Assim que chegamos na casa do Carlos, ele me jogou contra a parede com uma urgência que me fez tremer. Nossos olhos se encontraram por um instante - havia tanto tempo guardado naquele olhar, tanta saudade represada. Quando nossos lábios se tocaram, foi como se o mundo parasse. Um beijo quente, carregado de memórias e desejo, que despertou cada fibra do meu ser.
Suas mãos percorriam meu corpo como se estivesse redescobrindo um território conhecido e amado. Cada toque era familiar, mas ao mesmo tempo novo, intensificado pela ausência que nos separou por tanto tempo. Sentia a respiração dele contra meu pescoço, seus lábios deixando um rastro de fogo pela minha pele.
— Senti tanto sua falta — murmurou Carlos contra meus lábios, suas mãos firmes em minha cintura.
— Eu também — respondi, perdido na sensação de estar ali, com ele, depois de tanto tempo.
Carlos tirou sua roupa e depois foi tirando a minha, estávamos pelados e trocando um beijo quente um com outro, como se aquele fosse o primeiro beijo de toda a nossa historia, seu pau estava mais duro do que nunca, então me sentei na cama e a medida que ele se aproximava de mim eu segurava firme seu pau, e então finalmente coloquei-o na boca, e comecei a chupar seu pau, sempre gostei de chupar o Carlos, ele tinha um pau macio, era branquinho como seu tom de pele, e cabeça bem vermelhinha, seu pau já começava a babar e passava minha língua bebendo todo mel que saia do seu pau, e abocanhava tudo até me engasgar, era um tarefa difícil fazer uma garganta profunda, mas eu era capaz, e sabia que isso deixava o Carlos maluco.
– Estava com saudade desse pau seu puto? - perguntou Carlos me encarando sério, então tirei seu pau da minha boca, e olhei no seus olhos e disse:
– Muita saudades do seu pauzão, na minha boca. – Falei de forma vulgar, percebi que o Carlos esboçou um sorriso sacana.
Ele gostava de me ver chupando seu pau com força e desejo, então eu dei o meu melhor, chupei como nunca havia chupado ninguém, as vezes eu tirava seu pau da minha boca, masturbava ele um pouco e me tocava de leve, eu estava no apice do tesão, o corpo do Carlos tinha esse tesão sobre mim.
– Seu pau é muito bonito - Falei passando a língua na cabeça, e fz isso olhando fixamente para os olhos claros do Carlos.
– Então mama ele gostoso - Falou Carlos levando a mão até minha cabeça e forçando seu pau bem mais fundo na minha garganta me fazendo tossir, e ficar sem ar por alguns segundos.
Fechei os olhos e abri bem a boca, recebi seu pau quente na minha gargante, sentindo ir bem ao fundo, aquele pau branco, já babava muito e estava quente. Eu segurava na base sentindo os pentelhos em minha mão. Seu saco balançava para frente e para trás.
– Que delícia Lucas! - Falou Carlos segurando meu rosto e forçando seu pau para dentro da minha boca. Seu pau preencheu bem e me fez engasgar novamente. Fechei os olhos e senti a baba descendo minha garganta.
Nesse momento eu comecei a me masturbar bem devagar. Não queria gozar antes da hora, então abri os olhos e olhei para o Carlos que nesse momento soltou minha cabeça, respirei fundo eu havia ficado sem fôlego. Observei por alguns instantes aquele membro todo babado e pulsante logo a minha frente e não resisti. Segurei firme, dei uma lambida voraz na cabeça e voltei a mamá-lo com gosto, Carlos agora acariciava meus cabelos enquanto eu mamava com gosto seu pau.
– Lambe minhas bolas - Falou o Carlos segurando o pau, eu obediente passei a língua no corpo venoso e desci até o saco. O cheiro era gostoso, passei a língua no saco e fui colocando uma de cada vez dentro da boca e chupei deixando bem molhadas.
Carlos aproveitou e começou a bater seu pau no meu rosto, ele esfregava seu pau na minha cara, enquanto eu saboreava suas bolas, em seguida ele segurou meu rosto e começou a esfregar seu pau para frente e para trás sentindo minha língua subir e descer em seu pau.
– Fica de quatro meu sacaninha - falou Carlos dando um passo para trás.
Rapidamente fiquei de quatro na cama, Carlos se aproximou de mim e segurou minha cintura esfregando a cabeça do pau no meu cú e disse:
– Que saudades que eu eu tava de macetar esse rabo gostoso - falou ele se abaixando. Como um animal faminto, lambeu meu cú com seu linguá, e então deu um tapa na minha bunda bem forte e disse:
– Vou te comer como nunca te comi antes.
Carlos então segurou meu pau que estava completamente duro e cheio de tesão, e começou a me masturbar de leve. Em seguida, meteu a língua no meu rabo novamente me dando um beijo grego inesquecível.
– Esse cú é todo seu - falei empinando bem a bunda.
– Esse cuzinho é todo meu, hoje vou te comer com força. - falou ele dando um tapa bem forte na minha nádega direita.
– Você vai meter essa pica grossa em mim? – Falei olhando nos seus olhos.
– Só se for agora.
.
Então o Carlos foi me empurrando de leve me fazendo deitar na cama. Ele afastou um pouco minhas pernas e deitou seu corpo em cima do meu, então senti seu pau duro. Ele se posicionou e em seguida deitou o restante do seu corpo sobre mim. Ele pressionou a cintura contra o meu corpo e senti uma dor forte, era como se fosse nossa primeira vez novamente, meu rabo tinha desacostumado com o tamanho do seu pau, então a cabeça do seu pau entrou, e eu reclamei um pouco da dor:
– Está doendo muito - falei gemendo.
– fez tempo que não leva madeira no rabonseu puto? - perguntou Carlos
– Sim! – Falei mentindo.
– Seu cuzinho está apertadinho - falou ele abrindo minha bunda com suas mãos e massageando meu buraco com sua língua, então comecei finalmente a relaxar e a dor inicial tinha passado:
– Mete com vontade seu filho da puta – Falei gemendo
– Se prepara que é agora.
Então o Carlos começou a forçar seu pau para dentro de mim, e eu comecei a fazer movimentos circulares com a cintura
– Enfia tudo, mete esse pau todo em mim, seu macho safado. – Falei gemendo de tesão sentindo o pau do Carlos entrar cm por cm.
Ele finalmente meteu todo seu pau em mim. Minhas pernas tremiam sentindo aquele pau grosso penetrar em mim até que senti o abdômen do Carlos suado encostar nas minhas costas.
– Nossa que rabo quente - falou Carlos dando três estocadas fortes que fizeram meu pau
babar na cama.
– Que pau gostoso, me fode, me come gostoso. – Falei com o corpo em êxtase.
– Seu rabo ta muito apertadinho - falou ele ainda metendo dentro de mim.
– Está gostoso? - perguntei.
– Sim - falou ele dando um beijo na minha nuca
Carlos foi começando a movimentar o quadril para frente e para trás e falava no meu ouvido “está gostoso?” respondi que sim e ele foi aumentando pouco a pouco o ritmo das estocadas, meu cuzinho estava aberto e a sensação de ardor aumentou, sentia o seu pau deslizar em um vai e vem dentro de mim e eu não sentia nada além de prazer. A dor tinha desaparecido por completo, o barulho de seu quadril movimentando em direção a minha bunda ecoaram no silêncio que nós dois fazíamos. Apenas o barulho do sexo ecoava pelo quarto.
Carlos agora movimentava seu corpo freneticamente e seu pau queimava dentro de mim. O tesão que sentia naquele momento era indescritível, ele metia em velocidade máxima e meu corpo se contraia de tesão. Depois de um tempo ele parou por alguns segundos. Ele tirou o pau todo de mim e em seguida movimentou a cintura pra frente enterrando seu pau novamente:
– Esse rabo foi feito pra ser fodido - falou Carlos orgulhoso -- Meu pau é grande e seu cu tá engolindo ele todo como se não fosse nada – Ele tirou o pau e meteu de uma vez até o fundo
– Que saudades que eu tava desse pau - falei gemendo feito uma puta
– Vira pra cima - falou Carlos saindo de cima de mim.
Me virei de barriga pra cima e Carlos pegou um travesseiro e colocou no fim das minhas costas deixando minha bunda pra cima, e me penetrou rapidamente na posição frango assado. Seu pau deslizou para dentro de mim naturalmente, agora eu podia ver seu rosto, nossos corpos já estavam suados, mas ele tinha um sorriso com um ar sério, à medida que seu pau penetrava meu cú . Segurei firme meu pau e comecei a me masturbar.
–Vem aqui - falou Carlos sentando-se na cama e me puxando para seu colo. Assim que sentei em seu colo já fui penetrado. Puxei o Carlos para um beijo enquanto eu cavalgava no seu pau, Carlos fez uma cara ofegante e séria como se estivesse prestes a explodir. Ele diminuiu a velocidade dos movimentos e levou sua mão nas minhas costas e alisou, dei um pequeno sorriso satisfeito, toquei meu pau novamente e depois de alguns movimentos o leite saiu de meu pau e sujou todo meu peito e o do Carlos.
– Minha vez – Falou o Carlos aumentando os movimentos, e em seguida ele se contraiu e eu senti seus jatos de porra sendo depositado no meu cú, o Carlos deu um grito muito alto enquanto gozava,aquele sem dúvidas havia sido nosso melhor sexo.
Depois, exausto e realizado, acabei adormecendo no peito do Carlos, ouvindo as batidas do seu coração se acalmando gradualmente. Era reconfortante estar ali, sentir seu calor, sua respiração suave mexendo em meus cabelos. Por um momento, tudo parecia estar no lugar certo.
Quando acordei, Carlos já estava acordado, me observando com aquele sorriso que sempre me desarma.
— Bom dia, dorminhoco — disse ele, depositando um beijo suave em meus lábios.
— Bom dia — respondi, ainda sonolento, mas sorrindo. — Quanto tempo fiquei dormindo?
— Umas quatro horas. Você parecia tão tranquilo que não tive coragem de te acordar.
— Cara ontem foi nosso melhor sexo sem dúvidas – Falei abrindo um sorriso
— Foi muito quente, desculpa se eu exagerei um pouco.
— Você foi incrível.
Conversamos por alguns minutos, aquela conversa macia de quem acabou de se reencontrar, mas logo Carlos me lembrou que tinha um compromisso com a família.
— Preciso te levar de volta, Lucas. Minha vó está esperando a família toda para o almoço.
— Tudo bem — disse eu, tentando esconder uma ponta de decepção. — Eu entendo.
O trajeto até a casa do Matias foi silencioso, mas não desconfortável. Carlos me deixou na porta por volta das 10h, com um beijo de despedida que prometia continuidade.
Cheguei na casa do Matias sem saber o que seria do nosso futuro, mas tinha certeza de que a noite anterior tinha sido incrível. Eu gostava do Carlos, isso era inegável, mas era algo complicado. Estava numa fase complicada da minha vida com o início da faculdade, com minha atração pelo Raul... então optei por deixar as coisas acontecerem naturalmente. Eu e o Carlos era algo extremamente complicado, essa era a verdade.
Quando cheguei no prédio do Matias, o porteiro me liberou, e assim que entrei no apartamento, eles estavam dormindo juntos na cama - Matias e Raul. Confesso que esbocei um sorriso. Será que finalmente o Matias conseguiu ficar com o Raul? Teria essa resposta em breve.
— Acordem, bando de bichas! — falei gritando.
— Ah, cala a boca, deixa a gente dormir, seu viado — falou o Raul, ainda de olhos fechados.
— Então quer dizer que os dois dormiram juntinhos? — falei me sentando na cama em cima do Raul.
— Vai dormir e deixa a gente dormir, sai de cima de mim — falou o Raul, tentando me empurrar.
— Isso são horas? — disse o Matias, finalmente abrindo os olhos.
— Quero saber tudo o que houve aqui, bora acordar, levanta, quero animação!
— Pra você tá com esse sorriso e animação toda, aposto que a noite foi boa — disse o Raul me encarando com aqueles olhos cor de mel.
— Sim, foi incrível. Bom, o Carlos é meu ex, um dos meus ex. A gente tem uma relação complicada, mas foi gostoso, um reencontro.
— Nada como um sexo com um ex pra animar nossa vida, mas e aí, vai voltar? — falou o Matias.
Suspirei e disse:
— Não sei, amigo, é complicado e não quero falar sobre isso, não quero pensar sobre isso. Aconteceu e foi bom, isso é o que importa. Agora me conta de vocês, o que rolou aqui?
E então continuamos conversando. O Raul se levantou e foi no banheiro, e o Matias fez um gesto para mim em silêncio confirmando que tinha "amado" o Raul, e que confirmava o que eu tinha dito - que ele era muito pauzudo mesmo.
Quando o Raul voltou, se deitou na cama e me puxou para um abraço, ficando deitado me abraçando. Isso fez meu coração acelerar um pouco. Apesar de ter tido uma ótima noite com o Carlos, se o Raul me quisesse ali, eu me entregaria facilmente para ele.
Ficamos os três conversando e rindo, e a todo momento o Raul me tocava mais e mais - um carinho no braço aqui, uma mão na perna ali. Até que o Matias percebeu o que estava rolando e quebrou o gelo:
— Vamos logo resolver isso de uma vez por todas. Já que o Lucas já ficou com o Raul, e eu também, vamos ficar nós três e selamos nossa amizade — disse o Matias sorrindo.
O clima mudou instantaneamente. O que começou como brincadeira se transformou em algo mais intenso quando nossos olhares se cruzaram. Raul foi o primeiro a se mover, puxando-me para um beijo profundo enquanto Matias se aproximava por trás.
As mãos de Raul exploravam meu peito enquanto seus lábios encontravam meu pescoço. Sua pele morena avelã contrastava lindamente com a minha, e eu podia sentir os músculos definidos de seu abdômen contra mim. Matias, com sua pele clara e mamilos vermelhos, beijava minhas costas, suas mãos percorrendo minha cintura.
— Vocês têm certeza disso? — perguntei entre beijos.
— Absoluta — respondeu Raul, seus olhos cor de mel brilhando de desejo.
— Somos amigos, não é? Amigos de verdade — murmurou Matias contra meu ouvido.
O que se seguiu foi uma dança sensual de três corpos se descobrindo, se explorando com carinho e paixão. Matias e Raul se beijaram por cima do meu ombro, e ver aqueles dois juntos fez algo despertar em mim. Nossas mãos se entrelaçavam, nossos corpos se moldavam uns aos outros como peças de um quebra-cabeça perfeito.
Era diferente de tudo que eu já havia experimentado - não era apenas desejo físico, mas uma conexão profunda entre três pessoas que se importavam genuinamente umas com as outras. Cada toque era dado e recebido com ternura, cada beijo era uma celebração da nossa amizade que se transformava em algo mais profundo e bonito, fizemos um sexo intenso, onde o Raul revesava entre meu cú e o do Matias, como eu havia sido fodido a horas atras pelo Carlos, o pau do Raul entrava facilmente, troquei alguns beijos com o Matias, e depois comi o Matias equanto o Raul me metia, e gozamos nesse trenzinho gostoso. Quando finalmente nos separamos, ofegantes e realizados, permanecemos abraçados na cama, três corpos entrelaçados em uma intimidade que transcendia o físico.
— Isso muda alguma coisa entre a gente? — perguntou Matias, quebrando o silêncio.
— Só nos deixa mais próximos — respondeu Raul, beijando minha boca.
— Concordo — disse eu, sentindo uma paz que não sentia há muito tempo. — Vocês são meus novos melhores amigos, e isso... isso só tornou tudo mais especial.
E ali, abraçados, entendi que algumas conexões vão além de rótulos ou convenções. O que vivemos foi puro, verdadeiro e cheio de amor - de todas as formas que o amor pode existir.
O resto do domingo passamos juntos, não houve mais clima de putaria. Era como se tivéssemos selado algo especial entre nós três, uma intimidade diferente que nos deixava mais próximos e confortáveis. Estávamos apenas conversando, rindo, sendo nós mesmos quando meu celular vibrou. Era o Carlos.
"Está no seu amigo? Posso te buscar?"
Olhei para a mensagem e senti meu coração acelerar um pouco.
— É o Carlos — falei para o Matias, que estava deitado ao meu lado enquanto o Raul já havia ido embora há pouco tempo.
— E aí? Vai encontrar com ele de novo? — perguntou Matias, me observando atentamente.
Respondi a mensagem: "sim, ainda estou na casa do meu amigo. Quer me dar uma carona?"
A resposta veio quase instantânea: "Claro, já estou indo."
— Ele vai vir me buscar — disse para o Matias.
— Amigo, que fogo é esse? Você deu pro seu ex de madrugada, deu pro Raul agora de manhã e já vai dar pro ex de novo? Benze, Cristo! — disse o Matias rindo, mas com um tom de preocupação genuína.
— Ai, amigo, eu gosto do Carlos, mas é complicado. Quero ver o que ele tem a dizer, só isso.
— Só se liga, amigo. Coisa com ex é complicadíssimo. Você sabe como é, né? Uma hora vocês estão se amando, na outra estão se matando. E vocês dois... cara, ao meu ver, e o pouco que você falou, vocês têm uma química explosiva, mas também uma capacidade de se destruir que é assustadora.
— Eu sei, mas... não consigo ficar longe dele. É mais forte que eu, sabe? Mesmo sabendo que pode dar merda, mesmo sabendo que a gente se machuca...
— Só não se machuca, tá? E não machuca ele também. Vocês dois merecem ser felizes, mas talvez não seja juntos. Ou talvez seja, sei lá. Só... vai com calma, okay?
Matias me abraçou forte antes de eu sair, e aquele abraço significava muito. Era como se ele estivesse me passando força para enfrentar o que viria.
Algum tempo depois, Carlos chegou. Peguei minhas coisas, me despedi do Matias com outro abraço apertado e desci. Assim que entrei no carro, nossos olhares se cruzaram. Havia algo diferente no ar, uma tensão que não conseguia decifrar. Seus olhos estavam mais sérios, como se ele tivesse pensado muito durante o trajeto.
Ele não disse nada e eu também não. Ficamos em silêncio por alguns minutos enquanto ele dirigia, e esse silêncio começou a me incomodar. Finalmente, quebrei o gelo.
— Vai ficar me dando silêncio? — falei, tentando descontrair, mas minha voz saiu mais tensa do que eu gostaria.
— Uai, tô esperando você falar — respondeu ele, mas percebi uma certa frieza na voz que me fez engolir seco.
— Como foi na sua avó? Ela preparou aquela massa com aquele molho que você sempre fala? — perguntei, tentando puxar um assunto neutro.
— Sim, e com os camarões frescos — falou Carlos, finalmente relaxando um pouco e se virando para me puxar para um beijo rápido no semáforo.
Quando o sinal abriu e ele voltou a dirigir, o clima ficou mais pesado novamente. Carlos respirou fundo, como se estivesse se preparando para algo importante, e disse:
— E então? A gente? Foi só um lance de uma noite? Um novo capítulo? Um novo livro? — a voz dele estava carregada de expectativa e medo ao mesmo tempo.
A pergunta me pegou completamente desprevenido. Senti meu coração disparar e engoli seco antes de responder.
— Carlos, eu gostei muito de ontem. Foi incrível, foi muito bom, como nunca havíamos feito antes. Mas não sei... eu te amo muito, e sei lá, sinceramente eu acho que por mim a gente continua ficando.
— Ficando? — questionou Carlos, e pela forma como disse a palavra, percebi que não era bem isso que ele queria ouvir.
— Você quer namorar? Reatar? — perguntei, tentando entender onde ele queria chegar.
Carlos parou o carro no acostamento. Desligou o motor e se virou completamente para mim, seus olhos brilhando com uma intensidade que me fez arrepiar.
— Quero você, Lucas. Eu te amo. Eu penso em você sempre, cara. Sempre. Não passa um dia que eu não pense em como seria se a gente estivesse junto. Ontem só confirmou o que eu já sabia... que eu não consigo te esquecer.
Meu coração quase saiu pela boca. A sinceridade na voz dele, a vulnerabilidade... era o Carlos que eu conhecia, o Carlos que me fez me apaixonar.
— Eu também te amo, Carlos. Me sinto bem hoje em dia quando estou com você. É como se eu voltasse a ser eu mesmo, sabe?
— Então por que a gente não tenta mais uma vez? Mais uma das mil vezes — ele falou me olhando diretamente nos olhos, pegando minha mão. — Nunca vou me cansar de você, Lucas. Saiba disso. Pode dar merda mil vezes, a gente pode brigar, pode se machucar, mas eu sempre vou voltar pra você. Sempre.
Senti os olhos marejarem. Ninguém nunca tinha falado comigo daquela forma.
— Obrigado por nunca desistir de mim — falei, apertando a mão dele.
Mas então Carlos fez uma pergunta que me gelou:
— E o Luke?
— O que tem ele? — perguntei, tentando soar casual, mas minha voz falhou um pouco.
— Como fica a situação com ele?
— O Luke é meu amigo, a gente não tá junto, e eu quero você — respondi rapidamente, talvez rápido demais.
— Me sinto mais confortável por a gente não estudarmos mais juntos. Acho que essa tá sendo a melhor coisa dessa nossa nova fase — disse Carlos, parecendo mais aliviado.
— Eu falo com o Luke de vez em quando, mas nada demais. Falo no grupo com os meninos, e mantenho uma conversa pouca com ele. Afinal, tá sendo corrido pra mim, pra você, pra ele... todo mundo seguindo a vida.
Carlos respirou fundo e me olhou com uma seriedade que me fez tremer.
— Então é isso? Aceita namorar comigo novamente?
Mas aí veio a parte que eu sabia que seria problemática. Respirei fundo e falei:
— Carlos, tem um porém... vamos ser aberto ou fechado?
A expressão dele mudou completamente. A esperança que brilhava em seus olhos foi substituída por confusão e depois por algo que parecia decepção.
— Como assim? Você já tá pensando em outros caras? — a voz dele ficou mais alta, mais tensa.
— Não é isso, Carlos. Mas eu não vou conseguir me manter fiel, eu me conheço. Quero ser honesto com você desde o começo.
— Eu não te satisfaço? — perguntou ele, e a dor na voz dele me partiu o coração.
— Carlos, sim! Claro que me satisfaz. Mas quero tentar fazer da maneira certa dessa vez. Eu tô ficando com alguns carinhas, mas nada sério. É de você que eu gosto, não sei nem se vou querer ainda ficar com outros, mas quero que a gente chegue num acordo desde o início.
O que aconteceu depois foi como se uma bomba tivesse explodido dentro do carro. Carlos bateu a mão no volante e gritou:
— Lucas, você é uma puta! Isso que você é, sabia? A gente teve uma noite foda, eu tô aqui abrindo meu coração, me declarando pra você, e você mais uma vez estraga tudo!
— Carlos, eu não estou estragando tudo! Quero que a gente chegue num consenso! — gritei de volta, já sentindo as lágrimas começarem a brotar.
— Consenso? Lucas, você quer transar com meio mundo, isso que você quer! Não consegue ficar com uma pessoa só, não consegue se comprometer de verdade!
— Carlos, eu quero você! Para de me acusar! — gritei, já chorando.
— Foi um erro, Lucas. Foi um erro tudo isso — disse ele, virando a chave e ligando o carro novamente.
— Carlos, por favor, não vamos brigar. Por favor — supliquei, mas ele já estava dirigindo em silêncio.
O resto do trajeto foi tenso, pesado, carregado de mágoa e palavras não ditas. Quando chegamos em casa, tentei beijá-lo, mas ele virou o rosto. Aquilo me destroçou.
— Lucas — disse ele, finalmente me encarando. — Eu não quero dividir você com outro, com outros, com outras! Não consigo. não é assim que eu quero agora..
Olhei para ele, vi a dor nos seus olhos, e naquele momento entendi que tinha que escolher. Era ele ou o resto. Não podia ter os dois.
— Tudo bem — falei, enxugando as lágrimas. — Eu aceito. Não quero ficar longe de você.
— Saiba que eu vou dar esse voto de confiança, Lucas. E eu espero que você não pise na bola. Eu te amo, porra! Eu nunca parei de pensar em você todo esse tempo. É difícil pra mim muitas coisas, mas confiar em você... isso é a coisa mais difícil que eu já fiz.
— Tá bom, tá bom. Eu quero você, eu te amo — falei olhando diretamente nos seus olhos, tentando passar toda a sinceridade que eu sentia naquele momento.
E então nos beijamos. Aquele beijo quente, cheio de fogo que só nós dois tínhamos. Era como se toda a briga, toda a tensão se dissolvesse naquele beijo. Mas por dentro, eu sabia que toda essa "fidelidade" seria um problema, ainda mais com o Raul. Optei por não falar dele pro Carlos pra evitar qualquer crise de ciúmes. Eu sabia que isso seria um erro, que eu devia ter colocado todas as cartas na mesa, porém mais uma vez eu não estava sendo sincero e sabia que isso no futuro iria custar muito caro.
Ficamos ali, se beijando e conversando por mais um tempo. Acabei desabafando sobre a convivência com meu pai, e Carlos me ouviu com atenção. Ele conhecia meu pai e sabia um pouco da situação complicada que eu vivia em casa. Foi um momento de alívio, de conexão verdadeira.
— Quer subir? O Thanos deve estar morrendo de saudade — falei, sabendo que Carlos adorava meu cachorro
— Claro! Faz tempo que não vejo aquele pestinha.
Subimos, e meu pai estava na sala comendo pizza com meu irmão. Carlos cumprimentou os dois, ficou conversando algumas coisas, e logo o Thanos veio correndo pra cima dele, abanando o rabo freneticamente. Era incrível como o Thanos gostava do Carlos. Eles ficaram brincando por alguns momentos, e ver aquela cena me aqueceu o coração. Era como se fosse uma família, sabe?
Depois fomos pro meu quarto, trocamos um beijo rápido, e então Carlos disse que precisava ir.
— Vai dar tudo certo dessa vez, Lucas. Eu sinto que vai — disse ele, me abraçando forte.
— Eu também sinto — respondi, mesmo com todas as dúvidas martelando na minha cabeça.
Assim começava mais uma nova etapa da minha história com o Carlos. Uma etapa que eu esperava que fosse diferente de todas as outras, mas que, no fundo, eu sabia que traria os mesmos desafios de sempre. A diferença é que agora eu tinha mais coisas em jogo, mais pessoas envolvidas, e mais segredos pra esconder.