1- Roupas que Voam da Cobertura

Da série VANITAS PERFIDA
Um conto erótico de Lauro Costa
Categoria: Gay
Contém 2879 palavras
Data: 15/06/2025 00:36:11
Última revisão: 15/06/2025 16:49:59
Assuntos: Gay

Dizem por aí que Richard Baudin nasceu com a lua em Leão e o resto em confusão.

O que é verdade, mentira ou simples fofoca — ninguém sabe ao certo. Mas é fato que, ainda pequeno, foi deixado como se deixa um fardo indesejado: num internato. O Colégio São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, tinha aquele cheiro abafado de mofo e castidade forçada. Era dirigido por padres sorridentes e paredes silenciosas. E foi lá que Richard aprendeu três coisas:

1. Rezar não traz comida quente.

2. Bondade é só aparência.

3. Se é pra subir na vida, que seja bem vestido.

Aos sete anos, Richard viu o carro do pai ir embora para sempre, deixando-lhe como herança apenas o sobrenome e uma maletinha de couro desbotado. O Padre François Baudin — francês demais para um país tão tropical — adotou o garoto e tentou educá-lo com latim, disciplina e castidade. Falhou em tudo, menos na ambição. Richard virou seu espelho deturpado: rebelde, debochado e já sedutor desde os doze.

Mas a vida no colégio mudaria de cor com a chegada de Álvaro Santos, herdeiro mimado da elite carioca, mandado pelos pais para o internato “para aprender a ser homem”. Mal sabiam que lá ele aprenderia a ser cúmplice — de Richard.

Os dois se tornaram inseparáveis: Álvaro, o sensível e assustado; Richard, o insolente e encantador.

Brincavam de esconder cigarros, debochavam dos sermões e trocavam confissões ao pé da cama.

Aos dezoito, separaram-se como se separa um par de brincos caros: um foi para a Europa, estudar design de interiores, e o outro…

Bom. O outro desceu direto para o Rio de Janeiro e foi estudar Relações Públicas na PUC, com bolsa e cara de pau.

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Rio de Janeiro, Anos Depois – PRX Agência de Imagem

Richard, agora com vinte e sete anos, morava em uma cobertura em Ipanema que não era dele.

Seu corpo magro e elegante, de pele morena e cabelos loiros ondulados, era sua armadura. Vestia-se com precisão cirúrgica: coletes de linho italiano, perfumes com nomes franceses e sapatos tão caros quanto sua língua afiada.

Trabalhava na PRX, uma das agências de imagem mais exclusivas da cidade. Mas não era seu diploma da PUC que sustentava seu padrão de vida, e sim Cláudio — o CEO da PRX, grisalho, musculoso, casado. Um clichê de terno e libido.

Era por isso que, naquela tarde quente de terça-feira, Richard estava completamente nu em cima da bancada da cozinha da cobertura, sendo comido por Cláudio entre uma garfada de sushi e um gemido abafado.

— “Mais forte, amor, senão vou pensar que perdeu o posto.”

— “Você é um demônio, Richard...” — arfava Cláudio, com as mãos cravadas na cintura do rapaz.

Mas se Cláudio era um homem ocupado, sua esposa era uma mulher perspicaz. E naquele dia, resolveu voltar mais cedo do pilates.

A porta se escancarou com um estrondo.

— “FILHO DA PUTA!” — bradou Mariana, esposa traída, socialite de sorriso forjado e unha vermelha carmesim.

Richard virou-se, ainda nu, com a mesma calma de quem reage a um trovão no Leblon.

— “Você devia bater antes de entrar, Mari. Seu marido tem hipertensão.”

Ela agarrou a taça de vinho e arremessou contra a parede. Estilhaços voaram. Cláudio ficou pálido.

— “NA MINHA CASA, SEU VIADO BARATO?!”

— “Barato não, querida. Eu tenho recibos.” — rebateu Richard, já pegando as cuecas do chão.

— “VOCÊ ESTÁ DEMITIDO! EXPULSO DA EMPRESA! DO APARTAMENTO! DO PLANETA, SE EU PUDESSE!”

— “Você não pode.”

— **“Cláudio, diga alguma coisa! Diga que é mentira! Diga que foi ele quem te seduziu!”

Cláudio pigarreou, vestindo a calça apressado.

— “Mari… ela tem razão. Richard, isso… acabou.”

E ali, num segundo, Richard perdeu o amante, o emprego e o teto.

Mariana atirou suas roupas pela janela da cobertura. Blusas voando como bandeiras derrotadas, cuecas planando sobre Ipanema como pombos indecentes. O vigia lá embaixo riu. Uma calça social enroscou-se no galho de uma árvore.

Richard desceu o elevador com a dignidade de um rei caído — de óculos escuros, camisa emprestada de Cláudio, e a certeza de que era hora de encontrar Álvaro Santos.

Se o Rio de Janeiro é uma vitrine de pecados dourados, o Hotel Éden é o seu espelho mais fiel — reluzente, falso, decadente com elegância. Um monumento ao excesso, fincado no coração do Leblon, tentando se passar por templo, quando não passa de bordel requintado para milionários entediados e políticos sem-vergonha.

Dizem (com aquela voz que sussurra atrás do leque) que o próprio Dom Pedro II dormiu ali certa vez, encantado com os vitrais e as palmeiras imperiais.

O prédio, à época, era uma casa de veraneio pertencente à tradicionalíssima família Osório — aqueles mesmos que dizem ter sangue azul, mas cheiram mais a mofo de casarão do que a realeza.

Foi o barão Antônio Osório, um homem que confundia honra com arrogância, quem teve a ideia de transformar a propriedade em um hotel de luxo para receber a elite europeia e brasileira. Inspirado por cartas da Belle Époque e do novo dinheiro, fundou o Éden em 1897 com a pompa de um novo império tropical. Lustres franceses, salões de baile, escadarias de mármore... e, claro, empregados negros uniformizados que fingiam não ver nada.

Mas o paraíso racista tinha data de validade.

Em 1905, um incêndio criminoso (ou acidental, dependendo de quem conta) reduziu parte do hotel a cinzas. O seguro cobriu pouco, e o orgulho da família Osório muito menos. Endividados e com a reputação manchada, os Osório venderam metade do hotel para os emergentes Curvello — uma família de imigrantes italianos que haviam enriquecido com plantações de café e negócios rurais no interior fluminense.

Foi um escândalo social. Gente de "sangue limpo" fazendo sociedade com roceiros enriquecidos? Horror!

Mas como dizem: quando o dinheiro grita, a moral cala.

Durante algumas décadas, o Hotel Éden viveu uma lua de mel instável. Os Osório queriam tradição, os Curvello queriam lucro. E ninguém prestava atenção nas rachaduras.

Até que veio a derrocada.

Na década de 1960, com a arrogância típica de quem nunca leu um balanço, a ala dos Osório mergulhou o Éden em dívidas. Jogaram dinheiro em projetos suntuosos, contratos superfaturados e festas privadas que pareciam orgias de Roma Antiga, mas com bossa nova ao fundo.

A solução veio como sempre vem no Brasil: apadrinhamento político.

O então ex-presidente Juscelino Kubitschek, figura próxima da família Santos, indicou os empresários para comprarem ações do hotel e salvarem o patrimônio da falência. E assim, em 1963, os Santos se tornaram os terceiros donos do Éden, equilibrando o poder em três partes iguais.

E então se fez o triângulo tóxico:

Curvello. Santos. Osório.

E para evitar guerras civis em corredores acarpetados, firmaram um pacto:

a cada 10 anos, um representante de uma das famílias assumiria a gerência do Éden.

Uma alternância de poder que mais parece um leilão de vaidades.

A ordem definida foi a seguinte:

1963: Família Curvello

1973: Família Santos

1983: Família Osório

1993: Curvello novamente

… e assim por diante, recomeçando o ciclo a cada década.

Estamos agora em 2023.

É a vez dos Curvello retomarem o poder.

Ou melhor: era pra ser.

Porque entre escândalos, traições, sabotagens e orgias filmadas, nada é tão simples quando o Éden está prestes a mudar de mãos.

E, claro, ninguém respeita as regras quando há dinheiro e rancor envolvidos.

🥀 Família Curvello

Tradição que fede a naftalina e disfarça o mofo com perfume importado.

Alcebíades Curvello ainda insiste em dizer que o Hotel Éden é “o último bastião da civilização brasileira”. E diz isso sério, enquanto passa brilhantina no bigode e acende charuto paraguaio.

Machista, retrógrado e com um leve ranço monárquico, Alcebíades sempre acreditou que mulher no comando dá azar. Por isso, nunca permitiu que sua filha, Maria Eduarda, assumisse um posto de poder, apesar de ela ter um currículo que faria qualquer CEO pedir demissão por vergonha.

Madu, como é chamada, é discreta, refinada e mais letal que um coquetel de veneno com champanhe. Ela engole sapos, sorrisos e a humilhação de ter que fingir que o irmão é mais capacitado que ela.

Edmundo Curvello, o tal irmão, é pura ostentação de carne e músculos. Vive de whey protein, boates e nudes vazados. Seu passatempo favorito é destruir a própria reputação — e a da família, de tabela.

Recentemente foi flagrado em uma dark room fazendo acrobacias com dois rapazes, uma mulher e uma câmera escondida. O escândalo quase vazou, mas o nome Curvello ainda tem peso suficiente (e dinheiro) para calar alguns tablóides.

Pena que Veridiana Motta, ex-amante, está prestes a colocar tudo a perder. E ela está mais impulsiva — que nunca.

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📿 Família Santos

Dinheiro velho, culpa católica e um talento especial para fingir santidade.

Clésio Santos não acredita em pecado. Acredita em escândalo. E é por isso que tudo que sua família faz precisa parecer exemplar. Nem que seja só por fora.

Discreto, controlador e ultra religioso, Clésio é um desses empresários que rezam antes de demitir. Para ele, o Hotel Éden é um templo — e seu filho, Álvaro, deveria ser o novo pastor. O problema? Álvaro só queria redecorar o altar.

Álvaro Santos é sensível, enrustido e esteticamente impecável. Estudou design em Milão, mas voltou ao Brasil por imposição familiar. Desde então vive no Éden como se fosse hóspede do próprio fracasso.

No internato de padres, foi o único que enxergou algo além da pose em Richard Baudin. Foi cúmplice, confidente, talvez até o primeiro amor. Mas hoje Álvaro é apenas mais um prisioneiro do sobrenome.

Apaixonado por Guilherme Osório, se presta a todo tipo de humilhação para ter migalhas de carinho. Inclusive a mais recente: convencer o pai a autorizar uma reforma caríssima no saguão do hotel — superfaturada, claro, para encher os bolsos de Gui e seus sócios fantasmas.

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🦂 Família Osório

O nome ainda mete medo. O resto é fachada e veneno.

De todos os clãs envolvidos na história do Éden, os Osório são os únicos que realmente começaram no topo. Fundadores do hotel, descendentes diretos de barões de café e donos de uma linhagem que já frequentou saraus imperiais. Isso, claro, antes de perderem tudo.

A queda foi lenta, vergonhosa e irreversível. Mas Guilherme Osório não se conformou em assistir o nome da família virar rodapé de jornal falido.

Gui é o último Osório em atividade — e que atividade. Sedutor, inescrupuloso e estrategista como poucos, ele sabe que charme e chantagem andam de mãos dadas. E usa os dois como quem troca de terno.

Guilherme mantém Álvaro Santos preso na coleira do afeto. Um afeto falso, claro, mas útil: ele sabe que Álvaro tem acesso ao pai, ao conselho, às finanças. Basta puxar a coleira certa, no momento certo.

Se relaciona com bicheiros, deputados, arquitetos pilantras e jornalistas corruptos. Tudo com um único objetivo: retomar o Éden. Inteiro. Nem que para isso precise destruir as famílias Santos e Curvello de dentro pra foraSe há algo pior do que ser expulso de um apartamento de luxo com roupas voando pela janela, é ter que recolhê-las na portaria sob o olhar piedoso do porteiro que já viu outras quedas. Mas talvez nenhuma tão escandalosamente íntima quanto aquela.

Richard Baudin, de cueca branca e dignidade esfarrapada, jogou as peças no porta-malas do carro importado como quem enterra o próprio orgulho. Calça amarrotada, camisa do avesso, blazer manchado de lubrificante. Pegou a chave, ligou o motor e disse apenas:

— Filho da puta...

Mas ninguém estava ouvindo. O CEO estava na cobertura, provavelmente chorando no colo da esposa traída que agora prometia arruinar a carreira de Richard com um único telefonema. E ia cumprir.

Richard sabia disso. E por isso acelerou.

Destino: Hotel Éden.

Mais precisamente, a cobertura de Álvaro Santos, velho conhecido dos tempos em que dividiram celas de reza e olhares proibidos no Internato São Pedro de Alcântara. Álvaro era sua única chance naquele momento. Ou ao menos, era o que Richard esperava.

Mas é bom lembrar: esperança, no Éden, é só o nome de uma camareira do segundo turno.

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Interior – Hotel Éden – Hall de entrada

17h32

A marquise do Éden reluzia como uma coroa de ouro — ofuscante e cruel. Richard, ainda desalinhado, passou reto pela recepção. Os seguranças fingiram não notar. Eles sabiam quem era, ou pelo menos, quem ele tinha sido.

Elevador. Andar 18. Batida na porta. Três toques secos.

Álvaro atendeu com cara de quem estava no meio de alguma coisa. E estava: camisa social aberta até o peito, perfume caro e nervos à flor da pele.

— Richard? O que houve com você? — disse, escaneando o visual arruinado do amigo com os olhos arregalados.

— Longa história. Posso entrar?

— Não, tô saindo.

— Álvaro, por favor. Fui chutado. Literalmente. A mulher do Cláudio me pegou com ele na cama. Fui demitido, despejado e provavelmente tô queimado no mercado. Eu não tenho pra onde ir.

— Você transou com um homem casado, Richard! Um casamento abençoado por Deus! — disse, cerrando os punhos. — Sabe o que é isso? Adultério! Escândalo público! Pecado!

Richard bufou. Riu. Depois cruzou os braços, olhando para o amigo como se visse um boneco de cera da missa das seis.

— Nossa, Álvaro... Você voltou da Europa ou do século XIX?

— Não é piada. Isso que você fez é destrutivo. Cláudio tem filhos, tem uma família!

— Ele também tinha uma ereção quando me colocou de quatro no tapete persa da sala de estar. Abençoado foi o desempenho, não o casamento, querido.

— Que nojo, Richard!

— Nojo? Você quer falar de nojo? — Richard avançou um passo, os olhos faiscando. — Você, que dorme no altar da hipocrisia e acorda no colo do Guilherme Osório! Não me venha com moral, Álvaro. Você baba por aquele canalha há anos. Eu ao menos gozei. Você vive de migalha.

Álvaro empalideceu. Os lábios tremeram, como se fossem balbuciar alguma reza esquecida.

— Eu... Não é a mesma coisa.

— Claro que não é. Eu nunca fingi ser santo.

Silêncio. O tipo que não perdoa, só acumula.

Álvaro virou de costas. Encarou a janela. O reflexo dele mesmo era pior que a vista.

— Você não pode ficar aqui, Richard. Meu pai está no hotel nessa semana, e nao vai querer te ver aqui.Eu não vou me meter nisso. Me desculpa.

— Não. Você não se desculpa. Você se esconde.

Silêncio. Cortante.

— Eu preciso ir — disse Álvaro, finalmente. — Espero que você se resolva.

A porta se fechou.

Não bateu — mas doeu mais do que se tivesse.

Com blazer amassado nos ombros, a camisa por dentro da calça sem cinto, e ainda assim, de alguma forma, saía dali com mais dignidade do que entrou.

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Saguão do Éden – minutos depois

Richard desceu de elevador, trincando os dentes. Nada pior do que humilhação em dose dupla: da amante e do amigo.

Ele caminhava em direção à saída quando ouviu uma voz que preferia esquecer:

— Ora, ora... o caminhão do lixo ainda não passou?

Edmundo Curvello, bronzeado como um atleta olímpico e com o sorriso debochado de quem nunca trabalhou um dia na vida, surgiu como um espinho no tapete persa.

— Quer que chame o caminhão caçamba ?

Richard encarou Edmundo de cima abaixo. Com nojo.

— Preocupe-se em manter suas próprias fotos longe dos tabloides, querido. Pelo que andam dizendo da sua última dark room...

— CADÊ O CANALHA DO EDMUNDO CURVELLO?! — vociferava um homem com a fúria de um apocalipse em farda.

A entrada principal, toda de mármore e colunas iluminadas, tremia com os berros do policial surtado, que empurrava hóspedes e seguranças com a autoridade de um machismo ferido.

Veridiana Motta vinha atrás dele aos prantos, a maquiagem borrada, gritando:

— PARA, RENATO! NÃO FAZ ISSO! EU TE AMO! FOI UM ERRO! FOI SÓ UMA NOITE!

Ah, mentira deslavada. O hotel tinha fotos suficientes da orgia para montar uma exposição temática.

No alto da escadaria, surge ele: Edmundo Curvello, de blazer azul cobalto, camisa entreaberta e aquele ar entediado de quem já nasceu cansado de pobre.

— Que porra é essa? — ele resmunga, olhando de cima como se assistisse a um reality show barato.

O policial aponta o dedo:

— VOCÊ É O DESGRAÇADO QUE COMEU MINHA MULHER!

Edmundo solta uma risada nasal.

— Olha, meu querido... Eu não sei nem quem é essa senhora aí. E francamente, se eu fosse comer cada mulher desesperada que aparece nesse hotel...

— SEU VIADO SAFADO! — berra o policial, sacando a arma.

O tempo congela. Veridiana grita. Uma socialite desmaia com elegância. E Richard, claro, está ali — encostado na parede, braços cruzados, assistindo tudo como quem saboreia um milk-shake de morango com vodca.

— Ih... Agora fudeu — murmura ele.

O disparo ecoa.

Richard, num reflexo que nem ele sabia que tinha, se atira em cima de Edmundo, empurrando-o para trás da recepção. A bala rasga o ar, arranha o ombro de Richard e morde a parede de mármore como um cachorro raivoso.

Edmundo cai por cima dele, atônito.

— Você... Você me salvou?

— Não me agradece ainda. Pode ser que a próxima me acerte no cu.

Enquanto os seguranças imobilizam o policial surtado com spray de pimenta, Veridiana chora em cima da bolsa e uma blogueira tenta filmar tudo, Richard e Edmundo respiram ofegantes atrás do balcão.

— Eu... Eu te devo essa — diz Edmundo, pela primeira vez sincero.

Richard, com o ombro sangrando e um sorrisinho filho da puta nos lábios:

— Que ótimo. Tô precisando de emprego. E de um lugar pra dormir.

Edmundo arregala os olhos.

— Você é um oportunista.

— Não. Eu sou relações públicas. Aproveito crises.

Edmundo arregalou os olhos, mas manteve o sorriso.

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Comentários

Foto de perfil de Xandão Sá

adorei as reviravoltas e o clima de novela de Gilberto Braga.

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Obrigado.Gilberto era mestre em falar de gente pérfida. Vou tentar dar o meu melhor.Li seus contos e adorei a forma fisceral e realista dos sentimentos. Parabéns.

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