Me atolei em trabalho, duas semanas se passaram e não tinha mais contato com João Pedro e nem com meus amigos, Dimas entendeu que precisava de um tempo e foi compreensivo em esperar por uma mensagem minha, Luís Paulo se sentiu ofendido e soube que ele se vitimizou totalmente falando paras pessoas que iria esperar o meu pedido de desculpas por está sendo um escroto com ele, pois é já esperava por essa, Luciano por outro lado sumiu, não tive notícias dele e dos meus amigos ele foi o único a me bloquear nas redes sociais e pelo que Dimas soltou sem querer na nossa última conversa ele fica até bravo se citarem meu nome perto dele, o Luís Paulo ainda dá para entender mais ele fiquei muito confuso.
Enfim estava tentando seguir com a vida, mas o universo tinha outros planos, saindo do trabalho vejo João Pedro escorado no meu carro, me odiei por ficar feliz em vê-lo, o infeliz estava lindo, de camiseta, bermuda, um chapéu pra trás e sua pochete característica atravessada no peito, queria odiar esse moleque, mas ele me deixa sem ar só existindo no mesmo espaço que eu, me recompus e fui me aproximando do meu carro, ele estava escorado na porta do motorista com um sorriso de matar, esse cara não tem mesmo medo do perigo.
— Oi baby. — Meu corpo reage só com sua voz me chamando de baby.
— Agora sei porque me chama assim, é pra não confundir meu nome com o dos outro né? — Falei.
— Jamais, baby só tem um e é você. — Ele responde.
— O que você quer João Pedro? — Perguntei perdendo a paciência.
— Eu quero você baby. — Ele pronuncia cada palavra e isso me acende de uma maneira que não deveria.
Quando me vejo estou beijando ele contra meu carro, sua boca está ainda mais gostosa, se não tivéssemos na frente da delegacia comeria ele ali mesmo, levo ele até um motel que ele indica, minha mão em sua coxa, e a dele na minha, meu pau está duro marcando na calça e não estou nem ai, quero possuir esse moleque o quanto antes, a porta do quarto mal se fecha e avanço para cima dele, tirando minha blusa, e a calça enquanto minha boca está colada na dele, ele faz o mesmo se despindo, nosso beijo tem urgência, ele corresponde a todos os meus toques e estímulos, sei que não era o único com saudades quando vejo seu corpo se arrepiar com meu toque, com meus lábios em sua clavícula, em seu peito.
Ele pula em meu colo e o seguro sem dificuldade, sua boca buscando a minha o tempo todo, o seguro com tanta força que tenho certeza que deve está machucando, mas ele não reclama, levo ele até a cama ele me prende com suas pernas deixando meu pau muito próximo do seu cuzinho apertado, isso é um perigo porque tudo que mais quero é está dentro dele, mas não posso fazer isso sem capa.
— Baby senti tanto sua falta. — Ele fala.
— Deixa disso João Pedro, você não aceitou namorar aquele imbecil.
— Emanuel é meu amigo. — Ele responde rindo.
— Não, ele é o corno que caiu no seu golpe. — Falei beijando seu pescoço. — Vou deixar uma marca aqui pro seu corno.
— Deixa, me marca baby. — O filho da puta me provoca.
— O que você quer de mim, João Pedro? — Pergunto com minha boca colada nele.
— Quero você meu detetive, baby você é meu e eu sou seu. — As palavras dele entram na minha mente.
— Não brinca com fogo João Pedro.
— Vai fazer o que João Miguel, vai fugir. — Ele sabe provocar.
— Vou te dar uma lição seu moleque atrevido.
Larguei um tapa com força na cara dele e o olho do safado brilhou, ali vi que não tinha saída, era uma viciado tendo uma recaída, lubrificar meu pau com saliva mesmo e sem pensar colocou as pernas dele nos meus ombros, se ele me queria ele iria me ter, me empurrei para dentro dele com toda a força, de novo e de novo, João Pedro suava e gemia alto, mas em momento algum me pediu para parar, soquei com força até deixa-lo bem largo, depois coloquei o safado de quatro, acertei mais uns tapas na sua bunda gostosa deixando a marca de minha mão, puxei seu cabelo e soquei fundo no safado que chorava pedindo mais, fiquei fora de mim, nunca tinha feito algo assim tão selvagem, estava sentindo raiva dele, de mim, ao mesmo tempo que a luxúria tomou conta do meu corpo.
— É por isso que eu te quero baby, só você sabe como eu gosto. — Ele solta entre um gemido e outro.
— Você gosta de levar pica né seu safado. — Falo socando fundo e com força.
— Gosto da sua baby, só a sua me satisfaz. — O safado fala com o rosto virado para mim e me encarando nos olhos, como queria que aquilo fosse verdade.
Finalizamos com ele de joelhos engolindo meu pau inteiro e bebendo minha porra que se derramou em sua boca, caralho gozar na boca dele foi uma das melhores coisas que já fiz na vida, caímos na cama exaustos, ele vem e deita no meu peito, ali é como se uma pedra gigante estivesse no meu peito, não consigo mover um centímetro, estou tão feliz de está com ele e tão puto comigo mesmo que nem sei o que estou fazendo mais, ele me tirou totalmente do meu normal e parece está se divertindo com isso, esse moleque é meu ponto fraco e não sei lidar com ele, João Pedro é uma droga difícil de largar.
— O corno deve está sentindo sua falta. — Falei, pensei que se focar no fato dele ter um namorado poderia me ajudar a resistir a tentação de foder ele ali de novo.
— Falei para ele que estava com a Drica. — Ele fala simplesmente.
— João Pedro não me procura mais. — Falei evitando contato visual com ele.
— Não posso prometer. — Ele responde se levantando e indo para o banheiro, meus olhos grudados no seu corpo perfeito, quebrou minha concentração e o segui.
Depois de foder ele no banheiro e mais uma vez na cama dormimos juntos no motel, na manhã seguinte parecíamos um casal indo tomar café da manhã em uma padaria, me fazendo lembrar da primeira vez que fizemos isso, ele estava radiante e infelizmente eu também, comer o João Pedro era bom, agora dormir e a acordar com ele era o equivalente a uma overdose, ele colocava coisas no meu prato me dizendo que precisava provar, me deixei viver aquele momento mesmo sabendo que era falso.
— Porque me procurou? — Perguntei quando estávamos quase acabando de comer.
— Já disse baby senti saudades.
— Não vou ser seu amante João Pedro. — Falei mais para mim do que pra ele.
— Por que não baby? — Até o cinismo dele mexia comigo.
— Se você me quer larga esse corno e fica comigo. — Me odiei mais ainda, mas não podia deixar passar.
— Não dá baby.
— Por que?
— Eu não quero trair você. — Essa frase se instalou na minha cabeça.
Deixei ele na casa da Adriana e fui trabalhar, ele me beijou antes de descer do carro e se foi, fui para o trabalho com a maldita frase ecoando na minha cabeça, o que ele quer de mim, ele gosta de mim, mas não sou o bastante? O que João Pedro quer além de foder minha cabeça, não é só sexo não pode ser, não da maneira que fazemos, ele se entrega de uma forma que ninguém nunca se entregou para mim antes, ele claramente não é confiável e ainda sim meus medos, traumas e receios não me brecam quando estou com ele, João Pedro é minha cura e minha maldição e não estou sabendo lidar com isso.
Meu trabalho foi uma merda durante o dia todo, quando sai liguei para o Dimas e ele estava na cidade, mas estava com Luís Paulo, ele me chamou mesmo assim para o seu apartamento, porém meu dia já estava uma merda não precisava que piorasse, então aproveitei que estaria de folga no dia seguinte e fui para casa, achei melhor deixar o João Pedro bloqueado nas minhas redes só por via das dúvidas, Dimas ficou chateado por não ter ido, só que não tinha como, Luís Paulo iria acabar falando merda e hoje não era um bom dia para me irritar, ainda mais eu tendo uma arma dentro do carro.
