70 – PRECISA-SE MOTORISTA
Respondi a esse anúncio de emprego no mural de um supermercado, em Xangri-lá:
”Precisa-se motorista para carro de passeio, automático. Habilitado e com experiência em direção na cidade e estrada, consciente, cuidadoso e cortês. Pode ser aposentado e deve ter disponibilidade para eventuais pequenas viagens. Salário bom e benefícios”.
Passados três dias, recebi uma ligação de uma mulher chamando para uma “conversa” que eu entendi seria uma entrevista. Mas, não, era realmente uma conversa com a dona Tiblina (chame Tiba, simplesmente) para confirmar sua decisão e conhecer seu novo motorista previamente escolhido. Mais do que um simples motorista, a dona Tiba, digo Tiba, precisava de um assistente pessoal, mas ainda não sabia disso – iria aprender com os dias que se seguiriam.
A dona Tiba, ou melhor, Tiba, era jovem, viúva, aparentando cinquenta e poucos anos, não era alta mas tinha uma aparência agradável, corpo bem formado e muito bem cuidado, curvas acentuadas nos lugares certos, tudo o que o dinheiro podia comprar ela usava para se cuidar, e estava dando certo, na minha opinião; ela pensava diferente, que precisava consertar aqui e ali, renovar mais prá cima, apertar mais prá baixo, tirar, botar, enfim, punha defeitos onde não existia defeito algum ou aumentava os pequenos detalhes que eventualmente existissem. Mania de mulher que nunca precisou se preocupar com o valor do contracheque mensal. Se quebrasse uma unha aproveitava e já queria fazer uma plástica na panturrilha. Há cerca de dois meses, tinha perdido para o câncer o companheiro de uma vida e assumiu a administração do polpudo patrimônio do casal sem nunca ter negociado nem com o gerente do banco onde o casal mantinha sua conta corrente e seus investimentos. Tinha que começar do zero!
Viajou para a casa da filha, na Inglaterra, onde ficou mais de um mês, passeando, e voltou para remontar sua vida em um condomínio no litoral, cerca de um quilômetro de onde eu moro (acho que isso foi preponderante na sua decisão de me escolher). Trocou o mobiliário da casa de quatro suítes e o velho Mercedes por um moderno SUV Territory, da Ford, e resolver tocar a vida pra frente. Me escolheu para o trabalho e começa ... agora mesmo! Ganhei um Argo para me movimentar nas saídas mais simples e para ir para casa no fim do expediente.
O trabalho era simples: conduzir Miss Daisy, digo, dona Tiblina, melhor ainda, Tiba, em suas saídas diárias, acompanhá-la onde quer que fosse, manter os carros rigorosamente limpos e polidos, cuidar da sua manutenção, fazer as compras da casa e estar à disposição durante o dia para alguma eventualidade. Viagens à Porto Alegre eram eventuais, fiz duas no primeiro mês, com retorno no mesmo dia. Quando precisasse ir a São Paulo ou Florianópolis, onde tinha imóveis alugados/arrendados e outros investimentos, eu a levava ao aeroporto, em Porto Alegre e dormia em seu apartamento na torre C do conjunto Solar do Poente, à beira do Guaíba, no 17º andar, 180° de visão. Deslumbrante. Esperava seu vôo e a levava para Xangri-lá de volta para casa. Ganhava o resto do dia de folga.
Com o passar do tempo, percebi mudanças no comportamento da Tiba, aumento de irritação, falta de paciência, ausência de apetite, longas discussões ao telefone até que, um dia, após uma discussão mais acesa, jogou o celular na parede e explodiu em prantos. Fiquei sem saber o que fazer olhando a cena, baixei a cabeça e ia sair da sala.
- Vem cá, chorando, disse, não me deixa sozinha, pediu. Fiquei, fui perto dela e fui abraçado com força pela Tiba chorando, soluçando, lágrimas correndo, apertando a cabeça no meu peito.
- Me dá um abraço, choramingou ela. Usei os dois braços para enlaçar a mulher e apertá-la contra mim, querendo acalmá-la. Seu corpo era quente, sua pele macia e cheirosa; abraço gostoso, para mim, meus sentidos sexuais se alertaram. Tive que afastar um pouco a perna esquerda para ela não sentir os "efeitos do abraço apertado" na dureza do meu pau.
- Relaxa, Tiba, estou aqui ao teu lado, para te cuidar e proteger, não estás sozinha. Foi se acalmando aos poucos até reassumir sua pose de patroa. Agradeceu o ombro e o abraço e me deu o resto do dia de folga.
Quando cheguei, no dia seguinte, ela me levou para o escritório e perguntou se podia contar com minha discreção. Confirmei que sim, era discreto, e ela me contou toda a tragédia com os filhos e com o banco onde estavam os investimentos e perguntou o que eu faria no lugar dela. Conversamos bastante sobre o assunto, explorando minha experiência de administrador e ela gostou muito dos meus conselhos. Decidiu que, dali em diante, eu a acompanharia ao banco e a auxiliaria nos contatos com os gerentes. Depois de duas visitas ao seu banco e tratamento inadequado por parte dos gerentes, sugeri a troca de banco: ela topou na hora!
- Há tempos queria fazer mas era o banco do meu marido pela vida toda e tinha medo de estar desrespeitando sua memória trocando; nunca fui bem tratada lá.
Disse-lhe que não deveria se preocupar com o banco ou seus gerentes, afinal eles trabalharam para seu marido que já não está mais aqui conosco. Daqui para a frente, ela tinha que assumir ambos os papéis e fazer as coisas andarem no seu ritmo, conforme suas orientações e que lhe tragam satisfação pessoal e não desgosto como o que presenciei dias atrás.
- Busca teus passos, teu caminho conforme tuas necessidade e tua intuição, disse eu.
- Farei isso, mas quero que estejas ao meu lado, com teu conhecimento. Vamos trocar de banco agora.
Disse-lhe para pedir uma posição completo dos bens e direitos, ações, investimentos e recursos disponíveis no banco atual e fomos escolher outro banco para trabalhar.
Essas orientações e ações nos aproximaram muito e, nesse momento, Tiba descobriu que precisava de um assistente e que eu não era um mero motorista e, sim, o assessor ou secretário que ela precisava para ajudar a tocar o barco. Meu salário triplicou e passei a viajar com ela nas visitas a São Paulo e Florianópolis, privando mais com a mulher. Óbvio que a governanta da casa não gostou pois a Tiba passava mais tempo comigo do que com ela e passou a valorizar minhas opiniões inclusive no que dizia respeito à organização da casa, cardápio, demissão e contratação de funcionários. Resultado, a governanta pediu demissão. Tiba argumentou, pediu que reconsiderasse mas não adiantou; a governanta foi embora.
- Preciso contratar outra? perguntou Tiba.
- Acho que não, respondi. Com uma cozinheira em tempo integral, uma faxineira e uma camareira/arrumadeira, acho que não é necessário sair correndo para contatar outra governanta. Experimenta sem essa contratação, disse eu, e avalia o resultado passados um ou dois meses.
- Resolvido; vais me assessorar nessa área, também, e ficarei sem governanta, sentenciou a dona da casa.
E assim foi, comigo muito mais tempo dentro de casa e perto da Tiba e muito mais participativo nos assuntos da casa. Aos poucos, ela foi dependendo cada vez mais de minha opinião e da minha presença e não decidia mais nada sobre o patrimônio e investimentos sem pedir minha opinião; eu opinava e justificava a opinião. Discutíamos abertamente e, na maioria da vezes, ela aceitava minha sugestão. Sua dependência só aumentava e cresceu ainda mais depois que fiz um churrasco para ela e um casal de amigos que chegou da Europa e foi visitá-la de surpresa. A cozinheira já tinha ido embora e as possibilidades de jantar ficaram restritas a pedidos por telefone ou ... “que tal uma picanha na brasa com uma salada de maionese”? perguntei.
- Tu assas? perguntou a Tiba ... e assei uma das melhores picanhas da minha vida. Os convivas adoraram e juraram voltar para outra.
De motorista contratado a assistente administrativo, depois consultor financeiro e agora assador mor, foi uma evolução e tanto num curto espaço de tempo.
Com a proximidade do verão, as visitas para a Tiba aumentavam de frequência e, cada vez mais, ela queria fazer churrasco. Isso fez com que eu começasse a dormir na casa dela sempre que tinha viagem no dia seguinte, cedo, ou quando tinha churrasco com convidados já que a noitada entrava madrugada a dentro. Comecei a privar intensamente com a Tiba, inclusive participando da mesa do churrasco quando o grupo era pequeno. Bebia comportadamente e me mantinha, com algum sacrifício, sóbrio. Tiba bebia em demasia e eu dizia isso a ela, discretamente, para não ser flagrado pelos convidados, mas ela não me atendia nem me dava ouvidos.
Uma noite, após a saída dos últimos convidados a Tiba me chamou para tomar a última dose de uísque.
- Tiba, bebeste demais essa noite, não chega por hoje? perguntei, quase impondo a lei seca pelo resto da noite.
- Não, quero mais um pouco daquele Blue.
Depois de muita insistência dela, servi mais uma dose do uísque 21 anos e ficamos conversando amenidades enquanto a arrumadeira completava a limpeza da cozinha e se despedia.
- Boa noite, eu disse, e a arrumadeira estava saindo.
Virei para o lado e a Tiba estava dormindo sentada com o copo de Blue na mão... Tirei o copo e o depositei na mesa de apoio e tentei acordá-la, sem sucesso. Peguei-a no colo e a levei até seu quarto. Deitei-a em sua cama, suavemente, e ia tapá-la com uma coberta quando ela resmungou:
- Não quero dormir de roupa ... minha camisola ...
Sentei-a na cama e fui procurar a camisola. Que missão! Achar uma camisola naquelas dezenas de gavetas do closet era impossível de cumprir num tempo rápido.
- Na segunda gaveta no armário do centro, disse ela, balbuciando.
Achei e levei até ela que havia deitado novamente, já sem a blusa e o sutiã, mostrando seus lindos seios com as marcas de sol de piscina definindo o contorno do biquíni.
- Me ajuda a trocar de roupa, vem logo, resmungou a Tiba, completamente entregue ao álcool do Johnnie Walker 21 anos e sem ter noção do que estava fazendo.
Soltei o cós de sua calça jeans justa e puxei a calça pelas pernas para poder colocá-la na cama, arrastando um pouco a calcinha para baixo, chegando a mostrar o peitinho do púbis e o começo dos beicinhos da vagina. Recoloquei a calcinha lilás rendada no devido lugar. A mulher estava deitada naquela cama gigante só de calcinha e eu só olhando ... Era uma bela mulher com um belo corpo, atraente, voluptuoso, desejável: seios fartos e firmes, coxas roliças, quadris levemente salientes projetando nádegas fortes e polpudas e um triângulo de Vênus, no mínimo, exuberante. Meu pau subiu como um foguete arrancando 2 ou 3 pentelhos que estavam presos entre a cabeça e o prepúcio. Precisei exercitar todo o meu auto controle para não aproveitar aquele momento de completa prostração da mulher: não teria prazer, disse para mim mesmo. Mas, isso não impediu a tremenda ereção que tive ao ver aquele corpo quase completamente nu e à disposição. Ofereci-lhe a camisola mas ela voltara a dormir. Peguei-a pelos braços e a sentei na cama tendo contato direto com a pele do seu corpo, segurando suas costas e meus braços raspando nas laterais de seus seios brancos e macios. Desajeitadamente, sentei na cama a seu lado e a vesti com a camisola. Sua cabeça pendeu e encontrou apoio no meu peito, aumentando minha tesão e desejo! Mantive-me firme e a deitei de lado e cobri com um cobertor leve. Reduzi a luz do abajur ao mínimo, regulei o ar e saí do quarto, deixando-a dormir.
Fui para o meu quarto eventual, era uma suíte de hóspedes que usava quando passava a noite na casa dela. Ficou difícil dormir com a imagem da Tiba nua na minha frente, completamente entregue e fui aliviar minha tensão no banheiro, descarregando no vaso uma carga de porra quente, no orgasmo da bronha, sexo manual, punheta, masturba ... Relaxei um pouco e dormi o sonho dos leais; frustrado, mas orgulhoso de mim.
Pela manhã, acordei cedo e fui às compras. Quando retornei, perto das onze horas, a Tiba estava me esperando no escritório.
- O que aconteceu, ontem? perguntou, secamente.
- Você bebeu demais e desmaiou de sono, respondi.
- Como fui parar na cama?
- Te carreguei e coloquei na cama.
- Como troquei de roupa?
- Ajudei, você pediu a camisola e disse que estava na segunda gaveta do armário do meio, disse, meio encabulado com as perguntas diretas.
- E, depois, o que aconteceu?
- Fechei a porta e fui dormir no meu quarto.
- Você me viu nua? perguntou diretamente.
Fiz silêncio demorado ...
- Viu?
- Sim, vi a senhora só de calcinha, respondi, novamente encabulado.
- Obrigado, era isso que precisava saber. Esse assunto é sério: isso nunca mais vai se repetir! determinou ela.
- Entendi perfeitamente, respondi. Recolhi minhas expectativas e a ansiedade e, com isso, o calor humano que dedicava a ela também diminuiu, o “algo a mais” do empregado teve que ser reduzido à metade por força das circunstâncias, por conta da bebedeira e nudez da patroa e seu constrangimento. Pensei “não beba tanto e não perca os sentidos e isso não se repete”, mas fiquei calado, desconfortável. Achei que perderia meu emprego, ironicamente, por tê-la ajudado num momento delicado. Só que não aconteceu. Ela mostrou-se madura, consciente de suas necessidades e, principalmente, da minha utilidade na casa. Essa frieza passará, passará, ... Ganhei mais confiança da Tiba! Na semana seguinte, fizemos 3 churrascos.
Mas eu continuava na defesa, recolhido na armadura e com elmo fechado, como se estivesse indo para uma batalha medieval. A Tiba me cobrou esse afastamento, esse distanciamento que estabeleci nas nossas relações diárias na casa não aceitando minha decisão de ficar “mais frio” do que antes do evento da nudez.
- Não me conformo que você tenha se afastado, disse ela, não há motivos para isso, completou. Aí eu explodi, reclamando:
- Tudo está acontecendo porque eu a ajudei: avisei sobre a bebida, sobre o excesso de bebida, fiquei com a senhora até mais tarde, esperando que a embriaguez passasse, mas não adiantou. A carreguei no colo para a cama, busquei sua roupa de dormir, ajudei-a a se desnudar e a vestir, a senhora dormiu abraçada a mim e, lutando comigo mesmo e com a minha tentação, a coloquei para dormir em segurança. Fiz tudo isso sem tocar um dedo sequer que não fosse necessário para despi-la ou vesti-la. Cobri-a, reduzi a luz do abajur, fechei a porta e fui para o meu quarto remoer o que tinha visto e acontecido!
Ela levantou-se da poltrona, aproximou-se de mim, me abraçou fortemente e me deu um beijo na bochecha, dizendo:
- Sei quanto me respeitou e te considero ainda mais do que antes pela tua atitude, lisura de comportamento e honestidade, mas quero o meu assistente de volta com toda a alma voltada para suas atividades, com todo o empenho e dedicação a mim que demonstrastes desde o dia em que brigamos com o banco e decidimos mudar o rumo das negociações. Aquele é o Carlos que eu quero, não esse frio e distante que apenas responde laconicamente as minhas perguntas: quero de volta o que opina, sugere, briga comigo por suas ideias, recomenda, atalha assuntos mesmo sem convite quando pressente ou pressupõe algo desagradável mais adiante. Esse eu quero! Afastei meu rosto do dela, olhei firme em seus olhos por longos segundos e devolvi o beijo na bochecha, concordando com a nova ordem e a abracei, firmemente, com o corpo inteiro colado nela, sentindo-a e deixando que ela sentisse o calor de nossos corpos juntos e a tesão que eu sentia moldada no meu pau, já duro. Ficamos alguns segundos colados até que ela, num gesto brusco, afastou-se com a cabeça baixa, virou de costas e iniciou outro assunto qualquer, sem sentido naquele momento. Ela sentiu a pressão da minha virilha.
E a vida seguiu seu curso normal, inexorável, dia após dia, noite após noite com as relações se intensificando e aprofundando. Eu já passava mais noites na mansão para agradar Tiba, assar, planejar ações positivas para os investimentos ou, simplesmente, bebericar e bater papos à beira da piscina sob o luar. Conversávamos sobre filhos, carros, hotéis e viagens (eu mais ouvia do que falava), comidas. Mais de uma vez fui fazer picadinhos de presunto e queijo, picles e ovos de codorna ou canapés com patês para mastigar algo enquanto bebíamos. Tarde da noite, já madrugada alta, cada um para seu quarto, dormir e roncar.
Mas nossas relações afetivas já estavam alteradas! Havia meses trabalhando e acompanhando Tiba para todos os lugares e ela não se relacionara com homem algum nesse período, não por falta de pretendentes – ela era um prato cheio, rica, bonita e gostosa – mas porque ela rechaçava qualquer tentativa de aproximação. Mas ela também tinha necessidades físicas, emocionais ... e sexuais. E o único homem que “chegava mais perto” era ... EU!
E cheguei! Foi numa quinta- feira que assei um churrasco para três amigas da Tiba, todas jovens e bonitas, duas loiras e uma ruiva. Comeram, beberam bastante, contaram estórias e histórias passadas, riram a valer, e passaram a elogiar o assado ... e o assador. A ruiva era a mais entusiasmada nos elogios, chegou a levantar e ir beijar o assador no rosto para agradecer a carne servida. Sua expressão não deixava dúvidas; estava disposta a ir mais longe, bem mais longe e, prestei atenção, a Tiba não gostou. Não falou nada mas deu um jeito sutil de abreviar a visita das amigas e veio ter comigo na churrasqueira depois que elas foram embora. Estava na pia lavando os espetos quando senti dois braços me enlaçando pelas costas.
- Assanhada a Elisa, não? Se atirou nos teus braços ...
- Não, Tiba, só ganhei um beijo de agradecimento, respondi, mentindo.
- Porque não pediste mais; se tivesses pedido qualquer coisa terias levado ela para a cama!
E a conversa continuou sobre o ruiva, eu lavando os espetos e a Tiba abraçada na minhas costas.
- Não vais largar esses espetos? São mais importantes do que eu? perguntou.
- Jamais, respondi, lavando as mãos na torneira e secando com uma toalha. Nada é!
Com ela ainda abraçada em mim, virei-me para ela e fitei firme seus olhos ... e sua boca... o beijo foi instantâneo, imediato, mágico e terrivelmente gostoso. Nossos lábios estavam sequiosos pelo beijo, há tempos, mas faltava coragem de qualquer dos dois para o primeiro passo. Precisou sua amiga ruiva vir atiçar seu ciúme para ela se convencer do que queria, e queria naquela hora mesmo! Aquele foi um beijo ardente, lambido, babado, nossas línguas se entrelaçaram como as trepadeiras se agarram às estacas de sustentação, entravam e saiam da boca do outro como se conhecem esses caminhos como ninguém mais. Beijei e lambi seu pescoço e ombro enquanto as mãos tateavam suas carnes, esfregavam e acariciavam seu corpo todo, as costas, ancas, carnes firmes e macias da mulher ... quando Tiba, num golpe único e rápido, trouxe para a frente sua mão direita que me abraçava e açambarcou meu caralho já ereto, duro, pronto para a ação. Foi como tudo começou...
Sentei-a na mesa de churrasco e encaixei meu corpo entre suas pernas. Apertei-a contra mim e a beijei apaixonadamente. Minhas mãos entraram por baixo de sua blusa e acariciaram seus seios firmes e sedosos ao toque. Ela apertava minha cabeça pela nuca, pressionando mais meus lábios nos dela ... desabotoou a blusa, botão por botão e a deixou cair. Desabotoou a minha camisa, do mesmo jeito, e a jogou na cadeira. Jogou suas costas para trás deitando na mesa onde tínhamos comido carne, há pouco, e eu comeria mais carne, logo logo ... Ergueu os quadris para tirar seu jeans e a calcinha, mostrando para mim, pela primeira vez, seu corpo nu por inteiro, apenas com uma fileira de pelos encaracolados no meio do púbis como que a apontar o caminho da cova quente, da gruta do prazer, da caverna úmida onde os homens perdem a cabeça, a noção do tempo e se atolam por minutos, horas ou, muitas vezes, por uma vida inteira. Foi onde depositei minha língua. A mulher deu um grito quando a ponta da língua alcançou seu clitóris e começou a remexer; puxou minha cabeça com as duas mãos, pela nuca, apertando meus lábios e língua sobre sua buceta e clitóris, bem no ponto indicado pela fileira de pelinhos encaracolados do púbis. A boca sugava o grelo da Tiba e intercalava arremetidas da língua buceta a dentro, grandes lábios, pequenos lábio intumescidos e lubrificados com néctar de prazer, melzinho da volúpia, óleo essencial de vida... A mulher sacudia seu corpo e gemia pedidos de “me come, me fode, vamos lá, me fode logo” e eu caprichando na atividade de preparação da foda, aumentando a intensidade das carícias sem penetrar nada na xota aberta deixando Tiba em desespero por um pau no meio das pernas. Soltei meu cinto e abri o cós das calças, chutando-as para longe enquanto me desvencilhava da cueca que teimava em ficar presa na verga dura virado para cima. Virei a mulher de bruços e apliquei-lhe um beijo grego, lambendo e penetrando aquele cuzinho apertado com a língua nervosa, dura e ardente; Tiba ajoelhou-se na mesa oferecendo a bunda escancarada para a minha boca enquanto meus dedos manuseavam a entrada da xota. Peguei a mulher no colo e a levei para o seu quarto, onde a tinha visto quase nua, semanas atrás. Sentei-a em sua cama, agora completamente nua, e me preparava para deitar quando senti uma coisa quente envolvendo meu caralho: ela tinha abocanhado meu pau e o chupava gulosamente.
- Aaahhahhh, que delícia! Isso, chupa mais fundo, enterra meu pau na tua boca, assim, lambe, chupa ... suga esse pênis que logo vai romper tua última barreira de puritanismo, aquele que vai acabar com a tua penitência, a abstinência sexual, a ausência de um macho te fodendo por prazer!
Deitei-a na cama, de costas, com as pernas para fora do colchão; peguei suas pernas pelos tornozelos, ergui seus pés até a altura dos meus ombros e apontei o caralho para a buceta escancarada para mim. Tiba se contorcia de tesão e desejo com a iminência da penetração... meu pau encostava na entrada da buceta e forçava a entrada da cabeça, depois se esfregava no clitóris voltando a forçar a entrada da xota molhada e esfregava o grelo, novamente. A mulher me puxava para enterrar o pau e pedia com os olhos o fim de sua abstinência e eu só esfregava o pau na entrada da gruta do prazer e não o enterrava, como a fêmea queria; quando a senti completamente estimulada e preparada para receber – e dar – prazer, deitei-a completamente sobre a cama e deitei em cima dela, de corpo inteiro, desde a cabeça até os pés, tudo encaixadinho nos devidos lugares. Apenas o pau ainda não tinha entrado, para desespero da excitada Tiba. Exercitei o movimento de entrar e sair da buceta com metade do pau, ficando mais tempo fora da caverna do que dentro. Porém, quando fui repetir o falso movimento e penetrei a cabeça do membro, Tiba arqueou os quadris de um todo enterrando o caralho inteiro em sua vagina e deu um berro de prazer com a chegada imediata do orgasmo pendente há meses no seu corpo e trançou suas pernas em torno das minhas para não permitir que eu escapasse – nem eu queria – no momento que em derramei um mar de porra quente nas entranhas da mulher que ainda não parara de gozar.
Deitei-a de lado sobre a perna esquerda e ergui a outra abrindo a virilha para escolher o buraco que ia penetrar. Molhei o dedo indicador da mão esquerda no vaso gotejante de sua buceta e lambuzei seu cu com o molho lubrificante ... fiquei brincando enterrando a ponta do dedo no cu da Tiba e a cabeça do caralho na buceta escancarada. Escolhi o destino do pau, baixei a perna direita e dobrei seu joelho um pouquinho para os canais ficarem mais à vontade, na reta para uma entrada mais fácil e prazerosa, delicada, sem agressividade e, com o gel em quantidade, mais escorregadia. E lá foi o caralho buscar o rabo da Tiba, aquele cuzinho apertado que eu havia lubrificado com tanto carinho, primeiro com os lábios e a língua úmida de saliva, depois com um ou dois dedos encharcados com gel visitando a porta do ânus, entrando e saindo para relaxar o porteiro exigente, firme e duro que precisa ser trabalhado carinhosamente para permitir entrada para o salão de festas. Cu liberando a pressão, a entrada inicia num movimento de vaivém constante para o embalo ser útil e a penetração acontecer lentamente, sem exageros nem atropelos. Tirei o pau do cu e usei mais gel, lambuzei tudo sem parcimônia e recoloquei a cabeça no altar sagrado das práticas mundanas e da luxúria das profundezas satânicas. A volúpia da posição toma conta da Tiba que arrebita mais seu rabo para que o membro visitante penetre mais e mais e escolhe outra posição: a de cadela. Fica de quatro e dobra os joelhos para permitir a abertura máxima do reto e a penetração máxima do caralho que a possuía, e foi o que aconteceu; enterrei o cacete duro na bunda da mulher que gemeu de prazer. Em movimento ritmado, fui entrando e saindo do cu sempre entrando um pouquinho mais até que, separando suas nádegas, enterrei todo o pau na bunda, dei mais três ou quatro estocadas fortes e sua respiração apressada transformou-se num gemido como um uivo da loba que estava prestes a gozar e num grito de prazer intenso, acompanhado de um frêmito em todo o corpo: era o orgasmo intenso chegando junto com a explosão de porra quente que invadiu seu rabo e encheu os espaços disponíveis com leite fervente. Aaahhhh!
Deitamos lado a lado, abraçados, saciados e satisfeitos, e dormimos.