Pecadoras

Da série Pecadoras
Um conto erótico de Contos do senhor D
Categoria: Grupal
Contém 1778 palavras
Data: 24/05/2025 18:02:34

Pecadoras - Parte 1

Célia era uma mulher admirada na comunidade. Seu rosto suave, de beleza serena, combinava com os longos cabelos castanhos que ela sempre usava presos com um coque discreto. Ela era respeitada na igreja — talvez até temida por alguns — por seu fervor religioso e sua disciplina com tudo que dizia respeito à moral e aos bons costumes.

Ao seu redor, orbitavam três mulheres inseparáveis: Tina, Marta e Joana. As quatro formavam o que muitos chamavam de o "círculo de oração", mas havia muito mais naquela amizade do que apenas fé.

Tina era a mais extrovertida. Magra, com olhos vivos e um jeito espontâneo de falar, fazia questão de ser ouvida. Sempre com roupas longas e sóbrias, como se quisesse apagar o corpo que ainda era firme e tentador.

Joana, ao contrário, era a mais contida. Falava pouco, ouvia muito, e tinha um olhar que parecia carregar segredos. As curvas eram discretas, mas presentes, e seus gestos lentos exalavam uma calma sensual.

Marta, a mais elegante, tinha um jeito mais carinhoso, quase maternal. Usava vestidos que marcavam sutilmente a cintura fina e os quadris que ainda causavam olhares mesmo entre os fiéis. Separada há alguns anos, nunca tocava no assunto — dizia que entregara sua vida a Deus. Mas às vezes, quando sorria, parecia esconder alguma carência.

Bruno cresceu vendo aquelas mulheres em casa. Para ele, eram parte do cenário, como os móveis ou os cheiros de bolo no forno. Mas o tempo passou, e com 19 anos ele agora era um homem. Alto, corpo forte, pele morena e olhar tranquilo. Trabalhava meio período e estudava à noite. Estava em casa em um sábado de manhã, após o ensaio do coral que sua mãe organizava, quando aconteceu algo que mudaria tudo.

As três amigas estavam na cozinha com Célia, ajudando a preparar os lanches para a próxima reunião da igreja. Riam, lembravam histórias antigas, e por alguns minutos Célia saiu para atender uma ligação. Marta aproveitou para buscar algo no banheiro de visitas, que ficava no corredor dos quartos.

Passando em frente ao quarto de Bruno, ouviu o barulho do chuveiro. Não estranhou — ele sempre tomava banho naquela hora. Mas ao chegar perto do banheiro principal, viu que a porta estava entreaberta. Não resistiu à curiosidade inocente de empurrar um pouco, talvez para avisá-lo.

Mas parou no tempo.

Bruno estava de costas, corpo molhado, musculoso, com os braços apoiados na parede. O som da água misturava-se a um leve gemido, quase imperceptível. Marta ficou paralisada. O vapor do banheiro deixava o ambiente ainda mais íntimo. Quando ele virou de lado, ela viu o que a fez perder o fôlego.

O pau dele estava completamente duro. Forte, ereto, com uma veia pulsando ao longo do comprimento. Ele se masturbava com a naturalidade de quem não esperava ser visto. A mão deslizando firme, os olhos fechados, perdido em algum pensamento proibido.

Marta não conseguia se mover. O coração batia tão forte que ela temia ser ouvida. Sentiu algo dentro de si que há anos estava adormecido — um calor entre as pernas, um formigamento no ventre, um desejo tão vivo que chegou a assustá-la.

Ela recuou devagar, quase sem respirar. Voltou para a cozinha tremendo. Ninguém percebeu. Tina falava alto, Joana mexia no chá. Célia ainda não havia voltado.

Mas Marta sentou-se à mesa e ficou em silêncio. O rosto sereno escondia a revolução que acontecia dentro dela. A imagem de Bruno, nu, molhado, se tocando com prazer, não sairia tão cedo da sua cabeça.

Nem do seu corpo.

Marta chegou em casa com as mãos frias e o corpo quente. Cada passo dentro da própria casa parecia mais pesado, como se seus pés estivessem grudando no chão. O portão rangeu como sempre, e ela sentiu um arrepio — não de frio, mas de algo mais profundo, mais íntimo. De culpa, talvez. Ou de antecipação.

Na sala, o cheiro conhecido de cerveja vencida já anunciava o que encontraria: seu marido, Almir, jogado no sofá com a barriga exposta e a respiração ruidosa. Estava deitado de lado, a camisa levantada revelando as dobras que Marta já não tocava fazia meses. A televisão ligada em algum programa antigo, som alto demais, como sempre. Aquela rotina repetida, apática, que ela disfarçava com orações e tarefas da igreja.

Ela passou por ele sem dizer nada, como já era comum. Subiu as escadas devagar, a cabeça ainda presa à cena do banheiro. O vapor, o corpo jovem e másculo, a expressão de prazer nos olhos de Bruno... Aquilo não deveria ter acontecido. Ela não deveria ter olhado. Mas havia olhado. E não apenas olhado — ela desejou. Desejou como uma mulher que ainda sente fome. Desejou como há muito tempo não se permitia desejar.

Fechou a porta do quarto e encostou as costas nela. O silêncio do cômodo contrastava com a tempestade dentro dela. Tirou os sapatos, o vestido, e sentou-se na beira da cama com a lingerie úmida, sem saber se era pelo calor ou pelo desejo. Talvez ambos.

“Meu Deus…” murmurou, como se rezasse.

Mas Deus não estava ouvindo agora.

Marta se deitou, as pernas juntas, os olhos fechados. E ali, no escuro do quarto abafado, ela reviveu cada detalhe. A água escorrendo pelo corpo dele, o som do prazer abafado, a mão firme deslizando pelo pau... E aquela veia pulsante, aquela carne jovem, viva, forte.

Sentiu os mamilos enrijecerem por baixo do sutiã, e a mão desceu quase por instinto. Tocou-se devagar, por cima da calcinha. Um toque sutil, como se ainda lutasse contra o próprio desejo. Mas não havia mais luta.

Deslizou os dedos por dentro da renda, sentindo a pele quente e úmida. Um gemido escapou entre os dentes, leve, contido — diferente dos gritos de fé que ela soltara tantas vezes nas reuniões de oração. A língua entre os lábios, os quadris se movendo num ritmo próprio, enquanto em sua mente, Bruno a tomava por trás naquele mesmo banheiro, segurando sua cintura, a água ainda escorrendo pelos dois, a respiração dele no seu pescoço.

“Bruno…” sussurrou, sem perceber.

Era pecado, sim.

Mas também era a primeira vez que se sentia viva em anos.

Lá embaixo, Almir roncava. Nada naquele homem lhe causava desejo. O cheiro, a presença, o toque pesado — tudo a afastava. Fazia tempo que ela não sentia calor pelo próprio marido. Fazia tempo que não sentia nada. Até hoje.

Ela gozou em silêncio, contraindo as pernas, mordendo os lábios para conter o grito. Quando terminou, chorou. Não de tristeza. Chorou pelo que ainda era capaz de sentir. Pelo que ainda existia dentro dela.

E, pela primeira vez, desejou que o sábado seguinte chegasse logo. Queria vê-lo de novo. Queria muito mais do que apenas olhar.

No sábado seguinte, Marta apareceu diferente.

O vestido justo até demais para o padrão da igreja, embora ainda cobrisse tudo. Os cabelos soltos, levemente ondulados, batendo nos ombros com frescor. Um leve perfume floral. Batom discreto. As unhas feitas. Tudo nela parecia mais... vivo.

Tina comentou, sorrindo:

— Tá se produzindo pra Jesus, Marta?

Ela apenas sorriu, baixando os olhos, tentando disfarçar o rubor nas bochechas. Mas não era pra Jesus. E Bruno, parado na cozinha encostado na geladeira, notou cada detalhe. O jeito como ela evitava olhar pra ele, o leve tremor nas mãos, a calcinha marcando sob o tecido leve do vestido.

Ele também estava diferente. E tinha um plano.

Pouco depois, simulou o mesmo ritual do sábado anterior. Foi ao banheiro, deixando a porta entreaberta. Tirou a camisa devagar, ligou o chuveiro, mas não entrou. Ficou atrás da porta, ouvindo os passos no corredor. Sabia que ela viria.

Marta, dominada por um impulso que mal compreendia, foi até lá. Queria apenas... ver. Confirmar o que vira antes. Sentir de novo aquela emoção que havia a consumido por uma semana inteira.

Empurrou a porta.

Mas dessa vez, ele a esperava.

Bruno a puxou pelo braço com firmeza e fechou a porta atrás dela num estalo rápido. Antes que dissesse qualquer coisa, ele a encostou na parede.

— Veio me espiar de novo, dona Marta?

Ela ficou muda. O coração disparado. O corpo congelado e quente ao mesmo tempo.

— Tá bonita hoje... Veio só rezar? Ou veio me ver? — ele murmurou, os lábios perto do ouvido dela.

— Eu… eu não devia estar aqui…

— Mas tá. — Ele sussurrou, segurando o queixo dela e a olhando nos olhos. — Você quer.

E ela queria.

Ele a beijou. Não foi um beijo tímido. Foi quente, firme, e fez Marta gemer contra a boca dele. A língua dele invadiu a dela com urgência, e ela, sem prática, se entregou, tentando acompanhar.

Bruno deslizou a mão por baixo do vestido e sentiu a calcinha grande, de algodão. Riu baixinho.

— Isso aqui não combina com você. Da próxima vez, usa algo mais bonito pra mim.

Ela corou, envergonhada, mas já incapaz de resistir.

Ele a virou de costas, a empinou sobre a pia do banheiro. Levantou o vestido devagar, expondo a bunda coberta. Desceu a calcinha com força. Marta, trêmula, sentia as pernas falharem. Nunca tinha sido tocada daquele jeito.

Bruno se ajoelhou atrás dela e começou a chupar sua buceta com desejo, fazendo círculos com a língua no clitóris, sugando com firmeza e alternando com beijos molhados. Ela levou a mão à boca pra conter os gemidos, mas o prazer explodia em ondas intensas que ela mal sabia controlar.

— Meu Deus… — sussurrava, como se ainda estivesse presa à fé, mesmo enquanto era profanada.

Quando Bruno se levantou, encostou o pau nela, já duro, e penetrou devagar. Marta sentiu-se invadida como nunca antes. Ele preenchia tudo, e mais. A cada estocada, sua bunda batia contra ele, o som abafado dos corpos se chocando misturado aos gemidos baixos.

Ele puxou seus cabelos, a chamou de gostosa, mandou que rebolasse. E ela... obedeceu.

— Isso... assim. Tinha que ser minha desde a primeira vez.

Ela gozou quase chorando, tremendo, completamente entregue.

Quando terminaram, Bruno a virou e disse:

— Próxima vez, calcinha menor. Vestido mais justo. E passa batom vermelho.

Ela assentiu, submissa, ajeitando-se com vergonha e desejo ainda pulsando entre as pernas.

Mas o que nenhum dos dois percebeu foi a porta da escada aberta.

Joana tinha ido procurá-los. Quando subiu, ouviu barulhos. Aproximou-se em silêncio. Viu tudo. Marta empinada, Bruno metendo nela com força. Ficou parada, com a mão na boca, o coração disparado, os olhos arregalados.

Desceu as escadas quase correndo, os passos trêmulos. O rosto em chamas, o peito apertado. Saiu pela porta da frente com uma desculpa qualquer. Mas aquela imagem estava marcada em sua mente.

E o calor que sentiu... não era só vergonha.

Continua.

Senhor D.

Quer falar sobre as suas aventuras, estou aqui para ler e comentar a sua história.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 9 estrelas.
Incentive Senhor D a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível