O Diamante Solitário

Um conto erótico de Casal Tatuíra
Categoria: Grupal
Contém 3455 palavras
Data: 16/05/2025 07:36:00
Assuntos: Grupal, Incesto

Fazia um tempo danado que Soninha deixara a juventude pra trás, mas a beleza, essa ainda resistia, teimosa, como herança de nascença que não se apaga. Não era só o que Deus lhe dera, não senhor. O encanto de Soninha vinha do que ela mesma forjara, com a paciência de quem lapida um diamante bruto: um olhar que chamava, mas não se entregava, um meio-sorriso que prometia segredos sem revelar nenhum, e aquela voz, meu Deus, um veludo rouco que parecia acariciar o ar antes de chegar aos ouvidos.

O corpo? Esse ainda segurava as rédeas do desejo. Na mocidade, era um escândalo, uma ofensa à decência, com seios redondos, fartos, que pareciam desafiar a gravidade, coxas grossas que enchiam os olhos e uma bunda empinada, dessas que fazem o homem tropeçar nos próprios pés. Agora, na meia-idade, o tempo, esse escultor cínico, tinha deixado suas marcas: umas gordurinhas aqui, outras ali, como quem espalha tempero num prato já farto. Não era gorda, mas também não era magrela — tinha aquela carne macia, moldada pela vida, pelo filho que pariu, pela maturidade que carregava como um troféu. E, santo Deus, como isso a tornava mais desejável! Era o tipo de mulher que, aos olhos de um macho com faro, parecia gritar: “Eu sei o que você quer, e sei fazer melhor que qualquer garota de vinte anos”.

Soninha caminhava com a sabedoria de quem conhece o próprio poder, e o mundo, esse palco de pecados, parava pra assistir.

Soninha não tinha marido, e isso, olhando agora, era uma bênção disfarçada. O traste que um dia dividiu sua cama bateu a porta há tempos, levando só a poeira dos sapatos e deixando pra trás o maior tesouro dela: Felipe. O menino, agora com vinte anos, era a luz dos olhos de Soninha. Bonito, de ombros largos, com um sorriso que misturava bobice e malícia, ele encantava sem esforço, como se o mundo fosse um palco e ele, sem saber, o ator principal. Ela olhava pra ele e via um pedaço de si, mas também um mistério — como podia aquele rapagão, forte como um touro, ainda se perder em videogames, enquanto ela, na idade dele, já sustentava casa, carro e a própria alma?

Soninha tinha conquistado tudo sozinha, com unhas e dentes, sem pedir esmola a ninguém. E, no entanto, quando fitava Felipe, o coração amolecia. Era ternura, era orgulho, mas também um suspiro escondido: “Meu Deus, como o tempo mudou as coisas”. Ela, aos vinte, era uma leoa, enfrentando o mundo com a coragem de quem não tem escolha. Ele, com a mesma idade, parecia flutuar, leve, como se a vida ainda fosse um jogo que se pausa quando cansa.

Por Felipe, Soninha renunciara a tudo. Homens? Esses ela despachava com um olhar que dizia “nem tente”. Relacionamentos? Coisa de quem tem tempo sobrando. Ela se bastava, e o filho era o sol ao redor do qual sua vida girava. Mas, claro, uma mulher como ela — bonita, sozinha, dona de si — era um prato cheio pras línguas venenosas da vizinhança. As velhas beatas, de terço na mão e maldade no coração, cochichavam nas esquinas. As invejosas, com seus casamentos murchos, destilavam veneno. E os abjetos, esses vermes de olhar pegajoso, inventavam histórias que fariam corar o próprio diabo.

— Viu a Soninha? Tão arrumada, tão cheia de si... Deve ter homem pagando essa vida boa — sibilavam, com a certeza dos ignorantes.

— E aquele filho, hein? Tão grudado na mãe... Isso não é normal — cuspia outra, enquanto varria a calçada e a própria alma imunda.

Soninha ouvia os ecos, claro. O bairro era pequeno, e o falatório, grande. Mas ela? Ela deslizava por cima disso tudo como quem pisa em lama e não suja os sapatos. Seu silêncio era sua armadura, seu mistério, um escudo. Responder? Pra quê? Justificar-se era dar corda pra maledicência, e ela não era de se curvar. Que falassem, que inventassem, que se afogassem no próprio fel. Soninha seguia, altiva, com o filho ao lado e a vida nas mãos, sabendo que a verdade, essa sim, não precisava de plateia.

E então, numa dessas voltas que o destino dá, como quem ri da cara dos mortais, a casa de Soninha virou palco de uma cena que ninguém, nem as beatas mais fofoqueiras, poderia prever. Felipe, com aquela mania de menino que ainda não cresceu, trouxe dois amigos pra casa: Bruno e Douglas, rapazes da mesma laia, cheios de energia e hormônios, com risadas altas e papos que giravam entre futebol, videogames e bravatas. Soninha, que costumava se manter à margem dessas invasões juvenis, dessa vez resolveu entrar na roda. E, meu Deus, que entrada!

Ela se sentou na sala, com a naturalidade de quem não planeja nada, mas sabe exatamente o que faz. Uma garrafa de licor caseiro apareceu, uns copinhos, e lá estava Soninha, no centro do palco, regendo a conversa como uma maestra. Falava com a segurança de quem viveu o dobro do que aqueles garotos sonhavam, jogava opiniões que calavam os três, arrancava risadas com tiradas espertas e ria também, um riso solto, de garganta, que parecia aquecer o ar. Era um magnetismo que não se explica, que não se fabrica — era Soninha sendo Soninha, e isso bastava.

Mas havia mais, claro. Havia o corpo, aquele corpo que o tempo só tornara mais perigoso. O vestido, justo na medida exata, era um hino à prudência e à provocação. O decote, sutil, mostrava sem exibir, deixando entrever a curva generosa dos seios, apertados num sutiã que parecia gritar “olhem, mas não toquem”. As coxas, cruzadas com uma elegância quase cruel, desenhavam curvas que faziam o olho deslizar sem permissão. Ela não se exibia, não precisava. O charme vinha sem esforço, como o perfume que sobe de uma flor sem que ela precise se anunciar.

Bruno e Douglas, coitados, tentavam disfarçar. Falavam alto, gesticulavam, mas os olhos traíam. Desciam pro decote, subiam pras coxas, voltavam pro rosto, onde o sorriso de Soninha, aquele meio-sorriso de quem sabe mais do que diz, os desarmava. Felipe, alheio, ria das piadas dos amigos, sem notar que a mãe, sem querer ou querendo, tinha virado o sol daquela sala, e os outros, meros planetas girando em órbita.

Era um jogo perigoso, mas Soninha jogava sem se sujar. Cada gesto, cada palavra, cada cruzar de pernas era um fio na teia que ela tecia, sem alarde, sem vulgaridade. E os garotos, pobres diabos, estavam presos, enredados num encanto que não entendiam, mas que sentiam na carne, no sangue, no calor que subia às bochechas. Soninha, soberana, reinava sem coroa, sabendo que, naquela noite, a casa era dela, o palco era dela, e o desejo, esse bicho traiçoeiro, dançava ao som da sua risada.

Soninha, com aquele jeito de quem comanda sem mandar, com o sorriso que desmontava qualquer resistência, percebeu que o licor já tinha feito seu trabalho. Os olhos de Bruno e Douglas brilhavam com um brilho bêbado, meio perdido, meio faminto. Ela, rainha absoluta da situação, decidiu que era hora de dar um passo além. Com a voz macia, pediu licença, dizendo que ia arrumar a cozinha — uma desculpa tão banal que ninguém questionou, mas tão calculada que parecia escrita no roteiro de um pecado.

Levantou-se do sofá com a graça de uma cortina que se abre pra um grande espetáculo. Descruzou as pernas devagar, num movimento que era ao mesmo tempo natural e devastador, e deixou, por um átimo, na linha de visão dos dois rapazes, o vislumbre do seu segredo mais profundo. A calcinha, um fiapo de renda que mal cobria o necessário, apareceu como um relâmpago, e o impacto foi imediato: a respiração de Bruno e Douglas parou, o peito apertou, o mundo ficou mudo. Era o tipo de visão que faz o homem esquecer quem é, onde está, e até o nome da mãe.

Soninha saiu da sala com um rebolado que não precisava exagerar pra ser fatal, deixando os garotos atordoados, tentando disfarçar o calor que subia pelo pescoço. Felipe, alheio como sempre, ria de alguma piada idiota, sem notar que a mãe tinha acendido um incêndio que ninguém ali sabia apagar.

Minutos se passaram, entre risadas nervosas e silêncios constrangidos, até que um grito veio da cozinha. Era Soninha, com a voz num tom que misturava desespero e algo mais, algo que puxava como um anzol. “Meninos, venham cá, pelo amor de Deus!” Os três correram, tropeçando na pressa, e a encontraram numa cena que era, ao mesmo tempo, prosaica e escandalosamente sensual. Soninha estava de quatro, com os joelhos e uma mão no chão, o outro braço esticado sob a pia, como quem caça um tesouro perdido. O vestido, subido até o limite da decência, deixava à mostra a curva pecaminosa das coxas e o contorno da bunda redonda, empinada, um monumento que desafiava qualquer santidade.

— Meu solitário de diamante! — explicou ela, com a voz trêmula, quase teatral. — Tirei pra lavar a louça, caiu, rolou pra baixo da pia, e não consigo pegar!

Felipe, o filho ingênuo, abaixou-se ao lado dela, fuçando o chão com a cara de quem quer ajudar. Mas Bruno e Douglas? Esses ficaram paralisados, como estátuas de cera derretendo por dentro. A visão era um delito: o vestido balançava, roçando na borda da tentação, quase revelando o que não devia. A curva da bunda, moldada pela gravidade e pela malícia do destino, parecia pulsar. E ali, no limite do tecido, um resquício de calcinha amarela, um pedaço de renda que era mais provocação do que proteção, brilhava como uma promessa de perdição.

Soninha, a diaba, sabia exatamente o que fazia. Olhou pra trás, por cima do ombro, e cravou nos dois um sorriso malicioso, um segredo compartilhado que cortava como faca. Com a mão livre, num gesto que era puro veneno, ela levantou o vestido só mais um pouquinho — o suficiente pra mostrar o caminho de todos os infernos. Era a carne, a curva, o calor que pulsava sob a renda, tudo exposto num relance que parecia eterno. Bruno e Douglas, coitados, sentiram o sangue fugir da cabeça e correr pra outros cantos, enquanto o ar ficava grosso, pesado, como se o próprio diabo tivesse entrado na cozinha pra assistir.

Felipe, ainda debruçado, resmungou algo sobre o anel, alheio ao incêndio que a mãe acendia. Mas Soninha, soberana, já tinha vencido. Naquele instante, ela não era só a mãe, a dona da casa, a mulher do bairro. Era a deusa, o pecado, a chama que consome sem se consumir. E Bruno e Douglas, presos naquele olhar, naquele vestido, naquela calcinha amarela, já estavam condenados, sem saber se queriam salvação.

— Vai na garagem, Felipe, pega uma lanterna e uma vassoura, vai — pediu Soninha, com a voz que misturava urgência e um tom doce, quase maternal, que não dava espaço pra desconfiança. Felipe, obediente como um cão fiel, saiu sem pestanejar, sem notar que os amigos, Bruno e Douglas, trocavam sorrisos que pareciam pintados pelo próprio capeta. Eles se ajeitavam, como quem afia uma ferramenta antes do serviço, os olhos brilhando com a promessa de um pecado que já estava selado.

Quando Felipe voltou, a cena que encontrou na cozinha era um quadro arrancado dos infernos, uma visão que faria as beatas do bairro desmaiarem com o terço na mão. Soninha, ainda de quatro, ofegava, o corpo tremendo sob o peso de uma lascívia que não se continha. Os gemidos dela, roucos, eram de uma mulher que não se envergonhava do desejo — eram de meretriz, de deusa, de fêmea no cio. Bruno, com a ousadia dos condenados, tinha os dedos enfiados na calcinha amarela, buscando a gruta úmida, o santuário proibido que pulsava sob a renda. Ele a tocava com a precisão de quem conhece o ofício, e Soninha, rendida, gemia alto, o som ecoando como um hino profano.

Na outra ponta, Douglas não ficava atrás. Soninha, com a audácia de quem já cruzou todas as linhas, abriu a bermuda dele com um gesto rápido, quase ritualístico. O membro que saltou era um troço de respeito, rígido com o fervor da juventude, tão grosso e comprido que a mão dela, pequena e experiente, mal cobria metade. Os olhos de Soninha brilharam, famintos, e o sorriso que deu era o de quem encontra um velho amigo — ou um velho pecado. Ela se inclinou, e com um beijo começou uma liturgia sacana, as mãos e os lábios dançando em torno daquele pedaço de carne como se fosse um altar. Douglas, enquanto isso, na retaguarda, se enterrava nela com a força de quem crava uma bandeira em terra virgem, invadindo aquele corpo que era, ao mesmo tempo, sagrado e profano.

E então, a voz de Felipe cortou o ar como um trovão:

— O que é isso?

Os olhos dele, arregalados, pareciam querer saltar do rosto. A lanterna e a vassoura caíram no chão com um estrondo, mas ninguém se mexeu. A cena congelou, exceto pelo peito de Soninha, que subia e descia, ofegante, e pelo olhar de Douglas, que, entre um gemido abafado e um rebolar lento, olhou o amigo com um sorriso cínico.

Bruno, sem tirar os dedos do pecado, riu baixo, um riso de quem já venceu. Soninha, com a boca ainda ocupada, lançou um olhar rápido pro filho — não era culpa, não era vergonha, mas algo mais, algo que misturava desafio e uma tristeza antiga. Douglas, soberano, voltou ao ritmo, como se a interrupção fosse só um detalhe. E ali, naquela cozinha, o pecado reinava, com Soninha no centro, rainha e vítima, deusa e demônio, enquanto Felipe via a mãe se transformar em algo que ele nunca poderia entender.

Mas o destino, esse cínico que ri dos mortais, não tinha terminado seu espetáculo. Felipe, paralisado, com o coração batendo como um tambor de guerra, viu a cena se transformar num novo ato, um que ele não podia mais ignorar. Bruno e Douglas, os olhos brilhando com uma lascívia selvagem, se retiraram da labuta, ainda que permanecessem ai, os membros eretos, pulsantes, como estandartes de um desejo que não se escondia. Eles observavam, deliciando-se, a respiração pesada, enquanto Felipe, trêmulo, dava um passo à frente, a curiosidade doentia e o maravilhamento profano tomando conta de cada fibra sua. Ele tocou as costas de Soninha, a pele quente, macia, que parecia pulsar sob seus dedos, e ela, com um suspiro baixo, quase um gemido, respondeu ao toque, enquanto os outros dois, voyeurs de um pecado sagrado, se consumiam no calor daquele palco infernal.

Soninha, ainda de joelhos, levantou o rosto. Não havia vergonha nos olhos dela, mas uma chama, um brilho que misturava desafio e uma dor antiga, quase maternal. Ela se ergueu, soberana e virou de costas, o vestido ainda descomposto, a calcinha amarela pendendo como uma bandeira de guerra. Olhou para Felipe, e naquele olhar havia um convite, um abismo, uma promessa que ele não sabia se queria aceitar. Mas o corpo, esse traidor, já tinha decidido por ele. O sangue fervia, o peito ardia, e uma curiosidade doentia, maravilhada, tomava conta de cada fibra sua.

Ele deu um passo, trêmulo, e tocou as costas dela. A pele quente, macia, parecia pulsar sob seus dedos, como se o próprio desejo de Soninha respondesse ao toque. Ela não se moveu, mas um suspiro, baixo, quase um gemido, escapou dos lábios entreabertos. Felipe desceu a mão, ousado, sentindo o contorno do bumbum, redondo, firme, um monumento que ele agora profanava com uma reverência febril. Soninha arqueou o corpo, sutil, e o gesto era um convite claro, um chamado que ele não podia mais ignorar. A mão subiu, encontrou os seios, aqueles seios que ele vira tantas vezes em sonhos proibidos. Tocou-os, sentindo o peso, a carne viva, e um gemido rouco escapou dela, ecoando na cozinha como um hino profano.

Soninha, então, soberana, e pegou a mão dele. Com um gesto lento, quase ritualístico, conduziu-a até o centro de seu prazer, a carne macia, úmida, um segredo que pulsava sob a renda amarela. Quando ele tocou, o mundo parou. Ambos gemeram, um som gutural, animal, que parecia rasgar o silêncio. Soninha se contorceu, o corpo dançando sob os dedos dele, os quadris movendo-se num ritmo que era ao mesmo tempo rendição e comando. Felipe, perdido, sentiu o desejo explodir em sua carne, o membro rijo, pulsante, traindo qualquer resquício de razão. Ela, percebendo o fogo que o consumia, sorriu — um sorriso de quem sabe o poder que tem. A mão dela desceu, atrevida, e encontrou o membro dele, tocando-o, manuseando-o com uma intimidade que era ao mesmo tempo terna e selvagem.

E então, vieram os beijos. Lábios grossos colaram-se, línguas se entrelaçaram, ferozes, numa dança de amantes que não se escondem. A baba escorria, o gosto salgado misturando-se ao calor, ao desejo que não se continha. A mão dele percorreu o corpo dela com reverência, fanatismo, desejo cego, sentindo cada curva, cada pedaço de carne como se fosse um altar. E ali, na cozinha, o palco do pecado se incendiou de vez: Felipe, possuído, empalou Soninha com vigor, levantou-a no colo e a despejou na mesa, como se fosse num altar de sacrifício, a lança dele, burlou a calcinha e cravou-se na bainha dela, num movimento que era ao mesmo tempo conquista e rendição. Ela gritou, um grito rouco, primal, que ecoou como um trovão, seguido de gemidos que se misturavam a súplicas febris — “Mais, mais!” — enquanto a umidade da gruta dela parecia evaporar com o calor pulsante do membro dele, num êxtase que os consumia e os elevava ao mesmo tempo.

Todos os presentes, naquela cozinha que agora era um templo profano, deliciavam-se com o ato, um espetáculo de carne e alma que desafiava os céus. Bruno e Douglas, os olhos vidrados, os membros ainda rijos, tocavam-se com uma urgência quase ritualística, enquanto assistiam à conjunção carnal de mãe e filho, um taboo que os incendiava ainda mais. A paixão entre Soninha e Felipe, os beijos famintos, a penetração feroz e o prazer que escorria em gemidos e suor, tudo que deveria ser proibido entre eles, na verdade os unia num amor torto, febril, que só crescia na transgressão. Ele, com a impaciência de quem descobre o fogo pela primeira vez, cravava-se nela com uma fúria juvenil, enquanto ela, com a sofreguidão de quem já conhece todos os infernos, recebia-o, gritava, pedia mais, os quadris dançando num ritmo que era ao mesmo tempo súplica e comando, selando um pacto que os marcaria para sempre.

E então veio o clímax, um gozo brutal, urgente, que rasgava as entranhas como um grito preso por séculos. Soninha, deitada sobre a mesa da cozinha, arqueou as costas num arco de pura entrega, a carne trêmula sob o peso do êxtase. Felipe, possesso, tremia como um touro ferido, e, mesmo quando parecia impossível, cravou-se mais fundo nela, os jatos quentes de sua lava vital inundando o corpo materno, escorrendo vigorosos pelas coxas dela como um rio profano, uma bênção sacrílega. Ela, muda, os lábios tremendo num espasmo, os olhos se enchendo de lágrimas que não eram de tristeza, não, nem de arrependimento, mas de um desatino cego, de um descontrole que parecia arrancar a alma do corpo, tamanho o prazer daquela experiência demoníaca, divina, que os unia num pacto eterno.

Felipe não desabou, mas recuou, o peito arfando, buscando o fôlego que o êxtase lhe roubara. Seus olhos, ainda turvos de desejo, fixaram-se no corpo de Soninha, nua, aberta, exposta sobre a mesa como uma oferenda pagã, a gruta arregaçada num convite que era ao mesmo tempo sagrado e profano. Naquele instante, naquela missa negra que a cozinha se tornara, ela não era mais a mãe carinhosa, a cuidadora bondosa que o ninara em noites de febre — não, ela era mulher, mais que isso, ela era o tudo que ele desejava, um objeto de carne viva, feito para dar e receber prazer em sua forma mais crua. E ele compreendeu, com uma clareza que cortava como faca: ela era a puta dele, a deusa e a meretriz que o destino lhe entregara.

Bruno e Douglas, os fiéis acólitos daquele ritual, não perderam tempo. Aproximaram-se, os membros ainda rijos, e se revezaram na carne de Soninha, ora invadindo a boca, ora a caverna ainda cheia do gozo de Felipe, que escorria como um testemunho quente do pecado consumado. Sentiam o prazer extra, quase demoníaco, de seus membros deslizando no gozo alheio, a umidade morna e viscosa que os envolvia como uma bênção torpe, enquanto ela, entregue, gemia baixo, os olhos semicerrados, o corpo cedendo a cada nova investida.

E então, Felipe, ainda ofegante, percebeu algo na mão dela, reluzindo como um olho acusador, o anel de diamante solitário brilhava, intocado, nunca perdido — um segredo que ria da sua inocência, e coroava Soninha rainha daquele inferno.

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