pegos em flagrantes, minha namorada teve que mamar o vigia da faculdade - o inicio da nossa vida liberal parte 1

Um conto erótico de JP
Categoria: Heterossexual
Contém 3558 palavras
Data: 21/06/2025 01:46:53

Meu nome é Alexandro, tenho 23 anos e curso Engenharia Mecânica. Não sou daqueles grandalhões musculosos, mas carrego um corpo magro, esguio, com alguns músculos que ganhei nas quadras de basquete onde jogo nas horas vagas. Meu cabelo é curto, preto, e sempre meio despenteado — nada muito planejado. Uso óculos e, apesar de parecer meio nerd, consigo segurar uma conversa sobre quase qualquer assunto. E, claro, xadrez é meu ponto forte.

Ela? Bianca.

Bianca é a tempestade que eu não via chegando.

Ela faz Engenharia de Materiais, com aquele jeitinho meio roqueirinha de ser — cabelos pretos pintados, roupas largas que escondem um corpo que, quando a gente vê direito, é um convite à tentação: peitos médios, rosados, cintura fina, bunda redondinha que ela insiste em esconder por trás de jeans e camisetas largas. Tem uma pinta charmosa na bochecha e olhos castanhos que me deixavam à prova toda vez que a encarava.

Eu a observava do canto do clube de xadrez, com aquela mistura de fascínio e desafio. Ela ganhava de geral, sabia? A garota era boa demais, sempre com um sorriso meio debochado quando dominava a partida. Eu não ia me deixar levar assim tão fácil.

A primeira vez que jogamos juntos, senti que aquele duelo ia ser diferente. A rivalidade nasceu ali, a implicância também — as provocações, os olhares atravessados, as tentativas de um desconcertar o outro. E ela perdia. Perdida para mim.

Até que, numa dessas partidas, resolvi apostar: se eu ganhasse, ela sairia comigo para o cinema. E eu ganhei.

Foi o começo de tudo — e de nada menos do que um fogo que nem o gelo da aposta conseguiu apagar.

Depois daquela aposta, parecia que algo no ar tinha mudado. Não era só um jogo de xadrez, não era só a competição que nos fazia olhar um para o outro de um jeito diferente. Era o que acontecia nos minutos entre as jogadas, no silêncio que falava mais que palavras, no jeito que ela mordia o lábio quando eu fazia um movimento arriscado.

No cinema, ela chegou atrasada, com aquela saia curta que parecia desafiar o frio, e uma blusa larga que deixava entrever o contorno do sutiã preto. Quando as luzes se apagaram, sentei ao lado dela e encostei meu braço no dela, sentindo um arrepio percorrer meu corpo. Ela não afastou, nem se mexeu. Era como se aquele toque fosse permitido, desejado, mas ainda não falado.

O filme rolava, mas meu olhar se perdia nela. Nos seus olhos castanhos que, no escuro, pareciam duas brasas acesas.

Não trocamos nenhuma palavra, não houve beijo, nem toque explícito — mas a tensão sexual entre a gente era tão densa que parecia um quarto cheio de fumaça.

Nos dias que se seguiram, a aposta virou rotina. No clube de xadrez, nas quadras de basquete, nos corredores da faculdade — sempre com aquele jogo silencioso de provocações e olhares.

Ela continuava a me desafiar no tabuleiro, ainda que começasse a perder com menos frequência. Eu adorava ver o fogo crescer nela, o jeito que ela se mordia o lábio antes de me encarar, como se estivesse tentando decidir se me odiava ou se queria me devorar.

A aproximação veio lenta, quase torturante.No clube, ela ainda me desafiava no tabuleiro com aquela intensidade de sempre, mas agora com um brilho diferente no olhar. Eu reparava como ela mordia o lábio quando ganhava uma peça importante, ou como franzia a testa, tentando esconder que estava prestes a ceder.

Nos corredores da faculdade, não era raro eu encontrá-la de surpresa, numa pausa entre as aulas, só para trocar algumas palavras ou dividir um sorriso. E foi numa dessas ocasiões que, pela primeira vez, nossos dedos se tocaram — um contato breve, mas que incendiou tudo por dentro.

Aqueles beijos vieram devagar. O primeiro foi quase tímido, um selinho roubado entre as folhas de um livro, num canto tranquilo da biblioteca. Depois vieram os beijos mais longos, aqueles que faziam o coração acelerar e as mãos procurarem apoio, o corpo querendo mais, mas a cabeça ainda cheia de dúvidas.

A cada passo, ela parecia se soltar mais — as roupas largas davam lugar a blusas que moldavam seu corpo, as risadas se tornavam mais frequentes, e os olhos castanhos brilhavam com uma mistura de desafio e desejo.

Eu também me sentia diferente — apaixonado, claro, mas também um pouco inseguro, querendo respeitar o ritmo dela, mas com vontade de avançar. O nosso jogo agora não era só no tabuleiro, era nas mãos que se encontravam, nos sussurros que trocávamos, nas promessas não ditas.

A intimidade crescia em camadas, como se estivéssemos montando uma estratégia para um lance perfeito — e ambos sabíamos que, cedo ou tarde, esse momento chegaria.

A noite do cinema foi mais do que eu esperava.

Quando ela desceu do carro e veio em minha direção, eu simplesmente parei de respirar por um segundo. A saia preta era tão curta que mal cobria o que precisava. As meias rasgadas, o coturno gasto, e a blusa do Black Sabbath que parecia larga demais… até o vento colar no corpo dela e revelar cada curva escondida.

— “Você tá me provocando desse jeito?” — perguntei, num tom mais sério do que eu queria.

Ela sorriu, de canto, como quem sabia exatamente o que estava fazendo.

— “Eu só vesti qualquer coisa. Nem pensei muito.” — e deu de ombros, fingindo inocência, mas os olhos dela diziam outra coisa.

Entramos na sala. Escolhemos um canto no fundo, mais vazio. As luzes se apagaram e o som do filme começou, mas minha atenção estava nela. O jeito que ela cruzava as pernas, o perfume suave que escapava do pescoço, a respiração um pouco acelerada... e, depois de um tempo, o toque.

Primeiro, só a mão dela sobre a minha perna. Depois, subindo devagar, como se estivesse testando o quanto podia ousar. Quando ela encostou de leve no volume da minha calça, suspirei fundo.

Ela se virou de leve pra mim e sussurrou, quase sem mexer os lábios:

— “Tá duro desse jeito por minha causa?”

— “Você não faz ideia do que tá fazendo comigo.”

Ela riu baixinho, e logo sua mão já tava por dentro do zíper. Lenta, firme. Meu pau pulsava na palma dela.

— “Caralho, Alex…” — sussurrou, com os olhos arregalados — “É enorme…”

Meu corpo inteiro arrepiou. Aquele elogio sussurrado me desmontou. Quando percebi, ela já tava se abaixando devagar entre os assentos, como se tivesse tomado a decisão de entregar tudo ali mesmo.

Ela puxou minha calça só o suficiente, os olhos fixos nos meus, como se dissesse: confia em mim.

A primeira lambida foi tímida, mas molhada, quente. A língua passava lenta pela cabeça, depois pelo tronco. Eu mal conseguia conter os gemidos — controlava a respiração, fechava os olhos, apertava a poltrona com força.

Ela usava a boca com cuidado, com respeito, como quem aprende um novo idioma com prazer. Às vezes parava, passava a língua na lateral, depois abocanhava de novo.

Me olhava com um brilho estranho nos olhos, meio encantada, meio viciada.

— “Você tem um gosto bom…” — ela murmurou com a boca cheia, antes de voltar.

Minhas mãos foram pro cabelo dela, devagar, sem forçar. Só guiando, sentindo, adorando. O contraste da boca quente e do frio da sala, do som do filme e do barulho molhado que ela fazia… Era demais pra mim.

Quando ela voltou a se sentar, limpando a boca com a manga da blusa, me encarou com aquele olhar sacana e disse:

— “Acho que agora a gente tem um motivo real pra sair mais vezes.”

Sorri, ainda ofegante:

— “Bianca… você não tem ideia do problema que acabou de criar.”

Ela deu risada, apoiou a cabeça no meu ombro e sussurrou:

— “Então ganha de mim no xadrez amanhã. Vai precisar de foco depois disso.”

Depois daquela noite no cinema, as coisas entre eu e Bianca perderam qualquer rédea que ainda restava.

Não dava mais pra pensar em “esperar o momento certo”.

A gente queria — agora, ali, onde fosse. E o campus virou nosso terreno de caça.

Especialmente à noite, quando as salas vazias e os corredores escuros davam a ilusão perigosa de liberdade.

A biblioteca foi o primeiro campo de batalha.

Estávamos sentados lado a lado, tentando revisar umas apostilas de termodinâmica, mas a cabeça dela encostada no meu ombro, o cheiro do cabelo, e o jeito que ela deixava uma das mãos sobre minha coxa… não dava.

— “Você tá lendo alguma coisa ou só fingindo?” — ela perguntou, sem olhar pra mim.

— “Tô tentando lembrar a fórmula da calma. Mas você não ajuda.”

Ela deu um sorriso safado, virou de lado e deixou a mochila cair no chão. A mão dela, por debaixo da mesa, já tava dentro da minha calça em segundos. Os dedos quentes, precisos, firmes. Meu pau endureceu na hora.

Ela me olhou como se dissesse “não para de ler”, e continuou com aquele toque firme, silencioso, me punhetando ali, no meio das estantes.

A cada vez que alguém passava entre os corredores, o coração disparava.

— “Se alguém virar aqui, eu gozo na hora,” sussurrei, arfando.

Ela riu. Aquela risada baixa dela me deixava louco.

Abaixou a cabeça e me chupou ali mesmo, entre as cadeiras, com um livro aberto na minha frente fingindo que eu estudava.

Depois foi o banheiro do térreo do bloco C, vazio às 22h.

A gente tinha saído pra “esticar as pernas” depois de horas estudando. Ela entrou comigo no masculino, trancou a porta da cabine, me empurrou pra dentro e já tava ajoelhada antes de eu entender.

Me chupava com gosto, com barulho, com pressa.

Quando eu fui segurá-la pelo cabelo, ela me olhou e disse:

— “Você adora isso, né? Me ver no chão, toda babada, por sua causa.”

— “Você não faz ideia do quanto,” respondi, segurando no topo da porta pra não desabar.

Na semana seguinte, foi no laboratório de informática. No fundinho da sala, escondidos entre as mesas. Ela tava de saia e sentou no meu colo, de frente, como quem só queria ficar pertinho. Mas começou a se rebolar devagar, sentindo o volume crescer, pressionando a bucetinha quente contra mim, por cima da calcinha. Gemia no meu ouvido baixinho:

— “Queria que você me comesse aqui. Agora.”

Eu tremia. A calça apertada, o pau latejando, e ela ali, se esfregando em mim com a cara mais cínica do mundo.

— “Bianca, eu tô a um segundo de gozar…”

— “Então goza. E depois me faz gozar também.”

A gente estudava à noite. Era nosso inferno e nosso paraíso.

As aulas acabavam, os colegas iam embora... e o campus virava uma cidade fantasma. Silêncio, vento, e os postes piscando de longe. O cenário perfeito pro que a gente tava vivendo.

Bianca me mandou mensagem:

"Na pracinha atrás do bloco B. Vem agora."

Fui. Correndo. Literalmente com o pau duro dentro da calça.

Ela tava sentada num banco, sozinha, de moletom largo e saia. Só de olhar eu já sabia o que vinha.

Sentei do lado. Ela virou o rosto, me deu um beijo lento, quente. Depois se virou de costas, se deitou no banco, levantou um pouco o moletom e sussurrou:

— “Coloca a mão…”

Eu tremi. Desci os dedos pela coxa dela, sentindo a pele fria do lado de fora e quente por dentro da saia. Quando cheguei lá, senti a calcinha encharcada.

— “Bianca...”

— “Faz.”

Eu obedeci. Deslizei os dedos por dentro da calcinha e comecei a dedá-la ali, no meio da pracinha, só com o som das folhas farfalhando acima.

Ela fechou os olhos, mordeu o punho da blusa pra não gemer, e se contorcia a cada toque mais profundo.

— “Se alguém ver…” — sussurrei.

— “A gente finge que tá estudando anatomia.”

Teve vez que ela me levou até o mirante do campus, onde só iam casais ou quem queria fumar escondido. Lá de cima dava pra ver quase tudo, mas ninguém olhava pra cima.

Ela se ajoelhou entre as minhas pernas, no escuro total, só a luz da cidade longe iluminando o contorno do rosto dela.

Chupou como se tivesse esperando por aquilo o dia inteiro. A boca quente, lambuzando tudo, o som molhado ecoando baixinho.

Me olhou no meio do oral e disse:

— “Você me deixa com gosto de querer mais, porra.”

Ficou lambendo os lábios como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Me puxou pelo cinto e me beijou com tanta sede que me faltou ar.

Tirou a blusa por baixo da jaqueta, deixando os seios livres, médios e firmes, com os mamilos rosados duros do frio. Me puxou a cabeça e disse:

— “Chupa. Aqui. Agora.”

E ali fiquei, ajoelhado entre suas pernas, com os olhos fechados, sugando os mamilos dela como se fosse minha única fonte de oxigênio.

Cada novo canto virava cenário pra um ato.

A gente não transava, mas parecia transar com o mundo inteiro.

Só que nada do que fizemos se compararia ao que viria depois.

O vigia. O flagra. O momento em que o prazer virou risco real.

Vigia:

— "Ei."

— "Os dois. Levanta agora."

Alexandro:

— "... Merda..."

Bianca:

— "A gente... a gente não tava fazendo nada."

Vigia:

— "Você vai mentir pra mim? Com essa boca ainda cheia de porra?"

— "Tô de saco cheio desses dois aí brincando de casalzinho safado no campus."

Alexandro:

— "Olha, a gente não vai repetir. Foi um momento só, a gente vai embora agora."

Vigia:

— "Não vai a lugar nenhum."

— "Sabem o que eu posso fazer com isso, né? Reitoria, boletim, suspensão. Pior: mandar o vídeo que acabei de gravar."

Bianca:

— "Por favor, moço... não faz isso. A gente errou, mas... a gente..."

Vigia:

— "Errou é pouco. Isso aqui dá processo, minha filha. Mas... tem outro jeito."

— "Se quiserem resolver entre nós... dá pra esquecer tudo. Mas você vai ter que fazer por merecer."

Alexandro:

— "Como assim?"

Vigia:

— "Ou ela me chupa agora... ou segunda de manhã vocês estão na ouvidoria, expulsos e queimados."

— "Decide. Agora."

Bianca:

(silêncio)

Vigia:

— "Abaixando a cabeça assim, já entendi sua resposta."

— "Vamos ver se essa boquinha funciona tão bem comigo quanto com ele."

Bianca

— "Ele tava falando sério?"

— "Alex... ele tem vídeo?"

Alexandro

— "Eu... eu acho que sim."

— "Ele apontou o celular. Eu não vi gravando, mas... porra, e se tiver?"

Bianca

— "Isso vai acabar com a gente. Com tudo."

Alexandro

— "Eu sei."

— "Mas você não vai fazer isso. A gente dá um jeito, sei lá... apaga, denuncia, qualquer coisa."

Bianca

— "E se não der tempo?"

— "E se ele manda mesmo pra reitoria? Minha mãe... meu pai... eu..."

Alexandro

— "Olha pra mim."

— "Você não tem que fazer nada. Isso aqui foi culpa minha também."

Bianca

— "Mas ele não quer você. Ele quer me ver de joelhos. Me usar."

Alexandro

— "Bianca... eu não deixo. Eu não deixo você passar por isso."

Bianca

— (pausa longa, respiração pesada)

— "E se eu quiser fazer... pra proteger a gente?"

Alexandro

— "O quê?"

Bianca

— "Se for isso ou a gente ser expulso... eu aguento."

Alexandro

— "Você tá maluca? Você tá tremendo!"

Bianca

— "Mas eu tô pensando."

— "Não por ele. Por você. Por mim. Por nós."

Alexandro

— "Isso vai te marcar. Vai marcar a gente. Vai mudar tudo."

Bianca

— (encarando ele nos olhos)

— "Talvez. Mas... se eu fizer... você ainda vai me olhar igual?"

Alexandro

— (segurando o rosto dela)

— "Sempre. Mas eu preferia que você dissesse não."

Bianca

— (respirando fundo, olhando pro lado onde o vigia foi)

— "Então a decisão é minha."

Alexandro

— "Sim."

Bianca

— (pausa)

— "Então... me desculpa."

Eu fiquei ali, parado, imóvel, o coração batendo tão forte que parecia que todo o meu corpo ia explodir.

O vigia não me deixou sair, não me tirou dali, me ordenou que ficasse de vigia — que não tirasse os olhos de nada, que ficasse atento para que ninguém aparecesse. Era um castigo, uma sentença.

Pela primeira vez, eu tive que assistir à minha Bianca ajoelhada, aquela menina forte, que sempre me desafiou, pequena demais para aquilo que estava prestes a acontecer.

O vigia à nossa frente era um gigante, seu corpo ocupava o espaço todo, a sombra dele parecia engolir a noite. Seu pau era enorme, maior que o meu, grosso demais, como se fosse feito pra dominar qualquer coisa — inclusive a boca da minha namorada.

Eu não sabia onde colocar meu olhar. Queria fechar os olhos, fugir daquilo, mas não podia.

Ela estava ali, tremendo, a boca que antes só tinha sido pra mim, agora obedecia a ele. Eu via o medo estampado no rosto dela — aquele medo que eu nunca quis que ela sentisse. Eu via o nojo, a repulsa que tentava esconder.

O corpo dela tremia em conflito, engolia, engolia, tentando aceitar o que estava acontecendo.

Eu sentia o cheiro forte do suor do vigia, a respiração dele pesada que me enchia o peito de ansiedade. Eu sentia o cheiro dela, misturado com o medo e o desejo confuso.

Era horrível, mas não era só isso.

Eu sentia o fogo que não queria sentir, o tesão proibido que me queimava por dentro, um nó na garganta que não me deixava respirar direito.

Cada segundo que ele demorava pra gozar era uma eternidade de tortura pra mim.

Eu via os olhos dela marejados, as lágrimas que tentava esconder, e sabia que ela estava sofrendo. Eu também sofria, mas de um jeito diferente — me sentia fraco, impotente, um fracasso.

Então, finalmente, o vigia se enrijeceu, apertou com força os quadris, e gozou dentro da boca dela.

O líquido quente invadiu, escorrendo pelos cantos dos lábios dela, misturando-se à saliva e às lágrimas silenciosas que caíam.

Vi a contração do corpo dela, o tremor das mãos, o sufoco que tomou o rosto. O horror, o medo, o nojo, tudo junto numa mistura que dilacerava meu peito.

Eu me odiava por sentir meu corpo reagir, mesmo vendo o sofrimento dela.

Eu me odiava por não poder protegê-la, por estar ali, prisioneiro daquela cena.

Quando finalmente o vigia se afastou, largando a Bianca no chão frio, eu não consegui falar nada.

Apenas me aproximei devagar, como se cada passo fosse um peso enorme no meu corpo cansado.

Ela estava caída ali, pálida, os olhos fechados, tentando juntar os pedaços do que restava dela.

Eu a envolvi num abraço lento, silencioso, carregado de uma tristeza que parecia esmagar meu peito.

Ela murmurou, quase sem voz, encostando o rosto no meu peito:

— "Me desculpa... Eu não queria que isso acontecesse. Eu juro que não queria."

Aquele pedido de desculpas cortou meu coração, mas também me fez querer protegê-la ainda mais.

A gente não precisava falar nada mais.

Aquele abraço dizia tudo: o medo, a culpa, o desejo, o amor que ainda insistia em existir apesar do que tinha acabado de acontecer.

E eu prometi pra mim mesmo, naquele instante, que faria o possível pra proteger ela de tudo — inclusive de mim.

Nosso abraço se desfez devagar, como se cada segundo fosse uma luta contra a vontade de continuar ali, presos naquele momento de dor e necessidade.

Ela levantou o rosto, os olhos ainda marejados, procurando os meus com uma mistura de medo e esperança.

Não trocamos palavras.

O silêncio falava por nós, carregado de perguntas sem respostas.

Caminhamos lado a lado pelo caminho escuro do campus, os passos lentos e pesados, como se o mundo tivesse encolhido para caber só aquele peso entre nós.

Na esquina da rua, nos separamos.

Ela esperaria o carro do pai — aquele velho carro que a buscava sempre — enquanto eu teria que pegar o ônibus, apertado, barulhento, e sentir ainda mais o vazio que se abria entre nós.

Minha mente não parava: “O que vai acontecer agora? Como olhar para ela sem sentir tudo isso? Será que o amor vai resistir?”

Ela devia estar sentindo o mesmo, o corpo rígido, a respiração pesada, o coração na garganta.

Ela me lançou um último olhar, um pedido silencioso que eu não sabia se podia atender.

O carro do pai apareceu na esquina, as luzes cortando a escuridão.

Ela entrou, e eu fiquei ali, vendo as luzes sumirem no fim da rua enquanto o ônibus se aproximava.

Nenhum de nós sabia o que viria depois.

Mas uma coisa era clara: não seríamos mais os mesmos.

O que quer que fosse, o que fosse que nos esperava, teríamos que encarar — mesmo com medo, mesmo feridos, mesmo confusos.

O ônibus rangia pelas ruas escuras enquanto eu me segurava para não enlouquecer.

A cabeça martelava sem descanso, repetindo as imagens que eu queria apagar — o rosto assustado da Bianca, a boca dela trabalhando, o peso daquele pau gigante dominando o que antes era só meu.

Meus dedos agarravam o banco à minha frente, tentando segurar o que me escapava: a raiva, a vergonha, a culpa... e, para minha pior surpresa, a excitação.

Como eu podia sentir desejo por aquilo?

Como meu corpo podia ter reagido àquilo que meu coração rejeitava com tanta força?

Era um choque brutal que me consumia por dentro, um veneno que corria nas veias, corroendo minha paz.

Eu me odiava por não ter lutado mais, por ter permitido aquilo.

E me odiava ainda mais por, no meio de toda aquela dor, ter sentido prazer.

Os outros passageiros falavam, riam, viviam suas vidas alheias ao inferno que eu carregava dentro de mim.

Olhei pela janela e vi as luzes da cidade passando rápido, enquanto eu afundava num silêncio pesado, um peso que não dava para dividir, nem aliviar.

Eu não conseguia esquecer.

Nem queria.

E, no fundo, eu sabia que nada mais seria como antes.

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Comentários

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Na verdade foi um desabafo, vamos conversar? na vida tudo tem como tirar proveito, segue o meu email: euamoa vida2020@gmail.com

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🥵 🫦 Agora você pode tirar a roupa de qualquer uma e ver o corpo inteiro ➤ Afpo.eu/ekuza

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