Meu anjo (2/5)

Da série Meu anjo
Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Gay
Contém 1433 palavras
Data: 31/07/2025 19:24:01

Oi, Anjo.

Eu sei que você deve estar cansado de ouvir sobre isso… mas eu preciso falar. Porque tá ficando impossível guardar só pra mim.

Depois daquela noite na pizzaria, o rosto do Vinni não me saía da cabeça.

Ele começou a me seguir nas redes sociais, e eu acabei stalkeando, vendo suas fotos.

O sorriso dele. Me fez me lembrar do jeito que me olhou quando Victor foi ao banheiro. Suas mãos quentes nas minhas costas no abraço de despedida.

Eu tentei me convencer que era só fogo de palha, só carência… mas não era.

E aí começaram as coincidências.

A primeira foi no café da esquina do trabalho.

Você sabe, Anjo, eu vou lá quase todo dia depois do expediente, pego meu espresso, sento perto da janela e finjo que tô relaxando.

Pois é. Entrei distraído, mexendo no celular… e lá estava ele.

Sentado sozinho, lendo um livro de capa azul. A luz do fim da tarde batia na lateral do rosto dele, deixando ele ainda mais bonito.

— Gabriel? — ele sorriu, levantando os olhos do livro.

— Que mundo pequeno.

Senti o coração disparar.

— Pois é… — e eu sorri também, sem saber onde enfiar as mãos. — Mora aqui perto?

— Passo por aqui todo dia. Gosto do espresso.

— Serio? Eu também passo por aqui todo dia.

Ele fechou o livro e bateu de leve na cadeira à frente, chamando.

Sentei. E, Anjo… eu juro, parecia que o mundo tinha diminuído pra caber só naquela mesa.

A conversa fluiu tão fácil que dava medo.

Falamos de livros. Ele me perguntou o que eu lia. E eu, nervoso, inventei que tinha acabado de ler um que tava parado na minha estante fazia meses. Ele riu.

Falamos também de música. Ele curte um pouco de tudo, até cantou uns pagodes antigos do nada, o que me fez rir.

Falamos de trabalho. Ele reclamou do chefe dele, e eu reclamei do meu.

E o mais louco: ele me olhava com uma atenção que nem o próprio Victor costumava ter.

Eu fui embora naquela tarde com a sensação de que… tinha algo ali.

Mas fiquei me perguntando se não era coisa da minha cabeça. Se eu não tava lendo demais nas entrelinhas.

Só que, Anjo… os encontros não pararam.

Dois dias depois, saí pra correr na Lagoa. Meu fone no ouvido, tentando focar na música, quando eu vi.

Vinni, sentado num banco, rindo de algo no celular. Usava uma camiseta branca que deixava os braços à mostra, e o sol batia de jeito que… eu tive que olhar pro outro lado, porque senti o pau pulsar dentro do shorts.

— Gabriel? — de novo aquele sorriso.

Eu ri.

— Você tá me seguindo ou é impressão minha? - brinquei

— Acho que a gente tem o mesmo mapa astral — ele respondeu, e eu quase engasguei rindo.

Acabamos correndo juntos. O passo dele era firme, mas confortável. O suor começou a escorrer pelo pescoço dele, e eu tive que me controlar pra não encarar demais. Quando paramos pra respirar, ele tirou a camiseta encharcada e passou na testa.

Anjo… eu pensei merda na hora.

O abdômen marcado, o suor brilhando no peito, aquela sensação de que eu tava vendo algo que não era pra mim.

— Quer tomar um açaí? — ele perguntou, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Fomos. Sentamos num banco da praça, e dividimos uma tigela.

Os dedos dele encostavam nos meus sem querer quando a gente pegava as colheradas. Cada toque parecia uma faísca.

Voltei pra casa com as pernas bambas, mas não era da corrida.

Era do que eu tava sentindo, e não devia.

E aí veio o terceiro encontro.

O que mudou tudo.

Eu tava num barzinho com o pessoal do trabalho, música ao vivo, cerveja gelada… e de repente, lá estava ele.

Sozinho, encostado no balcão, mexendo no celular.

— Gabriel? — terceira vez. A voz dele já parecia íntima.

— Cara… isso tá ficando estranho — eu ri. — A gente se esbarra em todo lugar.

— Coincidência, né? — ele sorriu, mas tinha algo diferente no olhar.

Ele sentou comigo, e a gente começou a beber. Uma cerveja, depois outra.

A conversa deslizou pra assuntos mais… pessoais.

— Você e o Victor… sempre foram assim, tão próximos? — ele perguntou, girando o copo.

— Desde sempre. Ele me chama de anjo da guarda. — Eu ri sem graça.

— Ele fala muito de você.

— Espero que bem.

— Ele te admira. Dá pra ver.

Eu não sabia se sorria ou mudava de assunto. Mas antes que eu pudesse reagir, ele perguntou:

— E você? Tem alguém?

— Não… ninguém que valha a pena. — Respondi rápido demais.

Ele me olhou de lado. Um sorriso lento.

— Entendi.

Aquela pausa entre uma cerveja e outra parecia infinita.

Eu sentia os olhares dele queimando na minha pele.

Quando nos despedimos, o abraço foi diferente. Mais longo. O corpo dele colado no meu.

Anjo… eu voltei pra casa com o pau latejando e o coração pesado.

E aí chegou o dia do filme.

Victor me mandou mensagem:

"Vamos ver um filme na tua casa hoje à noite? O Vinni gostou da ideia e falou que iria."

Eu aceitei. Claro.

Arrumei a sala, fiz pipoca, deixei a Netflix pronta.

Era pra ser uma noite entre amigos. Entre três amigos.

Às nove, toca o interfone do prédio. Era o Vinni, mandei subir.

Camisa preta justa, calça jeans escura. Perfume bom demais.

— Cadê o Victor? — perguntei.

— Então… ele me ligou agora, disse que teve um imprevisto e vai demorar. Falou pra eu vir na frente.

Anjo… meu estômago gelou.

Sozinho. Eu e ele.

No começo, eu tentei manter tudo casual.

Sentei num canto do sofá, ele no outro. Coloquei o filme. Fiz piada da pipoca.

Mas a distância foi diminuindo sem a gente perceber.

— Que filme é esse? — ele perguntou, chegando mais perto.

— É aquele suspense novo que tá todo mundo comentando. — Eu tentei parecer normal.

A manta tava ali, jogada. Ele puxou e cobriu as pernas.

— Tá frio. Chega mais.

Eu senti o calor subir pelo rosto.

Me aproximei. Ombro com ombro.

O perfume dele misturado com cheiro de pipoca e o silêncio do filme… perigoso demais.

No meio do filme, ele riu de uma cena idiota e encostou a cabeça no meu ombro.

Eu congelei.

Meu pau endureceu na hora.

Fechei os olhos por um segundo, tentando controlar a respiração.

— Você tá tenso, Gabriel… — ele disse baixinho, quase um sussurro.

— É… o filme. — Menti.

Ele virou o rosto e me olhou de perto, muito perto.

— Tem certeza que é só o filme?

Foi aí que a barragem estourou.

Eu inclinei a cabeça e beijei ele.

Devagar, primeiro. Mas a fome veio rápido.

A língua dele entrou na minha boca e eu puxei sua cintura, sentindo o corpo quente e firme colado no meu.

A manta caiu no chão.

As mãos dele subiram pelo meu peito, apertando meu ombro.

Eu sentia o pau dele duro encostando no meu, mesmo por cima do jeans.

— A gente não devia… — eu falei, já com a boca no pescoço dele.

— Eu sei… — ele gemeu. — Mas eu quero.

As roupas caíram pelo caminho até o quarto.

Minha cama nunca pareceu tão pequena.

Ele deitou de costas, e eu explorei cada pedaço dele com a boca.

Beijei o pescoço, mordi o ombro, desci chupando o peito, sentindo ele arrepiar sob minha língua.

Quando cheguei na calça, ele já tava duro demais. Tirei devagar.

O pau dele saltou, quente e duro.

Passei a língua na cabeça, ouvi ele gemer meu nome baixinho, e comecei a chupar devagar, sentindo ele tremer.

— Puta que pariu… — ele gemeu, segurando meus cabelos.

Depois, trocamos.

Ele ajoelhou entre minhas pernas e engoliu meu pau com uma fome que me fez perder o fôlego.

Cada chupada era um arrepio subindo pela espinha.

Quando não deu mais pra segurar, puxei ele pra cima e o virei de costas.

Passei a mão na bunda firme, beijei, lambi, até ele gemer e implorar.

Usei camisinha e lubrificante, e entrei devagar, sentindo o corpo quente e apertado me receber.

O gemido dele no travesseiro me fez gozar mais rápido do que eu queria.

Meti forte, sentindo cada segundo daquele prazer proibido.

Gozei dentro da camisinha, tremendo, caindo sobre ele.

A respiração dele no meu ouvido, o cheiro de suor e sexo no quarto…

E a culpa começou a se misturar com o prazer antes mesmo de terminar.

Ele dormiu rápido, satisfeito.

E eu fiquei acordado, olhando pro teto, com o coração disparado.

Victor confiava em mim.

E eu acabei de cruzar a linha da traição.

E foi isso, Anjo.

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