Agradeço a todos pelos comentários, se continuo postando minha história é porque vocês me incentivam muito, agradeço a todos.
Bem vamos ao conto.
Peguei a caixinha da mão de minha mãe, abri e tive uma grande surpresa, ou melhor, duas surpresas.
Na caixinha tinha uma corrente de prata com uma linda medalhinha de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – tah não eram alianças até mesmo porque seria muito cedo- as duas surpresas foram: primeiro o presente do Rodrigo que pela nossa história poderia ser até uma bomba, lembrando que ele comprou esse presente antes da inesquecível noite de amor e luxúria hahahhahah, então eu poderia esperar tudo menos um presente sério, segundo, como ele descobriu que sou devoto de Nossa Senhora, se nem para a minha família eu contei.
Explicando, a escola onde fui fazer a prova era perto dessa igreja, então pedi que ela intercedesse por mim e se eu conseguisse passar me tornaria um devoto, fui o segundo colocado no curso hehehh, bem, paguei as promessas que fiz alguns meses depois porque ... sei lá o porquê.
Achei curioso o fato, mas não dei tanta bola no momento.
Alguns dias se passaram, foi quando percebi que agora eu tinha um motivo real para conseguir o número de celular dele, tinha que agradecê-lo pelo presente, liguei para o Matheus e perguntei a ele se tinha o número do Rodrigo, explicando que precisava apenas agradecer pelo presente, mas a minha real intenção era outra.
-Tenho sim, você também.
-Eu? Como assim?
-lembra que no início do ano nós assinamos uma lista e colocamos o nosso e-mail e número de celular?
- ah tá, tinha esquecido da lista, valeu então, quando der ligo para ele agradecendo.
Na verdade eu já estava louco para ligar para ele, mas o Matheus não parava de falar, sei que ele estava preocupado comigo, pois eu ainda estava triste com a partida de Maria- tá estava superando rápido eu sei, mas a vontade de tê-lo novamente em meus braços era muito forte.
-alô? Alô? Responde porra você tá me ouvindo não é?
-fala ignorante, o que foi?
-tá com 30 minutos que estou te chamando pra sair, vamos a Gabi, você e eu?
-pra onde?
-maikai, topa?
-sei lá é tão longe.
-vamos mané tu tem que se distrair, prometi a Maria que não te deixaria só não.
-já está apelando né? Beleza a que horas?
-lá pelas 21:00, pode ser?
-pode sim, até mais tarde.
Desligo e ligo para o Rodrigo e nada, caixa postal, ligo mais umas três vezes ao longo do dia e nada. Desisto então e vou me trocar para ir pra gandaia, como fala o Matheus, me vesti de forma bem básica era só uma escapulidinha mesmo, um tênis, calça jeans preta, camisa polo vermelha (adoro camisas vermelhas devo ter umas 27), a correntinha que eu ganhei do Rô, ouço a buzina do carro do Matheus.
-mãe estou indo, xau.
-volta a que horas?
-depende se eu tiver sorte só amanhã, hahahha.
-deixe de ser safado menino e me respeite.
-fui, não precisa me esperar não.
Saio e fecho a porta, quando chego próximo ao carro, percebo que Matheus está sozinho.
-e a Gabi, por que não veio?
-ela não está se sentindo bem resolveu ficar em casa.
-opa! Tô vendo que vou ser titio, kkkkkkk.
-não diga isso nem de brincadeira, está muito, mas muito cedo mesmo para isso.
-relaxa teteu, estou só zuando-teteu é o apelido dele, não vou dizer os meus porque são horríveis.
-mudança de planos, vamos a uma boate nova que está inaugurando hoje.
-se a inauguração é hoje é óbvio que é nova, cabeção.
-vai tomar no teu cu,
-aí dentro, pegou ar foi?
Só falo dessa forma com ele, já temos uma amizade bem consolidada, ele então liga o carro e vamos pra tal boate.
-tenho uma novidade, logo, logo vou parar de te perturbar por carona.
-como assim?
-depois de amanhã vou fazer o teste prático no DETRAN e se tudo der certo estarei motorizado logo.
-porra veio, tu nem me avisou que tinha entrado na autoescola, mas qual a categoria?
-AB, queria fazer uma surpresa, só a Maria e agora você é quem sabem disso, ah e o meu irmão também até porque foi ele quem pagou tudo hahahha.
-vai fazer o teste pra moto e depois pra carro né?
-na verdade já fiz o de moto e passei, só falta o de carro, tu bem que poderia me dar umas aulinhas né?
-já é- diz ele parando o carro e abrindo a porta.
-tá louco, tu acha mesmo que eu vou pegar teu carro no meio da via expressa?
-tem que se acostumar logo.
-nada disso esta é uma rodovia federal, liga o carro e vamos pra tal boate.
Nossa quando chegamos tinha muita gente na porta, segurei a mão do Matheus e sai empurrando a galera para poder entrar logo. Não gosto muito de locais agitados, mas aquele prometia, ficamos em uma mesa, fui comprar refri, água e cerveja pro Matheus, não bebo nada que contenha álcool, quando volto:
-já agradeceu pelo presente?
-não por quê?
-olha quem está naquela mesa.
Era ele com um sorriso lindo e bem vestido, devo ter ficado vermelho na hora, devo não fiquei mesmo, principalmente quando o vejo abraçar uma garota linda, moreninha, cabelos compridos muito linda mesmo.
-ele está se divertindo, não vou incomodar não- disse já com o rosto fechado.
-é melhor mesmo concordou o Matheus.
-vou dançar, disse , mesmo não gostando muito.
- o que aconteceu você não é de dançar.
-hoje estou afim.
-vamos então, disse ele.
Dançamos muito uma música que não me recordo muito bem qual era, só sei que o cara lá misturou uma na outra, ficou bem legal mesmo. Vamos nos sentar e o garçom chega com um bilhetinho e me entrega, leio e pergunto quem mandou, ele então aponta para uma mesa onde está um grupo de mais ou menos nove pessoas, mas quem mandou o bilhete pergunto novamente, aquela morena ali. Quando olho ela está sorrindo para mim.
No papel estava escrito “amei o teu jeito de dançar me ensina?”, mostrei para o Matheus que disse que nós deveríamos ir lá, então fomos e nos apresentamos, Valéria era o nome da moreninha ficamos conversando, enquanto o Matheus conversava com uma amiga dela, a turma de valeria era bem legal e descontraída fomos bem recebidos mesmo.
-eae quando vai me ensinar daquele jeito?
- só se dança daquela forma quando se está querendo chamar a atenção de alguém.
- e se eu estiver?
-já conseguiu, vamos lá.
Não sei o que o DJ tomou, mas ele colocou a música Chorando se foi, num ritmo bem tecno dance, ficou legal, então fui para trás de valeria e comecei a dançar, na verdade me esfregar nela, ficamos dançando algumas músicas quando sinto meu cel. vibrar, não dei importância pois acreditava que fosse minha mãe querendo saber se eu iria para casa.
Foi quando o DJ colocou a música voulez vous, calma não sou tão velho assim, ouvi essa no filme mamma mia, e, diga-se de passagem, é muito boa. Nossa enlouqueci e pelo visto a Valéria também, pois, me puxou para frente dela e começou a tirar a minha camisa lentamente, fiquei de costas para ela enquanto ela tirava a minha camisa por completo, ela começa a passar a mão pelo meu corpo- não sou nenhum Deus grego não mais também não passo vergonha- comecei a gingar o corpo como se estivesse fazendo um stripper para ela que começou a passar a mão na minha bunda e cacete, por cima da calça é claro.
Quando sinto que alguém esbarrou em mim, viro-me e vejo que foi o Rodrigo, seus olhos estavam vermelhos pareciam duas brasas.
-qual é otário tá cego é? Diz ele.
-claro que não é que você é tão insignificante que nem o vi parado com essa cara de bunda.
-como é ? Perdeu a noção?
-não, mas você sim, ou já esqueceu que mesmo você e seu amiguinho Pedro não foram o suficiente para me deter.
Ele me olhou como se fosse me matar, nunca vi ninguém com tanta raiva no olhar. De repente ele se acalmou e disse:
-tá na hora de você ir pra casa não bebê? Olha que já é tarde, pode conferir no teu celular se quiser. Disse ele com certa ironia na voz
- deve estar mesmo, vá dormir e cuidado com o bicho-papão, digo com ironia e um pouco intrigado, o que ele quis dizer com bebê? Será que ele está se referindo aquela noite ou está só me zuando mesmo?
Continuação só no próximo conto...
Tudo bem mais uns parágrafos.
Volto para a mesa com a Valéria que me perguntou quem era aquele grosso eu disse que era um conhecido da facul e que não nos dávamos muito bem. Contei o que houve ao Matheus. De repente meu celular vibra novamente, aviso que vou ligar para a minha mãe, pensando eu que pudesse ser ela.
Quando olho não eram ligações e sim mensagens de um número que eu desconhecia.
“que palhaçada é essa”, “tá achando oque?” “ ou para com essa porra, ou eu paro”, “banheiro agora” eram algumas das mensagens que eu recebi.
Não dou importância, volto a conversar com meus novos colegas e mais uma mensagem, “banheiro em 5 minutos”.
Digo que vou ao banheiro, já suspeitando de quem sejam essas mensagens, eu não estava enganado, eram de Rodrigo mesmo, ele me pega pelos braços e me imprensa na parede.
-Tá achando que eu sou palhaço? Que vou ficar vendo você se esfregar nessas vadias na minha frente?
Caraca ele estava com ciúmes, não acreditei, tive que a muito custo esconder meu sorriso, mantive-me sério não poderia perder essa oportunidade tinha que dizer as palavras certas ou tudo estaria perdido.
-palhaço não, mas um FDP mimado que não sabe o que quer da vida.
-tá de brincadeira perdeu a noção mesmo,
-como já falei você é quem perdeu a noção do perigo, ou esta cena não lhe é familiar? Banheiro, nós dois discutindo, só falta o Pedro aqui, e mesmo com ele você não foi tão bem, imagina agora sozinho aqui comigo.
Ele solta os meus braços, me olhando dos pés a cabeça, de repente, ele dá um murro na parede.
-eu não sou assim, o que está acontecendo comigo?
Nesse momento algumas pessoas entram no banheiro e ele fica andando de um lado para o outro, enquanto finjo que estou lavando as mãos, mas olhando-o e analisando tudo o que ele está passando, sei que não é fácil admitir que se está gostando de outro homem, também passei por isso, as pessoas saem do banheiro, ele se aproxima de mim, visivelmente mais calmo.
-é até melhor que o Pedro não esteja aqui, ou eu não teria coragem de fazer isso.
O que ele fez? Como sai daquele banheiro? Como foi a minha conversa com Matheus que me confessou que foi ao banheiro me procurar e viu...
Agora é sério só no próximo, abraços a todos.