O som da porta do banheiro se fechando atrás de Bruno deixou o ar pesado, como se o calor do sexo ainda estivesse vibrando pelas paredes.
Joana e Marta permaneceram ali, ajoelhadas, as mãos unidas, lambuzadas do gozo dele. Os olhares se cruzaram. Não havia mais vergonha entre elas. Só desejo, cumplicidade… e fome.
— Acha que ele vai chamar a gente de novo? — sussurrou Joana, os dedos deslizando pelo dorso da mão de Marta.
— Se for pra sentir isso de novo… espero que sim. — Marta sorriu, os olhos ainda brilhando.
Sem dizer mais nada, Joana levou os dedos à boca e chupou com gosto. Marta a observou, mordendo os lábios. Aquilo a excitou de novo. Lentamente, Joana pegou a mão de Marta e levou também à boca, passando a língua pelos dedos dela, como se limpasse um doce proibido.
— Nunca imaginei… — Marta murmurou, ofegante.
— Nem eu… — Joana respondeu. — Mas agora… não quero parar.
Se aproximaram. As bocas se encontraram num beijo tímido, lento, cheio de incerteza e tesão acumulado. As línguas se tocaram, explorando o sabor dele misturado ao delas. As mãos percorreram os corpos magros, os seios, as cinturas, e ficaram ali mais alguns minutos, se tocando, gemendo baixinho, dividindo o que ele tinha deixado nelas.
Depois, se vestiram o melhor que puderam. O rosto corado, os cabelos bagunçados.
Desceram as escadas vermelhas como duas meninas que aprontaram, respirando fundo e rindo nervosas.
— Vocês demoraram, hein? — disse Célia, olhando o relógio. — Estava quase indo ver se estavam bem.
— Ah, conversa vai, conversa vem… — Marta disse, ajeitando o cabelo.
— E o banheiro estava meio sujo, então demos uma geral… — Joana completou, rindo.
Célia aceitou, mas olhou as duas com um olhar estranho. Havia algo diferente. O cheiro no ar, talvez. Ou o jeito como sorriam demais.
Pouco tempo depois, elas foram embora.
Célia subiu para o quarto e entrou no banheiro. Ao jogar uma toalha no cesto, viu algo no canto.
Uma calcinha pequena, preta, de renda.
Franziu a testa. Abaixou, pegou com a ponta dos dedos.
— Ué… isso aqui não é meu.
Saiu do banheiro com a peça na mão e encontrou Bruno no corredor.
— Filho… isso aqui é seu?
Bruno olhou rapidamente. Sorriu de canto.
— Nem ideia, mãe. Talvez tenha vindo na roupa de alguma das tias…
— É… deve ser. — Célia respondeu, sem dar muita importância. — Esses encontros de mulherada sempre têm alguma coisa esquecida.
Bruno entrou no quarto com um sorriso discreto. Trancou a porta. O jogo só estava começando. E ele sabia: as vadias dele já estavam viciadas.
Continua.
Senhor D.
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