A Segunda Esposa .Capítulo 4

Um conto erótico de Emilly sissy
Categoria: Trans
Contém 536 palavras
Data: 27/06/2025 01:51:59

Na volta para sua sala, cruzou novamente com alguns funcionários e fingiu distração, mas estava inquieto. Ao se sentar, tentou organizar os pensamentos, até que ouviu passos conhecidos. Aline surgiu na copa, exatamente onde ele tinha parado para tomar um segundo café.

Ela estava sozinha, como se já soubesse que o encontraria ali.

— Luiz... que coincidência boa — disse sorrindo, colocando a xícara sobre a bancada.

Usava um vestido discreto, mas justo o suficiente para valorizar suas curvas. Os cabelos castanhos estavam soltos, e a bolsa presa no ombro balançava suavemente. Luiz notou o perfume leve no ar. O mesmo. Exatamente o mesmo da amostra deixada em sua gaveta dias antes.

— Coincidência mesmo... — respondeu ele, tentando manter o tom neutro, apesar do coração acelerar.

Ela se aproximou um pouco mais. Seus dedos tocaram levemente o ombro de Luiz, apenas o suficiente para ele sentir a pele arrepiar. Luiz deu um passo para o lado, recuando quase imperceptivelmente. Mas o toque já havia surtido efeito: um arrepio subiu pela sua nuca, e um leve suspiro escapou dos seus lábios. Um som suave, quase feminino. Aline sorriu, como se tivesse ouvido exatamente o que queria.

— Você está cheiroso hoje, Luiz... bem diferente. — Ela inalou suavemente o ar ao redor do pescoço dele. — Esse perfume... é exatamente o mesmo que eu uso. Você sabia disso?

Luiz ficou sem palavras. Aline inclinou a cabeça, com aquele olhar de quem acabava de entregar uma verdade nua e crua.

— Aliás... é o mesmo perfume que a Lorena usa. Uma exigência do Roberto. Ele sempre gostou desse aroma. E, pelo visto, também no trabalho.

Luiz sentiu as pernas amolecerem. Suas mãos tremiam levemente, mas ele tentou disfarçar.

— Aline... eu...

— Shhh... — ela interrompeu com um dedo delicado próximo aos lábios dele. — Você não precisa explicar. E não precisa negar. Eu apenas achei... excitante.

Ela se aproximou um pouco mais, e em um sussurro, finalizou:

— Só quero que saiba que estou atenta. E espero que goste de surpresas... principalmente as que vêm em frascos delicados e com bilhetes escritos com carinho.

Antes que ele pudesse reagir, ela se afastou com graça. Deu dois passos, virou-se por sobre o ombro e lançou uma última frase:

— Ah... e a calcinha preta de hoje te caiu bem. Mesmo que eu ainda não tenha visto.

Luiz travou. O sangue gelou por um instante. Como ela sabia? Como podia saber? Ou estava apenas blefando?

Ele tentou perguntar:

— Aline, espera... você...?

Mas ela o interrompeu mais uma vez:

— A gente conversa depois, Luiz. Ainda temos muitos dias juntos nessa empresa...

Ela saiu sem pressa, deixando para trás um rastro de perfume e perguntas sem respostas.

Sozinho, Luiz sentou na cadeira, esfregando as têmporas. Já não sabia mais o que era paranoia e o que era provocação real. O que era coincidência e o que era manipulação. Mas uma coisa era certa: Aline sabia demais. Sabia do perfume. Sabia sobre a calcinha. Sabia até onde tocar para provocar um arrepio que vinha da alma.

E naquele instante, com a cabeça baixa e o coração aos pulos, Luiz sabia que algo havia mudado. Algo que não teria mais volta.

CONTINUA. desejo que comentem. Adoro ler os comentários isso me motiva a continuar a escrever.

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