Ao acaso, com gosto

Um conto erótico de Ingênua libertina
Categoria: Heterossexual
Contém 818 palavras
Data: 27/06/2025 17:13:29

Era um sábado de São Pedro, dia 28 de junho. Havia uma festa na cidade e um grande rebuliço em torno disso. Eu, rebuliçada que sempre fui, há 3 dias que já havia montado a roupa, planejado o cabelo. Estava vivendo em prol do derradeiro dia, como se fosse a última questão existencial em jogo. E bem, foi suficientemente derradeiro o que vou relatar aqui.

No horário combinado (um pouco após, se a sinceridade for uma questão), fui com minhas amigas ao dito show. Batom vermelho vinho de junho, roupa em tons terrosos, belíssima. O forró, para quem ainda não percebeu, é uma dança sensualíssima. No vai e vem do quadril, pouco se admite, mas muitas coisas se encontram e se fazem vibrantes. Um bom forró, daqueles colados, te deixa realmente no chão, arriada, como na narrativa das músicas, desejante de algum caminhão alheio em que os corpos possam se realizar. Forró vai, forró vem eu já estava excitadíssima, louca para fazer algo com aquela energia toda... Eis que passa um fruto do meu passado. Misterioso, calado, com um óculos arredondado e o olhar que por 5 anos me deixou cativa. Passou e olhou como quem pergunta: Por que me olha? e eu olhei, sabe lá como, para esse que já me olhava. Entre olhares e o tesão do forró, ele veio, cumprimentou meus amigos e a mim, ficou por ali mesmo, no mesmo grupo, sempre olhando, e foi então que entramos numa comunicação secreta, num jogo de corpos em que os outros corpos com quem dançávamos eram apenas uma ponte, uma forma de se fazer presente o contado proibido (já que nossos amigos não eram muito amigos do nosso antigo e conturbado relacionamento). Bem, esse jogo todo estava me deixando maluca para abrir a calça daquele homem no meio da praça, no meio do show e me lambuzar naquilo que eu já conhecia dele. Mas é como o momento em que o pau descamisado encosta na entrada da buceta e todas as terminações nervosas presentes vibram em meio ao proibido… é gostoso jogar com o risco. E assim, numa paquera proibida e encoberta pelo silêncio, viramos a noite. Amanhecendo, vi no meu celular sua solicitação para me seguir, que de pronto aceitei. Como que num grande retorno ao tempo, recebo em meu direct: “e aí, não quer passar lá em casa no final da noite?”, frase que eu prontamente respondi com um “você ainda duvida?”. Foi então que combinamos de dividir um uber e descemos no meu condomínio. Foi uma quase morte o que me seguiu depois.

Apesar do álcool e da noite em claro, nossos corpos se guiaram sozinhos a esse conhecido prazer, que mesmo sendo antigo não veio sem renovações. Assim que fechei a porta da minha casa fui surpreendida com um grande “você não sabe a quanto tempo espero por isso”, e um beijo apertado, que fez com que eu me sentisse pequena, tocada, amarrada pela firmeza dos seus braços, pela grandiosidade do seu desejo. Minha buceta latejava de desejo ao ver aquele homem entregue, completamente cego, como se eu fosse a buceta mais maravilhosa do mundo, e o mundo fosse ela. Tirei a camisa dele e encontrei seu novo tanquinho, passeei pelos seus músculos, até aquele que efetivamente me levou até ali. Enquanto isso, ele passeava pelo meu corpo, analisando meu glúteo novo e atualmente desenvolvido na academia, chupou minha buceta como nunca, tive um gozo muito espontâneo na boca dele, que fez com que ele quase gozasse só de sentir. Fui para seu corpo, pela primeira vez, ele não só deixou com que eu chupasse seu cu, como permitiu sentir pequenos estalos à medida em que eu ia fazendo a movimentação com a língua. Bem, a coisa continuou e ele finalmente me penetrou, gritamos como dois animais em face ao cio. Me senti a mulher mais cachorra do mundo, dando pro meu ex com a força de mil cavalas, pois no fim, desejei sentar no pau dele loucamente por anos. E como era gostoso sentir o peso dos seus novos músculos, do seu corpo seguro, dos seus olhos castanhos e misteriosos. Foram horas e horas de um jogo que terminou na exaustão, também dei meu cu, acabei comendo ele de quatro como sempre quis. Depois? dormimos agarrados, lado a lado, conectados a esse passado que nos atravessa, desejosos de algo que suprisse esse estado de êxtase pós-termino.

Fico pensando, toda essa malemolência dos corpos, esse êxtase profundo, essa entrega. Acho que só o tempo explica. Talvez esteja no cu, local intocado por nós no passado, talvez ele tenha nos aberto efetivamente para essa capacidade imensa, que, mesmo que já conhecida, restou acabada pois sub explorada. Enfim, isso é coisa que se faz assim, ao acaso (no maior São João do mundo encontrar o ex? só pode ser armada do satanás… e como é gostoso cair nessas brincadeiras), com gosto e em sigilo.

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