Largados e Pelados: A Viagem Escolar que Terminou em Uma Ilha Deserta! (Capítulo 13 - Carolina II)

Um conto erótico de Exhib
Categoria: Lésbicas
Contém 3910 palavras
Data: 29/06/2025 17:55:08

Como concordei com isso? Me perguntava incessantemente enquanto tocava o violino novo com dramaticidade e muitos movimentos frente a Andressa. Eu mal conhecia aquela garota, mas ela agora estava me vendo totalmente nua com um grande quadro à sua frente e uma paleta de aquarela presa aos dedos. O suor me escorria por todo o corpo e o vento frio batia em minhas partes, tornando-me cada vez mais auto-consciente da loucura que fazia ali. A cada pincelada que Andressa dava naquele quadro, era como se sentisse na superfície de minha pele com um arrepio incandescente.

Os bons ouvidos escutavam o som das cordas misturado ao distante sussurro de passos do outro lado daquela porta fechada. Eu nunca fiz algo tão ousado em toda a minha vida. Estava nua, tocando meu violino naquela sala acústica fechada, plena escola funcionando em horário vespertino. A qualquer momento, temia, alguém poderia entrar ali e nos flagrar fazendo tal safadeza, tão perigosa e arriscada quanto criativamente sensual. Se algo assim ocorresse, sequer conseguiria me cobrir a tempo hábil. Minhas roupas sequer estavam à vista e meu corpo estava quente como nunca.

Na mochila de Andressa, logo ao seu lado, guardei tudo o que vestia. Sapatos, camiseta, shorts e até calcinha e sutiã. Eu às vezes fechava os olhos por alguns segundos, embriagada de adrenalina e, quando voltava a vê-la, constatava que ela ainda estava lá. Era gostoso e arriscado. Se Andressa quisesse, poderia, a qualquer momento, fugir dali com todos os meus pertences, deixando-me pelada e desamparada na escola. Nunca pensei que me sentiria sexualmente estimulada com algo assim. A outra garota me olhava o corpo nú, seios balançando para seu deleite, buceta toda a mostra e respiração pesada enquanto, com maestria, tocava mais uma vez aquela mesma música. Eu finalmente a aperfeiçoei! Conclui emocionada diante de um turbilhão de sensações.

Ali em baixo, estava completamente molhada. Andressa tinha notado? Me perguntei com medo e tesão. O coração acelerava, vencendo o ritmo de alta frequência do metrônomo ligado. Os bicos de meus peitos estavam cada vez mais duros, estimulados sempre que um vento quente os tocava suavemente. Uma brisa me atingiu os cabelos esvoaçantes. A senti no meio de minhas pernas e vi os fragmentos de papel rasgado da partitura acenderem no ar. Não precisava dela. Tudo já estava gravado a fogo em minha memória.

Partimos para a última da tarde. Toquei como nunca antes, movimentos dançantes que me lembrava das aulas de ballet que tive na infância, sentindo o corpo cada vez mais livre a medida que as gotículas de suor se soltavam de minha pele e minhas coxas ficavam cada vez mais meladas quando raspavam em minha virilha. Ao finalizar, estava tonta, extasiada e com as pernas tremendo, parecendo fraquejar a cada passo que dei em sua direção. Eu terminei e ela também.

A pintura estava ali, uma maravilha para os olhos. Na tela, o realismo atento a cada detalhe de meu rosto e corpo criava a cena inconfundível. Andressa conseguiu captar minha face vermelha de embaraço e excitação, movimentos delicados, meus seios e, é claro, minha buceta cor-de-rosa em que alguns curtos fios loiros se faziam presentes. O trabalho em aquarela era tão preciso que, até percebia-se, no desenho que mais parecia uma foto, a umidade em meu sexo fazia minhas partes pintadas brilharem com a luz da lampada incandescente.

Ela sabe que estou excitada. Conclui olhando-a nos olhos. A estranha mulher tinha, com sucesso, me seduzido completamente. Não trocamos palavras por um curto silêncio que durou até que o impulso quente me tomasse o corpo. Segurei seu ombro com uma das mãos, me aproximei repentinamente e a beijei na boca.

Era meu primeiro beijo e ela mal conseguiu consentir frente ao susto causado por minha atitude. Foi rápido, mas tão quente e abafado que senti os músculos de meu corpo se contraírem imediatamente. Como estou tendo um orgasmo sem sequer me tocar? Me perguntei, mas era tarde. Eu revirei os olhos, abafando gemidos e suspiros tímidos e, em um instante, me senti mais úmida que nunca quando a afastei tão rápido quando como a agarrei segundos atrás. O arrependimento veio instantaneamente quando vi seus olhos castanhos assustados.

— De-desculpe! — Disse com o rosto totalmente vermelho. Ela se levantou e sorriu de novo após se recuperar do susto. — Eu acabei me empolgando demais. Não sou lésbica, juro. — Comecei a me justificar, ainda chocada com minhas ações tão inconsequentes que mal pareciam me pertencer.

— Tudo bem. Não faz diferença. — Andressa respondeu com calma. Ela não parecia ofendida ou nada do tipo, apenas alegre, lançando-me um olhar sedutor satisfeito.

Alguns segundos do mais excruciante silêncio constrangedor pairou sobre nós naquele lugar. Eu a vi devolver minhas roupas, se despedir e sair carregando o quadro recém pintado coberto por uma lona. Ela insistiu, ficaria com ele enquanto eu processava tudo o que tinha ocorrido ali entre nós.

No dia seguinte, achei que as coisas ficariam estranhas entre Andressa e eu, mas não foi o caso. Ela voltou a puxar assunto comigo e acabamos nos tornando grandes amigas. Felizmente, ela não tinha contado para mais ninguém sobre o ocorrido, o que era meu maior medo, mas raramente mencionava o momento, o fazendo para me provocar quando sozinhas, como era rotineiro de nossa dinâmica. Aquele, sabíamos, seria nosso segredo. Entre nós, nada do tipo voltou a ocorrer. Assim, mesmo tendo começado de forma tão estranha, nossa amizade desabrochou em um vínculo bastante forte de companheirismo e trocas de favores.

Tudo culminou ao ponto em que a intimidade era tanta que Andressa e eu já nos trocavamos frente uma a outra, conversavamos sobre garotos e, é claro, ela usava suas habilidades para me fazer peças de roupa para ocasiões especiais, tal qual o lindo vestido que, agora, deve estar no fundo do oceano depois daquele acidente. O mesmo, pensava com pesar, aconteceu com meu violino.

Falando em garotos, ainda frequentemente tinha de frustrar avanços masculinos direcionados a mim. Parecia que, na escola, não existia nenhum rapaz interessante que desfrutasse das mesmas coisas que eu e, considerando que um relacionamento poderia me atrasar, permaneci solteira durante toda a minha adolescência. Eventualmente, algum rapaz apaixonado se aproximava, eu o elogiava por sua coragem, dizia que seria uma honra ir a um encontro com eles e me desculpava dizendo não estar disponível devido aos ensaios musicais. Embora seguido por alguma insistência, com o tempo, eles desistiam e partiam para a próxima.

Entretanto, não foi o que aconteceu quando fui parada em pleno corredor por um garoto da mesma sala que eu. Era Daniel. Ele estava nervoso, trêmulo e gaguejava ao se dirigir a mim. O rapaz não se destacava muito dos outros durante as aulas, mas, naquele momento, tinha em suas mãos duas entradas para uma ópera. Eu achei fofo, pelo visto, ele me observava à distância tinha um bom tempo, percebendo meus interesses e, portanto, fez o esforço de pensar em uma programação que achou que eu gostaria. Como não tinha nada para fazer naquele sábado e o achei até que bonito, aceitei o convite.

Durante todo o tempo do show, ficamos em silêncio naquele primeiro encontro. Eu já tinha assistido aquela mesma ópera umas 7 vezes, mas não lhe disse. Daniel parecia bem nervoso e tímido e, portanto, felizmente não fez nenhum avanço muito ousado. Na realidade, sequer seguramos nossas mãos na experiência que não parecia bem um encontro amoroso, mas sim um passeio entre amigos. Foi bom do jeito que foi. Eu também não era tão dada a esse tipo de experiência com rapazes e, uma vez que a pressão de ter que avançar qualquer base se esvaiu, aproveitei o momento junto dele.

Depois do passeio, senti que tínhamos ficado amigos. Daniel e eu trocavamos algumas palavras eventualmente na escola e, como se fosse algo operado pelo destino, no dia em que estava empolgada para viajar de avião para a Nova Zelândia, acabei sendo alocada para o assento logo ao lado dele. Era uma poltrona perto da asa em que Daniel me disse que poderia sentar antes dele, perto da janela como era de minha vontade.

No voo, apenas 30 alunos, um professor, dois outros passageiros avulsos e a equipe do avião estavam presentes. Achei tudo muito luxuoso, digno da primeira classe da enorme aeronave que, certamente, operava em baixa lotação. O assunto fluiu com Daniel tranquilamente enquanto olhávamos para as nuvens e ridicularizavamos o cardápio cheio de vinhos e refeições caríssimas, o que nos foi alertado ao sair da escola. Sendo assim, obviamente levamos guloseimas e água para aquele lugar em que ficaríamos durante as próximas 20h.

Após algumas horas, entretanto, o assunto pareceu ter acabado, restando para nós, como entretenimento, apenas observar as loucuras que nossos colegas aprontavam no avião. É claro, Eric protagonizou dois feitos estranhos ali, enquanto todos estavamos acima das núvens e mar. Primeiro, no início do voo, ele decidiu trocar de lugar com um dos alunos, obtendo sucesso, o que deixou a colega que antes estava sentada perto dele ofendidíssima. Em outro momento, bastante depois daquilo, uma comissária de bordo levou para uma das poltronas lá do fundo um carrinho metálico com um prato em cima coberto por um globo de prata.

Todos os alunos olharam para ver quem tinha pedido uma refeição que cheirava tão bem e, provavelmente, custava quase um salário. “Foi o Eric!” ouvi um aluno dizer impactado.

— Maluquices do Eric, como sempre. — Daniel me disse revirando os olhos. Sentado ao lado do corredor, ele conseguia ter uma noção melhor que a minha. Eu concordei com a cabeça, também um pouco impressionada por não esperar que aquele garoto tivesse tanto dinheiro.

Tudo correu pacatamente, apesar de termos permanecido ainda um pouco em alerta para saber o que mais Eric aprontaria. Isso até que os dois caras vestidos de preto da cabeça aos pés sentados nas cadeiras alí de trás se levantaram com armas em mãos e anunciarem o sequestro. Um deles abriu a porta que, devia dar para a cabine do piloto e entrou lá enquanto o outro nos vigiava completamente aterrorizados, gritando e chorando diante da situação.

Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida. Daniel continuava me dizendo, provavelmente tão amedrontado quanto eu, que tudo ficaria bem. Os eventos aconteceram tão rápido que só consegui ouvir o professor Braga gritando ali na frente com um dos sequestradores, o incomensurável som alto de um tiro soar e, em seguida, o barulho do corpo do professor de química atingir o chão. Gritos assustados e lamentos soaram naquele avião imediatamente.

— Parem com essa barulheira! — Gritou o terrorista armado para nós. Em seguida, ele olhou para o lado, em direção a porta da cabine do piloto. — Noah! Pode fazer a limpa! — Alertou ao seu comparsa.

Do outro lado do avião, ouvi o inferno em forma de vários tiros e gritos desesperados. Ele devia ter matado toda a tripulação, deixando, naquele avião, apenas a classe de adolescentes assustado e indefesos com vida. Quando o tal do Noah voltou de lá, disse que estabilizou o avião no piloto automático. Ele portava em uma mão uma pistola e na outra um saco plástico preto enorme.

— Vamos, quero que todo mundo aqui coloque todos os pertences nesse saco! — O líder avisou apontando o rifle para nós.

Lá na frente, algum protesto feminino ocorreu. Ouvi nossa colega receber uma coronhada no rosto e o sequestrador, com a sacola na mão lhe dizer impaciente e raivoso “vamos, a calcinha também!”. Suei frio, tão horrorizada que mal conseguia me mexer.

Quando o homem de expressão séria e mortal passou por nossos acentos, já estava com todas as minhas roupas em mãos. Ele as tirou de mim com um puxão brusco, pegando tudo o que Daniel tinha também. Mesmo com medo de morrer, fiquei tão envergonhada que sentia que, a qualquer momento, meu coração sairia pulando para fora do meu peito que cobria com as mãos. Que droga! Pensei melancólica. Era para ser um momento tão especial, mas estava aqui, presa na aeronave, nua e à mercê daqueles dois monstros ao lado de Daniel.

Ele cobria a virilha com as mãos, tão quieto, com medo e vergonha quanto eu e, em respeito a mim, notei, tentava não olhar muito para meu corpo. Eu tentei também, embora falhei em alguns instantes.

Não me lembro bem quando tudo desmoronou, indo de mal a pior ainda. Só sei que, depois que os sequestradores, com sucesso, deixaram todos nós sem qualquer roupa para usar, uma forte turbulência atingiu o avião. Muito barulho ecoou daquela aeronave escura por um longo tempo, gritos de adolescentes desesperados por toda a parte. Enquanto o avião caia, ouvi um último tiro soar e vi as máscaras de oxigênio de emergência descerem do teto antes do impacto.

A água tomava conta de toda a cabine de passageiros. Em meio a escuridão, senti mãos me tatearem o torso nú inteiro. Era Daniel que, com sucesso, desafivelou meu cinto. Fui tomada pelo desespero quando, quase que instantaneamente, fui atingida por uma enorme onda salgada. Eu não sei nadar! Lembrei, ciente, no momento, de que me afogaria certamente.

Daniel nadou segurando-me pelo pulso. As luzes de emergência da aeronave ligaram-se e eu conseguia agora ver sua sombra submersa me puxando para fora, tirando o meu corpo e o dele de dentro daquele caixão de metal pela grande abertura na fuselagem.

Estava afundando. Vi de imediato o avião em meio as luzes cada vez mais fracas. Uma corrente forte d'água nos atingiu, separando o rapaz que acabara de salvar minha vida de mim na imensidão do oceano. Quando olhei de novo para ele, distante na escuridão e nadando em minha direção para me salvar do afogamento, vi a asa do avião se partir, caindo rapidamente em cima dele.

Eu afundei por muito tempo. Pareciam horas lá em baixo da água negra e fria. Quando não mais consegui prender a respiração, me deixei levar pela morte, desmaiando e sentindo as narinas se enxerem de sal.

Acordei na pequena praia que ficava no meio das enormes rochas pretas. Meu tornozelo doia muito e, quando me levantei, fui ao chão imediatamente, percebendo que não conseguia andar naquele estado. O céu ainda estava escuro, sendo que o sol apenas começava a nascer. Olhei para meu corpo molhado, despido e sujo de conchas quebradas e areia. Estou na Nova Zelândia? Me questionei confusa e sabia que, no estado em que me encontrava, precisaria de ajuda, mas teria que ter cautela. Afinal, eu era uma garota pelada e ferida sozinha em uma praia isolada.

Com as pedras, me arrastei no chão para fazer um sinal de socorro. Em seguida, acuada e com frio, me escondi no meio das pedras para me proteger do vento e Sol começando a surgir no céu. Fiquei ali muito tempo, rezando para que algo bom ocorresse, que meus amigos estivessem bem e que alguém me resgatasse.

Tal qual uma providência divina, após algumas horas esperando, ouvi um barulho no alto do costão rochoso. Eu fiquei em silêncio, esperando para ver se um rosto confiável apareceria. Minha alegria foi tremenda quando percebi que a pessoa que veio ao meu resgate era Daniel.

Acho que não preciso dizer que, depois que a adrenalina foi passando, a vergonha veio tomando conta de mim. Eu assisti, atônita, ele descer da pedra e caminhar nú antes de notar minha presença. Nunca achei que veria tantos detalhes de seu corpo forte e bonito, o que, me deixou excitada, mas tive de disfarçar quando Daniel se aproximou de mim.

Nós dois estavamos completamente pelados naquele lugar, aparecendo, a cada segundo que se passava, mais e mais garotos da minha sala para me verem naquele estado, como Guilherme e Eric. Todavia, fui presenteada com mais um momento de alívio quando os rapazes conseguiram praticamente trazer Andressa de volta a vida. Além de me emocionar em ver minha melhor amiga novamente, devo admitir, fiquei mais aliviada em ver que não era a única garota nua no meio daqueles meninos em igual ou semi-igual situação.

Durante todo o tempo que passamos juntos, foi difícil não olhar para as coisas dos rapazes. Eu tentava me conter, mas parecia impossível. Se alguém notasse meu estado durante todas aquelas horas em que permaneci exposta, teriam a impressão de que eu, uma moça delicada e gentil, era, na realidade, uma tarada. Quis desaparecer quando Eric examinou minha perna, seus toques quase me levando ao climax e Andressa e os garotos ficaram ali observando a crescente umidade de meu sexo. Devo admitir, Eric era um rapaz bonito, tinha feições angelicais no rosto sem pelos e olhar focado e profundo. Em alguns instantes, desejei que ele não usasse aquela saia de folhas para que pudesse conferir seu material, me martirizando posteriormente internamente por ter pensamentos tão sujos.

Guilherme, que não parava de exibir seu membro enorme também me fazia sentir desejo, mas o momento mais dificil para mim ocorreu quando Daniel me carregou naquela floresta e bastava apenas uma breve espiada para baixo para revelavar o que jamais pensei que veria. Seu penis era bonito, tal qual seu corpo repleto de músculos bem construídos. Médio, levemente torto para a direita e de cabeça rosada intumescida. Durante a caminhada no bosque, devo admirir, foi o momento em que, mais frequentemente ficava excitada, sentindo as costas nuas de Daniel me esfregar os lábios de baixo a cada passo que ele dava, corpo forte e viril desbravando a mata.

Agora, estava tomando o banho de rio no escuro ao lado de Andressa. A pequena tocha era a única coisa que nos iluminava e aquecia os corpos circundados pela agua fria do pequeno lago natural. Embora não fosse incomum que nos víssemos nuas, passar o dia todo visualizando o corpo de Andressa me causava as mesmas sensações esquisitas que tinha ao ver os garotos pelados. Minha amiga era muito bonita, de olhar sensual que, às vezes, me fazia questionar minha heterossexualidade.

— Sobre o que será que eles estão conversando? — Perguntei a minha amiga, aliviada por finalmente poder ter uma conversa a sós com ela depois de tantas intempéries. Ao longe, só escutava com meus bons ouvidos, Guilherme e Daniel cochichando em meio ao barulho da cachoeira que me privava de saber o conteúdo da conversa.

— Sobre nossos peitos, provavelmente. — Ela respondeu, irreverente como nunca enquanto deixava a água cristalina lhe escorrer pelos cabelos. Eu olhei para baixo e meu rosto corou. Sabia que ela tinha uma comissão de frente bem mais avantajada que a minha e que, se aquele era mesmo o assunto dos garotos, estava sendo comparada. — Não me diga que está insegura. Eu sabia, você é mesmo perfeita para o Daniel! — Ela disse com um sorriso e depois riu da minha cara.

— Para com isso Andressa! — A repreendi. — Eu não sou insegura e o Daniel também não. — Falei, mentindo a meu respeito.

— Tem certeza? — Perguntou ela com um sorriso safado. — Viu como ele se cobre todo pudico? Ele está claramente envergonhado por ser nítido que o amigo é bem maior que ele ali em baixo. — Ela disse fazendo o gesto com as mãos. Eu não tinha percebido aquilo, embora tivesse bem reparado, com um misto de curiosidade e excitação, as diferenças entre os corpos dos garotos, especialmente naquelas áreas que chamavam tanto a atenção.

— Deixa ele em paz Andressa. — A repreendi de novo. — Você não precisava ter mencionado essas coisas lá na praia só pra ver ele com mais vergonha. Foi maldade. Sabe que o Daniel é tímido. — A lembrei.

— Verdade, mas não resisti. — Ela disse dando de ombros. Eu ri de sua irreverência.

— Ao menos isso vai acabar logo. Amanhã de manhã você vai fazer roupas para a gente como a que Eric está usando, certo? — A perguntei.

— Chama aquilo de roupa? — Ela falou com deboche. — Fala sério, ele só tem umas folhas amarradas com cipó. Consigo fazer algo bem melhor que isso. — Desdenhou em seguida. Aquilo me aliviou.

— Que ótimo. A propósito, não se sente meio estranha? — Perguntei. Ela olhou para mim confusa. — Digo, os meninos nos viram nuas o dia todo hoje. To com tanta vergonha. — Admiti com o rosto quente.

— Um pouco, devo admitir. Quando voltarmos para nossas casas, eles terão bastante assunto com os outros garotos. — Ela comentou. — Bem, pelo menos vimos eles também. Amiga, ainda tô impressionada com o Guilherme. Você viu aquilo? Enorme! — Disse com um sorriso safado.

— Você é podre. — A xinguei em meio a risadas.

— A propósito, quais são os planos? — Ela me perguntou de repente.

— Pra que? — A questionei confusa.

— Daniel oras! — Ela disse e me lançou um longo olhar, como se lesse meus pensamentos. — Vai me dizer que não reparou nele te olhando o tempo todo? Carol, tá na cara que ele é doidinho por você. — Explicou indignada. De certa forma, ela tinha razão, percebia quando lembrava do quanto aquele rapaz estava sendo simpático e solícito comigo.

— Andressa, não é hora pra ficar flertando nesse lugar. Não acha que sobreviver é um pouco mais importante? — Disse em tom repreensivo.

— Você que sabe. — Ela disse com indiferença. — Garota, se você me amasse mesmo, dividiria ele comigo. O cara é gato, bonito de rosto, corpo e pau. — Ela comentou sem qualquer restrição.

— Andressa! — A repreendi com o rosto vermelho.

— Tô falando sério. Se fosse você, o traria pra cá hoje a noite. — Ela falou sem conseguir conter a alta risada que se seguiu. A fuzilei com os olhos por sugerir algo assim. — Sinceramente, depois de tudo o que ocorreu, do jeito que estou agora, faria todos eles, até mesmo o Eric. — Admitiu em um tom, embora sarcástico, claramente verdadeiro, pude perceber por conhecê-la.

— Tudo bem. Agora você só ta sendo besta mesmo. — Disse incrédula.

— É sério. Apesar da personalidade, ele é uma gracinha. — Minha amiga disse, fazendo-me imaginar a cena que jamais cogitei. De certa forma, até que ela tinha razão. Eric não possuia o corpo tão forte e grande como dos outros garotos, mas seu rosto era delicado e belo. Não vi o que ele escondia de baixo daquelas folhas, mas ele aparentava ter uma bunda agradável à vista. Durante a caminhada na floresta, ele até que pareceu bem másculo enquanto liderava o caminho para a gente, vestindo apenas aquelas folhas que davam espaço para a imaginação e lança de madeira na mão. Repeli esses pensamentos imediatamente e prosseguimos a conversa até o final do banho.

Quando Andressa me ajudou a voltar para perto da fogueira, vi Guilherme arrastar Daniel de imediato em direção ao rio. Com a truculência de seu amigo apressado e agitado, pude dar mais uma conferida no membro de Daniel. Ele parecia começar a ficar duro quando o tímido e bonito rapaz se virou e o encobriu da vista. Então eles estavam mesmo falando da gente. Pensei em um misto de vergonha e satisfação.

Ao deitar, olhei para as estrelas no céu. Nunca imaginei que ficaria presa em uma situação tão estranha, nua no meio do mato com meus colegas de escola. Eu queria que aquilo tudo acabasse logo para poder repousar em minha cama de novo e ter roupas quentes para me vestir, mas não sabia se era possível ter tanta esperança depois de ouvir toda aquela conversa sobre astronautas do Eric naquela noite. Eu só podia rezar para que tudo acabasse bem, que nos resgatassem logo e que meu tornozelo se recuperasse logo. Assim, ainda com as imagens explícitas que vi hoje imprimidas em minha cabeça, adormeci para acordar no outro dia pela manhã.

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Comentários

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Muito bom, cara!!

Curiosidade, esse carinha aí do seu avatar é qual dos personagens, hein?? Puta gostoso hahaha

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bem empolgante! aguardando os próximos capítulos.

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