A manhã chegou com um silêncio pesado. Tais evitava olhar nos meus ou nos de Josara, mas eu notava como seus olhos verdes pousavam em nós por segundos antes de desviar. A tensão era quase palpável.
Foi então que chegou Ricardo, um velho amigo da família de Josara — um cara alto, barba grisalha, e um sorriso que parecia conhecer todos os segredos do mundo.
— "Leco!" Josara exclamou, aliviada pela distração.
Ele abraçou todo mundo como se já nos conhecesse há anos, e em minutos já estava contando histórias de suas viagens, fazendo a gente rir até esquecer o clima estranho.
À noite, Josara fez um peixe assado com temperos que deixavam o ar cheiroso, e inventou um drink — alguma mistura de frutas, vodka e algo mais que ela não quis revelar.
— "Experimenta," ela disse, entregando um copo para Tais com um sorriso que eu já conhecia bem.
Tais hesitou, mas depois do primeiro gole, seus olhos brilharam.
— "Caramba, isso é bom."
E perigoso. O drink era doce, fácil de tomar, mas dava um calor no peito que ia descendo… e depois de dois copos, Tais estava mais solta, rindo de tudo, os olhos meio pesados.
Ela ainda evitava falar do que acontecera na noite anterior, mas agora, quando nossos olhares se cruzavam, havia algo novo ali — curiosidade? Desafio? Com a chegada do Leco, os arranjos para dormir mudaram.
— "Tais, você vai ter que dormir no colchão hoje. O Leco fica na sua cama," anunciou Josara, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Tais franziu o nariz, mas não reclamou.
Eu me deitei no sofá, tentando não pensar no que quase tinha acontecido na noite passada. Mas então…
Um toque. Quente. Familiar.
josara
Ela estava deitada no colchão, mas sua mão subiu pelo meu tornozelo, devagar, como um rastro de fogo.
— "Você tá acordado?" ela sussurrou.
Antes que eu respondesse, seus dedos já estavam subindo pela minha perna.
Eu não resisti. Virei no sofá, e em segundos, ela já estava sobre mim, a boca quente, as mãos ágeis. Ela puxou meu short para baixo e, sem cerimônia, levou os lábios até onde eu mais precisava.
Merda.
Ela sabia exatamente o que estava fazendo —a língua dela era uma tortura lenta, e eu já estava perdendo o controle.
Foi quando ouvimos um suspiro.
tais.
Ela estava sentada no colchão, assistindo. E, dessa vez, não parecia chocada.
— "Eu…" Ela engoliu seco. "Não consigo parar de pensar naquilo."
josara sorriu, lenta, e então puxou tais pelo pulso.
— "Então não pense."
E, para minha surpresa, tais não resistiu.
tais era diferente de josara—mais tímida, mas não menos intensa. Seu corpo era magro, porém curvado nos lugares certos, e quando josara a puxou para perto, ela não hesitou.
— "Você tem certeza?" eu perguntei, ainda tentando processar.
tais respondeu com um beijo—secos lábios que logo se tornaram vorazes.
josara riu baixo, passando a mão pelas costas de tais
— "Ela sempre foi a santinha… mas olha só agora."
E então, não havia mais tempo para pensar.
O quarto estava quente, iluminado apenas pela luz fraca do abajur. Eu me apoiei nos cotovelos, observando enquanto josara puxava tais para mais perto. Havia algo hipnotizante na forma como aquelas duas mulheres se encaravam - uma confiante e dominadora, a outra hesitante, mas com os olhos cheios de desejo.
josara foi a primeira a agir. Com um movimento suave, pegou o rosto de tais entre as mãos e a puxou para um beijo profundo. tais emitiu um pequeno gemido, "Relaxa," josara murmurou contra seus lábios, enquanto suas mãos desciam pelo pescoço de tais, desabotoando devagar os botões da camisola.
Eu engoli seco quando a pele clara de tais foi revelada - seios pequenos e firmes, mamilos rosados já endurecidos pelo desejo. josara não perdeu tempo, curvando-se para levar a boca a um deles, fazendo tais arquejar e se contorcer. "joh... eu nunca..." tais tentou falar, mas suas palavras se transformaram em um gemido quando a língua de josara traçou círculos lentos em seu mamilo.
"Shhh," josara acalmou, enquanto uma de suas mãos deslizava pela barriga lisa de tais, indo direto para a parte mais quente dela. "Deixa eu cuidar de você."
tais jogou a cabeça para trás quando os dedos de josara encontraram seu clitóris, já inchado e molhado. Seus quadris se moveram involuntariamente, buscando mais pressão, mais contato.
Eu estava completamente hipnotizado. josara sabia exatamente o que estava fazendo - seus dedos se moviam com uma perícia que deixava tais completamente perdida. Quando inseriu dois dedos dentro dela, tais gritou, seus músculos se contraindo ao redor da invasão.
"Assim, gata?" josara sussurrou, aumentando o ritmo enquanto sua boca continuava a torturar os seios de tais. "Você tá tão apertadinha... tão molhadinha pra mim."
tais não conseguia responder - seus olhos estavam fechados, sua respiração ofegante. Seus quadris acompanhavam cada movimento dos dedos de josara, seu corpo se contorcendo no colchão.
josara não dava trégua. Seus dedos continuavam seu trabalho meticuloso dentro de tais, enquanto a outra mão segurava firmemente seu quadril, impedindo que fugisse do contato.
"Olha pra mim," josara ordenou, e tais abriu os olhos vidrados, cheios de desejo e uma pitada de medo.
"Quero ver quando você chegar lá." tais balançou a cabeça em negação fraca, mas seu corpo traía - cada movimento dos dedos de josara fazia seus músculos da coxa tremularem. josara sorriu e diminuiu o ritmo cruelmente.
"Não?" ela provocou, circulando o clitóris com a ponta do dedo.
Foi quando josara Inclinou-se e capturou os lábios de tais num beijo profundo, ao mesmo tempo que seus dedos recomeçavam o movimento - mais rápidos agora, com a palma da mão esfregando no clitóris a cada bombada.
tais quebrou.
"Eu quero... por favor, não para... eu preciso..." ela gemia entre beijos desencontrados.
josara mudou de posição, deitando-se de lado e puxando tais contra seu corpo. Agora podia sentir cada tremor, cada arrepio que percorria o corpo mais novo.
é bom?" josara sussurrou no ouvido dela, enquanto sua mão livre começava a explorar os seios pequenos e sensíveis de tais.
Seus dedos dentro de tais se curvaram, encontrando aquele ponto que fez os olhos da morena revirarem.
tais se dissolveu - seu corpo se enrijeceu completamente antes de cair em uma série de espasmos incontroláveis. josara segurou-a firme, prolongando a onda de prazer até tais empurrar sua mão, superestimulada.
josara trouxe os dedos molhados à própria boca, limpando-os com um sorriso satisfeito.
"Delícia," ela murmurou, puxando tais - ainda tremendo - para um abraço.
tais enterrou o rosto no pescoço de josara, completamente dominada.
Jair... Ela puxou meu nome como um melado convite, enquanto tais ainda tremia em seus braços.
"Cê tá aí paradão como se não tivesse parte nisso."
continua...