Boa tarde a todos. O meu nome é Geraldo, mas aqui no prédio todo mundo me chama de seu Geraldo. Tenho sessenta e dois anos e trabalho como porteiro neste condomínio desde 1988. Ou seja, já vi esse prédio nascer, crescer e mudar com o tempo. Esta série é sobre as amantes que tive nesse condomínio. Também as que eu comi uma vez só quanto as minhas putinhas fixas.
Fisicamente, tenho estatura mediana, corpo um pouco avantajado na barriga – culpa das cervejinhas no fim do expediente –, mas ainda dou pro gasto. A pele é morena queimada de sol, os cabelos são grisalhos, já raleando aqui e ali, mas ainda dá pra ver que um dia foram pretos. Os olhos são pequenos, ligeiros, sempre atentos. Mãos calejadas do trabalho e um sorriso fácil quando preciso ser simpático. Mas o que ninguém sabe – ou finge não saber – é que por trás dessa cara de porteiro prestativo, eu sou um verdadeiro colecionador. E minha coleção não é de selos, moedas ou figurinhas... é de calcinhas das mulheres que comi.
Mas não se engane, tenho minha ética. Nunca revelo os nomes delas para ninguém. O que acontece entre quatro paredes, fica entre quatro paredes. Além disso, nunca roubo nem pego calcinhas usadas sem permissão. Cada peça que entra na minha coleção foi dada de bom grado, como um presente da dona. É isso que faz a coleção ter valor: a lembrança de que cada uma foi conquistada de forma legítima.
No capítulo anterior, uma semana atrás, eu contei como eu comi e consolidei a dona Carolina como a minha putinha. Mas talvez seja bom falar um pouco mais sobre mim.
A minha rotina é daquelas bem pesadas. Turnos de 8 a 12 horas, dependendo da disponibilidade do terceiro porteiro. Em algumas semanas, já peguei domingo a domingo para cobrir a doença do João. Pelo menos, os meus turnos costumavam ser durante o dia. Então, eu via mais os moradores que o porteiro da madrugada. O lado ruim é que aquela portaria era quase a minha casa. Eu passava mais tempo lá que em casa.
Tinha bons amigos, claro. Como os zeladores Zé Maria e Astolfo. Quando a gente tava junto, a conversa rendia. E eu também tinha uma rotina um tanto diferente no condomínio e que, digamos, exigia preparo físico. E dava conta, graças a Deus.
Às segundas-feiras, dona Odete. Cinquenta anos bem vividos e um fogo que não acabava nunca. A gente se encontrava no apartamento dela quando o Carlos saía pra dar aula. Ela me esperava só de camisola, às vezes nem isso.
Terça era dia da Andréia. Loira linda, com a maior bunda do condomínio, talvez do bairro. A gente não perdia tempo: eu chegava no apê dela, ela trancava a porta, e já vinha me agarrando. Ela gostava de coisa bruta, mas carinhosa.
Quarta-feira era da dona Lourdes, uma viúva de 59 anos. Era coisa mais de carinho e companhia do que taradice, mas ela não ficava pra trás, não.
Quinta era da dona Cida, que fazia bolos deliciosos e tinha um tempero ainda melhor na cama.
Embora as sextas fossem da Carolina, na prática com ela não tinha dia certo. Era uma vez por semana, mas sempre quando ela tava com vontade. Ela mandava no “quando” e “onde”, mas dentro das quatro paredes, eu quem mandava e ela quem era minha putinha submissa. Me obedecia tudo que eu mandasse. E, com ela, eu fazia questão de caprichar. Com ela, eu me superava.
As outras? Teve muitas de uma vez só. A maioria, ao longo dos anos, experimentava e não voltava. Mesmo a Lisandra foi uma delas.
Entre uma rapidinha e macetada, eu ainda dava meus corres ajudando e conversando com os moradores mais gente fina. Tinha a Jéssica, aquela médica bonita, educada, que sempre trazia um pedaço de bolo ou deixava um cafezinho na portaria. Tinha o Rogério, marido dela, que sempre fazia piada boa e trazia notícia do futebol. Era um sujeito bom. Mas bom de verdade. Daqueles que dá gosto de conversar, que releva pequenas falhas, que te cumprimenta com um sorriso sincero mesmo nos dias ruins. E talvez fosse justamente isso que me deixava inquieto às vezes: a calma de um homem genuinamente justo. Porque um homem assim, quando se enraivece, não é por bobagem. É por algo grande, algo grave. E, nesse dia, eu não ia querer estar na pele de quem provocou. Às vezes eu pensava que, se alguém fizesse algo capaz de despertar a fúria do Rogério, talvez merecesse mesmo o que viesse pela frente. Por isso, talvez, que apesar da dona Jéssica ser uma das mulheres mais gostosas que já vi na vida, nunca ousei tentar ultrapassar o sinal de verdade com ela.
O Carlos era um cabra bom também. Professor já cinquentão, meio calvo, mas educado. Nunca me tratou com descaso. Era gente boa comigo mesmo sabendo que eu comia a esposa dele toda semana. Por isso, não gostava quando o acusavam de corno manso. Aquilo era, como os jovens dizem, um “relacionamento aberto”.
A Lorena, sócia do Rogério, era uma figura. Linda de doer, mas de um coração imenso. E a Rebecca, meio contida, religiosa, mas sempre sorria e tinha palavras atenciosas pra mim. Nem todo mundo do prédio era assim, mas esses cinco eram especiais.
Agora, o síndico seu Alberto. Um cabra meio desajeitado, bigode horroroso, parecia sempre fora do lugar. Tentava ser simpático, e era. Mas não dava pra entender como um homem tão encabulado foi se candidatar pra síndico.
— Bom dia, seu Geraldo! Como está tudo por aqui? — falava, ajeitando os óculos.
— Tudo na paz, seu Alberto. Só falta o senhor perder esse bigode aí pra ficar mais leve, hein? — brincava, às vezes, depois que criamos intimidade pra isso.
Ele ficava vermelho, dava aquele sorrisinho sem graça e subia correndo. Mas era bom sujeito. Um pouco perdido, sim. Mas com coração de ouro.
E assim ia passando os meus dias. Entre fofocas, cafés, calcinhas escondidas no baú e encontros secretos nos apartamentos, eu fazia meu ofício. Porteiro, confidente, amante, amigo.
A nossa história recomeça justamente numa manhã de fofocas. Estávamos reunidos na copa almoçando e jogando papo fora. Zé Maria, o magricelo de sempre, com um cigarro meio apagado no canto da boca e comia sua marmita de casa. Astolfo, o zelador mais velho, já estava terminando seu prato bem menor. Foi nessa que a diarista Lisandra chegou, com aquele andar saltitante dela.
A loirinha tinha 23 anos e era nossa amiga. Uma flor de simpatia e fofoqueira como só ela. Mas também era “amiga dos amigos”. Se ela te considerasse um, iria até o inferno por você. Estava com um shortinho jeans, desfiado nas bordas, e uma blusinha branca amarrada na cintura. Seios firmes e bem desenhados, realçados pela blusa. Nos pés, chinelo Havaianas cor-de-rosa e as unhas dos pés pintadas, sempre cuidadas. Logo atrás dela, chegou outra diarista, Aline. Com uns 30 e poucos, ela tentava passar jeito de mulher quieta, mas que eu bem sabia que se pegava com o Zé Maria às escondidas de vez em quando. Cheirava a sabonete e suor fresco, recém-saída do apartamento da Eliana.
— Cês souberam quem estava de conversinha nas escadas ontem à noite? — começou Aline, já jogando a isca da fofoca.
— Quem? — perguntou Astolfo, todo curioso.
— O seu Roberto com a Sarah, a mulher do Érico.
— Tá brincando! — Zé Maria arregalou os olhos, fazendo aquele som de surpresa debochada.
— Juro por Deus.
— O seu Roberto parece até um defunto ambulante — disse Zé Maria. — Parece que a esposa sugou toda a felicidade dele. Nunca vi ele sequer sorrir.
— Aquele homem me dá pena — disse Astolfo. — Mais pela que o Carlos com a Odete.
Fiquei quieto, só ouvindo e fingindo que tava concentrado na comida. O Zé Maria aproveitou o embalo:
— E falando em Carlos e Odete... Tão sabendo do divórcio deles?
O silêncio caiu por um segundo.
— Divórcio mesmo? — perguntou Astolfo.
— Pelo que ouvi, já tá em andamento. Ele cansou de levar chifre, parece — respondeu Zé Maria.
Nesse momento, todo mundo olhou pra Lisandra, até eu. A loirinha, diarista na casa dos dois, não perdeu o sorriso, mas abaixou um pouco os olhos.
— Sei de nada, não... — disse ela, dando de ombros. — Se for verdade, é coisa deles. A Odete é minha patroa, mas ela nunca disse nada e nem ouvi nada. Melhor não falar nem espalhar o que a gente não sabe nem se é verdade.
— Mas também, né? O cara era corno de carteirinha — disse Aline, soltando uma risadinha abafada.
— Ah, mas eu acho isso errado — comentei, meio sério, sem tirar os olhos da comida. — Zoar quem é traído... todo mundo vai ser ou já foi, uma hora ou outra. O Carlos sempre foi boa gente, bom com todo mundo aqui.
— Isso é verdade — admitiu Astolfo. — Ele sempre teve educação.
— E também... a Odete é esperta demais — disse Zé Maria. — Mas agora, depois dos 50, vai ser complicado pra ela. Sem marido, sem renda. E sempre foi dona de casa.
Senti um aperto no peito. Era verdade.
— Ela vai se virar — disse Aline. — Nem que tenha que achar outro pra bancar.
— Mas eu acho que isso iria acontecer mais dia, menos dia — disse Zé Maria. — E agora já é tarde demais. Se o Carlos não queria ser motivo de piada, devia ter tomado uma atitude mais cedo. Quantos anos ele aguentou calado?
— Eles não vão se divorciar, galerinha — corrigiu Lisandra.
— Se não vai ser agora, vai ser um dia — disse Aline, rindo. — Não sei quem tem mais sangue de barata neste condomínio, se o Carlos ou o Roberto.
— Se fosse comigo, eu já tinha sumido do mapa — comentou Astolfo, dando uma risadinha.
— Confesso que vai ser esquisito ver os dois separados — admitiu Astolfo. — Ele era corno manso? Era, mas... sei lá. Trinta anos juntos!
O papo seguiu, entre risadas, provocações e tentativas da Lisandra de botar panos quentes. Cada um com seu veneno, seu afeto ou sua curiosidade. E eu ali, ouvindo tudo, mas minha cabeça não saía da Odete. Cinquenta anos, sem formação, sem experiência fora de casa. Eu não sabia como podia ajudar, mas queria. Talvez uma palavra, talvez indicar ela pra algum conhecido... ou, sei lá, só estar ali pra ouvir.
Os dois passaram e eu, como sempre, na portaria. Dessa vez, trocando umas ideias com o Zé Maria. A gente tava falando sobre o jogo do Flamengo (ou melhor, sobre como o goleiro entregou dois gols de bandeja) quando o Lucério apareceu.
Postura ereta, camisa de botão enfiada até demais na calça social, sapato engraxado. Aquele tipo de sujeito que nem respira sem calcular. Cumprimentou a gente com um leve aceno e um sorriso frio, daqueles que não sobem até o olho.
— Bom dia, senhores. Senhor José Maria, posso tomar um minuto do seu tempo?
O Zé assentiu e ele já foi puxando da pasta uma prancheta com um papel que parecia ter passado por revisão três vezes antes de sair da impressora.
— Fiz um pequeno levantamento dos pontos que precisam de atenção na estrutura do condomínio — disse ele, entregando a prancheta. — Nada urgente, mas acredito que sua verificação pode confirmar se não deixei passar nada.
O Zé Maria pegou o papel, deu aquela lida rápida, passando o dedo pelo papel como se quisesse confirmar que tava tudo ali só pelo tato. E, pelo que pude ler de rabo de olho, quase tudo era mesmo os problemas que eu, o Zé e os demais funcionários e algumas diaristas conversávamos entre nós, mas que nenhum morador dava atenção, com medo da cota extra, ou que o síndico fingia não ouvir com medo do pessoal brigar com ele.
— É... Tá tudo aqui mesmo.
— Meus agradecimentos. — Ele sorriu de novo. Medido. Nem simpático, nem frio. — Tenham um excelente dia.
E saiu como veio, reto e liso, sem perder o compasso.
Depois que a gente teve certeza de que a assombração não voltaria, olhei pro Zé Maria e soltei um:
— O que esse daí vai fazer com isso?
— Consertar, não vai. Isso, tenho certeza.
Logo, esquecemos isso porque nossos olhos bateram em algo muito mais interessante.
A Natália estava se aproximando, com a mochila jogada num ombro, fone pendurado no pescoço e aquele sorriso de quem já tinha vencido o dia antes mesmo de começar. Tava indo pra academia.
Ela usava uma legging cinza-chumbo daquelas coladas no corpo que pareciam pintadas a pincel. Cada passo dela fazia a peça dançar em sintonia com aquelas curvas de tirar o fôlego. O top preto, com decote médio, deixava à mostra um pedaço da barriga lisinha. Os cabelos ruivos, presos num rabo de cavalo alto, balançavam de um jeito hipnótico.
— Bom dia, seu Geraldo! Bom dia, seu Zé Maria! — disse ela, passando devagar, toda leve. A voz dela era como se tivesse vindo com perfume junto.
— Bom dia, dona Natália! — respondi, tentando parecer mais porteiro do que homem naquele instante.
— Vai treinar pesado hoje, dona Natália? — perguntou o Zé Maria, fingindo naturalidade, mas percebi que ele também tava acompanhando aquele desfile com os olhos.
— Hoje é perna e glúteo. Vou sair de lá sem conseguir subir escada — respondeu ela rindo.
Aí ela se afastou, rebolando com naturalidade, sem afetação, mas com o tipo de corpo que fazia a gente esquecer do próprio nome.
— Deus me perdoe — murmurou Zé Maria quando ela virou a esquina.
— Amém — respondi baixinho, cruzando as mãos como quem pede força.
Aí ficamos nós dois em silêncio por uns segundos, contemplando a calçada vazia.
O Zé Maria foi pro seus afazeres e eu fiquei sozinho lá por algumas horas. Estava arrumando umas encomendas, separando os pacotes por apartamento, quando ouvi o som de chinelos. Olhei por cima do balcão e lá vinha ela. Lorena. Aquela belezura parecia ter saído de uma propaganda de bronzeador.
Ela usava um shortinho jeans que mal cobria as coxas, todo rasgado nos cantos. A regata branca era fininha. O cabelo escuro desleixado, óculos de armação grossa no rosto. Aquela mulher conseguia ser linda até desarrumada.
— Boa tarde, seu Geraldo — disse ela, com aquele sorrisinho doce que me dava calafrios.
— Boa tarde, minha flor. Veio buscar alguma coisa? — perguntei, já sentindo o coração bater diferente.
— Chegou uma caixinha da Amazon. Um livro que eu tava esperando. — Ela se apoiou no balcão e o decote se abriu mais. Eu fingi não notar, mas por dentro... Ave Maria, que visão!
Peguei a caixinha dela e entreguei com um sorriso maroto.
— Aqui está. Eita, que sorte tem esse livro, viu? Vai passar a tarde toda nas suas mãos...
Ela riu.
— Que isso, seu Geraldo! Tá cheio das piadinhas. — Ela deu uma ajeitada no cabelo, os bracinhos finos e bronzeados se esticando. Eu quase suspirei. — E o senhor, tá bem? Muito calor aí dentro?
— Tô tentando sobreviver. Mas quando aparece uma moça bonita dessas, o calor até ajuda. Dá vontade de ficar mais tempo aqui, só olhando — falei, rindo. Ela riu também, mas desviou o olhar.
— O senhor não perde uma, né? — disse, já segurando a caixinha contra o peito.
— Perder? Só se for a vergonha. Essa aí já foi embora faz tempo...
Ela balançou a cabeça, ainda sorrindo.
— Tchau, seu Geraldo. Até mais.
— Vai com Deus, minha flor.
Ela saiu andando, e eu fiquei ali, parado, observando. A bundinha dela se mexia como se dançasse sozinha dentro daquele shortinho apertado.
A Lorena, junto com a Jéssica, a Eliana e Rebecca, era daquelas gostosa sque a gente sabia que nunca ia conseguir comer, mas só de ver passando... já valia o dia.
Os dias passaram e estava eu na portaria durante uma tardinha tranquila. Devia passar das 16h30. O silêncio só era quebrado pelo barulho da dona Judite passando pelo corredor do térreo e a conversa boa do Astolfo, que sempre passava pra prosear.
— E aí, seu Geraldo, a dona Ângela te deu aquele bolo de fubá que prometeu ou enrolou de novo? — perguntou, rindo com aquele sotaque puxado.
— Rapaz, dessa vez ela caprichou. Tava tão fofinho que parecia travesseiro. Pena que acabou em dois tempos.
Antes que a conversa continuasse, o interfone tocou. Era aquele toque curto, diferente. Reconheci na hora: apartamento da Andréia. Peguei o fone.
— Portaria, bom dia.
— Oi, seu Geraldo... você pode subir aqui? Tem um probleminha de vazamento no banheiro. Tá pingando sem parar... — disse ela, com aquela voz arrastada, quase sussurrada.
Fiz cara de entendido, como quem já sabia do enredo.
— Ah, claro, dona Andréia. Já vou subir. Só pegar meu material.
Desliguei e me virei pro Astolfo, que me olhava com um sorrisinho maroto.
— Astolfo, faz um favor? Segura a portaria pra mim uns quarenta minutinhos? A dona Andréia tá com um problema no banheiro... vazamento, parece.
Ele deu um risinho e disse:
— Pode deixar. Resolve o problema com capricho, viu?
Peguei a maleta de ferramentas, botei umas chaves de boca só por fachada e, por baixo da bandeja, escondi umas camisinhas que eu sempre deixava de reserva.
Subi tranquilo. No elevador, ajeitei o boné, respirei fundo. O coração já acelerava, mas o rosto era de quem vai apertar parafuso. Quando cheguei na porta, bati duas vezes. Ela já abriu logo na primeira.
A dona Andréia tava com uma camisetinha branca de alcinha, sem sutiã — os peitos dela, médios, redondos, firmes, apontavam como dois desafios pro meu autocontrole. Um microshort que mais revelava que escondia a bunda enorme dela, aquela mesma que fazia inveja à Paolla Oliveira. Os cabelos loiros bagunçados e os pés descalços. O perfume dela veio logo no ar, doce e quente.
— Entra, seu Geraldo... que coisa boa que você veio rápido... — disse ela, com aquele sorriso de canto de boca que só ela sabia dar.
Entrei fingindo olhar em volta.
— Então... é no banheiro, né? Vazamento?
Ela riu, fechando a porta devagar.
— Isso... o banheiro tá ali, ó. Mas acho que o problema tá no quarto mesmo...
Soltei um riso leve.
— Ah, entendi. Então é vazamento de outro tipo...
Ela virou de costas e foi andando na frente, rebolando como quem desfilava. Fui atrás, tentando manter a compostura, mas meu olhar já tava colado nas curvas dela.
— Você vem sempre com tanta ferramenta assim? — perguntou, jogando uma olhada por cima do ombro.
— Depende da encomenda... tem coisa que precisa de reforço.
Ela gargalhou, encostando-se no batente do quarto.
— Pois pode deixar o reforço aí do lado da cama. O vazamento aqui tá pedindo uma revisão completa.
Larguei a maleta no chão e entrei. O quarto tava com as cortinas semiabertas, uma luz dourada batendo na cama. Lençol branco, travesseiros bem fofos. Tudo pronto.
— Dona Andréia... a senhora sabe que eu sou só um pobre porteiro. Mas quando me chamam assim, eu dou meu melhor...
Ela se aproximou, roçando o corpo no meu, e disse:
— Eu chamei porque sei que você dá mesmo.
Nos olhamos por um instante. Ela me puxou pela gola da camisa e me beijou com fome. Minhas mãos foram direto pra cintura dela, depois pra bunda. Era macia, firme, enorme... Como uma tentação feita sob medida.
Caímos na cama. As roupas foram saindo com pressa e jogadas no chão, com risos, toques, beijos. Já ia apertando um dos seios dela com a mão e mamando o outro também. Nunca iria entender como um cara casou com uma mulher dessas e preferiu morar noutra cidade, a deixando tão carente e com vontade de sexo.
Voltei a beijar a boquinha carnuda da minha amante loira favorita. Sabia que ela tava na vontade, porque estava mal tínhamos começado e ela mandando eu meter logo. Mas eu não tava com pressa, e acho que ela também não. Ela sabia que eu gostava de dar um trato antes. Assim, fui descendo pelo corpo dela, beijando seu seios, sua barriguinha cheinha, seu umbigo, sua virilha, seus pelinhos pubianos, descendo e passando para as coxas. Aquele belo par de coxões, grandes e grossos. Comecei a beijar, lamber, morder as coxas, dizendo que elas eram minhas e a Andréia só confirmando.
Foi quando me meti entre as coxas dela, indo para a buceta. Cai de boca sem pensar duas vezes. Chupava e lambia aquela bucetona que conhecia tão bem. Sabia o jeito que ela gostava, sabia coisas que nem o maridão devia conhecer. E só as ensinaria para a Carolina, se ela quisesse. A Andréia logo estava se espasmando na cama, se contorcendo em um gemido gutural, com mais um gozo na minha boca para a lista da Andréia.
A Andréia ainda estava se recompondo quando eu aproveitei para colocar a camisinha no cacete. Ela olhou para o meu pau, grosso e pentelhudo, com aquele olhar safado e sacana dela. Enquanto ela abria as pernas, eu já ia deitando em cima dela. Pincelei um pouco só para fazer o charme que a madame adorava e fui enfiando o cacete dentro daquela bucetona toda gozada. A Andréia gostava quando eu metia devagar, como se fosse para ela saborear a entrada, centímetro por centímetro.
Quando eu já tinha enfiado o pau todo dentro daquela buceta e os meus ovos bateram na entradinha, a gente deu um beijão daqueles de tirar o fôlego. E, só depois, comecei a meter com vontade. A Andréia se segurava na cabeceira da cama e tentava me abraçar com as pernas. Eu sabia que ela gostava de estocadona daquelas bem brutas. Então, fui aumentando o ritmo e metendo com vontade, com força, para fazer barulho mesmo.
E a cada metida, ela respondia clamando por mais, Mais, MAIS!
Não sabia se ia ter fôlego para aguentar muito tempo assim, mas tinha um jeito que conhecia da dona Andréia sempre gozar mais rápido. Peguei suas pernas e as coloquei sobre os ombros e comecei a meter ajoelhado na cama. Voltei a meter fundo com força. Desse jeito, ele não conseguia meter tão rápido como o papai-mamãe, mas cada estocada ia mais forte e mais forte e mais forte.
Notei que a Andréia estava para gozar mais uma vez e não podia perder esse timing. Aumentei mais ainda o ritmo das estocadas na bucetona, já estava indo forte, mas agora precisava ser rápido também. Eu não ia aguentar muito e o meu gozo estava chegando, quando senti a Andréia se contrair e se contorcer. Aos gritos e gemidos, a loira bunduda delirava na minha pica,a anunciando seu segundo orgasmo.
Com a Andréia toda caída, gozada e satisfeita, na cama, nem perdi tempo e fui girando o corpo dela. Ela já foi dizendo que não ia rolar anal hoje, mas não era isso que eu queria na hora. Era comer ela de quatro. Ao ouvir isso, a Andréia logo ficou de quatro, como uma putinha obediente, para me deixar ver sua bundona magnífica empinada na minha frente.
Meu Deus, que bunda!
E ela ainda rebolava para mim, aumentando a minha tentação de meter no cuzinho apesar do que havia acabado de dizer. Mas resisti e mantive o que combinamos e voltei a meter na sua bucetona.
Eu a segurava pelas ancas e metia a piroca com tudo, sem dó, sem pena. Eu socava como se nunca mais fosse forte isso porque gostava do barulho da minha pélvis batendo na bunda dela. E aposto que ela gostava também.
Mas eu sabia que não ia segurar por muito mais tempo. Apertei ela bem forte pela cintura e fui socando o cacete buceta adentro. Fui socando e metendo até sentir que não dava mais e dei, numa última estocada, gozei com tudo, esporrando dentro da camisinha na bucetona dela.
Sem forças, acabei caindo em cima dela e nós dois deitamos na cama.
Minutos depois, a gente ainda tava ali, largados na cama, pelados e ofegantes. O lençol mal cobria nossas pernas e o quarto tava com aquele cheiro bom de corpo suado misturado com perfume doce. Eu, de barriga pra cima, com a mão apoiada atrás da cabeça e a outra repousando na coxa dela, e ela com a bochecha encostada no meu peito, traçando círculos preguiçosos com o dedo no meu peito.
— Você ainda dá conta, viu, seu Geraldo... — ela falou, com aquele tom de quem elogia e provoca ao mesmo tempo.
— Quando o chamado é sério, a gente entrega serviço completo... — respondi, apertando a coxa dela. — E a senhora é freguesa antiga já. Conhece meu capricho.
Ela soltou um riso leve, mas ficou pensativa.
— Me diz uma coisa... você tem outras freguesas fiéis?
Hesitei. Minha mão parou de acariciar a perna dela. Olhei pro teto.
— Andréia... eu... olha, você sabe como é. Aqui no prédio tem mulher bonita demais, carente demais... Mas eu sou discreto. Não falo nome de ninguém. Nunca falei.
Ela ergueu a cabeça, me olhando nos olhos.
— Mas comigo você pode falar. Eu não sou dessas que fica fazendo escândalo, você sabe disso. Que tal a gente fazer um acordo? Eu te conto com quem eu já transei aqui no prédio... e você me conta também. Sinceridade mútua. Sem drama.
Fiquei em silêncio por uns segundos. Ponderei. E acabei sorrindo.
— Tá bom... mas só porque é você, dona Andréia. A senhora já me viu pelado mesmo, que diferença faz agora saber dos podres?
Ela sorriu satisfeita e se aconchegou de novo.
— Então tá. Pode perguntar primeiro.
— Você já transou com o Zé Maria?
Ela deu uma risadinha.
— Uma vez por mês, mais ou menos. Quando bate a vontade e você tá ocupado.
— Ah... então ele é o substituto oficial da manutenção, né? — falei rindo. — Mas cuidado que o Zé Maria tem uma chave de fenda torta...
Ela gargalhou.
— E com o Astolfo? Você já transou com o Astolfo?
— Nunca. Ele parece legal, mas me dá zero tesão.
— O velho Astolfo é gente boa. Tem um coração mole e um respeito danado pelas mulheres. Só não é de levantar poeira, entende?
Ela se abanou com a mão, rindo.
— E o Pedro?
Ela bufou.
— Uma vez só. Foi no dia que do churrasco de aniversário da Odete. Comeu, gozou e sumiu. Nem trocou mensagem depois.
— É a cara dele. Pedro é desses que bate ponto, não cria vínculo.
— Vai, mais um.
— Carlos. Já rolou?
— Nunca. Só uns selinhos de cumprimento e alguns beijos no carnaval. Mas ele não parece ser bom de cama e, sei lá, me sentiria mal em fazer isso com a Odete.
— Eu sempre achei o Carlos um romântico — comentei. — Nunca entendi como ele aceitou abrir a relação assim.
Ela mordeu o lábio, esperando o próximo.
— Enéias?
Ela ficou calada por um segundo, depois disse:
— Só uma vez. No aniversário da Jéssica, no sítio dela e do Rogério. Ele é gostoso, mas... coleciona conquistas. Diferente de você, que coleciona calcinhas.
— Ah, minha coleção é por amor. Cada peça tem história... Já o Enéias é tipo álbum da Copa: só quer completar o time.
Ela bateu no meu peito, rindo.
— E a Odete?
Ela arqueou a sobrancelha, como quem desafia.
— Quem NÃO transou com a Odete, seu Geraldo?
— Verdade...
Ela assentiu.
— A Lisandra?
— Não. Ela é linda. Isso é inegável. Mas não é toda mulher que me dá vontade de abrir exceção.
— Entendo.
Ela ficou me olhando, os olhos semicerrados, como quem analisava se podia ir mais fundo na conversa.
— Agora é minha vez de perguntar, seu Geraldo... — ela disse, com a voz arrastada, os dedos brincando com os pelos do meu peito. — Quero saber das suas aventuras...
— Vixi... Se eu for contar tudo, vai faltar colchão. Mas vou dar uma resumida... Já teve a dona Ângela, claro. A Odete de vez em quando. Teve a Andréia, que é a minha favorita... — falei, sorrindo e apertando de leve a cintura dela, fazendo-a rir. Admito que trapaceei um pouquinho só dizendo os nomes que ela já conhecia, mas eu precisava manter o sigilo das demais.
— Quem mais?
— A Carolina.
Ela mordeu o lábio, os olhos se estreitaram com aquele brilho lascivo que eu já conhecia. A voz dela veio mais baixa, quase um gemido disfarçado.
— A Carolina... Meu Deus. Eu nunca vou esquecer aquilo. Conseguiu comer ela de novo depois daquilo?
— Sim.
Andréia passou a língua devagar pelo lábio inferior, depois me encarou com um sorriso quase preguiçoso, mas cheio de intenção.
— Eu lembro de ver vocês duas depois... deitadas, rindo baixinho, trocando carícias. Pareciam namoradas. Nunca tinha visto a Carolina daquele jeito.
— Eu também nunca tinha me sentido assim. — Andréia se deitou de lado, apoiando a cabeça na mão.
— Você quer repetir?
— Quero. — A voz dela ficou mais baixa, carregada de desejo. — Só de pensar em ter ela aqui de novo... em ver você entre nós duas... em sentir a boca dela de novo...
Ela fechou os olhos por um momento, respirando fundo. Eu já tava duro outra vez, só de ouvir. As imagens vinham fortes na minha cabeça: as duas lambendo uma a outra, me olhando, me chamando...
— E se a gente chamasse ela na próxima? — perguntei.
— Então tá marcado.
Ficamos um tempo ali, no silêncio cúmplice. Só o som das nossas respirações. Mas eu sabia que era hora de voltar pro mundo.
— Preciso ir... antes que o Astolfo me entregue pro Zé Maria e vire história no grupo de WhatsApp dos funcionários.
Andréia riu, preguiçosa e provocante.
— Vai lá, meu porteiro delícia. Mas não demora pra voltar. Eu e a Carolina vamos estar te esperando...
Me vesti saboreando cada palavra. Antes de sair, me inclinei sobre ela e dei um beijo lento e profundo.
— Até logo, minha tentação...
Ela me deu um tapa de leve na bunda, rindo.
— Vai antes que eu te segure por mais uma rodada.
Saí do apartamento com a maleta na mão, a calça meio apertada por baixo e a mente voando longe. Eu, a Andréia e a Carolina...
Geraldo, meu velho... ainda há milagres nesse mundo.
Quando voltei para a portaria, já era quase noitinha. A portaria tava tranquila. Eu já tinha separado as correspondências, checado as câmeras duas vezes e ajeitado minha cadeira pra dar aquela espreguiçada. Foi aí que eu ouvi. Vozes femininas, vindo do corredor. Reconheci na hora: era a Jéssica e a Eliana.
Falavam baixinho, mas eu tenho ouvido de morcego quando o assunto é fofoca. E também... o tom delas não era qualquer um.
— ... ele vai mesmo pedir o divórcio! — era a voz da Jéssica, preocupada.
— Não acho que a gente deveria se meter nisso — respondeu Eliana, com uma calma que eu achei até estranha. — E, sinceramente, esse casamento deles já tinha virado amizade há tempo.
— Mas eles têm trinta anos de história. A Odete finge estar bem, mas duvido que ela esteja de boa. Ela deve estar em negação.
— Um conselho para vida, minha querida amiga: as coisas mudam. A vida é assim. Aceita.
Tive que disfarçar um sorriso. Aquilo era ouro em forma de conversa. O Carlos queria mesmo se separar. A Jéssica era contra e a Eliana era a favor. Hummm. Confusão à vista.
E foi aí que elas dobraram o corredor e vieram na minha direção. Olhei bem. Pareciam duas musas de propaganda de academia. A Jéssica vinha com uma legging azul-marinho que parecia ter sido pintada no corpo, colada em cada curva das pernas torneadas. Top branco justíssimo, deixando à mostra aquela barriguinha lisa e um decote que, se não fosse pecado, eu agradecia ajoelhado.
A Eliana, com seu legging vinho, cintura alta, moldando aquelas coxas grossas e o quadril largo. O top preto deixava os seios fartos quase saltando pra fora, como se pedissem liberdade. A pele bronzeada brilhava sob a luz da portaria. Um homem normal parava de respirar. Eu? Apenas engoli em seco e mantive a compostura. Mais ou menos.
— Boa noite, seu Geraldo! — disse Jéssica, com aquele sorriso que ilumina até blackout.
— Boa noite, seu Geraldo! — completou Eliana, marota.
— Boa noite, minhas queridas! Academia? — falei, tentando parecer mais simpático que tarado.
— Sempre, né? — disse Jéssica, rindo. — A gente sofre agora pra poder comer lasanha sem culpa depois.
— E também pra aguentar certos homens do condomínio — disse Eliana, sorrindo de lado. — Precisa estar forte.
— Isso é verdade... Aqui, homem difícil é o que não falta — disse, disfarçando a malícia.
— O senhor devia ir com a gente um dia, seu Geraldo. Ia ficar com o abdômen trincado — brincou Jéssica, mexendo no elástico do cabelo.
— Eu com esse corpinho aqui? Só se for trincado de dor nas costas — respondi, fazendo as duas rirem.
Elas se entreolharam, riram mais um pouco, e a Jéssica mudou o assunto de vez:
— Ah! Depois quero mostrar uma ideia pro mural da recepção. Algo sobre eventos comunitários. Amanhã posso passar aí?
— Pode sim, doutora. Vai ser um prazer.
— A gente vai ali sofrer um pouco — disse Eliana. — Cuide bem da nossa portaria, hein, seu Geraldo!
— Sempre cuido. E melhor ainda quando vocês passam por aqui — falei, já me arrependendo da ousadia, mas elas só riram.
Se despediram com um aceno e saíram rebolando como se desfilassem. A Jéssica com seu passo leve e saltitante, a Eliana com um andar lento e pesado de mulher que sabe o que tem e como usa. Fiquei olhando até sumirem na calçada. Engoli mais seco ainda. Duas obras-primas da criação, cada uma com um charme que não dava pra descrever direito.
Comer aquelas duas ao mesmo tempo seria um sonho. Inalcançável. Pelo menos, para mim. Talvez o Rogério tenha conseguido no sigilo, nunca se sabe.
Pouco depois, vi a Lisandra descendo do elevador, ajeitando a alça da mochila no ombro. Lisandra, minha amiga, minha parceria de fofocas, a dona da calcinha mais preciosa da minha coleção... Um troféu que me orgulho.
— Ô, Lisandra! — chamei, meio cantando, com aquele tom que só uso com quem eu gosto mesmo. — Vem cá, minha querida. Passa aqui na portaria um instantinho.
Ela parou, sorriu com aquele jeitinho safado, e desviou a rota direto pro meu cubículo.
— Oi, seu Geraldo! — disse, entrando com naturalidade. Sentou-se na cadeirinha lateral, cruzando as pernas.
Ela tava com uma calça jeans bem justa, daquelas que abraçam tudo, sabe? Realçava cada curva das coxas, e a blusinha simples, de algodão branco, deixava marcadinho ali o sutiã rosa por baixo. E os peitinhos dela... pequenos, mas empinados e vivos. A mochila caída no colo escondia metade da barriga, mas dava pra ver a cinturinha marcada.
— Cê vai embora sem nem me dar um tchau decente?
Ela deu risada, daquelas bem gostosas, com os olhos apertando.
— Sempre galanteador, seu Geraldo...
— Cê sabe que gosto demais de tu.
— Eu também gosto do senhor, ué. O senhor é um fofo, sabia?
— Se gosta tanto de mim, me contaria as fofocas do dia, né?
Ela riu outra vez.
— Claro! Hoje o dia foi puxado... Limpei até teto!
— E tava onde dessa vez?
— No apartamento do Carlos e da Odete.
— Alguma novidade lá?
Mas ela me olhou de lado, já preparada.
— Novidade? Nenhuma! — Então, ela soltou uma expressão boquiaberta digna de uma atriz de teatro. — Tá falando dos boatos de separação? Isso é intriga da oposição. Eu não vi nada de estranho, não.
— Sei... — murmurei, mas ela já me pegava.
— Juro! Eles tavam o casal de sempre, fazendo as coisas de sempre. O senhor anda ouvindo demais o Zé Maria, aposto.
— Agora, cê me pegou. — Ri. — O Zé é pior que rádio AM.
— Pois então, cuidado. Vai acabar espalhando boato à toa. — Ela me deu um cutucão leve no braço.
Eu olhei pra ela com aquele orgulho daquela jovem tão esperta. Se não tivesse ouvido a Jéssica falando, ela teria me enganado com a cara mais lisa do mundo.
— Boa aula, Lisandra.
— Obrigada, devo me formar no meio do ano que vem!
— Só não esquece de mim quando for uma dentista chique e rica.
Ela riu outra vez, já se levantando.
— Nunca! O senhor vai ser meu cliente VIP. Só leva vantagem porque é amigo — disse, colocando a mochila de volta nas costas. — Agora deixa eu correr, senão perco o ônibus.
Ela me deu um beijo no rosto antes de sair.
— Vai com Deus, Lisandra. E se cuida, viu?
— Pode deixar. Até amanhã, seu Geraldo!
Fiquei olhando ela se afastar com aquele andar firme e solto. Aquela jovem era especial. Independente, firme, fiel aos amigos, com personalidade. E mesmo com toda essa firmeza, ainda tinha uma doçura que me pegava. Dava vontade de puxar ela pra um abraço e não soltar mais.
Pois bem, leitor. Qual a próxima moradora vocês acham que deve cair na minha rola? Coloquem nos comentários quais as moradoras que vocês torcem para que eu coma.
Se você preferir que as minhas histórias sejam mais sobre os perrengues de conciliar ou satisfazer tantas mulheres, com a Carolina e a Andréia exigindo um jantar romântico igual ao que eu dei para a Lisandra, coloque nos comentários. Afinal, comer tantas mulheres, nunca ser descoberto e ainda continuar amigão de todas elas para que nenhuma me denuncie ao síndico é uma aventura e tanto.
Em breve, vamos ter a continuação.