Depois de uma noite tão intensa, decidi tomar um banho para tentar acalmar a mente e lavar o peso dos eventos que ainda giravam em minha cabeça. A água quente escorreu pelo meu corpo, levando consigo o suor da festa, mas não o calor que ainda pulsava dentro de mim. Saí do banheiro, vestindo apenas uma cueca boxer preta que abraçava minha pele, e me deitei na cama, o silêncio da casa contrastando com o caos da festa. O cansaço pesava em meus músculos, mas minha mente estava inquieta, repleta de imagens — Safira com Rafa, Helena em meus braços na sala trancada. Fechei os olhos, tentando encontrar paz, quando ouvi o som suave da porta se abrindo.
Abri os olhos e lá estava ela — Helena, minha mãe, parada no limiar da porta. Ela vestia uma camisola deslumbrante, um tecido leve e transparente em tons de vermelho escuro que caía como uma segunda pele sobre seu corpo. O decote profundo revelava o contorno generoso de seus seios, e a barra subia ligeiramente, deixando à mostra suas coxas torneadas. O cabelo castanho, solto e levemente úmido do banho, emoldurava seu rosto, e seus olhos brilhavam com uma mistura de desejo e hesitação. Ela fechou a porta atrás de si com um movimento delicado e avançou, a voz baixa e carregada de emoção.
— Seu pai está dormindo… será que eu poderia ficar aqui com você? — perguntou, quase num sussurro, como se temesse quebrar o encanto daquele momento.
Não respondi com palavras. Meu coração disparou, e um calor imediato subiu pelo meu corpo. Acenei com a cabeça, e ela se aproximou, deslizando para a cama ao meu lado. O colchão afundou levemente com seu peso, e o perfume floral dela invadiu meus sentidos. Antes que pudesse pensar, inclinei-me e nossos lábios se encontraram em um beijo faminto, carregado de um tesão que não podíamos mais reprimir. Nossas bocas se abriram, línguas se entrelaçando em uma dança urgente, o sabor dela — um misto de menta e desejo — me deixando ainda mais excitado.
Minhas mãos começaram a explorar seu corpo, deslizando pela seda da camisola. Passei os dedos por suas costas, sentindo a curva delicada da espinha, e desci até seus quadris, apertando-a contra mim. Ela gemeu contra meus lábios, o som vibrando em minha boca, e isso só me incentivou. Levantei a camisola lentamente, revelando a pele macia de sua barriga e os seios fartos que se erguiam com cada respiração. Inclinei-me, tomando um de seus mamilos na boca, chupando-o com avidez. A pele era quente e suave, o bico endurecendo sob minha língua enquanto eu o lambia e sugava, arrancando gemidos mais altos dela. Passei para o outro seio, repetindo o movimento, meus dentes roçando levemente, e ela arqueou as costas, entregando-se ao prazer.
— Cauã… eu não aguento mais… — sussurrou ela, a voz rouca de desejo. — Quero você dentro de mim. Agora.
Aquela súplica foi como um gatilho. Sem hesitar, puxei a cueca para baixo, liberando minha ereção pulsante, já latejando de antecipação. Ajudei-a a tirar a camisola completamente, jogando-a ao chão, e ela ficou nua diante de mim, a luz fraca do quarto destacando cada curva de seu corpo escultural. Seus olhos encontraram os meus, brilhando com uma mistura de paixão e urgência. Deitei-a de costas na cama, abrindo suas coxas com as mãos, e admirei sua intimidade — úmida, rosada, pronta para mim.
Posicionei-me entre suas pernas, segurando meu membro e guiando-o até ela. Com um movimento firme, penetrei-a, sentindo o calor apertado de seu interior me envolver completamente. Helena soltou um gemido longo e profundo, as unhas cravando-se em meus ombros enquanto eu começava a me mover. As estocadas eram lentas no início, cada uma permitindo que eu sentisse cada centímetro dela, mas logo o ritmo aumentou, tornando-se mais selvagem, mais desesperado. O som dos nossos corpos se chocando preenchia o quarto, misturado aos gemidos dela e aos meus grunhidos roucos.
Minhas mãos seguraram seus quadris, levantando-os para penetrá-la mais fundo. Ela enroscou as pernas ao meu redor, puxando-me ainda mais para dentro, e seu corpo tremia com cada investida. Passei uma mão para seu clitóris, esfregando-o em círculos enquanto continuava a me mover, e ela arqueou as costas, o prazer a consumindo. Seus seios balançavam com o ritmo, e eu me inclinei para chupá-los novamente, mordiscando levemente, o que a fez gritar meu nome.
— Cauã… mais forte… por favor… — implorou ela, e eu obedeci, aumentando a força e a velocidade das estocadas. O colchão rangia sob nós, e o suor escorria por nossas peles, misturando-se em um calor febril. Senti o clímax se aproximando, uma onda que me percorria desde a base da espinha, e pelo jeito como ela apertava meu membro, sabia que ela também estava perto.
Com um último impulso profundo, gozei dentro dela, o prazer explodindo em ondas quentes enquanto meu corpo tremia. Helena alcançou o orgasmo quase ao mesmo tempo, o corpo convulsionando sob mim, um grito abafado escapando de seus lábios enquanto suas paredes internas me apertavam com força. Ficamos assim por um momento, ofegantes, nossos corpos colados, o silêncio do quarto preenchido apenas pelo som das nossas respirações.
Lentamente, saí dela, e ela se aconchegou ao meu lado, a camisola ainda no chão, o corpo nu pressionado contra o meu. Seus dedos traçaram círculos em meu peito, e ela me olhou com uma ternura misturada com algo mais sombrio.
— Isso não pode se repetir, Cauã… — murmurou, mas o tom de sua voz sugeria que nem ela acreditava nisso.
Apoiei a cabeça no travesseiro, sentindo o peso daquelas palavras, mas também a promessa silenciosa de que aquele segredo nos uniria ainda mais.
Depois daquele momento intenso, Helena permaneceu ao meu lado por um tempo, o calor de seu corpo ainda ecoando contra o meu. Ficamos em silêncio, o peso do que havíamos compartilhado pairando no ar como uma nuvem densa. Seus dedos continuavam a traçar linhas suaves em meu peito, e por um instante, parecia que nenhum de nós queria quebrar aquele vínculo. Mas então, com um suspiro quase inaudível, ela se levantou, pegando a camisola do chão e vestindo-a com movimentos lentos e graciosos. Aproximou-se da cama, inclinou-se e me deu um beijo suave nos lábios — um toque terno, mas carregado de uma promessa silenciosa.
— Boa noite, meu querido — sussurrou ela, a voz baixa, antes de se virar e sair do quarto, fechando a porta atrás de si com delicadeza. O som do clique me deixou sozinho com meus pensamentos, a mente girando entre o prazer proibido que acabara de viver e a estranha teia de segredos que se formava em nossa casa.
Deitei-me novamente, os olhos fixos no teto, tentando processar tudo. O cansaço começava a pesar, mas uma sede insistente me fez levantar. Caminhei até a cozinha em silêncio, os pés descalços contra o chão frio, e peguei um copo d’água. Enquanto bebia, um som baixo e ritmado chamou minha atenção — gemidos abafados que vinham do corredor. Meu coração deu um salto, e a curiosidade, mais uma vez, tomou conta de mim. Deixei o copo na pia e me dirigi ao quarto de hóspedes, onde Júlia e Ícaro estavam.
Chegando perto da porta, abri-a apenas uma fresta, o suficiente para espiar sem ser notado. O que vi me deixou paralisado, o copo esquecido, a respiração presa na garganta. A cena diante de meus olhos era tão inesperada quanto erótica. Ícaro, ainda vestindo apenas uma calcinha preta rendada e um sutiã combinando, estava de pé atrás de Júlia. A luz fraca do abajur lançava sombras suaves sobre seus corpos, destacando as curvas que ele havia moldado com tanto cuidado sob a persona de Safira. Júlia, de quatro na cama, o corpo arqueado, gemia alto, o rosto enterrado nos lençóis enquanto Ícaro a penetrava com movimentos firmes e rítmicos.
A visão era hipnotizante — duas figuras lindas, entregues a um desejo cru e apaixonado. Ícaro, com os cabelos loiros caindo em ondas sobre os ombros, movia os quadris com uma confiança que contrastava com a timidez que eu conhecia dele. Suas mãos seguravam os quadris de Júlia com possessividade. Júlia, por sua vez, era um espetáculo de sensualidade — o corpo esguio coberto apenas por uma calcinha que havia sido puxada para o lado, a pele brilhando com um leve suor, os gemidos escapando em ondas que enchiam o quarto.
Fiquei ali, escondido, o coração batendo forte, os olhos grudados naquelas duas figuras que se moviam em sintonia. O som dos corpos se chocando, os gemidos de Júlia misturando-se aos suspiros controlados de Ícaro, criava uma sinfonia erótica que me deixou atordoado. Vi Júlia alcançar o clímax, o corpo tremendo enquanto agarrava os lençóis, um grito abafado escapando de sua garganta. Ícaro desacelerou, acariciando as costas de Júlia com uma ternura surpreendente antes de se inclinar para beijá-la nos ombros.
Não consegui ficar mais tempo. O choque e a excitação me fizeram recuar, fechando a porta silenciosamente. Caminhei de volta para meu quarto, a mente um caos. Deitei-me novamente, o corpo tenso, tentando processar mais um segredo que se revelava naquela noite insana. O som dos gemidos ainda ecoava em minha cabeça, misturando-se às memórias de Helena e à imagem de Ícaro com Rafa. Demorou um tempo, mas o cansaço finalmente venceu, e eu adormeci, carregando os fragmentos de uma noite que mudaria tudo entre nós.
O domingo amanheceu com um sol brilhante invadindo a casa, os raios quentes cortando as cortinas e trazendo uma sensação de leveza que contrastava com a intensidade da noite anterior. Meu pai, como de costume, já havia saído cedo para seu jogo de golfe, deixando a casa silenciosa e livre até a noite. Levantei-me ainda grogue, o corpo carregando as memórias do que havia acontecido com Helena e o choque da cena entre Ícaro, como Safira, e Júlia. Vesti um short leve e uma camiseta, sentindo a ereção matinal pulsar, e desci para a cozinha.
Lá estava minha mãe, Helena, de pé junto ao fogão, preparando café. Ela ainda usava a camisola vermelha e transparente da noite anterior, o tecido abraçando suas curvas de forma quase pecaminosa sob a luz do sol. O aroma do café fresco enchia o ar, mas foi a visão dela que me prendeu. Caminhei silenciosamente até ela, movido por um desejo que não conseguia reprimir. Encostei-me por trás, minha ereção pressionando contra suas nádegas, e comecei a beijar seu pescoço, os lábios roçando a pele macia enquanto inalava seu perfume floral.
— Bom dia, minha linda — murmurei, a voz rouca de sono e tesão.
Ela virou a cabeça ligeiramente, um sorriso travesso nos lábios. — Bom dia, meu amor — respondeu, a voz suave, mas carregada de cumplicidade.
Sem esperar, virei-a para mim, nossos olhos se encontrando por um instante antes que nossas bocas colidissem em um beijo apaixonado. Nossas línguas dançaram com urgência, o calor de nossos corpos se misturando enquanto minhas mãos deslizavam por suas costas, puxando-a mais para mim. Com um movimento rápido, levantei-a, sentando-a na borda da pia da cozinha. Ela abriu as pernas, a camisola subindo e revelando que não usava nada por baixo. O desejo era avassalador. Posicionei-me entre suas coxas, abaixei o short apenas o suficiente e a penetrei com uma estocada firme, sentindo seu calor úmido me envolver completamente.
Helena soltou um gemido abafado, as mãos agarrando meus ombros enquanto eu começava a me mover, o ritmo acelerando rapidamente. A pia rangia levemente sob nosso peso, e o som dos nossos corpos se chocando misturava-se aos suspiros dela. Meus dedos apertaram seus quadris, e ela inclinou a cabeça para trás, expondo o pescoço, que beijei e mordisquei enquanto a penetrava com mais força. O prazer crescia rápido, uma onda incontrolável, e quando senti suas paredes internas se contraírem ao redor de mim, soube que ela estava no limite. Gozamos juntos, eu com um grunhido baixo, ela com um grito abafado, nossos corpos tremendo em uníssono enquanto o êxtase nos atravessava.
Por um momento, ficamos ali, ofegantes, minha testa apoiada na dela. Ela riu baixinho, um som que misturava satisfação e incredulidade, e me deu um beijo leve antes de descer da pia, ajustando a camisola como se nada tivesse acontecido. O café ficou pronto nesse exato momento, e ela serviu duas xícaras, ainda com um brilho nos olhos. Sentamo-nos à mesa da cozinha, o clima entre nós carregado de uma intimidade proibida, mas confortável.
Logo, ouvimos passos descendo as escadas, e Ícaro — ainda como Safira — e Júlia apareceram. Ambas usavam camisas largas de Ícaro, pegas do armário dele, que caíam como vestidos improvisados. Sob a camisa de Safira, era possível notar o contorno sutil de suas roupas íntimas femininas — a calcinha rendada e o sutiã que ele ainda vestia, mantendo a persona que parecia lhe trazer tanta liberdade. Júlia, com o cabelo bagunçado e um sorriso sonolento, parecia à vontade, alheia ou indiferente ao segredo que eu carregava sobre a noite passada.
— Bom dia, meninas — disse Helena, com um tom maternal que escondia qualquer traço do que acabara de acontecer entre nós. — Dormiram bem?
— Demais — respondeu Júlia, sentando-se e pegando uma xícara de café. Safira apenas sorriu, os olhos brilhando com uma energia que eu não via em Ícaro há muito tempo.
Começamos a conversar sobre a festa, relembrando momentos engraçados e comentando as fantasias exageradas. Safira mencionou o quanto tinha se divertido dançando com Rafa, e Júlia riu, contando sobre um cara que tentou impressioná-la com passos de dança desastrosos. O clima era leve, quase como se os segredos da noite não existissem. Então, Helena bateu palmas, uma ideia iluminando seu rosto.
— Que tal aproveitarmos esse sol maravilhoso? — sugeriu ela, olhando para Safira e Júlia. — Vocês duas podem tomar um sol no quintal, e eu tenho biquínis que posso emprestar. Cauã, que tal fazer um churrasco para o almoço? Só nós quatro, bem tranquilo.
Os olhos de Safira marejaram instantaneamente, a emoção transborda em seu rosto. — Sério, mãe? — perguntou, a voz tremendo de felicidade, como se o simples ato de ser incluída como “uma das meninas” fosse um presente inesperado.
Helena se levantou e foi até ela, colocando as mãos em seus ombros. — Claro, minha filha. Vamos aproveitar o dia juntas — disse, com uma ternura que parecia abraçar a identidade que Ícaro havia escolhido para aquele momento.
A alegria de Safira era palpável, quase contagiante. Ela trocou um olhar com Júlia, que sorriu e assentiu, animada com a ideia. Eu me levantei, ainda sentindo o calor residual do momento com Helena, e concordei em cuidar do churrasco. Enquanto minha mãe levava as duas para escolher os biquínis, fui até o quintal preparar a churrasqueira, a mente girando com a estranha harmonia que se formava entre nós. A casa, agora um palco para nossos segredos, parecia vibrar com uma energia nova — uma mistura de aceitação, desejo e possibilidades que eu ainda não conseguia compreender completamente.