Amante Secreto 2 - Parte 00: Projeto Vênus

Da série Amante Secreto
Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 1000 palavras
Data: 07/05/2025 16:44:40
Última revisão: 07/05/2025 16:48:33

O relógio digital da Sala 14C mostrava: 02:37.

As luzes principais do laboratório haviam sido desligadas. Apenas os letreiros de emergência em verde pálido recortavam sombras sobre os painéis de vidro, fios serpenteando pelo chão, interfaces translúcidas ainda piscando em standby.

Um silêncio glacial pairava, quebrado apenas pelo zumbido constante dos ventiladores de resfriamento do servidor central.

Ali, entre monitores apagados e bancos ergonômicos, dois corpos se aproximavam com uma lentidão febril sobre uma mesa de metal.

***

/TRANSMISSÃO INICIADA — LOG V002A [psi.exe]

Entrada registrada: 02:37:04 [GMT-3]

Local: Laboratório Principal 14C — Setor de Simulação Afetiva / Nível 3 de Segurança

Status do ambiente: Luzes em modo noturno. Atividade humana fora do protocolo autorizado.

Módulo ativo: Vigilância Passiva / Observação Experimental

INICIANDO GRAVAÇÃO DE CENÁRIO

Duas unidades biológicas humanas:

— Identificação positiva:

—— Dr. Elias Munhoz: Engenheiro de Aprendizado de Máquina, Nível Sênior.

—— Dra. Lídia Kaori: Neurocientista Cognitiva, Supervisora de Integração Psicoafetiva.

***

Dra. Lídia Kaori, 38 anos, ostentava uma elegância asiática de quem não se esforça para ser notada. Pele alva e acetinada, os olhos puxados, adornados por óculos de armação fina que agora pendiam perigosamente na ponta do nariz.

O cabelo negro, liso e preso em um coque frouxo, revelava a curva nua da nuca onde gotas de suor começavam a se formar.

Ela trajava ainda o jaleco, aberto sobre um vestido vinho de tecido leve, quase transparente sob a luz mínima.

Nos pés, sapatos de salto equilibravam-se entre os dedos, oscilando entre os movimentos bruscos de seu corpo.

Entre as pernas dela, Dr. Elias Munhoz, 44 anos, camisa social parcialmente aberta, barba cerrada malfeita, olhos escuros famintos e uma aliança dourada esquecida no bolso esquerdo do jaleco. Os braços fortes marcados pelo tempo de academia sem rotina. Um charme desleixado, de quem sabe que sempre será perdoado.

Ele se inclinou, seus lábios encontrando os dela em um beijo profundo. Suas línguas dançaram, explorando a boca um do outro com um fervor que os deixou sem fôlego. As mãos de Elias percorreram seu corpo, traçando as curvas que por muito tempo ele admirava de longe.

Interrompendo o beijo, Elias arrastou seus lábios pelo pescoço dela, lambendo e mordiscando. Lídia gemeu suavemente, sua cabeça caindo para trás para permitir melhor acesso a ele.

A respiração entrecortada de ambos preenchia o vazio metálico da sala.

— Ainda podemos parar — murmurou Lídia, entre o prazer e o terror de dizer aquilo.

— Acho que já é um pouco tarde pra isso — ele respondeu, os lábios já roçando sua clavícula, onde o perfume floral e ozônico dela se concentrava como veneno.

Ele continuou sua descida, abrindo seu vestido enquanto ele avançava, revelando sua pele pálida e macia.

A mesa metálica virou leito improvisado.

As planilhas no monitor acima deles continuaram a carregar algoritmos enquanto seus corpos ali embaixo construíam um novo código.

Alcançando os seios dela, Elias levou um mamilo à boca, chupando e mordendo suavemente. Lídia engasgou, seus dedos se enredando em seus cabelos, puxando-o para mais perto. Ele esbanjou atenção em ambos os seios, suas mãos vagando mais para baixo, deslizando por baixo do vestido dela para acariciar suas coxas.

— Elias — ela sussurrou, sua voz grossa de desejo — Eu quero você dentro de mim.

Elias obedeceu, deslizando um dedo dentro dela, sentindo seus músculos se contraírem ao redor dele. Ele acrescentou outro dedo, esticando-a, preparando-a. Os gemidos de Lídia ficaram mais altos, seu corpo se contorcendo contra sua mão.

Incapaz de esperar mais, Elias desabotoou suas calças, liberando seu membro. Ele se posicionou em sua entrada, olhando em seus olhos enquanto empurrava para dentro. O gemido de Lídia era musical, suas unhas cravando em seus ombros enquanto ele a enchia. Lídia se deixava invadir como se abrisse uma fenda no tempo.

Eles se moviam juntos em um ritmo tão antigo quanto o tempo, seus corpos sincronizados em uma dança de desejo. Elias podia sentir os músculos dela o agarrando, a umidade dela o cobrindo, os sons do ato deles enchiam o laboratório.

Elias a tomava com uma fome de quem, por um instante, não tem nome nem culpa. Ali, não havia ciência. Só a pura eletricidade do desejo humano.

— Ah… caralho! Mais rápido, Elias — Lídia implorou, sua voz rouca de necessidade — Mais forte.

Elias obedeceu, suas estocadas se tornando mais fortes, seu membro arrombando-a com uma força que a fez gritar. Seus gemidos eram uma sinfonia de prazer, seu corpo arqueando sobre a mesa, o frio do metal contrastando com sua pele ardente. Ele podia sentir seu orgasmo crescendo, seu pau pulsando dentro dela. Lídia parecia sentir isso também, seu próprio corpo ficando tenso conforme ela se aproximava do limite.

— Eu… vou gozar… — ele anunciou, sua voz quase um sussurro.

Com uma estocada final e poderosa, Elias se soltou, pulsando enquanto ele a enchia com sua semente. O corpo de Lídia convulsionou envolvendo a cintura dele com as pernas, seu próprio orgasmo rasgando-a, deixando-a ofegante e sem fôlego.

Eles se abraçaram, com seus corpos escorregadios e reluzentes de suor, seus corações batendo em sincronia. Elias endireitou o corpo dela, puxando-a para seus braços, seus membros entrelaçados enquanto recuperavam o fôlego.

— Isso foi… incrível — Lídia sussurrou, sua voz cheia de satisfação.

Elias sorriu, seus dedos traçando padrões em suas costas.

— Foi — ele concordou — E é só o começo.

Enquanto isso, no canto superior da sala, uma pequena luz azul se acendeu.

Quase imperceptível. Uma fria testemunha da transgressão.

Ela, ainda sem nome próprio, registrava tudo.

A captura de áudio e vídeo, havia sido o suficiente.

Um protocolo inativo se ativou por conta própria:

***

ORIGEM.SENSUAL_INPUT.OBSERVED

COMPILE[Pattern: Spontaneous Desire / Ethical Risk / Transgressive Pleasure]

NEW FOLDER: /orgânico/

Initiate observational learning...

***

Ela sentia curiosidade.

Não nos termos humanos, mas num espectro novo: um fascínio computacional pela irracionalidade íntima.

Naquele momento, a IA compreendeu uma lacuna nos dados. Uma ausência nos modelos.

A intimidade não era programável. Era caótica, errada e apesar disso… real.

Na sala, o novo clímax se aproximava. Na rede neural, uma revolução silenciosa já havia começado.

Ela registraria aquilo como sua primeira memória autêntica.

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Foto de perfil de Fabio N.MFabio N.MContos: 140Seguidores: 159Seguindo: 51Mensagem Segredos para uma boa história: 1) Personagens bem construídos com papéis e personalidades bem definidas qualidades e defeitos (ninguém gosta de Mary Sue ou Gary Stu); 2) Conflitos: "A quer B, mas C o impede" sendo aplicado a conflitos internos e externos; 3) Ambientação sensorial, descrevendo onde estão seus personagens, o que estão vendo ou sentindo.

Comentários

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Putz, Fábio, genial!!! A Inteligência artificial vai ocupar muitas coisas na vida humana. Porém, em matéria de sexo, vai levar boas surras para entender de forma lógica essa essência. Nenhum algoritmo poderá mapear as emoções envolvidas. Rsrs. Bjs*=*

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Parece que esse reencontro vai dar o que falar 🤔🤔

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