Vicio - João Pedro

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 2021 palavras
Data: 06/03/2024 16:53:03
Assuntos: algema, Demi, Gay, policial

Depois do estresse com a família fui para um pagode com uns amigos, tenho três amigos que estão comigo desde a epoca de colegio, o Dimas que hoje em dia é professor de matemática, o Luis Paulo que vive sendo sustentado pelos pais e estudando para um concurso que nunca abre e o Lucina que também é policial, porém militar, todos eles tem namoradas, menos eu, é que toda vez que estou com uma mina ela quer me cobrar algo mais sério e não gosto de ter que ficar dando satisfação para mulher.

Luis Paulo o mais namorador do grupo nos chamou para um pagode conhecido na cidade, segundo ele a proporção de mulher para homem é bem interessante, pois é falei meus amigos namoram não que eles são fiéis, o infeliz não mentiu, tem muita mulher mesmo e o melhor mulher gata, Luciano mau chegou e se engraçou com umas garotas bem patricinhas que estavam sozinhas numa mesa, ele as chamou para nossa mesa, o problema é que eram três e nós estávamos em quatro, um de nós iria sobrar, sou um cara bonito, tenho 1,86 metros de altura, tenho a pele morena e rosto liso, me cuido faço academia desde novo, essa noite estou de boas, minha família sempre consegue me deixar cansado quando tenho que interagir com eles, aproveito que tem uma mesa de sinuca no bar e deixo meus amigos paquerando, me junto a um grupo de pessoas que estão jogando e Seu Mariano me ensinou a jogar, sou bom, mas nunca consigo ganhar dele, meu avô é uma lenda da sinuca.

O jogo meu deu um pouco de sede, então aproveitei que uma das garçonetes estava por perto e pedi uma caipirinha, ela me perguntou se eu tinha uma mesa, mas falei que não, que estava só ali na sinuca mesmo, então ela pediu meu nome para por no pedido e dei só o João, como pedi uma caipirinha e o bar estava lotado já imaginava que iria demorar, depois de pedir voltei a jogar, ou melhor ganhar já que era o estava fazendo a quatro partidas seguidas, pelo menos os caras eram de boas, eles não estavam se irritando como já aconteceu outras vezes, tem gente que não sabe perder.

Tem umas pessoas perto de onde em uma dessas mesas altas que não tem cadeiras, tem duas minas e uma delas não tira os olhos de mim, tem uns dois caras com elas, mas pelo jeito não devem ser nada, porque ela literalmente está me secando desde que comecei a jogar, ninguém seria tão descarado dessa forma, mas melhor evitar confusão, então fico na minha só jogando e deixando rolar, estou focado no jogo quando escuto um garçom falar meu nome, mas outra pessoas responde junto comigo, quando olho um dos caras que estava na mesa, se aproxima do garçom.

— É um pedido de uma caipirinha para o João. — O garçom fala.

— É minha. — Digo sem dar muita atenção já que estou no meio de uma partida.

— Na verdade meu nome é João e eu pedi uma caipirinha então acho que é minha. — Com isso esse cara ganha minha atenção, ele tem cabelos pretos cacheados, um bigode com cavanhaque, está usando uma camisa floral de botões que evidencia seu peito liso e moreno, ele deve ter pouco mais de 1,70 de altura e também deve ser novo, já que tem uma cara de menino.

— Eu pedi uma caipirinha também. — Digo sem muita paciência, o outro cara que também se chama João parece está se divertindo com o contra tempo o que me deixa ainda mais desgostoso com a situação.

— Então como vamos resolver isso? — Ele pergunta.

— Vou trazer outra. — Disse o Garçom.

— Tudo bem, fico essa e o tio aí espera a próxima. — Ele me chamou de tio?

— Tudo bem. — Falei, esses moleques de hoje em dia perderam o respeito e o medo de morrer, nem sou tão velho e o cara me chamando de tio, sorte dele que minha arma está no carro.

A amiga dele se aproxima se aproveitando da confusão para falar comigo.

— JP, me apresenta seu amigo. — Ela fala em um tom provocativo.

— Chega aí, esse aqui é o João — Disse. — E essa é a Adriana. — Fiquei intrigado com o descaramento dele de me apresentar como se fossemos amigos mesmo.

— Oi João. — Disse ela se aproximando e dando um beijo na minha bochecha, retribuo o comprimento, afinal ele é gata e não sou mau educado.

— João Miguel, prazer. — Completo já que todos me chamam pelo meu nome composto também meio que me acostumei.

— Ah, eu sou o João Pedro. — Disse o carinha estendendo a mão para mim, apertei sua mão e volto minha atenção para Adriana.

João Pedro saiu bebendo minha bebida, mas pelo menos deixou a amiga no fim não foi uma troca tão ruim, Adriana é uma gata, loira, branquinha, de vestido vermelho curto, as alças deixando seus ombros lindo a amostra, ela ficou torcendo para mim na sinuca, entre uma taça e outra a gente foi se chegando, até que já estava ganhando um beijo a cada tacada certa, minha bebida chegou e pedi um drink para ela também.

— Não precisa. — Ela falou bancando a difícil.

— Faço questão, o que você quer beber?

— Pode ser uma Heineken então. — Ela disse sorridente, nossa que mina gata velho.

Deixei que um dos caras tomasse meu lugar e puxo ela para o canto afim de conhece-la melhor, gosto de me apegar às pessoas com quem vou me envolver, um segredo sobre mim que absolutamente ninguém sabe é que sou Demisexual, levei muito tempo para entender isso e tive algumas experiências meio complicadas, já perdi a conta de quantas minas já me chamaram de viado, mesmo hoje em dia que tenho consiencia de minha condição ainda posso por algumas, a mina acredita que ela é diferente e que ela vai ser uma especie de cura e no final se frustra, só que quem escuta depois sou eu.

Beijei um cara uma vez no terceiro ano do ensino médio, quando seu pau quase nunca sobe para as minas que você pega mesmo as mais gostosas ser gay parece a melhor explicação, então na festa de formatura bebi um pouco mais do que o normal e cheguei no cara que as minas achavam mais gato do sala, e sim esse cara foi o Luis Paulo, ele é hetero assim como eu, mas nesse dia muita coisa aconteceu, e quando fui para cima ele não recuou e demos um beijo desses bem dado, no fim a galera zuou pra caralho, só que como nem ele e nem eu ficamos de pau duro todo mundo levou só de zoação mesmo, meu pau nem se mexeu, logo pensei, se nem o Luis conseguiu é porque ninguém vai.

Já tinha perdido minha virgindade, mas não tinha sido uma experiência muito legal, não fiquei totalmente duro e tive muita sorte da garota ser minha amiga, porque se não até hoje estava sendo chamado de broxa, mas também ela foi a primeira e única amiga que peguei, isso até descobrir que era Demi, depois que saquei minha situação comecei a entender meus gostoso e buscar algo que fosse mais confortável para mim, consigo ficar, beijar e sou muito bom com meus dedos e chupo como um profissional, mesmo que às vezes não esteja no clima, não deixo nenhuma mina que se deite comigo desamparada.

Já tomei o famoso azulzinho e não deu certo, meu pau é temperamental, ele só sobe se existir uma conexão se não nem adianta tentar, Adriana me deu uma animada, ela beija bem para caralho, mas sei que essa noite não vai rolar nada, além da certeza de que não vou manter uma ereção com ela hoje, ainda estou com a cabeça nas merdas que meu pai falou a respeito de vender a casa do seu Mariano, odeio quando eles discutem de herança na frente do meu avô que goza de boa saúde,

Ficamos conversando até de madrugada, Adriana é assistente social, tem um filho de três anos e é divorciada, foi mãe muito nova e agora é que está conseguindo sair já que o ex marido era muito abusivo, ela disse que se divorciou tem dois meses, mas que seu casamento já tinha acabado desde que seu filho nasceu, foda que algumas mulheres são obrigadas a se submeter a relações problematicas por não terem uma rede de apoio, falei um pouco da minha vida para ela, como detetive não posso entrar em muitos detalhes da minha vida pessoal ou mesmo do trabalho, nunca sabemos quem está interessado em saber, e com a crescente dos crimes ciberneticos no pais, tenho que ser o mais discreto possivel.

— Então você é policial? — Ela pergunta no meu ouvido.

— Detetive civil. — Respondo.

— Nossa, mas como funciona isso de crimes virtuais? — É uma pergunta que ouço frequentemente.

— São crimes cometidos pela rede, ou que envolvam o uso de computadores.

— Então se eu sofrer um golpe na internet eu tenho que te procurar? — Ela fala me encarando, essa mina sabe provocar.

— Exatamente. — Respondo beijando ela.

— Então vou precisar do seu numero, senhor detetive. — Ela fala com seus lábios nos meus.

— Justo. — Trocamos números, gostei dela, com um pouco de conversa e quem sabe uns encontros ela vai poder desfrutar de tudo que tenho a oferecer.

— Drica, estamos indo. — O tal João Pedro reapareceu.

— Ah, mas já, nossa nem vi a hora passar, desculpa João Miguel, tenho que pegar meu filho com minha irmã bem cedo.

— Sem problema, tenho seu número só preciso disso para te achar. — A chama no seu olhar me deixa ainda mais instigado.

— Isso se eu não te encontrar primeiro. — Ela aperta meu pau quando me dar o último beijo, ela é boa me deixou duro com nosso flerte, é nessas horas que acho uma merda ser Demi, tipo Adriana me deixou louco, mas se fosse para cama com ela iria parecer que nosso flerte inicial nunca aconteceu.

Me despeço dela e volto para onde meus amigos estão, só que infelizmente não tiveram a cortezia que João teve com Adriana e deram no pé, filhos da puta, um bando de gala seca, vou saindo e pegando o celular do bolso para pedir um carro de aplicativo, quando vejo João Pedro aos beijos com um cara escorado num carro, parece que está se despedindo, Adriana está do lado dele esperando pacientemente, quando ela me vê acena para mim e me aproximo.

— Já vai também, gostos assim, não vai nem dar chance para outras. — Ela fala rindo.

— Pois é, estou tentando pedir um carro, mas estão cancelando. — Digo já na quarta tentativa.

— Para onde você vai João Miguel? — JP agora livre do cara que estava beijando me pergunta, digo a direção em que vou.

— Cara essa hora e por aqui eles não aceitam mesmo, se quiser podemos te dar uma carona.

— Não sei se é uma boa ideia. — Digo, afinal são estranhos, ser policial me deixou meio paranoico com estranhos.

— Nada, haver, vem com a gente, nossa amiga arranjou tem espaço no carro. — Ele fala e Adriana está cheia de espectativa, foda-se então, aceito a carona, eles estão indo comer num fast food 24 horas, como estou com fome aceito ir junto, afinal do lugar em que eles querem ir vai ser mais facil conseguir ir para casa, queria está com meu carro, mas como sabia que ia beber não quis dirigir, o que parece não ser problema para o João Pedro que assume o volante como se não tivesse tomado uma gota.

— Você bebeu não deveria dirigir. — Falei.

— Relaxa João Miguel. — Toda vez que ele pronuncia meu nome parece que está debochando, mas não dou importância.

— E se formos parados João Pedro? — Digo seu nome com o mesmo tom em que ele diz o meu e isso o diverte.

— Sério, só tomei uns dois goles daquela caipirinha, depois dei para uma mulher com quem estava ficando, não sou louco de dirigir bêbado com minhas amigas mãe, bêbado só com as solteiras. Ele fala arrancando risadas da Adriana, mas sigo sério, usando o autocontrole que minha profissão me forneceu.

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Comentários

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Rafa, que capítulo legal! É incrível como você consegue criar um contexto para cada personagem seu, e conta de forma leve, sem sobrecarregar o texto

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