O caminho mais fácil

Um conto erótico de W
Categoria: Heterossexual
Contém 1449 palavras
Data: 26/06/2025 20:04:57

— Tem certeza, senhora? Essa espécie é das mais perigosas.

— E também é uma das mais bonitas. Vai ser perfeito!

Janaína disse com firmeza ao comprar um peixe-leão. Seu marido tinha como hobby o Aquarismo, e esse seria um presente perfeito.

Conforme o plano, Cláudio, seu marido, adorou o presente. Ele tinha um bom trabalho e fazia a maior parte dele em casa. Com isso, podia alimentá-lo e passar o tempo admirando o belo animal. Passou uma tarde inteira explicando para a esposa como aquela espécie era venenosa e potencialmente letal. Janaína absorvia cada detalhe com muita atenção, ao mesmo tempo em que ficava encantada com a aparência exótica da criatura.

— Esse é um animal que você com certeza não quer mexer. — Cláudio disse com um tom firme enquanto dava camarões vivos para alimentar o Peixe-leão.

— Sim. — Janaína disse mostrando total atenção nas palavras do marido. — Tanto que eu pedi para a loja entregar aqui em casa.

A empolgação pelo presente se estendeu por meses. Frequentemente eles transavam pelo apartamento de forma intensa. Os dois eram um casal fogoso. Janaína era uma morena jambo com cabelos pretos, olhos azuis escuros e formas generosas. Cláudio era mais velho, cabelos escuros com alguns fios brancos. Mantinha-se em forma e era absolutamente apaixonado pela esposa. Os amigos diziam que eles eram um casal bonito. Alguns comentários mais reservados também diziam que eram “dois gostosos”.

Mas os momentos muito bons as vezes acabam de forma dolorosa. Cláudio faleceu de um mal súbito. Janaína perdeu o seu chão. O marido era tudo para ela; parceiro, amante, e principalmente, melhor amigo. Os amigos foram fundamentais no início, tendo certeza que Janaína ficaria amparada o tempo todo.

Passado algum tempo, era hora de seguir em frente. Com aperto no coração, começou a ver o que ficava e o que ia embora.

Objetos pessoais, eletrônicos, roupas e coisas que Cláudio não davam tanto valor foram doadas. Ficaram apenas as fotos, algumas camisetas que ele gostava e que Janaína mantinha como uma lembrança, assim como o aquário. Isso era uma coisa que ela não tinha nem coragem de encostar.

Enquanto se lembrava de tudo que o marido havia lhe ensinado, foi ficando fascinada pelo Peixe-leão. “Exótico” era a definição perfeita. Um pé no belo, e outro no horroroso. Um peixe de cor branca com listras de um tom marrom avermelhado, com nadadeiras e barbatanas vistosas. Cada uma delas possuía espinhos com um veneno letal para o ser humano. Uma beleza que apenas o perigo podia oferecer.

O tempo não tornou as coisas mais fáceis. O humor de Janaína foi se tornando instável. Aguentou até onde pôde até se render ao álcool. No seu trabalho, essa decadência foi notada, forçando ela a duas escolhas; terapia ou demissão. Por fim, até a cama do casal se tornou um lugar estranho.

Passou a dormir na sala, deixando frente para o aquário. Sentia-se próxima de Cláudio dessa forma. A terapia, embora ajudasse, parecia avançar em um ritmo muito lento. As noites foram ficando insuportáveis com o passar do tempo.

Sonhava com o marido com frequência. E acordava péssima no dia seguinte. Sentia falta do sexo, do amor e da presença dele. Mesmo cansada, ainda tinha um corpo bonito. Uma bela bundinha charmosa e delicada, que combinava bem com seu corpo, e seios em formato de gota. Gostava da depilação que deixava um pequeno monte de pelos negros em sua buceta.

Após um dia exaustivo, se sentia pior que nunca. Sua terapia agora envolvia remédios, cujos quais Janaína detestava por conta dos efeitos. Teve trabalho para adormecer, e então aconteceu.

Cláudio estava diante dela. Parecia bem, e deu um abraço na esposa, que não conseguia entender o que se passava:

— Você precisa de um pouco de amor.

Janaína não quis entender. Abraçou e beijou o marido com vontade. Quando se deu conta, os dois estavam nus. Ela então pediu para Cláudio se sentar, dando ao marido uma longa sessão de sexo oral:

— Sentiu falta, seu filho da puta? — Aquela era a forma de se tratarem. Mesmo tendo o peso e a carga negativa, Janaína chamava Cláudio de “filho da puta” como uma forma carinhosa.

Ele sorriu e concordou com um gemido. Janaína era uma boqueteira dedicada que fazia de tudo para agradar o marido. Chupava, lambia, beijava a cabeça e as bolas, assim como engolia elas enquanto punhetava o marido com carinho.

Janaína continuava com calma aquele ritual de adoração até sentir as contrações. Ela então parou, indo para o próximo passo:

— A hora do leitinho é daqui a pouco. — Ela falou enquanto trocava de lugar com Cláudio. — Primeiro, tem que chupar a sua morena bem gostoso.

Palavras eram desnecessárias ali. Cláudio ia com calma, deixando a língua aproveitar o clitóris enquanto ele bebia os sucos da buceta da esposa. Não havia pressa. Só precisava de tempo para os dois aproveitarem.

Janaína só se afundou no sofá enquanto o marido se dedicava ao sexo oral. Sua mão ia para a cabeça do marido enquanto a outra apertava os seios. O gozo veio gostoso e com calma.

Os dois se deitaram no sofá. Enquanto se beijavam, Janaína fez um pedido que lhe fazia falta:

— Me come de quatro?

— E como você quer?

— Do jeito certo!

Aquilo queria dizer uma coisa. Janaína de ficou de quatro no sofá. Os dedos passavam pela bucetinha melada esperando a pica entrar com calma. A morena deu um gemido depois que Cláudio estava dentro dela.

— Caralho, morena! Você está uma delícia!

— Gostou? Então vem me fuder!

O pedido foi atendido. Cláudio começou devagar e acelerou. Janaína gemia mostrando o quanto sentia falta daquele sexo bruto. O pau do marido dentro dela, o som dos corpos batendo, a respiração pesada e ofegante. Era a forma de amor dos dois.

— Quer a segunda parte? — Janaína perguntou com um pouco de esforço.

— Você vai mesmo?

— Sim! — Janaína respondeu com um sorriso louco. — Come o cu agora!

Ela conhecia bem o prazer anal. Depois que Cláudio lhe iniciou na prática, ela levava rola no cu pelo menos uma vez por semana. E o marido fazia gostoso. Tinha pegada, ia com calma e bem fundo:

— Estava com saudade? — Janaína perguntou sorrindo.

— Muita! Eu adoro o seu cu, morena!

— Vai encher ele de leite?

— Quer leitinho?

— Me dá, filho da puta! Me enche de leitinho bem quentinho!

Os dois ofegavam e gemiam. Janaína pedia mais e mais sentindo que o gozo dela e do marido estava vindo. Ela só parou quando sentiu o marido enchendo seu cu de porra quente, gozando junto dele. Cláudio saiu de dentro com cuidado e se deitou com Janaína em um abraço:

— Te amo, Janaína. Para sempre…

Ela então percebeu que o orgasmo, assim como o abraço, foi a consequência de um sonho. Aquela foi a gota d'água para Janaína, que levou as mãos ao rosto e deu um grito de ódio e desespero. Ela então olhou para uma foto dos dois, exposta em um porta-retrato na sala. Pela primeira vez, olhava para o marido com raiva, deixando as lágrimas caírem:

— Por que você foi embora, seu filho da puta?

O silêncio foi a única resposta:

— Eu não quero ficar sozinha. Não aguento mais viver sabendo que não vou mais ter você do meu lado.

Janaína se levantou. Foi nua até o banheiro, lavou o rosto e escovou os cabelos. Quando se olhou no espelho, viu uma mulher bonita. Não estava na sua melhor forma, mas era uma evolução. Para o que queria fazer, gostaria de estar apresentável.

Foi para a cozinha, onde empurrou seus remédios com uma dose grande de vinho. Voltou para a sala. Deu uma olhada em si mesma, depois para a foto. Falou em voz baixa para si mesma:

— Me perdoa. Eu só quero ficar com você de novo. Te amo.

Janaína foi até o aquário e abriu a tampa, pondo as mãos na água logo em seguida. O peixe nadava, sem consciência do que viria.

Mesmo com medo, os dedos tentaram alcançar o peixe. O que se seguiu foi uma espera onde Janaína apenas repetia “por favor” em uma voz baixa. Seu rosto mostrava sua tristeza e medo.

Talvez por instinto de defesa, ou talvez por alguma pena que tenha desenvolvido ao ver a vida daquela mulher desmoronar durante sua existência, o que Janaína queria aconteceu. Três espinhos do Peixe-leão perfuraram a carne da palma de sua mão. Um pouco de sangue se espalhou pela água, enquanto o veneno entrava pelos ferimentos.

Foram necessários poucos segundos para fazer efeito. O estado frágil dela acelerou o processo. Enquanto caía, Janaína esperava se encontrar novamente com Cláudio.

Caiu inconsciente. O óbito veio em poucos minutos, sem dor. Por mais errado que fosse, finalmente estava livre daquela vida.

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Foto de perfil de Wammy HouseWammy HouseContos: 63Seguidores: 69Seguindo: 15Mensagem Só alguém que escreve sobre coisas que já viveu, mas que deveriam ter se encerrado de outra forma.

Comentários

Foto de perfil de Tito JC

Texto Forte Wammy! Bem dentro da proposta do desafio. Cada um tem seus limites e suas capacidades de tolerância à dor, tanto física como emocional... Não era diferente com Janaína... Gostei!...⭐⭐⭐

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