Meti no diretor na mesma noite que dei o cu em cena

Da série Paulo
Um conto erótico de Paulo
Categoria: Gay
Contém 788 palavras
Data: 18/06/2025 00:23:08
Assuntos: Gay

— Sobe? — perguntei, ainda com a mão no envelope.

Caio me olhou. Sorriu daquele jeito meio debochado de sempre, mas seus olhos não disfarçavam: ele queria.

— Só um brinde rápido — respondeu.

Subimos. O elevador parecia lento demais. Eu sentia a dor no fundo do corpo, uma dormência quente e pulsante, mas também um tipo estranho de poder: eu tinha sobrevivido. Tinha feito minha primeira cena. Estava pago. Estava... inteiro, mesmo depois de ter sido fodido até os olhos marejarem.

Abri a porta. O apê estava escuro, só uma luz da rua entrando pelas persianas velhas. Tirei os tênis, joguei o envelope em cima da mesa da cozinha e fui direto pra geladeira. Peguei a vodka barata e um suco de caixinha. Enchi dois copos até quase derramar. Coloquei gelo.

— Ao estreante mais resistente da produtora — ele disse, erguendo o copo.

— Ao cu mais fodido da Zona Norte — brinquei, com um sorriso amargo.

Bebemos. A vodka desceu rasgando. Mas depois do segundo gole, o calor no corpo foi maior que a dor.

Caio sentou no sofá, largado. Eu fiquei de pé, encostado na pia, olhando pra ele. Tatuagens no braço, coxas largas, o cabelo bagunçado. Eu lembrava das vezes que a gente se pegou antes, sem câmera. Mas hoje era diferente. Tinha um gosto de revanche na minha garganta. Um fogo novo.

— Tu gostou? — ele perguntou, virando pra mim.

— De quê?

— Da cena. De ser filmado. Do Rafael.

— Do Rafael, não. Foi bom... sobreviver.

Ele riu. Ficou em silêncio. Bebeu mais um gole.

— Tu manda bem. Mas sabe o que eu mais gostei? — perguntou.

— O quê?

— Te ver vulnerável. Real. O público vai gozar vendo tua cara de dor.

Eu senti algo virar dentro de mim. Um estalo. Me aproximei.

— Tu gosta de ver os outros vulneráveis, né?

— Gosto da entrega — respondeu, relaxado. Sem medo.

— Então se entrega pra mim? Quero meter em ti.

Ele não respondeu de imediato. A tensão cresceu. O silêncio era grosso.

— Vai devagar, Paulo — ele disse, com um sorriso torto. Mas não era um “não”. Era um aviso.

— Igual o Rafael foi comigo?

Ele me encarou. A rima ficou no ar.

— É isso?

— É.

Tirei a camiseta. Fui até ele. Caio abriu as pernas, como se testasse o que eu ia fazer. Montei no colo dele e beijei com vontade. Língua quente, mordida, pressão. Mordi o queixo dele, a lateral do pescoço. Ele gemeu baixo.

— Tira a roupa — falei.

Ele obedeceu. Sem graça. Sem a arrogância de sempre. Ficou nu ali mesmo no sofá. Tatuagens nos ombros, na barriga, uma bunda redonda e firme. Eu tirei minha bermuda, ainda sem cueca, e deixei meu pau roçar entre as pernas dele. Já tava duro, pesado.

Peguei o lubrificante na gaveta. Ele olhou pra trás.

— Vai com calma, tá?

— Eu vou te guiar — repeti, imitando o que ele me disse mais cedo.

Ele entendeu. Se posicionou de quatro no sofá. A bunda empinada, o corpo oferecendo. Passei o gel, molhei bem. Comecei com o dedo. Ele apertou os olhos.

— Relaxa — falei, com voz firme. Mas eu mesmo não tava calmo. Eu queria descontar no cu dele o arregaço que o Rafael fez em mim...

Entrei devagar. Só a cabeça. Ele arfou. Depois, mais fundo. Mais forte. A pele dele arrepiou. A bunda abriu embaixo de mim.

E então comecei a estocar.

Primeiro no ritmo que Rafael fez comigo. Depois, mais. Mais fundo. Mais duro. Mãos na cintura dele. Suor escorrendo. Caio gemia. Tentava manter a compostura, mas a voz dele falhava. A cada estocada, eu lembrava da pia. Da lágrima. Do olhar sem resposta.

— Tu gosta, né? — falei entre os dentes. — Gosta de ver a dor... Agora sente.

Ele mordeu o braço pra não gritar. Eu bati com a mão na bunda dele. Deixei marca. Continuei metendo. Forte. Sem parar. O barulho do meu quadril contra ele enchia a sala.

Meti ele de lado. Depois sentei ele no meu colo. O corpo dele era quente, suado, tremendo. Ele cavalgava, olhos fechados, boca aberta.

No fim, eu gozei dentro. Profundo. Até o último tremor. Fiquei enterrado ali, respirando forte.

Ele tombou pro lado. Exausto. Silêncio.

Ficamos ali. O cheiro de sexo no ar. O som da rua lá fora.

Caio se levantou primeiro. Foi pro banheiro, limpou-se rápido. Voltou de cueca e camiseta. Pegou o celular.

— Foi foda — disse, com um meio sorriso.

Ele vestiu a calça, pegou as chaves.

— Vai pra casa? — perguntei.

— Tenho que resolver umas coisas. Mas a gente se vê.

Ele saiu.

Fiquei sozinho no apê. A vodka quase no fim. O envelope com o dinheiro em cima da mesa. A toalha jogada no balcão.

Sentei no sofá. O corpo inteiro doía.

Meu cu ainda latejava, mas dessa vez não era só o meu.

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