Desejos Proibidos - Capítulo 8 - Sombras da Culpa

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Heterossexual
Contém 2270 palavras
Data: 30/04/2025 14:55:58

Acordei com a cabeça latejando, como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. A luz do sol entrava pelas frestas da cortina, queimando meus olhos, e o quarto ainda cheirava a sexo, vodka e maconha. Meu corpo tava pesado, grudado no lençol suado, e o peso da noite passada – o jogo, a Mari de quatro, a Grazi chupando meu pau, a porra nas bocas delas – me esmagava como uma âncora. Caralho, o que eu tinha feito? Minha irmã, porra. E o pior? Meu pau tava meio duro só de lembrar, e a culpa me rasgava por dentro, um nó que não soltava.

Olhei pro lado. Mari tava apagada, o cabelo espalhado no travesseiro, os seios nus subindo e descendo com a respiração lenta. Na outra cama, Grazi tava deitada de bruços, o cobertor só até a cintura, a fio dental preta marcando a bunda. Os fones de ouvido tavam no pescoço, e ela roncava baixo, como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse lambido minha porra enquanto beijava a Mari. Meu estômago embrulhou, e eu levantei rápido, o chão frio contra os pés descalços, precisando sair daquele quarto antes que minha cabeça explodisse.

No corredor, o silêncio da casa era quebrado pelo som de pássaros lá fora e um ronco distante, provavelmente do meu pai, eu pensei. O relógio na sala marcava 11h43. Segunda-feira, o último dia do feriado. Minha mãe tinha dito ontem que a gente ia embora cedo pra não pegar o trânsito da volta, provavelmente logo depois do almoço. Eu não sabia se isso era um alívio ou uma tortura. Voltar pra casa com a Grazi, depois de tudo, ia ser um inferno.

Fui pra varanda, ainda de cueca e camiseta, o ar quente do interior me envolvendo. O sítio tava quieto, o sol brilhando forte no céu, o rio ao longe refletindo a luz como um espelho. Léo tava lá, sentado numa cadeira de plástico, fumando um cigarro – não um baseado, pra variar – e olhando pro horizonte com uma cara de quem não dormiu direito.

— Mano, tu tá vivo? — ele perguntou, rindo, soprando a fumaça pro lado.

— Porra, mal — respondi, me jogando na cadeira ao lado, esfregando os olhos. — Tô com uma ressaca do caralho.

— Normal, aquele jogo ontem foi foda — ele disse, com um sorriso torto, mas sem entrar em detalhes. Era como se ele soubesse que tocar no assunto ia abrir uma porta que ninguém queria abrir.

Ficamos um tempo falando merda – futebol, o calor do interior, o churrasco de ontem que deixou a casa fedendo a gordura. Mas dava pra sentir uma tensão no ar, como se a gente tavasse evitando o elefante na sala. Depois de um silêncio, Léo apagou o cigarro no chão e suspirou, coçando a nuca.

— Mano, tô numa fase foda — ele começou, a voz mais baixa, quase séria. — Tô atrás de uma mina, tipo, um crush daqueles que fode a cabeça, sabe?

Eu levantei a sobrancelha, curioso, mas já com um aperto no peito. Depois do que ouvi na cozinha ontem – ele pedindo um boquete pra Larissa, falando de “saudade da boquinha dela” – eu sabia que isso não era só uma conversa qualquer.

— Quem é? — perguntei, tentando soar casual, mas minha voz saiu tensa.

Ele hesitou, gaguejando, e coçou a barba rala, olhando pro chão.

— É… tipo, uma mina, chama… Ana, tu não conheceu — ele disse, claramente inventando na hora, o rosto ficando vermelho. — A gente tava ficando, mas esfriou, sabe? Ela não quer mais, e eu fico louco, porque, mano, o tesão que eu sinto por ela é foda.

Caralho. Ele tava falando da Larissa, eu sabia. A imagem da porta entreaberta, a voz dele implorando, a Larissa dizendo que “só no jogo”, tava gravada na minha cabeça. Irmãos gêmeos, porra. E eu ali, com a Grazi chupando meu pau na mesma noite. Meu estômago embrulhou, mas meu pau, traiçoeiro, pulsou na cueca só de lembrar. Eu tava tão fodido quanto ele.

— Mano, às vezes é melhor deixar pra lá — falei, vago, tentando não olhar nos olhos dele. — Se esfriou, talvez não role.

— É, mas é foda, sabe? — ele disse, chutando uma pedra no chão. — Tu já sentiu um tesão que não explica? Tipo, sabe que é errado, mas quer mesmo assim?

Eu engoli em seco, o coração disparando. Ele tava falando da Larissa, mas era como se tivesse lido minha mente, como se soubesse da Grazi, da Mari, da porra toda. Não respondi, só balancei a cabeça, e mudamos de assunto, falando de carros, mas a conversa ficou na minha cabeça, pesando como chumbo.

***

Perto das 14h, a casa tava cheia de barulho – panelas na cozinha, risadas, o cheiro de arroz, feijão e carne assada. Minha mãe e meus tios tavam na cozinha, preparando o almoço, rindo alto como se nada estivesse errado. Meu pai tava na varanda, mexendo no celular, e a tia Sônia, mãe do Léo e da Larissa, contava uma história idiota sobre o forró de sábado, enquanto cortava tomates. Tudo parecia tão… normal. Como se ninguém tivesse ouvido os gemidos no quarto, os desafios do jogo, o Léo pedindo um boquete pra irmã. Como se eu não tivesse gozado na boca da minha irmã.

Mari e Grazi tavam na sala, sentadas no sofá, olhando o celular. Mari ria de um meme, o cabelo preso num coque frouxo, o shortinho marcando as coxas, como se a noite passada fosse um sonho. Grazi, de fones no pescoço, top e short, tava quieta, mas ria junto, apontando pra tela. Nenhuma delas olhava pra mim, nenhuma falava do jogo, do quarto, de nada. Era como se eu tivesse imaginado tudo – a língua da Grazi no meu pau, o beijo delas com minha porra, os gemidos da Mari. Minha cabeça girava, e a dor latejava nas têmporas, um martelo batendo sem parar.

— Gabriel, vem comer! — minha mãe gritou da cozinha, e eu arrastei os pés até a mesa, o estômago embrulhado.

O almoço foi um borrão. Todo mundo falando ao mesmo tempo – meu pai zoando o trânsito da volta, a tia Sônia reclamando do calor, o Léo contando uma piada idiota. Mari e Grazi tavam do meu lado, rindo, como se fossem só amigas normais, não duas minas que chuparam meu pau juntas. Eu mal toquei na comida, o garfo tremendo na mão, os pensamentos gritando. Como elas podiam agir assim? Como ninguém percebia a porra que tava acontecendo? E os meus pais, rindo, falando do forró… caralho, o que tava rolando nessa família?

Depois do almoço, a casa ficou quieta. Todo mundo foi tirar um cochilo, o calor do meio-dia pesando como uma manta. Fui pro quarto, mas não conseguia dormir. A imagem da Grazi, a boca vermelha, a porra escorrendo, tava grudada na minha cabeça, e o Léo falando da “Ana” ecoava, misturando com a voz da Larissa dizendo “só no jogo”. Eu tava enlouquecendo.

***

Acordei com a cabeça explodindo, a dor de cabeça pior que antes. O quarto tava vazio – Mari e Grazi tinham sumido, provavelmente na sala ou no rio. Olhei o celular: 16h22. Precisava de um remédio, qualquer coisa pra calar o martelo na minha cabeça. Fui pra cozinha, remexendo nos armários, mas não achei porra nenhuma. Xinguei baixo, o suor escorrendo pela nuca, e decidi perguntar pros meus pais. O quarto deles ficava no corredor, indo para a varanda. Eu ia bater na porta, mas ouvi um barulho que me paralisou. Encostei a orelha na porta, e meu coração disparou. Rangidos, baixos, ritmados, como uma cama balançando. Sussurros, abafados, mas inconfundíveis – gemidos, caralho. Alguém tava transando. Minha cabeça girou, e eu lembrei que meus pais e meus tios tavam no mesmo quarto, dividindo por causa do espaço pequeno do sítio. Não, porra, não podia ser. Era coisa da minha cabeça, tinha que ser. Um deles devia tá com insônia, mexendo na cama, ou era só o canal do sítio, rangendo com o vento. O outro casal devia ter saído, ido pro rio ou sei lá. Balancei a cabeça, tentando me convencer, mas o som não parava, e meu pau, filho da puta, tava ficando duro, mesmo com a culpa me esmagando.

Saí correndo pro corredor, o coração na garganta, e me joguei no sofá da sala, tentando apagar o som, a imagem, tudo. Liguei a TV, o volume baixo, um programa idiota qualquer passando, mas minha cabeça tava longe. O que tava acontecendo com a gente? Primeiro eu e a Grazi, a Mari atiçando, depois o Léo e a Larissa, agora meus pais e tios? Não, porra, eu tava louco, inventando coisa. Mas a dúvida ficava, como um veneno.

Mari apareceu, o cabelo molhado, provavelmente do banho, e se jogou no sofá, as pernas jogadas no meu colo. Ela tava de top e short, o cheiro de sabonete invadindo o ar, e sorriu, como se tudo fosse normal.

— Tá com cara de quem viu um fantasma, amor — ela disse, rindo, mexendo no celular.

— Só dor de cabeça — murmurei, olhando pra TV, tentando não pensar na boca dela na minha porra, na Grazi do lado.

— Relaxa, vai passar — ela disse, se inclinando pra beijar minha bochecha, mas eu me afastei, o corpo tenso.

— Tô de boa — falei, seco, e ela franziu a testa, mas não insistiu.

Minutos depois, a porta do quarto dos meus pais abriu, e eles saíram, junto com a tia Sônia e o tio Ricardo. Todos juntos, rindo, como se tivessem acabado de acordar. Minha mãe ajeitava o cabelo, o rosto vermelho, e meu pai tava com a camisa meio amassada. Minha tia ria alto, falando de café, meu tio bocejou, coçando a barriga. Caralho. Eles tavam todos no quarto. Os rangidos, os sussurros… não era coisa da minha cabeça. Ou era? Minha cabeça girava, a dor latejando mais forte, e eu senti um frio na espinha, a culpa misturando com uma curiosidade doentia. O que tava rolando naquela porra de família?

— Gabriel, tá bem? — minha mãe perguntou, parando na porta da sala, o tom leve, como se nada estivesse errado.

— Tô, só dor de cabeça — respondi, a voz rouca, desviando o olhar.

— Tem remédio na bolsa da Sônia, vou pegar — ela disse, e voltou pro corredor, rindo com a tia.

Eu fiquei parado, o coração disparado, a TV zumbindo ao fundo. Mari me olhou, como se quisesse dizer algo, mas só apertou minha perna e voltou pro celular. Eu tava perdido, afundando num mar de culpa, tesão e dúvida, e não sabia como sair.

***

A volta pra casa foi decidida rápido. Minha mãe queria sair antes do pôr do sol pra evitar o trânsito, e às 17h, a gente tava arrumando as malas. O sítio, que parecia tão vivo ontem, agora era só um peso, um lembrete de tudo que eu queria esquecer. Léo e Larissa tavam quietos, ajudando a carregar o carro, e os pais e tios continuavam rindo, como se o feriado fosse só churrasco e forró. Mari tava animada, cantando uma música idiota enquanto guardava a bolsa, e Grazi… caralho, Grazi tava de fones, como sempre, olhando pela janela, como se eu não existisse.

A viagem foi tranquila. Deixei Mari na casa dos avós dela, a uns 15 minutos da minha casa. Ela me beijou, demorado, a língua roçando a minha, e sussurrou um “te amo” que me fez sentir ainda pior. Eu não merecia isso, não depois do que fiz com a Grazi. Quando voltei pro carro, Grazi tava no banco de trás, deitada, os fones nos ouvidos, o short subindo pelas coxas. Foi aí que vi. Caralho. Ela tava sem calcinha. As pernas abertas, a buceta à mostra, os lábios lisos brilhando na luz fraca do fim de tarde. Meu pau ficou duro na hora, pulsando na calça, e a culpa me bateu como um soco. Minha irmã, porra. Eu tinha gozado na boca dela, e agora tava olhando pra buceta dela, querendo… o quê? Eu tava louco.

— Grazi, fecha as pernas, caralho — murmurei, a voz tremendo, mas ela não ouviu, perdida na música.

Apertei o volante, o coração disparado, e dirigi, os olhos pulando entre a estrada e o retrovisor, onde a buceta dela tava ali, exposta, me torturando. Minha cabeça tava girando – a porra na boca dela, os gemidos da Mari, o Léo e a Larissa, os rangidos no quarto dos meus pais. Não vi o carro na minha frente frear, e pisei no freio tarde, o carro derrapando, os pneus gritando. Grazi acordou com o susto, sentando rápido, os olhos arregalados.

— Mano, que porra foi essa? — ela gritou, tirando os fones, ajeitando o short.

— Nada, porra, relaxa — falei, o coração na garganta, o pau ainda duro, a culpa me esmagando.

Ela resmungou, voltando pros fones, e eu dirigi os últimos minutos em silêncio, a cabeça explodindo. Quando chegamos em casa, Grazi subiu pro quarto dela sem dizer nada, e eu me joguei na cama, o corpo exausto, mas a mente a mil. O feriado tava acabado, mas a loucura não. A Grazi chupando meu pau, a Mari atiçando, o Léo e a Larissa, os rangidos dos meus pais… e aquele comentário da minha mãe, “aproveitar mais”. O que ela quis dizer? E o forró, sempre no interior, nunca na capital. Será que eles tavam… não, porra, não podia ser. Mas a dúvida ficava, como um veneno.

Deitei, olhando pro teto, o quarto escuro, o silêncio pesado. Como eu ia conviver com a Grazi agora? Como ia olhar pra ela sem lembrar da boca dela no meu pau, da porra escorrendo, da buceta dela no banco de trás? Eu tava fodido, preso numa teia que não sabia como desfazer, e o pior? Uma parte de mim não queria.

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Comentários

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O conto ta muito bom, q família é essa?

Os pais fazem troca de casal, será?

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Não tô conseguindo ler o 7.

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Abre em navegação anônima que dá certo.

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Just Sad, eu só te peço uma coisa: nos dá a visão da Mari sobre o fatos! E se não for pedir muito, a visão da Grazi. Mas a série está demais!!

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Não quero ler este sem ler o 7. E o link está com erro

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Eu havia publicado o 7 antes do 6 sem querer e tentei corrigir, mas o site está com algum problema. Estou tentando corrigir.

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