A excitação subiu rapidamente, como uma onda repentina e avassaladora, tomando posse de cada fibra do meu ser. Era intensa, crua e completamente incontrolável, uma fome que ardia por dentro. Sob o fluxo quente da água do chuveiro, comecei a alisar e explorar meu próprio corpo, sentindo a pele aquecida pela umidade e a gordura sob meus dedos. Meus lábios se separaram em um suspiro entrecortado à medida que a sensação se aprofundava. Olhei para baixo e vi meu pau, incrivelmente duro e latejando com uma necessidade primal de alívio.
Devagar, com uma deliberada consciência, comecei a me masturbar. Cada toque era intencional, focado unicamente na sensação, explorando a sensibilidade de cada centímetro da minha ereção — do eixo firme à ponta sensível. A fricção da minha mão, úmida pela água e pelo próprio calor, aumentava a pressão sanguínea, tornando o instrumento ainda mais rígido. Num movimento quase instintivo, meus dedos se desviaram para meus mamilos. Apertei-os levemente, sentindo a pontada aguda de prazer que irradiava a partir deles, como pequenos choques elétricos que percorriam meu peito e se conectavam diretamente à excitação febril lá embaixo. A conexão era surpreendente, uma nova camada de prazer adicionada à mistura.
Aumentei o ritmo da masturbação, usando ambas as mãos agora: uma continuava a apertar e torcer o mamilo, intensificando aquela dor prazerosa, enquanto a outra trabalhava no meu pau, aumentando a velocidade e a intensidade da fricção. Minha respiração tornou-se arfante, rápida e superficial, os sons abafados pela água caindo. Meu corpo se curvava ligeiramente sob a pressão, cada músculo tenso em antecipação. O clímax chegou de repente, um alívio explosivo que me fez soltar um suspiro profundo e trêmulo. Gozei na minha mão, sentindo o líquido quente e pegajoso escorrendo pelos meus dedos, pulsando para fora com força. Por um instante, tremi com a ressaca do prazer.
Entretanto, a necessidade não havia acabado. Sem hesitação, levei a mão manchada de gozo até meu cu, espalhando o líquido quente e espesso na área sensível. Senti a umidade e o calor se misturarem à minha própria pele, uma nova sensação intrigante e audaciosa nascendo. Em seguida, com cautela, empurrei dois dedos para o interior da minha abertura anal. Houve uma resistência inicial gentil, um leve aperto, antes que a maciez úmida do interior cedesse, permitindo a entrada. Comecei a me foder lentamente com os dedos, sentindo-os entrarem e saírem, explorando a profundidade e a textura interna, a cada movimento uma nova onda de prazer se acumulando, diferente do prazer anterior.
Entre gemidos abafados que escapavam dos meus lábios pressionados, murmurei o nome de James baixinho. Sua imagem dominava meus pensamentos — a sua audácia, o jeito como ele me olhava, a promessa não dita que ele representava. A fantasia dele me impulsionava, cada estocada dos meus dedos era para ele, por ele. Num ato de intensificação febril, esfreguei minhas tetas na parede molhada, sentindo a textura fria contrastando com a pele sensível e aquecida, um tipo diferente de atrito que aumentava a agitação. Enquanto fazia isso, masturbava-me com a mão livre, a tensão se acumulando novamente no meu corpo, mais profunda e focada agora.
Entrar, sair, explorar. A sensação de plenitude interna crescia. Até que, finalmente, o segundo clímax me tomou, mais profundo e visceral que o primeiro. Com um gemido final, longo e liberador, contraí-me e gozei novamente, sentindo a contração muscular se espalhar por todo o meu corpo enquanto meus dedos ainda estavam dentro do meu cu. O prazer inundou-me, uma onda que parecia irradiar do meu centro, deixando-me completamente exausto, trêmulo e ofegante no fluxo da água.
O aroma adocicado e inconfundível da torta de pêssego da vovó, uma onda quente e frutada que parecia vibrar no ar da casa antes mesmo do sol decidir brilhar plenamente, foi a melodia olfativa daquela manhã de quarta-feira. Essa fragrância, com sua doçura familiar e reconfortante, me arrancou gentilmente, mas com insistência, do sono profundo. A luz suave e pálida do amanhecer mal espreitava pelas frestas estreitas da cortina pesada, pintando finas linhas douradas no chão frio do quarto, quando a voz gentil, mas carregada daquele sutil tom de quem não aceita atrasos, a voz inconfundível dela, chegou cristalina ao quarto.
Ela anunciou, com a habitual eficiência que a caracterizava, que o café já estava posto na mesa da cozinha, escaldante e perfumado, e que eu precisava, sem delongas, me apressar se quisesse aproveitar o resto da manhã. Levantei-me de um salto, o lençol se desprendendo com um leve ruído, sentindo imediatamente o frescor matinal e revigorante no ar que entrava pela janela entreaberta. Fui direto para o pequeno banheiro, para um banho rápido sob o jato d'água, deixando que a água fria e límpida levasse embora não somente qualquer resquício de preguiça que pudesse restar, mas também limpasse a mente, preparando-me para o que viria pela frente.
Voltei ao quarto e escolhi com cuidado a roupa que me acompanharia durante o dia, uma espécie de ritual silencioso que definia o humor e a disposição. Optei por uma camisa de manga comprida num vibrante e ousado tom escarlate, cuja cor intensa se destacava e contrastava propositalmente com a calça tactel preta, perfeita para o movimento. Completei o visual com os tênis escuros, já amarrados e prontos para o caminho, e o chapéu de abas largas, também escarlate, adornado com um laço preto simples, mas elegante, que dava um toque final de mistério ou propósito ao conjunto.
Ainda sentindo o cheiro persistente do café coado, entrei na cozinha, onde o aroma da torta recém-feita pairava no ar, denso, convidativo e irresistível. Lá estava ela, dourada, perfeitamente assada, ainda exalando calor, sobre a bancada de madeira. Eu a acomodei com o máximo carinho na bolsa térmica, fechando o zíper com cuidado, sentindo o peso agradável daquele tesouro culinário e a promessa palpável da doçura que ela guardava lá dentro, um pequeno pedaço de conforto e alegria. Ao lado, minha cesta já estava preparada, com tudo o que eu precisava para a jornada planejada, cuidadosamente arrumada.
Com a outra mão, peguei-a e, sem hesitar, dei um último olhar para minha querida vozinha, que sorria da entrada da cozinha, antes de sair pela porta, sentindo o ar fresco da manhã na face. O caminho familiar de pedras começou a me levar, passo a passo, em direção à orla da floresta, o lugar onde o dia realmente começaria, longe do burburinho e perto da natureza e de seus segredos.
Sabia exatamente para onde ir; meus passos firmes e confiantes conheciam o caminho, traçado pelas aventuras anteriores, em direção ao nosso ponto de encontro usual: o pé daquele carvalho imponente, antigo e sábio, cujos galhos robustos se estendiam como braços protetores sobre a pequena clareira natural. E lá o encontrei, exatamente como eu esperava, uma visão que sempre aquecia meu peito com uma mistura de familiaridade e excitação fresca: Johnny, casualmente recostado no tronco maciço, uma presença forte e calma em meio ao verde vibrante.
A iluminação filtrada entre as folhas criava um jogo de luz e sombra que destacava a curva suave de seu ombro, a linha forte de sua mandíbula, cada contorno de sua figura atlética. Vê-lo ali parado, esperando por mim, sempre fazia meu coração acelerar um pouco mais. Ele usava uma camisa branca de algodão macio e que, como sempre, parecia estrategicamente escolhida — ou talvez fosse somente o efeito natural de seu físico — para evidenciar a musculatura bem trabalhada dos braços e do peitoral, contornos que eu conhecia tão bem sob o tecido fino. Combinada com uma bermuda jeans azul que somente roçava a altura das coxas e maravilhosos tênis brancos, a roupa criava um contraste perfeito entre o casual e o poder contido de seu físico.
A cada encontro, eu me pegava admirando como ele se encaixava perfeitamente naquele cenário natural, e como a simplicidade de suas vestes não conseguia esconder a força latente sob elas. Aproximei-me dele, o som abafado dos meus passos na terra úmida era o único ruído além do da mata. A cesta de vime, pesando levemente na minha mão, e a bolsa térmica contendo não somente o doce prometido, mas também a antecipação, balançavam ao ritmo da minha caminhada, adereços essenciais para o nosso pequeno teatro particular.
O sorriso que tracei nos lábios ao chegar perto do Lobo Mau era carregado de cumplicidade e expectativa; ele sabia, e eu sabia, exatamente o que significava a minha chegada com a sobremesa. “Oi, Johnny”, eu disse suavemente, a voz somente um murmúrio respeitoso à quietude do lugar, meus olhos fixos nos dele. “Gostaria de provar a torta agora?” Não era realmente sobre a torta, claro, mas sobre a doçura e a entrega que o quitute representava. Era o nosso código, o convite disfarçado de algo inocente que escondia as camadas de desejo latente que nos uniam ali.