Entre as Trilhas do Amor: O Romance Proibido de Iara e Helena (Capítulo 5: A Natureza em Fúria e o Beijo)

Um conto erótico de Teça
Categoria: Lésbicas
Contém 1207 palavras
Data: 28/04/2024 17:20:25

Enquanto os dias passavam, a relação entre Iara e Helena se desenvolvia lentamente, embora envolta em mistério e segredo. Ambas guardam suas próprias verdades ocultas, mas uma estranha camaradagem começa a surgir entre elas, uma ligação que transcende as barreiras impostas pelo desconhecido. Iara ensinou a Helena onde encontrar alimento e a localização de algumas cavernas que poderiam servir de abrigo em casos extremos.

Enquanto as nuvens escuras se formavam no céu, anunciando a iminência de uma tempestade, Iara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia muito bem os perigos que uma tempestade na floresta podia trazer, especialmente para aqueles que estavam despreparados. Sem hesitação, ela correu para avisar seu pai na aldeia, sabendo que precisavam se preparar para o pior. No entanto, algo dentro dela a fez querer avisar também o viajante misterioso que havia encontrado recentemente. Mesmo sem entender completamente o motivo, ela sentiu uma urgência inexplicável em garantir que ele estivesse seguro.

Guiada por um instinto inexplicável, Iara seguiu em direção ao local onde havia visto o acampamento de Henrique. Enquanto caminhava pela floresta, sua mente se ocupava com perguntas sobre o motivo de ele estar sozinho em sua busca. Ela sabia, pelo seu conhecimento das trilhas e expedições, que explorar novos locais sempre exigia um grupo, especialmente em terras desconhecidas e perigosas como aquelas.

Quando avistou Henrique saindo do riacho, sem suas vestes e aparentemente desprevenido, Iara soube que precisava agir rapidamente. Ela se escondeu entre as árvores, observando-o cautelosamente e percebendo seus longos cabelos antes de gritar seu nome, na esperança de alertá-lo sobre a iminente tempestade que se aproximava. "Henrique!", chamou ela, sua voz ecoando pela floresta.

Helena correu, surpreendida pelo chamado repentino, e se vestiu como pode. Virou-se na direção de onde a voz tinha vindo, mas não conseguiu ver nada além das árvores e da vegetação densa. "Iara? É você?", respondeu ela, sua voz carregada de confusão.

Iara hesitou por um momento, surpresa por ele ter reconhecido sua voz. No entanto, não havia tempo para explicações. Ela precisava garantir que ele estivesse seguro antes que a tempestade desabasse sobre eles. "Sim, sou eu", respondeu ela, saindo de seu esconderijo e se aproximando dele. "Você precisa se abrigar. Uma tempestade está se aproximando e pode ser perigoso ficar aqui fora."

Henrique olhou ao redor, percebendo as nuvens escuras que se aproximavam rapidamente. Ele sabia que Iara estava certa e que precisavam encontrar abrigo o mais rápido possível. "Obrigado por me avisar, Iara", disse ele, sua expressão mostrando gratidão.

Antes que pudesse retornar a aldeia, os primeiros raios de chuva começaram a cair e um trovão ribombou no céu. "Rápido, precisamos encontrar abrigo!", gritou Iara sobre o som da tempestade. Helena recolheu tudo o que conseguiu no acampamento e ambos foram para a caverna mais próxima, e Iara se apressou em pegar madeira no caminho para poderem se esquentar, já que a tempestade poderia durar muito tempo.

Ao entrarem, o som da tempestade os envolveu em seu abraço selvagem, sacudindo a caverna com sua ferocidade. Iara e Helena se apressaram em montar a fogueira, mas ambos ficaram molhados pela chuva torrencial. A tempestade não dava sinal de término, e Helena que não havia conseguido se vestir totalmente antes da chuva pegou Iara a observando. Ali ela sabia que seu segredo corria risco e se afastou para tentar se arrumar.

Enquanto Helena se afastava para se arrumar, Iara sentia o peso do silêncio crescer na caverna. O crepitar da fogueira contrastava com o rugido da tempestade lá fora, criando uma atmosfera carregada de tensão. Iara sabia que precisava agir rápido para dissipar o desconforto que pairava no ar. Com um suspiro, ela se levantou e começou a separar a lenha seca das molhadas para alimentar o fogo, tentando desviar a atenção do que acabara de acontecer.

Enquanto isso, Helena lutava para se recompor. Ela se recusava a permitir que seu segredo fosse revelado, especialmente sob as circunstâncias tão adversas da tempestade. Com mãos trêmulas, ela ajustou as roupas e tentou disfarçar a agitação que a consumia por dentro. Quando voltou para junto da fogueira, Helena forçou um sorriso tenso para Iara, tentando transmitir uma sensação de normalidade. Iara percebeu a tensão nos ombros de Helena e decidiu não pressionar mais o assunto naquele momento.

Em vez disso, as duas se sentaram em silêncio, ouvindo o ritmo cadenciado da chuva lá fora. O calor reconfortante da fogueira e a presença uma da outra eram tudo o que tinham para enfrentar aquela tempestade, além dos segredos que as uniam e as separavam. Mas ainda estavam molhadas e acabaram se encolhendo juntas, buscando conforto uma na outra enquanto aguardavam que a tempestade passasse.

Aquela sensação de proximidade, de compartilhar um momento íntimo em meio à tempestade, criou uma ligação especial entre elas. Enquanto se encolhiam juntas para se protegerem do frio e da umidade, algo mais profundo se manifestou. Talvez tenha sido o calor humano que emanava de seus corpos, ou a vulnerabilidade compartilhada diante da força da natureza lá fora. De repente, as barreiras que as separavam pareciam menos rígidas, e uma energia invisível, mas tangível, começou a fluir entre elas. Era como se seus corações batessem no mesmo compasso, como se suas almas se tocassem em meio à escuridão da noite.

Nesse momento, olharam nos olhos uma da outra e viram não apenas a superfície, mas também a profundidade das emoções que as uniam. Não precisavam de palavras para entenderem o que estava acontecendo. Era como se o universo tivesse conspirado para aproximá-las naquele momento específico.

Algumas horas se passaram, Iara e Helena dormiram abraçadas e a tempestade não passava de respingos. Helena acordou e sentiu que seu mundo, pela primeira vez estava completo, que toda sua busca havia acabado ali com Iara em sua vida. Em poucos minutos Iara também desperta e ao ver Helena se sentiu protegida, os olhares se encontraram novamente, mas desta vez havia algo diferente, algo mais intenso. Era como se todas as barreiras que separavam seus corações tivessem desaparecido naquele momento. Iara sentiu seu coração bater mais forte enquanto olhava nos olhos de Helena, perdendo-se na profundidade de seu olhar. Ela podia sentir a energia pulsante entre elas, uma conexão tão forte que parecia transcendental.

Sem dizer uma palavra, Helena lentamente inclinou-se em direção a Iara, seus lábios se aproximando como se fossem magnetizados um pelo outro. O coração de Iara começou a acelerar enquanto ela sentia o calor da respiração de Helena contra sua pele.

E então, em um momento de pura entrega e desejo, seus lábios finalmente se encontraram em um beijo tão apaixonado e intenso que parecia desafiar as leis da gravidade. Foi um beijo carregado de emoção, um encontro de almas que se reconheciam como se estivessem destinadas desde o início dos tempos.

O mundo ao seu redor desapareceu enquanto elas se entregavam àquele momento de pura paixão. Cada toque dos lábios era uma promessa de amor eterno, uma garantia de que estariam juntas, enfrentando todos os desafios que a vida lhes reservasse. E quando finalmente se separaram, seus olhos ainda ardiam com o fogo da paixão, e seus corações batiam em uníssono, como se fossem um só. Foi um beijo inesquecível, um momento que ficará gravado em suas memórias para sempre.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Teçá a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários