🌼A FLOR SE ABRIU - Vol.7: FESTA JUNINA DA FAVELA: GEMI ALTO NO BECO E VIREI A VADIA DO DONO DO MORRO

Um conto erótico de Môh Lyndinha
Categoria: Grupal
Contém 7067 palavras
Data: 28/06/2025 00:33:53
Última revisão: 12/08/2025 00:48:34
Assuntos: minhas verdades

😈 Prepara-se pra gozar com essa minha história. Não tem romance, só suor, gemido engasgado e a verdade nua, às vezes de quatro, às vezes com a boca cheia. Se for ler, que seja com a mão entre as pernas. E sem pudor: porque eu também não tive.

Este conto foi tirado do diário de Mônique, e sua narrativa traz uma visão íntima e intensa de sua transformação.

COMENTEM, CURTEM E ME SIGAM!!!!

Meu nome é Mônique. Sou de Diamantina, Minas Gerais, mas moro na zona sul do Rio desde os quinze anos de idade. Tenho 1,72 de altura, 61 kg e aquele corpo que engana à primeira vista, a famosa “magra falsa”: cintura fina, pernas torneadas, bunda marcada e seios médios, no ponto. Meus cabelos são lisos, castanhos com mechas loiras e ondas suaves nas pontas, quase tocando a cintura.

Continuação do conto: A FLOR SE ABRIU - Vol.6: FESTA JUNINA DA FAVELA, COM SALSICHÃO, GEMIDOS E GOZO

🌼A FLOR SE ABRIU - Vol.7: FESTA JUNINA DA FAVELA: GEMI ALTO NO BECO E VIREI A VADIA DO DONO DO MORRO

Querido diário,

Eu, Patricia e Jão, largados atrás da casa, encostados na parede de taipa, fodidos e suados, com o cheiro de putaria grudado na pele, o gosto da trepada ainda queimando na boca. Pesado. Sujo. Como se aquilo tivesse marcado a gente de um jeito que não saía nem com reza brava.

Corpo mole, suor escorrendo, a mente solta pela bebida batizada que o Jão serviu no começo da noite. Tudo girava: o calor do gozo, os sentidos embaralhados, a pele formigando, sem saber se queria gozar de novo ou voltar pra festa.

Era noite de festa junina no morro, bandeirinhas no fio, sanfona misturada com funk, cheiro de maconha, milho e salsichão no ar. Mas foi no beco escuro, entre mofo e poste com luz fraca, que meu gemido rasgou o baile. A sentada foi tão envolvente, tão suja e profunda, que o chefão, aquele que ninguém encosta sem dar um salve, desceu na moral pra ver quem era a vagabunda que tava dando show.

De repente, uma sombra grossa apareceu no vão daquela porta velha, toda podre, rangendo. Era pesada, sinistra, daquele tipo que chega sem pedir licença e faz o sangue gelar na veia, parecia até um monstro vindo cobrar a conta da noitada.

Chegou no silêncio, com o peso de quem manda em tudo e em todos. Olhou pra mim daquele jeito que não pede, só toma. Achei que ele fosse me possuir ali mesmo, no chão imundo, como uma vadia.

— Fodeu de vez... esse cara tinha que aparecer justo agora? Vai dar merda...

Murmurou Jão com um meio sorriso nervoso, ajeitando o short por cima do pau meio duro, enquanto se levantava num impulso. Eu continuava jogada, pernas dobradas, abraçando elas até os seios, o peito arfando como se tivesse acabado de correr uma maratona, a pele quente e sensível, o gozo ainda escorrendo grosso, quente, pelas minhas coxas. A Patrícia também levantou, meio brecada, limpando a boca com as costas da mão, os olhos arregalados, o queixo ainda melado, com aquela cara de quem não acredita no que acabou de rolar.

— É o Ben-Hur, né? Seu irmão, o dono do morro (perguntei já respondendo, num sussurro quase falhado, com o coração batendo no grau).

— É sim, mas fala baixo porra! Aqui ele é o dono do morro. Irmão também vira alvo. (Jão falou baixo, seco, cara fechada, já na defensiva).

O negão entrou sem pressa, passos firmes. Tinha fácil uns 1,80 de altura. Careca, ombros largos, uma tatuagem subia pelo pescoço e cobria todo o braço. Vestia um blusão branco colado no peito, calça preta folgada e uma corrente grossa de ouro que brilhava no pescoço. Na cintura, a coronha de uma pistola despontava, meio escondida sob a barra da camisa. No bolso, um pente extra, carregado de bala. O olhar era afiado, direto, de bandido que já viu muito corpo no chão, como se tudo ali já fosse dele. E era.

Primeiro mirou o olhar no Jão. Depois em mim. Parou. Me comeu com os olhos como se eu fosse picanha na bandeja. Passou a língua pelos lábios, devagar. Engoli seco, sentindo o corpo inteiro pulsar. Aquele tipo de homem que não pede. Chega e pega.

— Que putaria é essa aqui no meu morro, fala tu, meu cria... O menor tá mandrake com essas duas aí. Virou playboy, porra!!!! (ele soltou, encarando o Jão, mas o olhar grudava em mim). — Já tão batendo aqui que tu meteu bagulho na bebida das mina do asfalto. Tu tá maluco, mermão?

— Que isso… papo torto, eu não fiz isso não…as mina tavam no veneno já, vieram tudo querendo… eu só entrei na vibe.

— Quem mandou o papo foi uma das mina que tu mesmo pega, vacilão. E sabe o que ela falou? — Que tu botou bagulho na bebida das mina… falou que viu tu mexendo no copo, mó vacilo cria! — Agora desenrola e mete o pé… porra.

— Na moral… cês tão me tirando. Tô sendo acusado sem prova, só no papo das mina recalcadas..

Eu só olhava… coração na boca, a Paty agarrada em mim. Eu só queria sair dali. Lavar o corpo, a alma, e esquecer que um dia aquele olhar grudou no meu.

— Vou fechar dessa vez contigo, tá ligado… mas na próxima tu desce e não volta mais.

— Peguei a visão. (Jão respondeu, estufando o peito, como se fosse fazer alguma diferença, mesmo já se sentindo menor no terreno que era dele).

— E essa aí? (ele apontou pra mim com o dedo reto, sem desviar nem um milímetro) — Ainda é tua mulher, menor? Ou já largou a mina na pista?

— Já foi, tá ligado... Agora é da quebrada. (Jão largou seco, voz meio engasgada, quase um gemido de derrota, sem coragem de olhar no meu olho).

O dono do morro abriu um sorriso torto, daqueles que já carrega maldade de nascença. Puxou o ar devagar, o olhar cravado em mim como se já soubesse o gosto. A voz veio grave, pesada, cortando o ar como navalha:

— É disso que eu gosto... novinha sem coleira, sem caô, com a buceta quente e a cabeça feita. Daquelas que aguenta o tranco e geme baixo.

Falou com aquela rouquidão grossa que dava arrepio na espinha e molhava o meio das pernas sem precisar de toque.

— Suave, então... (Jão respondeu, tentando manter pose, mas a voz entregou, quase falhando, quase pedindo pra sair. Era o tipo de derrota que não se fala, só engole.)

O dono do morro mandou que eu levantasse. Depois, seus dedos se enroscaram no meu cabelo, puxando devagar, como quem brinca com a dor antes de transformá-la em prazer. Um gemido escapou, baixo, tímido. Ele ouviu. Sorriu. Um sorriso sujo, seguro, de quem sabe que comanda cada suspiro meu.

— Sempre com esse fogo no olho, hein, vadia...

— Só quando o cheiro de macho vem forte! (soltei, com a voz rouca, carregada de veneno, enquanto o suor escorria entre meus peitos e descia pela lombar como língua de serpente faminta).

Ele encostou de vez, colado, quente, daquele jeito que dá grau no corpo todo, respirando perto da minha boca, a voz vindo como veneno lento, voz de bandido que sussurra só pra ver a novinha derreter.

Tremi. O corpo ainda mole, mas o olhar dele me prendeu no lugar. Não era pedido. Era ordem.

— Cê gosta de perigo, né marrenta? De fuder na beira do abismo. Então bora brincar no escuro, novinha. Mas agora... quem comanda sou eu. Sem caô.

Deixei escapar outro gemido rouco, quase sem ar, com a buceta pulsando na pressão, só pelo peso das palavras dele. Latejando igual batida da festa.

Ele riu, riso baixo, grosso, de malandro da antiga, com o olhar cravado no meu corpo, o dono do morro que não divide o que é dele.

— Me diz que é tudo meu, novinha… porque, se não for, eu tomu na força mesmo (sussurrou no meu ouvido, com aquele cheiro forte de maconha, misturado ao toque bruto que fez os pelos do meu corpo se arrepiarem na hora).

— Sou sua marrenta. Entendo de bandidagem ...

Olhou pra Patrícia e depois pro Jão, como quem marcava território. Ninguém contestou. Patrícia só deu um meio sorriso e piscou pra mim, tipo “se cuida, amiga”. Vesti minha calcinha, ajeitei a saia, coloquei a blusa. E fui descalça, com a botinha na mão. A bolsa com os documentos e o celular ficou com um dos braços direitos do patrão.

Ben-Hur me puxou pela cintura e me levou pelos becos do morro, entre as barracas da festa, como se eu fosse dele desde sempre. As pessoas olhavam. Algumas respeitavam. Outras desejavam disfarçadamente, com olhares torto que só uma mulher percebe.

Entramos numa casa mais afastada, simples por fora, mas tudo de qualidade por dentro. Ele se aproximou devagar, o cheiro forte de suor e baseado invadindo meu ar. O morro estava quieto naquela hora, só o som distante de um funk abafado e o movimento das folhas com o vento. Senti o calor do corpo dele antes mesmo de sentir o toque, o peito largo, o olhar pesado me varrendo de cima a baixo como se já me tivesse por dentro. Assim que a porta se fechou, ele me encostou contra a parede.

— O que vai fazer comigo?

— Pega a visão, vadia… te quero desde a primeira vez que te vi aqui no morro. Só não te tomei antes porque Jão é sangue do meu sangue. Mas agora… agora eu vou marcar tua pele. Vou engolir tua boca. Vou entupir tua garganta até tu esquecer teu próprio nome.

Ben-Hur agarrou minha camisa e o top e arrancou os dois de uma vez, o som do tecido rasgando o ar antes de cair no chão junto com a saia. Eu desci a calcinha devagar, sentindo o elástico roçar na pele quente até o ar frio morder meus quadris, minhas coxas… até ficar completamente nua diante dele.

Ele não tirou nada. Ficou me olhando, o peito subindo e descendo devagar, como se saboreasse a cena. Então, com um movimento lento, desabotoou a calça, abriu o zíper e deixou o tecido escorregar até o joelho.

Quando o pau saltou pra fora, grosso, quente, pesado, latejando, o olhar dele se cravou em mim. E naquele instante eu soube: não ia sair dali andando.

Me agachei antes que ele dissesse qualquer coisa. O tesão queimava por dentro, grosso, quente, urgente, latejando entre as minhas pernas. De cócoras, segurei o pau duro, pesado, quente, tatuado com uma cobra naja que parecia ganhar vida a cada pulsada. O cheiro dele me invadiu, forte, masculino, misturado com o suor que escorria pela pele.

Enfiei a boca sem piedade, até a garganta reclamar. Engoli com fome, com desejo, com a sujeira crua daquela necessidade que me rasgava por dentro. Ele soltou um grunhido rouco, grave, e puxou meu cabelo com força, os dedos cravando na raiz, me obrigando a manter o olhar nele. A outra mão esmagava meu seio, firme, marcando a carne com o peso da posse.

Começou a foder minha boca como se fosse uma boceta, quente, molhada, faminta, feita pra ele. O som da saliva se misturava aos gemidos abafados, cada estocada mais profunda me fazendo engasgar e sentir os olhos arderem. Eu não recuei. Abri mais a garganta, senti a veia latejando contra minha língua.

Desci devagar, chupando as bolas com a língua molhada, sentindo o gosto salgado, a pele macia sob a minha boca. Ele soltou um xingamento baixo, um "puta que pariu" arranhado pela respiração pesada. Subi de novo, engolindo tudo, mais fundo, mais rápido, deixando que ele usasse minha boca até perder o fôlego.

As coxas dele tremiam levemente, o abdômen contraía a cada chupada. A mão no meu cabelo apertava mais, como se quisesse fundir minha boca ao pau dele. E eu me deixava levar, perdida no calor, no som, no gosto, no controle dele sobre mim.

Meus olhos lacrimejavam, o nariz escorria, a garganta lutava, mas tudo o que eu sentia era calor entre as pernas. Eu não precisava me tocar. Só o jeito que ele me tratava já me fazia tremer.

— Tu aguenta vadia … mama tudo, sem frescura e sem dente.(ele rosnou, puxando meu cabelo com mais força, me forçando a engolir até o talo, meu queixo batendo no osso do quadril dele). — Vamos lá, mostra do que essa garganta é capaz. Engole tudo, até o fim. Quero ver teus olhos lacrimejando, a boca toda babada, sufocando no meu pau como uma boa menina vadia.

Eu babava, gemia presa naquilo, o cheiro de maconha, suor e sexo deixando tudo mais quente, mais animalesco. Me era usada, possuída, submissa a um desejo que eu mesma alimentei. E quanto mais ele fodia a minha boca, mais o meu tesão escorria entre as pernas, quente, sujo.

— Engole porra, até o fim.… chupa como se tua vida dependesse disso. Mostra que merece ser minha putinha.

As palavras desceram como um choque gelado pela espinha, me deixando ainda mais molhada. Ele agarrou minha nuca com brutalidade, dominando cada movimento, e com a outra mão segurou a base do pau, enterrando tudo na minha garganta. Sem dó. Sem trégua.

— Olha essa carinha… toda fodida, babando, sem ar. É assim que eu gosto de ver as novinha do asfalto que sobe o morro pra se drogar e fuder com os cria.

Então ele empurrou de novo. Mais forte. Mais cruel. A cabeça dele forçou minha garganta a ceder, e o enjoo veio como um soco, mas eu não recuei. Minhas unhas cravaram nas coxas dele enquanto eu me afundava naquela sensação bruta de posse, de entrega total. O som molhado da minha boca sendo usada ecoava pelo quarto.

Ele gemeu mais alto, o corpo tenso, as coxas enrijecidas. Segurou minha cabeça com ainda mais força, como se não quisesse me deixar escapar nem por um segundo. Enfiou fundo, bem fundo, e ficou lá, enterrado, enquanto a rola pulsava quente dentro da minha garganta. Gozou.

— Vai engolir tudinho, vadia... vai tomar essa porra como uma boa cadela merece. (ele rosnou, os olhos cerrados, a respiração descompassada).

O jato veio grosso, forte, quente como se estivesse queimando por dentro. O gozo escorreu na minha língua, desceu rasgando a garganta e ainda assim, eu não parei. Chupei até o final, sugando, engolindo, lambendo o que sobrava com a boca toda fodida, toda babada, toda dele.

Quando ele recuou, fiquei ali de joelhos, a boca ainda aberta, a respiração descompassada, um fio de gozo e saliva ainda ligava minha boca à ponta da rola. Respirei ofegante, os olhos vermelhos, a maquiagem borrada, o corpo inteiro trêmulo de excitação. Ele me encarou com aquele sorriso sujo, satisfeito, como quem acabou de destruir e refazer uma putinha feita sob encomenda.

Lambi os lábios, saboreando o gosto amargo que ainda escorria da garganta. A boca ardia, a goela raspava, mas minha boceta pulsava de vontade. E no fundo, eu sabia… ele mal tinha começado.

Ben-Hur despiu-se por completo, sem pressa, os olhos famintos cravados em mim, roubando meu fôlego a cada segundo. Com firmeza, me puxou para cima dele e me deitou no sofá como quem desmonta um brinquedo prestes a quebrar. Seus dedos abriram meus lábios inferiores, expondo minha carne quente, úmida, latejante. Tentei firmar as pernas no braço do sofá, mas elas tremiam entregues ao prazer que misturava medo e tesão num arrepio só, denso, avassalador.

— Fica assim ... (ele sussurrou, a voz rouca).

Então se ajoelhou entre minhas pernas abertas, segurou minhas coxas com força e mergulhou a língua direto na minha xota úmida. Ele me lambia fundo, como se quisesse me esvaziar, com a boca faminta e a língua deslizando lenta e depois rápida, alternando entre meu clitóris e cada dobra encharcada. Ele não parava. Dava tapas de leve na minha xota, me deixava aberta do jeito que queria, me fodendo com a boca. A barba raspando minha pele, a respiração quente. Ele gemia contra minha carne, fazendo minha buceta pulsar mais ainda. Ben-Hur enfiou dois dedos de uma vez, encharcando tudo, enquanto chupava o grelo como se fosse o último da Terra. Me fazia tremer, gemer, implorar. Ali, debaixo de mim, o dono do morro me comia com a boca como se marcasse território.

Em seguida, me levantou com uma brutalidade seca, me prensando na parede como se quisesse me entortar. Meu ombro bateu na taipa com força, mas nem tive tempo de reclamara, segurou a base do pau e encaixou entre minhas coxas, mas não penetrou, só pressionou. Queria que eu sentisse o peso, a força, a tensão. Sem meter, empurrou pra cima, como se a rola dele fosse me sustentar inteira ali, pendurada. Me virou de costas, empurrou minhas costas pra frente até minha cara quase encostar na parede.

— Vai aguentar, vadia? (ele rosnou, segurando firme na cintura). — Agora tu vai ouvir o som da favela dentro da tua buceta.

— Para com esse papo e me come agora, porra!

Então, ele posicionou a cabeça na entrada da minha buceta… e meteu. Com tudo. Com raiva. Com fome. E sem aviso, sem carinho, sem freio, ele meteu. Eu gemi, sem ar, sentindo-me invadida, preenchida até o limite.

— Vamo ver se essa boceta tá tão quente quanto tua cara de safada.

A parede gemeu junto comigo. O medo se misturou com o prazer, o corpo reagindo sozinho, como se tivesse sido feito pra isso. Os dedos dele afundavam na minha cintura, puxando, rasgando, dominando tudo.

Me segurava firme pelos quadris, enfiava fundo, sem piedade. Batia com força nas minhas costas, puxava meu cabelo, me fazia dele. Eu sentia cada estocada rasgando e reconstruindo, como se o pau dele estivesse me moldando por dentro.

— Vai, grita vagabunda, gostosa do caralho. Diz quem te fode melhor. Diz quem manda em você agora.

— Você, porra! (gritei). — Só você!

— Isso, porra… rebola, vadia. Mostra que tu nasceu pra ser fodida por bandido. Por homem de verdade. Mostra quem manda nessa buceta.

Eu rebolava. Chorava e gemia. O mundo girava. E atrás de mim, ele gozava poder. Não era só gozo de prazer, era de domínio. De dono. Ele gozou fundo, forte, urrando como bicho. Seu pau ainda pulsava, brilhando com nossos líquidos misturados. E mesmo mole, ele esfregou contra minha coxa, marcando mais território. Me puxou pelo pescoço, colando nossas bocas num beijo pegajoso, possessivo, cheio de gozo, suor e saliva. Eu gemi contra a língua dele, ainda ofegante.

Ben-Hur apertou o baseado, acendeu com um fósforo riscado na parede. A chama tremia como minha respiração. Ele puxou fundo, os olhos fixos em mim, e soltou a fumaça devagar, como se cada sopro dele fosse uma ordem silenciosa.

— Fuma vadia, te quero ainda mais doidona do que Buchanan’s batizado!

— Quer fuder na onda, é?

Ben-Hur passou o beck entre meus lábios. Traguei devagar, nua, sentindo o gosto dele, da erva, da porra ainda escorrendo de dentro de mim.

A brisa me deixou mais lenta, mas mais entregue. As pernas ainda tremiam, o corpo ainda doía, mas quando ele me olhou… foi como se uma coleira invisível apertasse meu pescoço.

Aquele olhar… Eu já sabia o que ele queria. Ele nem falou. Apenas inclinou o queixo, apontando pro chão. Eu obedeci. De novo.

Me ajoelhei como uma cadela. As mãos no chão grosso, os seios balançando a cada movimento. Engatinhei lentamente, os joelhos ralando no cimento aspero, o rastro de gozo deixando uma trilha silenciosa de entrega. Ouvi seus passos atrás de mim, firmes, pesados, quase ameaçadores. Ele gostava de ver. Gostava do poder. E eu? Eu gostava de me perder.

Quando alcancei a beirada da cama, ele pisou no meu cabelo. Não era para machucar, era para deixar claro quem mandava ali. Meu rosto colou no chão gelado. Ben-Hur deslizou a ponta da pistola pela minha pele como se estivesse prestes a me apagar ali mesmo. Meu corpo tremeu. E então o liquido do gozo volto, descendo sujo, quente, latejando entre as pernas.

— Tá achando que acabou, é? (ele murmurou, apagando o baseado na parede).

— Não… (sussurrei, com a cara esmagada, gemendo entre dentes).

Ele me puxou pelos cabelos de novo. E sorriu.

— Olha isso… toda quietinha. Uma vadia que ainda gosta de ser pisada.

— Eu sou tua, porra… faz o que quiser de mim. ( sussurrei, com a cara colada no chão).

Ben-Hur me ergueu pelos cabelos, sem pressa, só crueldade. Me virou de costas e desceu a mão. O estalo foi seco. Uma. Duas. Três vezes. Cada tapa queimava como se deixasse marca na alma. Depois se aproximou e cuspiu na minha boca, selando a posse. Segurou meu queixo com força, abriu minha boca à força e me beijou com vontade, com raiva, com fome e disse:

— Quer ser minha vadia? Vai ser tratada como uma. Quer ser minha rainha? Vai ser tratada como uma. Mas agora… quem decide sou eu, porra!

Segurava meu rosto como se fosse propriedade dele. Me beijou de novo, língua invasiva, faminta, sem dó, sem ternura. Só desejo bruto. Me chupava como se tentasse arrancar algo de dentro de mim. O gosto do tapa, do suor, do cuspe... tudo misturado. E eu queria mais.

— Você é minha... (ele disse), minha putinha lombrada, e vai gozar só quando eu mandar.

Ben-Hur tirou o cinto, enrolou no punho e me deu duas cintadas no rabo. Secas, cruéis. A dor veio como um choque. Eu me encolhi, tremendo, não só pela dor, mas pelo medo.

Ele podia perder o controle. Podia me quebrar. Podia me matar. E ali, nua, vulnerável, eu sabia disso.

Se ajoelhou atrás de mim, cuspiu e enfiou. Sem aviso. Sem espaço pra recusar. Senti meu corpo abrir à força, rasgar por dentro. Não havia prazer, só dor e medo. Um buraco sendo tomado, violentado.

— Isso, porra… assim… me fode como tua vadia. Como se eu não fosse nada.

Ele enfiou de novo, mais fundo, com raiva, com sede.

— Que cu apertado da pora… que bunda gostosa é essa (ele rosnou com a pistola no meu rosto). — Mas vai aprender a abrir só pra mim.

Eu não respondi. Nem chorei. Só fiquei ali, imóvel, engolindo o medo a cada estocada. E torcendo pra ele parar antes que me apagasse de vez.

Enquanto me fodiam o corpo e a alma, ouvimos passos apressados lá fora. Porta se abriu com força. Era Jão, com a cara quente, olhos vermelhos, respiração alterada.

— Que porra é essa? — Vai me entregar ela toda marcada, de quatro, como se fosse lixo?

O dono do morro, nem virou o rosto.

— Vai querer discutir posse, Jão? Ela veio pra festa e você rosnou que não é sua, agora é minha.

Jão olhou pra mim. Eu estava arrebentada, suja, cheia de marcas, mas sorria. Um sorriso meio drogado, meio aliviado, porque ele tinha chegado. Os olhos dele se encheram de tesão e raiva ao mesmo tempo.

— Ela era minha, porra… essa desgraçada me fazia gozar com um beijo, e agora tá aqui, lambendo o chão pra outro?

Eu abri a boca, mal conseguindo falar.

— Vem, Jão… me mostra que ainda sabe usar esse pau. Me fode também… quero ver vocês brigando dentro de mim.

O dono do morro, com um sorriso debochado nos lábios, me arrombava por trás, socava fundo no meu cu, sem piedade, puxando meu cabelo com força enquanto gemia alto, saboreando não só meu corpo, mas o poder absoluto que exercia sobre tudo e todos ao redor.

— Abre a boca, putinha. Quero ver tua língua lambendo o meu gozo. (eu gemi, com a voz arranhada de entrega).

As pernas cederam, o corpo tremia sem controle, e quando revirei os olhos, gozei. Gozei sendo batida, marcada, usada. Meu corpo era altar da insanidade, e meu gozo, uma prece profana. O dono do morro me agarrou pelos cabelos com uma força selvagem. Me deixou ajoelhada, cara a cara com seu pau, rijo, pulsando. Então gozou no meu rosto inteiro, me cegando por um instante, borrando minha visão com sua marca. Era como se me selasse, como se dissesse, sem precisar falar, que eu agora pertencia a ele. Ben-Hur virou meu rosto puxando meus cabelos, exibindo sua sujeira para Jão, que assistia imóvel, olhos arregalados, sem conseguir sequer respirar.

Já amanhecendo, acordei com vontade de fazer xixi, com a cara enterrada no travesseiro, os lábios inchados e o corpo dolorido como se tivesse sido atropelada por uma tropa de cavalos selvagens. Cada parte de mim latejava. Os seios marcados de chupões e mordidas. As coxas roxas de tapas. O cu ardendo ainda. E o gosto do dono do morro… ainda na garganta.

Ao meu lado, Ben-Hur dormia de barriga para cima, nu, com o pau mole descansando sobre a coxa grossa. Parecia calmo. Mas ali havia um predador de olhos fechados. Um homem que me marcou como fêmea dele.

Me levantei devagar. Tentei encontrar minha roupa. Não achei. Peguei o blusão dele e vesti. O pano ainda tinha o cheiro dele misturado com pólvora, maconha e suor.

Desci as escadas descalça, sentindo o cimento frio roçar na sola do pé. Ainda era breu, mas o morro já gemia vivo. Passarinho se exibindo no fio, cachorro latindo como se sentisse cheiro de cio, funk pornográfico escorrendo das caixas nas vielas, suando luxúria nos becos. Até galo cantava no barranco de barro misturado com lixo.

Lá fora, os olhares me seguiam. Sabiam. Me viam agora como a mulher do chefe. Uns queriam me comer. Outras me odiavam. Mas todos sabiam: quem tocasse… morria.

Quando desci, Patrícia estava encostada no batente da porta. Os cabelos loiros longos se misturavam com o pelo do cachorro caramelo que ela acariciava. Cigarro de maconha na boca, sorriso safado no rosto e a roupa ainda amassada da noite anterior. Não tinha pregado o olho a noite toda.

— Dorminhoca! — Ainda anda? (ela disse).

Puxei forte no baseado, o ar saindo devagar pela boca, e falei:

— Amiga, mal respiro, tô destruída... Ele me fodeu até a alma.

— Arrasou, cê tá apaixonada. (ela brincou). — Porque só quem fode a alma é o demônio… ou o homem certo.

Antes que eu respondesse, ouvimos um estouro. Forte. Próximo.

— Foi tiro? (perguntei, tensa).

— Não sei… acho que foi.

Foi então que um moleque correu pela viela gritando:

— Ô chefe! Os vermes tão lá na entrada do morro! Tô achando que vão subir!

Meu peito gelou. O baseado caiu da minha mão. Patrícia arregalou os olhos.

— Que porra… e agora, o que vamos fazer?

Eu tentei correr, mas a dor nas pernas me fez tropeçar. Jão me segurou.

— Vocês viraram o troféu, Mô. Cuidado. O morro não perdoa esse tipo de desrespeito.

— Ninguém sabe que a gente tá aqui… minha mãe acha que eu tô na casa da Patricia, e os pais dela pensam que ela tá na minha!

A porta atrás de mim se abriu com um estrondo. O dono do morro apareceu só de bermuda, correntão no pescoço, cruzou a porta com a bandoleira justa ao peito, o fuzil colado ao corpo e o cinto pesado de pentes de munição.

— Tô ligado. (ele falou, direto pro moleque). — Junta o bonde. Ninguém invade meu morro e leva o que é meu.

Me olhou de cima a baixo. Os olhos ardiam como pólvora acesa.

— Vão as duas pro quarto. Tranca. Se alguém entrar, atira primeiro, chora depois.

— Eu não vou fugir! (gritei). — Eu não sou frágil!

Ele se aproximou. Me pegou pelo rosto.

— Tu é minha porra. E ninguém tira o que é meu. Nem os homens, nem porra nenhuma.

Antes que ele saísse, agarrei o rosto dele e beijei com gosto de urgência. A gente se comeu ali mesmo com os olhos. O medo só deixava o tesão mais grosso.

Minutos depois, eu já estava trancada no quarto, ajoelhada em cima da cama. Patricia não parava de chorar… Peguei a pistola pequena que ele havia deixado sobre a cômoda. Era a primeira vez que tocava numa arma. A mão tremia. Mas o coração… batia como um tambor de guerra.

Do lado de fora, o som das vozes crescia. Gritos. Mandos. E então os tiros. Seca. Sequência. Passos correndo. Gente se jogando no chão.

E eu ali com a Patricia. Prontas. Duas fêmeas perigosas e eu armada. Gozo ainda entre as coxas. Esperando o que viesse.

De repente… silêncio.

E a maçaneta girou forte.

Apontando a arma, eu disse:

— Entra e eu atiro! ( gritei com o calor subindo pelo peito, rosto e ventre).

A porta se abriu com força. Ele entrou. Era Jão. Com o rosto suado, a camisa suja, e os olhos… os olhos cheios de loucura. Patricia correu e se tracou no banheiro.

— Baixa essa porra, Mô! (gritou). — Você não sabe atirar, ela nem tá engatilhada, muito mesmo carregada. Eu vim te buscar.

— Tu ficou maluco? (gritei, ainda segurando a pistola).

— Ele te come, te marca, te exibe como troféu. Mas quem te ama sou eu, porra! Quem te ensinou a gemer com gosto!

Ele veio se aproximando.

— Eu te quero de volta, Mô. Nem que eu tenha que matar meu proprio irmão por isso. Ou morrer.

Antes que eu respondesse, ouvi outro barulho. Outro homem entrou. O dono do morro, com o peito arfando, a arma na mão, e a testa suada.

— Eu falei que ninguém encostava nela.

Os dois se encaram. E eu no meio. Nua. Armando uma guerra com minha boceta.

— Eu não sou prêmio! (eu disse, me levantando). — Sou minha, sou mulher, sou tua e tua… se eu quiser.

Foi quando ouvimos. O barulho seco, distante. Sirene.

— Deu ruim... Os homi vai subir! (alguém gritou lá fora).

Num segundo, tudo mudou. O dono do morro levantou, rápido. Já pegando o rádio.

— Esconde tudo! Somem com a droga! Manda o bonde evacuar! Esse bagulho aí tá estranho.

Jão me encarando disse:

— Vamo! Tô te tirando daqui!

O dono do morro se aproximou, me agarrou pela nuca e me beijou como quem se despede de um vício.

— Mete o pé agora novinha. Vai pra casa. Depois eu te chamo. Tu agora não é mais puta e sim minha rainha.

— Mas eu…

— Bora logo, Mônique, mete o pé do morro enquanto há saída, isso aqui vai virar inferno, o caveirão vai subir. Com a BOPE o bagulho é sinistro.

Madrugada fria, quase cinco da manhã. Vesti a calcinha às pressas, ainda grudava, melada, na pele. A camisa de flanela azul, a saia e o top tinham sumido. Só restava o blusão branco do dono do morro. Dobrei as mangas, abotoei até o último botão, virou um vestido em mim, cobrindo até as coxas. O pano fedia a maconha. Patrícia também se vestia às pressas, olhos baixos, calada. Calcei a bota preta. Os seguranças do dono do morro enfiaram um capuz na nossa cabeça e fomos levadas juntas, encolhidas, por um beco estreito. Enfiaram a gente em dois mototáxis. O piloto me reconheceu, mas não disse nada. Sabia que tava levando a do chefe.

Do alto do morro, se escutava os gritos cortando a noite: “Bota a cara... Vai morrer!” A voz dos bandidos ecoa pelas pedras, brutal e ameaçadora.

Meu coração dispara, cada batida parece um trovão no peito. Respiro rápido, tentando não fazer barulho, enquanto meus olhos tentam enxergar algo na escuridão que me cerca.

Os passos deles vão ficando mais próximos, pesados, como se o chão tremesse junto. Ouço o som das armas sendo engatilhadas, e uma onda gelada percorre minha espinha.

O dono do morro retirou os capuz, devolveu nossas bolsas com os documentos e os celulares. Depois, agarrou meu rosto com força, colou a boca na minha, enfiou a língua com vontade, quente, molhada, bruta e, com o gosto dele ainda escorrendo da minha boca, e antes de subir na garupa, rosnou no meu ouvido:

— Lembra que partir dessa noite, cê não é mais putinha do tráfico, cê é minha Mônique, a minha foda preferida, você agora sobe pro camarote sem convite, senta sem calcinha e sem medo, geral pode comentar em silêncio… mas ninguém vai ter coragem de chegar.

Minhas pernas tremiam, moles, como se ainda estivessem presas nos quadris dele. O corpo latejava nos cantos que ele tocou, como se cada marca ainda queimasse em mim.

Ele continuou falando, sem tirar os olhos de ninguém, a voz firme, suja de poder:

— Vapor, pega a visão… sobe lá e avisa geral: a novinha é minha, minha piranha. Tô metendo nessa xota e quem ousar olhar torto,

leva logo no peito, sem pergunta, sem piedade. Agora vaza… porra.

Subi na moto que arrancou no meio da poeira. Na frente outra moto levava Patrícia. Atrás de mim, o morro se agitava. Viaturas da civil subindo. Gente correndo. O ar cheirava a medo.

Na descida do morro, já perto do asfalto, a moto em que eu estava foi parada por policiais do BOPE, o Batalhão de Operações Policiais Especiais. A moto-táxi onde a Patrícia vinha também foi abordada mas logo foram liberados.

Depois que o piloto da moto-táxi em que eu estava se identificou, um dos policiais me encarou com desconfiança, como se já tivesse certeza de que eu tava chapada. Sem pensar duas vezes, mandou eu encostar que ia me revistar. Abrir as pernas. A mão dele já veio grossa, firme, me empurrando contra o muro. Foi aí que bateu o baque, eu tava usando o brusão do dono do morro. Meu corpo gelou na hora. O clima fechou.

O olhar do policial do BOPE mudou na hora. O outro arrancou do meu bolso uma trouxinha de maconha e um envelope branco, selado. Pó. Olhou pra minha cara, sorriu com desdém, aquele sorriso sujo de quem curte ver alguém se foder. Virou de lado e gritou para o comandante da operação:

— Comandante! Achamos uma piranha do tráfico aqui!

Quando eu vi quem era, meu sangue gelou. Era ele. O comandante Oliveira. Mas eu o conhecia por outro nome. Beto Negão, meu ex-namorado, ou ficante, sei lá... o cara com quem perdi a virgindade. Agora estava ali, fardado de preto, colete balístico, pistola na cintura, munições presas ao corpo, fuzil cruzando o peito pela bandoleira. E ódio nos olhos.

Ele não disse uma palavra. Só me agarrou pelo braço e me arrastou pra um canto escuro da viela, me empurrando contra a parede com força. O fuzil bateu no meu ombro. Eu quase caí.

— Que porra é essa, Mônique? ( ele rosnou). — Tu tá achando que tua vida é brincadeira?

Tentei responder, gaguejar alguma coisa sobre uma festa junina... Ele bateu a palma da mão aberta na parede, bem perto da minha cabeça. O estalo me fez encolher.

— Festa, o caralho! Tu subiu essa porra pra se drogar com vagabundo? Tá querendo morrer?

Chegou ainda mais perto. O rosto colado no meu. A voz dele não era alta. Mas firme, era como um prego cravando na alma.

— Tá andando com bandido agora? É isso? Tá se vendendo por pó, por pica, por qualquer migalha? Tu tem ideia de onde enfiou tua bunda?

As palavras explodiam da boca dele como rajada. A cada frase cuspida, eu sentia as gotículas da saliva atingirem meu rosto. Quentes. Nojo, vergonha e medo misturados num arrepio que subia pela espinha.

— Presta atenção, porra! (ele falou baixo, mas a voz pesava mais que um grito) — A maioria aqui no morro é gente de bem, trabalhadora, que vive refém desses vermes que se acham donos de tudo. E quem banca esses filhos da puta é gente como você, privilegiada, que sobe aqui pra cheirar e foder.

Ele me olhou de cima a baixo com desprezo. Como se eu fosse um bicho sujo, imprestável.

— Tu virou o quê, Mônique? Mais uma dessas novinha que eles comem, tiram onda e jogam fora? (cuspiu no chão, me olhando como se eu fosse lixo).

Respirou fundo. Só que não baixou o tom nem por um segundo.

— Se esses filhos da puta descobrem quem tu é, que tua mãe é uma juíza criminal, não sobra nem tua arcada dentária pra ela enterrar.

Ele me agarrou pelo queixo com força, os dedos duros, quase me machucando, e me obrigou a encará-lo. O rosto dele a centímetros do meu, olhos em brasa, mandíbula travada. A voz dele veio carregada de fúria e saliva.

— Tu vai ouvir, sim! Vai escutar até o fim essa merda toda! Porque, se continuar nesse caminho, nem o diabo vai querer teu corpo morto. Tu tá se olhando, Mônique? Olha bem pra essa merda que virou tua vida!

Tentei desviar o olhar, já chorando. As lágrimas desciam quentes, misturadas ao suor, mas ele não teve pena. Apertou mais o meu queixo, os dedos cravados na pele, me obrigando a olhar dentro dos olhos dele.

— Ou tu se endireita, ou eu juro que te apago da porra do mapa. Não vai ser traficante, não vai ser miliciano. Vai ser eu. Com farda, com caneta, com ordem judicial, com tudo. Tu não vai virar estatística, vai virar exemplo.

A cada palavra ele se aproximava mais. Eu mal conseguia respirar.

Eu devia te jogar dentro da viatura e te levar direto pra delegacia. Não como amigo, nem como ex. Como policial. Como homem. Pra ver se você entende de uma vez que a vida não é novela. Agora, some da minha frente. Porque, se eu te ver de novo nessa situaçã, a única coisa que vai restar entre nós é o boletim de ocorrência.

O comandante virou as costas e caminhou de volta ao grupo, o peito estufado, a postura firme de quem nasceu para comandar. Parou no centro, ergueu a mão com autoridade e gritou:

— Estão liberados! Essa menina aí é minha sobrinha. Qualquer coisa, eu me responsabilizo.

Em casa, com roxos nos seios, vergões nas coxas, o pescoço com marcas vermelhas dos dedos dele. Tomei a pílula do dia seguinte, eles tinham ejaculado dentro, marquei o ginecologista pelo aplicativo. Mordi o lábio. Abaixei a calcinha devagar. Ainda havia porra seca nos poucoa pelos da vagina. Porra de dois homens. O corpo dizia “domingo”. Mas minha carne ainda vivia a madrugada de sábado no alto do morro.

A cabeça latejava. Eu precisava estudar. Voltar à aula na segunda-feira, fingir normalidade, fingir que eu era só mais uma estudante do colegial, com olheiras, apostilas abertas e uma rotina previsível. Mas minhas pernas tremiam cada vez que eu sentava, meu cu estava dolorido. E, no fundo... eu não queria esquecer.

A luz da manhã começou a nascer pelas frestas da janela do meu quarto. Mas o verdadeiro sol… era o calor daquela foda. Acordei cedo. O chuveiro queimava na pele marcada. Lavei o corpo como quem tenta tirar pecado, mas não tirei. Ele ficou. No cheiro. No gosto.

O ônibus pro colégio atrasou. Sentei na última fileira da sala. Patrícia faltou a aula mais me mandou um áudio:

"Acordou, amiga? Tá no colégio? O que foi aquilo ontem? Só pode ter sido a bebida batizada... Tô preocupada com a gente, eles gozaram dentro, que merda. Você viu os stories do Jão? Todo detonado, mas falando da gente... Depois me conta as novidades. Beijos"

Apaguei o áudio. Meus dedos tremiam. A realidade me deu um soco no estômago. O que eu estava fazendo com a minha vida? O que, diabos, eu tinha feito naquela noite? … Não dava mais pra fingir. Eu precisava mudar o rumo antes que tudo desmoronasse de vez.

O professor falava alguma coisa sobre uma matéria chata. A voz dele era só um zumbido, um ruído distante que não conseguia furar o calor que fervia na minha pele. Minha cabeça tava longe…

Só conseguia pensar no peito suado do dono do morro colado no meu, o peso dele me prensando contra o colchão velho, o cheiro, o bafo quente no meu pescoço, o jeito bruto que me fazia perder o ar. Ele tava morando na minha mente, sem pagar aluguel, me fodendo em pensamento toda hora.

Do lado, uma mina passava marca-texto rosa no livro, toda certinha. Atrás de mim, uns moleques me chamando de “Mônique Perigosa”, com aquele sorrisinho sujo. E eu? Quietinha, deslizando os dedos pela minha coxa, por baixo da saia. A calcinha já úmida desde o café da manhã. Não era suor. Era vontade. Vontade dele. Do dono. Do bruto. Do bandido que me deixou viciada no cheiro, na pegada, na trepada.

Meu corpo pedia pausa. Mas meu desejo… queria replay.

Fechei os olhos por um instante. A sala virou outra. Era o barraco de novo. O colchão manchado. A voz rouca dele no meu ouvido:

“Abre essas pernas, porra… tu não é santa.”

Senti um fio escorrer. Apertei os lábios.

O professor me chamou. Meu corpo ainda estava fazendo download da minha alma.

— Mônique, tá tudo bem?

"Apenas ergui o polegar, levantando levemente o rosto."

— Tô sim, só… um pouco cansada, e com cólicas.

Mentira. Eu tava fodida. Completamente fodida.

Fodida e com saudade disso.

Na saída, sentei na calçada com o celular na mão. Tinha uma notificação não lida.

Número sem identificação

“Chegou bem em casa, minha fêmea? Minha rainha da putaria? Tô aqui fumando um e cheirando tua roupa que tu largou no morro, toda marcadinha com teu perfume e teu gozo… teu gosto ainda tá grudado na minha língua, porra. Tu me deixou no vício.”

O coração disparou.

Era Ben-Hur, o dono do morro.

Minhas pernas se abriram sozinhas.

Respondi: ❤️ ( somente com um coração)

A resposta veio em segundos:

“Tô fora do morro por uns dias… os homens tão brotando direto por aqui. Não faz gracinha, que eu volto te cobrando. Quero te arregaçar, meter com força, ver tu rebolando no meu pau e gemendo daquele jeitinho safado que me deixou viciado. Cê sabe que sua foda virou o meu vício”

Sorri. Mordi o lábio. Digitei ...

"Você é mó gostoso... Eu vou te dar de novo"

Voltei pra casa num passo lento, com o calor e a umidade se prendendo entre minhas coxas, denunciando cada lembrança recente.

Algumas semanas depois, Jão apareceu na porta do colégio com a notícia que mudaria tudo: o irmão dele, Ben-Hur, o dono do morro, tinha sido preso. Foi numa troca de tiros com a polícia estadual, lá no Ceará. Levaram ele ferido para o hospital. Só não morreu porque havia jornalistas por perto.

Chorei muito, encolhida no peito do Jão. Ele me pediu perdão com os olhos marejados, mas falou com uma firmeza que me gelou por dentro:

— Foi melhor assim... ele ia transformar a sua vida num inferno.

FIM

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BEIJOS

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