daquele novo energético. São modelos iniciantes, e bastante animadas.
Ele deu uma parada e explicou:
— Nós dois fomos convidados para esse lançamento, mas tu nunca vai mesmo. Eu fui, e conheci essas gracinhas. Elas não conheciam quase ninguém, contratadas pela agência de eventos para animar o ambiente. Tinha várias assim. Percebi que as duas estavam meio desenturmadas e fui chegando.
— Tu sempre tem aventuras novas para contar. – Eu disse.
Ele prosseguiu, sorrindo:
— São de fora, acho que baianinhas, estão tentando se fixar aqui. Mas, ontem o show musical ficou tarde para qualquer aventura, e marcamos para nos encontrarmos hoje. Elas estão hospedadas aqui perto, no Ipanema Inn, ali na rua Maria Quitéria. Tem convênio com a agência delas. Logo estarão aqui. Foi bom tu me ligar, eu não sei se tenho como dar conta de duas!
— Eu sou casado, Melga, não conte com isso! – Respondi.
— Problema teu. Vou ter que me desdobrar. Mas antes de dispensar, eu esperava para ver as duas gracinhas. Tu tem mulher linda, mas essas não ficam atrás. Aposto que a Maha não vai se importar se tu der uma variada no sábado. A propósito, cadê aquela delícia da Maha? Preguiça de se levantar cedo?
Aproveitei para entrar logo no assunto que eu queria:.
— A propósito, a Maha agora parou a “facul”, e está fazendo um curso de arte dramática. Foi no ensaio cedinho. Está amando, e eu puto com as safadezas daquele povo.
— Puto por quê? Que safadezas? – Ele questionou.
— Tu sabe como é o curso de preparação de atores? Já conheceu algum? É um negócio muito louco, eles ficam sem roupa no escuro, se apalpam, sentam-se no colo, dançam sem roupa, para perder a timidez. Já viu? É laboratório, dizem. Uma safadeza danada. - Eu disse.
O Melga deu um gole na cerveja, e sorrindo, respondeu:
— Bom, se essa é a praia dela, deve estar feliz igual pinto no lixo, ciscando, abanando o rabinho e cantando. Melhor tu nem perguntar muito como é a coisa. Chega em casa, dá um banho nela, para tirar o cheiro dos outros, e mete bronca, para ela não pensar que só ou outros que podem! Hahaha...
Eu olhei para ele muito admirado e ele caiu na gargalhada, me caçoando. Eu falei:
— Puta que pariu. Pensei que conversando contigo eu ia receber uns conselhos decentes.
Ele continuava rindo e começou a me bombardear de questões:
— Tu gosta dela?
— Muito. – Falei.
— Ela é morosa e gosta de ti?
— É o que ela diz e demonstra. – Confirmei.
— Ela é mais bonita e gostosa do que a maioria que tu já pegou?
— Com certeza! Tu a conhece! Uma deusa. – Respondi.
— Ela gosta da fruta? É chegada a dar ré no croquete e engolir uma mandioca? Não nega nada?
— Tu é podre! Fale com respeito. Até hoje, não tenho do que reclamar. – Falei.
— Ela já tinha dado para outros antes de casar contigo?
— Foi o que ela me contou. – respondi.
— Então, ela está contigo porque gosta, quer, escolheu, e está bom assim. Ela sabe o que quer. Tu é parceiro, bom, honesto, está progredindo sempre, vida boa, bonitão, jovem, inteligente, gostosão, liberal, tem pau grande, acha que ela não vai querer manter isso?
— Bom, pode ser, mas onde que tu quer chegar? – Questionei.
— Pensa bem, deixa ela ser feliz, deixa se esfregar naquele povo safado do teatro. Vida de artista é assim mesmo. Vivem uma fantasia a cada novo enredo. Adoram fingir que são outros a cada peça.
Ele deu uma suspirada, e continuou:
— Mas, ela é a tua esposa, cabeça aberta, e se der tesão, ela vai dar uma ou outra foda com algum deles, coisa de momento, de oportunidade, mas sempre vai voltar para ficar contigo. Não esquenta.
— Porra, Melga! Sacanagem! Não tenho vocação de ser corno. – Exclamei.
Ele cortou:
— Babaquice pura. Chifre tu já deve ter. A maioria dos maridos é corno e nem sabe. Na realidade, não escapa ninguém. A esposa que parece fiel, não dá para outro, por medo de assumir que tem vontade, mas com o marido só goza pensando na rola de outro que ela viu na novela, num filme, ou na portaria do prédio. Cabeça de mulher é assim, fantasiosa. Para gozar tem que fantasiar muito. E o corno do marido se achando a salvo, o fodidão, nem imagina. Tu tem que ser mais cabeça aberta, se quiser levar teu casamento adiante.
— Melga, aceitar que outro macho pega a minha esposa, os outros sabem disso, e só eu não sei, é foda! Não tenho essa cabeça não. – Eu disse.
— Bom, tu quer um conselho útil ou um que te fode de vez?
— Como assim? – Perguntei.
— Meu conselho útil é que para não acontecer isso, tu joga limpo com a tua esposa, e pede que ela não faça nada escondido, que sempre fale tudo para ti, tenha confiança e sinceridade, pois não quer pagar de corno enganado. Mas. Assume que tu prefere pagar de corno liberal, assumido. E deixa a bonita aproveitar enquanto pode.
— Caralho, Melga, eu pedi exatamente o contrário a ela! – Comentei.
Ele explicou:
— Para ti nunca vai faltar nada, porque quando ela contar o que fez com outro, tu vai ficar tão doido de tesão e ciúme que vai partir para cima dela como um tigre faminto. Teu tesão vai superar tudo.
Ele me olhava com expressão maliciosa:
— Aí, depois, tu conta também as bimbadas que tu deu por fora, quando teve oportunidade. Vai ver que ela vai perceber que pode perder o corninho dos bagos de ouro, e vai ficar muito mais amorosa e dedicada. Talvez até desista de se arriscar. É pôquer de 5 cartas! Não tem como blefar.
— Porra, Melga, acho que tu é mais doido do que eu pensava – Respondi.
— Bom, confia no teu sócio. Já passei por tudo isso. Mas, se quer aprender a dar perda total, também é muito fácil. Tenta manter o vulcão preso. Proíbe a princesa de fazer o que ama. Uma hora ela entra em erupção, e aí vira uma devastação. Não vale a pena morar no vulcão. Estou ensinando como aprender a viver, e livre de verdade.
— Quer dizer que tu está me dizendo que devo assumir, e liberar, e não fazer questão? Mesmo se ela chegar toda fodida de tanto dar para outros? – Questionei.
— Já conhece o ditado: “Lavou, está novo”? É isso, amigo. Não complica.
— Não sei se tenho cabeça para isso, carregar chifre. – Eu disse.
Ele ergueu um dedo, como se chamasse a atenção:
— Vou dar uma lição fundamental. “Mulheres dormem com quem elas querem, homens dormem com quem eles conseguem, mas homens se casam com quem eles querem, e mulheres se casam com quem elas conseguem”.
Fiquei olhando para ele admirado. Era surpreendente o que ele sabia. Ele continuou:
— Uma garota bonita pode fazer sexo quando quer sem nenhum esforço, basta ter vontade, olhares a seguem, desejos a perseguem, portas se abrem. Ela se deita com quem ela desejar, basta seu olhar aceitar o interesse e permitir. Mas, quando ela quer um anel, um compromisso, uma parceria, o jogo fica diferente.
Fiquei alguns segundos calado pensando naquelas palavras. Ele deu outro gole na cerveja, e falou:
— Homens querem o acesso ao sexo, e as mulheres controlam o acesso a ele. Mas, os homens é que controlam o compromisso. E as mulheres no fundo, querem o compromisso. Existem muito menos homens decentes do que mulheres insatisfeitas. O compromisso é que é o verdadeiro poder. A mulher não precisa do homem, se não quiser, mas, se ela quiser ter um compromisso com um homem, depende de ele querer. Um homem se torna mais valioso após anos de lutas, crescimento, evolução e conquistas. Uma vez que ele se torna um homem dono de poder e recursos, é ele quem pode escolher. Mulheres podem também alcançar isso, independentemente de tudo. Mas, as mulheres se acostumaram a serem buscadas, e seguidas, e confundem atenção e interesse, com valor.
Respirou fundo e emendou:
— Até quando o relógio da vida dá o sinal, que elas estão passando da sua metade vital. Então, muitas delas começam a correr atrás, querem um parceiro, para um compromisso. Elas não suportam não se sentirem escolhidas e as donas do compromisso. A verdade, é que a mulher pode dormir com cem homens, mas, nenhum a vai assumir, a menos que queira. Enquanto isso, um homem que construiu a si mesmo, antes de tudo, pode escolher uma parceira como um rei, que escolhe sua rainha. Mas ela pode traí-lo quando menos se espera.
— Muito interessante, não dá para generalizar isso, mas faz sentido. – Falei.
O Melga concluiu:
— Você pode achar que ela está no comando, mas não está... Ela só atingiu o auge, mais cedo. Os homens chegam mais tarde ao poder. Ela pode até não querer um homem, não precisar dele, mas, se quiser ter um compromisso com um, a regra é clara. Ela até pode escolher quem entra no corpo dela, mas, o homem escolhe quem vai assumir o seu legado. Entenda esse jogo.
Ao ouvir aquilo, tentei transpor para a minha situação. Eu tinha o poder do compromisso, e a Maha tinha o poder de decidir fazer o que quisesse com o corpo dela, mas, se quisesse manter o compromisso, teria que se acertar comigo. Fazia sentido. Falei:
— Mas tu me disse que eu devia liberar a minha esposa, e deixar que ela faça o que tem vontade, para ser feliz. Terei que aceitar dividir a esposa com outros?
Ele concordou com a cabeça, e falou:
— Mas, ela vai ter que aceitar o mesmo. Experimente. Pense mais livre. Vamos hoje, dar uma atenção maior nessas duas novinhas que vão chegar. Esquece a Maha. Viva o momento. Depois, quando ela chegar toda gostosa do ensaio safado, onde esteve se esfregando nos machos do teatro, tu conta para a tua princesa que tu estava apenas se divertindo um pouco, já que pintou a oportunidade. Vai ver como as coisas mudam de figura e tu vai entender a verdadeira lição do poder.
Eu fiquei olhando para ele, pensando naquilo. Resolvi falar:
— O Gênio, meu amigo desde o colégio, está no curso de teatro com a Maha. Ele é um predador, é meu amigo, mas vai chegar uma hora que ele vai cair matando. Ninguém resiste à Maha, ela é sensual demais e adora provocar. Isso que me tira do sério.
— Ele é bom, gostosão? Bom de serviço? Teu amigo? – Ele perguntou.
— Sim. Dos melhores. - Respondi.
Ele falou sério:
— Então, não esquenta. Teu amigo só vai fazer a alegria da tua esposa, vai dar prazer diferente a ela, mas ela vai continuar sendo a tua esposa. Deixa eles aproveitarem. Se é amigo, melhor do que sendo um estranho. Tu pode confiar mais.
— Caralho! Melga, hoje tu tirou o dia para me foder? Quer que eu assuma ser corno do amigo, e ainda fique de boa?
Ele deu risada, e deu de ombros:
— Tem coisas que são inevitáveis. Aproveite e tire vantagem. Vai te dar passe livre.
Eu ia responder mas ele falou:
— Olha lá, as duas, chegaram.
Olhei na direção que ele apontou e fiquei de queixo caído. Duas morenas, mestiças, cor de chocolate ao leite, vinham caminhando pela beira da água, rebolando aqueles corpos de “globeleza” e chamando atenção por onde passavam. Pareceu até que a praia ficou mais silenciosa. O Melga se ergueu da cadeira e acenou chamando a atenção das duas.
Uma tinha um biquíni verde limão, que quase nem aparecia no corpo dela de tão pequenino. A outra tinha um biquíni branco, do mesmo formato e tamanho. Reparei que os olhares dos marmanjos todos acompanhavam a aproximação delas. Ouvi o Melga dizer:
— Farei umas selfies nossas com elas, e tu mostra em casa mais tarde, para tua corna.
Na hora eu fiquei arrepiado. Elas chegaram com seus beijinhos nos nossos rostos, um de cada lado, o perfume era carregado de notas amadeiradas. A de biquíni verde era a Sharon, e a de biquíni branco era a Shakira. Uma tinha cabelos lisos na altura dos ombros presos com uma fita verde. A outra tinha cachinhos castanhos com as pontinhas douradas, na altura do queixo. Sorrisos lindos, brancos, impecáveis. Fiquei tão embaralhado com a chegada delas que mal prestei atenção nas apresentações. Vi o Melga acenando para o Magrão da barraca, para pedir duas cadeiras. Uma delas falava alguma coisa comigo:
— Você é filho dele?
Sorri, e recuperando o bom-humor e a rapidez de raciocínio, falei:
— Ele é bom, mas não foi o suficiente para isso.
As duas não esperavam aquela resposta e me olharam admiradas. Eu disse:
— Eu ficaria com muito ciúme se soubesse que esse safado pegou a minha mãe.
Elas deram risada e o Melga respondeu:
— Nem eu faria um filho desnaturado desse.
Outras gargalhadas. As cadeirinhas estavam chegando e nos sentamos. Veio novo balde de cervejas geladas, e começou uma tarde deliciosa na companhia daquelas duas deusas da cor do cacau torrado. Elas eram mesmo novinhas, sorridentes, simpáticas e pareciam gostar da nossa conversa sem compromisso, e cheia de brincadeiras.
Teve uma hora que a Shakira disse:
— Adoro homem bem-humorado. Acho que homem inteligente, divertido e sem ser metido a besta, é muito mais sexy.
Eu aproveitei e falei para o Melga:
— Perdeu parceiro. Nessa eu levei vantagem.
Demos risada e o clima foi ficando descontraído e muito animado. Eu já me sentia muito melhor dos ânimos e percebia que as duas morenas estava adorando nossa companhia. A inversa era mais do que verdadeira. Eu e o Melga nos sentíamos os reis de Ipanema com aquelas duas. E assim o tempo foi passando, o papo fluindo, os olhares mais insinuantes, fomos para a água algumas vezes para refrescar, e quando eu retirei a bermuda e fiquei apenas de sunga, reparei que elas deram uma olhada na mala frontal e disfarçaram. O Melga deu uma olhada disfarçada para mim e piscou o olho. Eu sabia que ele iria levar a conversa para onde desejava.
Aos poucos, entre uma entrada na água outra, e mais uns petiscos, biscoitos Globo de polvilho, espetinhos de camarão na brasa, e batatas fritas, mais cerveja foi sendo consumida e o clima ficava mais descontraído. Reparei que conforme a gente as olhava com mais desejo, as duas se mostravam mais excitadas, os mamilos salientes sob a malha dos biquínis, marcando sua presença empinada. Comecei a pensar que aquilo ia terminar em safadeza. E uma hora, perguntei ao Melga, meio discretamente, onde ele achava que aquele dia iria acabar. Ele esperou que elas se distraíssem e falou:
— Por mim, na horizontal com elas junto.
Dei risada e comecei a pensar que estava na hora de deixar a minha esposa ao par do que estava acontecendo, para não parecer que fazia algo escondido. Pedi para fazer uma selfie com todos juntos na praia, e depois, enviei a foto para a Maha, com a legenda.
“Passando o dia na praia com o Melga e duas amigas dele.”
O mais incrível é que ela não respondeu, nem olhou, sinal de que ainda estava ocupada naquele tal ensaio de teatro. Ou fodendo com o Gênio.
Só de imaginar aquilo já fiquei cabreiro e decidi investir nas morenas. E não demorou o Melga sugerir que a gente poderia sair da praia para um almoço mais sossegado.
Elas concordaram e nós saímos da praia, deixamos as coisas para os ajudantes do Magrão recolher e fomos andando para um restaurante ali perto, na rua Garcia D´Avila, muito simpático, chamado Delírio Tropical.
Naturalmente, caminhávamos em casal, a Sheron ao lado do Melga, e a Shakira ao meu lado. Um casal atrás do outro seguindo pela calçada. E assim nós ficamos no restaurante, durante nossa refeição, um casal de frente para o outro.
A conversa era leve, descontraída, as duas pareciam satisfeitas e nenhuma fez a pergunta indiscreta se algum de nós era casado. Ao longo do almoço, bebemos duas caipirinhas cada um, e eu senti por algumas vezes a perna da Shakira se encostando quente na minha perna, e o braço dela também que roçava o meu outras vezes. Notei que ela era ligeiramente sinestésica, pois em vários momentos, falando comigo, colocava sua mão sobre o meu antebraço, ou me dava algum toque ligeiro com os dedos, quando ria de alguma brincadeira. Elas estavam vestidas com as saídas de praia combinando com a cor dos biquínis, e eu podia sentir o perfume que se exalava delas, de forma muito provocante. Até que próximo do final do almoço, nós falando do calor muito forte lá de fora, e da sensação do sal do mar no corpo, já perto das 18h30, a Sharon disse:
— Vocês querem ir até o hotel para tomar um banho? É um quarteirão daqui. Temos uma suíte cada uma.
Pronto, estava feito o convite, e o Melga, na mesma hora respondeu:
— Eu não via a hora de você convidar!
Caímos na gargalhada com a cara de pau do safado. Mas concordamos com a sugestão. Pagamos a conta e fomos à pé, para o hotel das moças. Eu já havia tocado um foda-se para o que a Maha poderia achar, e estava me convencendo de que não custava nada me soltar um pouco no meu “ensaio” de liberalidade.
Olhei no celular, e a Maha ainda não havia nem olhado minha mensagem. Comecei a imaginar que ela não estava preocupada comigo, então, eu não precisava me preocupar com ela.
Chegamos ao hotel e subimos para os quartos, e cada casal foi para uma das suítes. O Safado do Melga disse, quando nos afastamos:
— Depois do banho não precisa avisar. O primeiro que chamar o outro paga multa.
Novamente, demos risada. E eu fui tomar banho com aquela deliciosa morena novinha e escultural. Fazia tempo que eu não tomava um banho tão demorado na minha vida. Foi um momento muito gostoso, calmo, cheio de carícias, beijos, corpos se esfregando sob a ducha de água fresca.
Os seios dela eram verdadeiras esculturas, ligeiramente maiores do que os da Maha, com mamilos salientes de quase 1 cm, de cor castanha escura, quase pretos, que ela esfregava em meu peito sabendo que me arrepiava até nos cabelos do nariz. Quando ela me viu pelado, com o pau duro, disse:
— Parece que o preto aqui é você.
— Por quê?
— Você é branco, mas tem um pinto que dá o nome, pelo tamanho, e eu tenho a pepekinha bem pequenina.
— Está enganada, não sou essa maravilha toda, tenho um amigo que tem um pau ainda maior do que o meu.
Pensei mas não disse: “E minha esposa anda gulosa em pegar”.
Ela deu risada e disse:
— Benza deus. Estou já muito contente com o que estou vendo.
Ela também colocou meu pau duro entre as suas coxas, e me abraçava, como a Maha também gosta de fazer. Minha rola pressionada por sua virilha pulsava forte. Passamos para uma troca de beijos e carícias, sem pressa. Foi impossível não comparar as duas. Shakira, mais alta, tinha um corpo muito mais quente do que a Maha, parecia que havia absorvido todo o calor do dia na praia, e sua pele em contato com a minha provocava uma sensação gostosa. Eu disse:
— Tu tem um corpo quente, delicioso. Tua pele é uma tentação.
— As pretas, são assim. Por dentro é ainda mais quente. Nunca provou? – Ela perguntou.
— Igual a esta maravilha, nunca. Vontade de não desgrudar mais.
Passei a chupar aqueles peitos rígidos, enquanto ela suspirava, e exclamava que adorava ser mamada nos peitos.
Vi que ela não tinha tempo ruim. Era safadinha e assumida. De fato, não demorou nem dois minutos e senti que ela estremecia e gemia no primeiro orgasmo apenas sendo chupada nos seios e esfregando o grelinho no meu pau. Ela murmurou:
— Meu deus, que boca deliciosa! Estou alucinada.
— Então vou ver se posso melhorar isso. – Eu disse.
Me ajoelhei no chão e comecei a lamber e chupar a virilha e os lados da bocetinha lisinha, realmente perfeita, de lábios grossos. Shakira se recostou na parede do chuveiro e suspendendo uma perna, apoiou-a sobre o meu ombro. Assim, tive acesso àquela boceta que era realmente quente, melada, e vermelha como brasa por dentro.
Ali, naquela chupada, ela teve um segundo orgasmo, comigo sugando seu grelinho entre os lábios e passando suavemente a língua de leve. Senti as unhas da morena se cravarem nos meus ombros, e ela ficar toda mole, estremecendo. Me levantei, peguei-a no colo e levei-a para a cama, onde a deitei de costas. Ela pediu:
— Vem, por favor, mete esse pau gostoso na minha pepekinha.
A morena estava linda, ainda molhada, as pernas dobradas e as coxas separadas, a linda bocetinha molhada e ligeiramente abertinha, esperando a penetração. Os dois pezinhos lindos, de unhas pintadas de branco, suspensos formavam a pose ideal para uma foda inesquecível. Ela notou a minha hesitação e apontou para a mesinha de cabeceira dizendo:
— Ali, ali tem.
Abri a gaveta e vi o pacote de preservativos. Peguei e rasguei, e ela pediu:
— Me deixa vestir.
Cheguei de joelhos perto dela sobre a cama e entreguei a camisinha. Ela, demonstrando muita habilidade, esticou o preservativo com dois dedos e num movimento preciso, vestiu o meu cacete empinado quase até em baixo. Bastou eu dar uma rápida ajeitada e estava pronto. Passei a cutucar a cabeça da pica na entrada da bocetinha e ela suspirava. Fiquei ali brincando por mais de um minuto, ouvindo-a gemer e suspirar. Até que ela pediu:
— Não aguento mais. Mete gostoso. Quero gozar de novo com você aqui dentro.
Passei a penetrar lentamente, ela até projetava a pélvis para a frente. Naquele momento, me lembrei que a Maha também fazia aquele movimento, quando estava muito tarada e louca para ser penetrada. E por um segundo, tive a imagem mental da Maha naquela posição, pedindo ao Gênio que a fodesse logo. Aquilo foi como uma bomba interior, me agitou o corpo como um reflexo de um raio, uma onda de tesão mais forte me impeliu.
Eu não aguentei mais e soquei a pica para dentro da boceta da morena que soltou um gemido, ofegou e exclamou:
— Ah… Delícia! Isso! Fode gostoso!
Eu estava tomado por uma volúpia louca, como se quisesse esquecer a imagem que eu imaginei e só pudesse me afundar naquele corpo quente e moreno da Shakira.
Acho que passei a foder com um ímpeto incrível como se precisasse deixar aquela mulher completamente saciada.
Sentia a morena me puxar, com as mãos agarrando minha bunda, as pernas cruzadas na minha cintura, e os beijos desesperados dela que sugavam minha língua. Eu vi que a Shakira iria entrar em orgasmo em segundos… Na hora pensei se retardava ou prosseguia.
Continua na parte 5.
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