O precoce XIII

Um conto erótico de Fiapo
Categoria: Heterossexual
Contém 794 palavras
Data: 16/06/2025 18:42:52

Capítulo 13 – Tarefa Estendida e o Botão Secreto

Na quinta-feira pela manhã, Clara preparava o café com lentidão ensaiada. Ela mexia o leite no fogo como quem orquestra um ritual, enquanto Marcos ainda se trocava e Júlia, de short de moletom e cabelo preso, balançava a bebê com delicadeza na sala ao lado.

— Vamos fazer algo diferente neste fim de semana — disse Clara, sem olhar para o marido, mas com a voz firme. — Tarefa estendida. Três dias, Marcos. Você vai ficar sob comando o tempo todo.

Ele parou no corredor, um pouco surpreso.

— E... Júlia?

Clara então se virou, com a xícara ainda em mãos.

— Júlia será nossa testemunha. Oficialmente. Vai observar, anotar, e... se necessário, interagir.

O coração dele bateu forte. Ele sabia que havia cruzado muitas linhas desde o nascimento da filha, mas a presença de Júlia como espectadora silenciosa dava uma dimensão nova ao jogo: agora ele não era apenas submisso — era um experimento à vista de outra mulher.

Na sexta-feira à noite, Clara entregou um novo envelope com o título “Tarefa Estendida: Fim de Semana de Teste.” Dentro, as instruções escritas à mão:

Dormir apenas com permissão verbal.

Despir-se na frente das duas, sem hesitar.

Aceitar toques, inspeções e comandos sem resistência.

Repetir “estou entregue” antes de cada nova tarefa.

Nunca gozar sem autorização.

Não encobrir nenhuma reação física — ereções, suspiros ou tremores devem ser visíveis.

Usar uma peça marcada com o símbolo da casa: o laço branco no pulso.

Só se sentar quando autorizado.

Manter os olhos baixos na presença das duas.

Estar sempre disponível.

Quando ele terminou de ler, Clara já estava atrás dele, com um sorriso que misturava ternura e domínio.

— Vamos começar com o número 2.

Júlia entrou devagar, com um caderno na mão. Não disse uma palavra. Apenas se sentou no canto da sala, onde a luz era mais suave.

Marcos tirou a camisa. Depois, a calça. Hesitou diante da cueca.

— Continue — disse Clara.

Quando ele ficou completamente nu, Clara passou ao lado dele como quem observa uma escultura inacabada.

— Está tremendo — sussurrou. — Gosto disso.

Na manhã de sábado, foram à terapeuta.

Luísa as recebeu em seu consultório minimalista com plantas pendentes e cheiro de canela. Clara tomou a palavra quase de imediato.

— Luísa... algo curioso aconteceu. No último encontro íntimo, quando ele estava em êxtase, eu pressionei o que chamei de “botão”. A parte inferior dele, perto da base. E houve um espasmo… algo involuntário. Físico. Como um lampejo muscular, que veio acompanhado de uma descarga emocional.

Luísa ergueu a sobrancelha com interesse.

— Você tocou a região entre o períneo e o ânus?

— Sim — respondeu Clara, sem hesitar. — Mas não com força. Foi um aperto leve, com os dedos juntos. E... ele reagiu com uma segunda onda de prazer. Totalmente descontrolada.

Marcos estava sentado, as mãos unidas no colo, olhando o chão. Estava corado.

— E você, Marcos? Como se sentiu?

— Surpreso. Frágil. Mas... havia algo bom. Como se tivesse liberado algo que estava guardado.

Luísa sorriu, e pegou um bloco.

— Isso se chama “ponto do reflexo prostático”. É uma região erógena, sim. Mas mais do que isso: é onde muitos homens guardam sensações que jamais foram acessadas. Não apenas físicas, mas também emocionais.

Ela olhou para Clara.

— Você encontrou o botão dele. Mas não é só no corpo. É no psiquismo. Continue. Com cuidado. Com clareza.

— E quanto à presença da babá?

Luísa refletiu por um instante.

— Se Júlia continuar observando com respeito e envolvimento emocional crescente, pode se tornar uma auxiliar nesse processo. Mas mantenha sempre as regras claras. Clara conduz. Júlia observa. Marcos serve.

— Entendido — disse Clara. — Quero mais tarefas.

Luísa entregou um novo bilhete:

“Tarefa Tripla:

Marcos deverá ser tocado pelos olhos de Júlia antes de ser tocado pelas mãos de Clara.

Ele deve verbalizar quando sentir que está próximo do clímax — e Clara decide se prossegue ou não.

Ao final, ele deve escrever uma carta descrevendo como se sentiu — e ler em voz alta para as duas.”

Marcos engoliu seco. Sabia que o fim de semana estava apenas começando.

Naquela noite, Clara posicionou uma cadeira para Júlia em um canto do quarto. Deu-lhe uma folha em branco.

— Observe. Anote. Sinta.

Marcos ficou de joelhos, nu, com o laço branco no pulso.

— Estou entregue — disse ele, com a voz rouca.

Clara o fez deitar de lado. Passou o dedo devagar por seu peito, pelo umbigo, e então... pressionou novamente o ponto entre as pernas, com uma firmeza carinhosa.

Marcos gemeu. Seu corpo se arqueou. Era um botão, sim — mas era também uma porta.

Júlia observava com os olhos vidrados, segurando a caneta sem escrever.

Quando Clara percebeu que ele estava à beira do clímax, encostou o rosto no dele.

— Ainda não. Só quando eu disser.

E ali ele tremeu. E ficou.

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