O filho do Pastor (S02-Capítulo Final- Iuri)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 2301 palavras
Data: 04/03/2024 00:17:48

Isaac e Jonas viajaram cedo, acordei para me despedir depois voltei a dormir, aproveitando ser o domingo, dormi até quase a hora do almoço, comi um lanche rápido e fui no mercado comprar umas coisas que Isaac pediu para o sushi, comi mais alguma coisa na rua enquanto voltava para casa, fiz tudo que precisava fazer depois fui adiantar uns trabalhos do estágio e da faculdade, o dia passou voando, nem via a hora passar direito.

Parei para abrir o sushi, fiz tudo que tinha que fazer, subi para tomar um banho e me arrumar para descer e começar a trabalhar, adorei eles terem me pedido para ajudar, Isaac e Jonas estavam mesmo precisando mesmo de umas férias, mesmo que só de uma semana, tomei meu banho e vesti minha farda que Isaac deixou para mim, a parte da farda foi meme nosso, mas até que gostei, conferi meu celular, mas não tinha mensagens nem do Mateus e nem do Téo, Mateus está em turnê deve está sem tempo e o Téo é como a maré que vem e vai, nunca sei quando ele volta, Lipe finalmente parou de tentar falar comigo.

Eu sei que preciso ouvir o que ele tem a dizer, mas sendo honesto tenho medo, medo dele dizer que se apaixonou por ela sua ex e que nosso lance não tem mais como acontecer, é muito complicado, vou trabalhar e direcionar todo meu foco para isso, estou me ocupando o máximo que consigo para evitar me perder com pensamentos intrusivos.

Estou tão focado no trabalho que só quando levanto os olhos para atender mais um cliente é que vejo que é o Lipe. “Podemos conversar?” Ele fala pacientemente. “Estou trabalhando.” Responde, mas o movimento está sob controle então minha desculpa não é das melhores. “Iuri, por favor.” Não posso mais continuar bancando o imaturo, está na hora de encarar de frente, peço para assumirem meu lugar e me chamarem caso seja preciso, mas sei que nem vai ser, todo mundo aqui sabe o que fazer e é muito preparado para o trabalho, Isaac soube mesmo escolher sua equipe, o que me faz pensar que eles é quem estão me ajudando com esse favor que estou fazendo, eu sei difícil de entender, para mim também é meio confuso às vezes.

Levo Lipe lá para cima onde vamos poder conversar com mais privacidade, é como se eu pudesse ouvir o Jonas na minha mente me mandando me acertar com o Lipe, ele está com uma bermuda preta e uma camiseta vermelha, nossa como esse moleque é gato, o cabelo penteado para trás e um barba rala. “Então.” Falei. “Então você voltou e começou a me evitar.” Ele começa. “Você começou a me evitar.” Falei adotando uma postura mais defensiva. “Não estava te evitando por causa dela Iuri, é que assim que a gente entendeu o que sente um pelo outro você me diz que tem que se resolver com outro cara, eu surtei, desculpa se não conseguir entender o motivo da sua viagem como você queria, mas falar com você me fazia lembrar que você viajou por causa de outro cara.” Rico reflexivo. “Lipe, eu fui para me acertar e voltar inteiro para você, aí quando cheguei você está com outra pessoa.” Falei usando toda minha força para manter meu tom de voz normal e não me permitir chorar na frente dele. “Não foi de propósito, estou confuso também, ela ficou do meu lado e aconteceu de ficarmos, temos um passado.” Assenti e falei interrompendo ele. “Esse é o problema Lipe, fui resolver meu passado para ter um futuro com você, mas quem está preso ao passado agora é você.” Falei. “Mas olha sou muito grato a você, foi por sua causa que entendi que tinha que me resolver, foi você quem me fez querer ser uma pessoa melhor.” A confusão ferve em seus olhos.

Ficamos nos encarando. “Desculpa, Iuri, eu gosto de você pra caralho, gosto tanto de ti que nem consigo pensar quando estamos juntos, agora mesmo tudo que mais quero é fazer amor com você.” Não recrimino ele, pois é o que se passa na minha cabeça também. “Seja meu Lipe.” Falei deixando meu coração falar mais alto, ele deu dois passos e me abraçou, retribui seu abraço. “Eu quero, mas não posso, com ela tenho segurança, com você é um salto no escuro Iuri.” Eu sei o que ele quer dizer, é assustador ter que se jogar no desconhecido e admito que não lhe dei os melhores motivos para confiar em minhas ações ou minhas palavras.

Mesmo assim não consigo largá-lo, “Fica comigo.” Falei colando minha boca na dele, minha língua pede passagem para dentro de sua boca, meu coração acelera na expectativa de que ele retribua meu beijo, Lipe me segura com força, mas não interrompe nosso beijo, aos poucos ele vai cedendo, sua língua finalmente encontra a minha, o beijo dele faz todo sentido para mim, vou levando ele até o quarto sem parar de beijar sua boca, tiro sua camisa antes de deitá-lo na cama. “Iuri.” Ele tenta dizer algo, mas não vou deixar ele fugir agora. “Mesmo que essa seja a última vez, seja meu.” Olho em seus olhos e ele assenti que sim, beijo seu pescoço depois pelos seus mamilos, seu barriga linda, tiro sua bermuda deixando o só de cueca, beijo seu pau pelo tecido, Lipe joga a cabeça para trás se permitindo sentir todo o tesão do momento.

Passo meu rosto pelo tecido, mordo de leve seu membro que marca a cueca, seu pré gozo a deixando melada, passo minha língua no local e Lipe solta um gemido, tiro sua cueca com seu pau saltando para fora, seguro pela base e não perco tempo, coloco inteiro em minha boca, percebi Lipe mordendo os lábios, minha língua passeia por todo o seu membro rígido, depois volto a engolir todo o pau dele de novo, chupo com vontade, arrancando gemidos de prazer, meus dedos vão preparando sua entrada para me receber logo mais, Lipe se contorce de tesão quando meus dedos vão fundo assim como seu pau em minha boca, ele se segura para não se derramar em minha boca.

Tiro minha roupa ficando pelado também, deito fazendo um meia nove com ele, mas ao invés dele mamar na minha rola o safado vem com a língua no meu cuzinho me pegando numa surpresa boa, volto a chupar o pau dele com ainda mais tesão, ficamos nesse meia nove comigo por cima dele por um tempo, não há pressa no nosso sexo, isso é uma das coisas que gosto dele, com Lipe não preciso ter medo ou urgência, ele é terra firme, queria que ele me visse da mesma forma.

Ele se entrega para mim na cama, mas não na vida, vacilei tanto com Lipe que posso ter perdido ele, mesmo sendo aquele que mais lhe proporciona prazer, não sou aquele que lhe serve de porto seguro, quando ele quis algo mais fui medroso, agora estou aqui implorando para que ele fique, pois Lipe é o único que pode ficar, o único que pode ser meu, que pode fazer parte da minha história.

“Quero você.” Ele fala, pelo uma camisinha e lubrificante que tem no criado mudo, Isaac me falou antes de viajar para o caso de eu precisar, e pensar que lhe disse que não iria. “Lipe, quero você hoje.” Ele me encara e seus olhos brilham, entrego a camisinha para ele que ainda me encara sem acreditar, Lipe coloca a camisinha e lubrifica bem seu pau, deitei ele e fico por cima, vou sentando devagar, a dor me vem logo de início, mas quero tanto dar para ele que aguento, quando sinto Lipe completamente dentro de mim, faço movimentos lentos e curtos, para me acostumar, o sorriso lindo e tímido dele me deixa muito excitado, a medida que a dor vai cessando vou aumentando o ritmo dos movimentos, me abaixei para beijar sua boca, ele percebendo que sou dele, segura minha cintura e dobra os joelhos para pegar impulso e me foder com gosto, seu pau vai entrando e saindo de mim, e tudo que consigo fazer é gemer e chamar seu nome. “Isso, assim mesmo Lipe, me come.” Ele sequer consegue falar, apenas emite sons e gemidos, se antes existiam dúvidas nesse momento só tem luxúria entre nós.

Com as mãos apoiadas em seu peito subo e desço no seu pau, meu corpo suado e relaxado, estou nas nuvens, essa é a primeira vez que faço amor com alguém, transar com alguém de quem você gosta muito, gosta de verdade é surreal, outra realidade, Lipe soca fundo com calma, não temos pressa, estamos curtindo o momento, subo e desço em movimentos lentos e deliciosos, ficamos assim até ele segura minha bunda com força e socando lá no fundo ele chega em seu ápice, Lipe gozou bastante deixando a camisinha bem cheia.

“Iuri, me come.” Ele pede com seu jeitinho tímido, esse moleque me mata, peguei outra camisinha e visto no meu pau, como ele gozou agora seu corpo está sensível, deixo ele de lado pois é uma posição que não dói muito, ficamos de conchinha, meu pau entra com facilidade já que ele está muito entregue, quando estou dentro dele Lipe pisca seu cuzinho me deixando maluco, mordi seu ombro sem muita força, ele geme baixinho entre os dentes. “Acho que eu te amo Lipe.” As palavras simplesmente saem da minha boca, mas ele não me responde, continuamos gemendo fodendo por mais um tempo até que gozo dentro dele enchendo a camisinha com meu prazer.

Lipe descansa em meu peito, minha mão acariciando suas costas, nossos corpos suados, e o silêncio, nenhuma palavra é dita, meu coração teme que ele esteja arrependido, ficamos assim até meu celular chamar, vejo que já é hora de fechar o sushi, o tempo correu e nem percebi, me levando vestindo minha roupa e ele se veste também. “Vou te ver de novo?” Pergunto sentindo um pouco de aflição. “Não sei, preciso pensar Iuri, estou muito confuso.” Não era o que eu queria ouvir, mas ainda sim é melhor do que nada. “Vou te esperar.” Lipe vai dizer algo, mas eu completo. “Sei que você pode não voltar, mas saiba que se você me der uma chance vou fazer valer a pena.” No fim Lipe só me beija e vai embora, me ofereço para deixá-lo em casa, mas ele diz que já pediu um carro de aplicativo, no final não consigo esperar com ele, porque preciso fechar o sushi, quando me desocupo Lipe já foi embora, meu coração aperta porque tenho o pressentimento de que ele não vai voltar e sendo sincero não vou conseguir continuar morando com ele, então essa semana que estou passando no meu irmão serve para que posso procurar um outro ap perto da casa do Jonas e do Isaac, acho que é hora de morar sozinho.

A semana parece se arrastar, Lipe precisa pensar e respeito isso então lhe dei espaço como disse que faria, acabei encontrando um quitinete pertinho do Jonas dá até para vir a pé para cá, é pequeno mas para mim está ótimo, falei com meu pai e ele me deu todo o apoio, com o dinheiro de estágio e ajuda do meu pai vou conseguir me virar bem, logo vou está formado e vou está ganhando melhor também, avisei no grupo do ap e fiz os últimos pagamentos que me competiam, Lipe me mandou mensagem, pois se sentiu culpado por eu está me mudando, respondi apenas que era por mim mesmo e que ainda estava com esperanças dele ser meu, mandei meu endereço novo para ele pro caso dele vir, preferi fazer minha mudança em um horário em que Lipe estivesse em aula, não queria cruzar com ele ainda, durante a semana consegui falar com Mateus também ele está radiante com a turnê, compartilhei com ele minhas novidades também, até mostrei o apartamento novo para ele em vídeo chamada, Jonas também ficou muito feliz em saber que seríamos quase vizinhos agora.

Os dias foram passando e cheguei a trocar algumas mensagens com Lipe, mas ele ainda não tinha uma resposta para mim, no sábado Jonas e Isaac chegaram de viagem, meu irmão estava outra pessoa, voltou tão mais leve e feliz, essa viagem foi perfeita pelo jeito, eles até renovaram os votos na serra, Isaac voltou ainda mais apaixonado e nem sabia que isso era possível, para mim eles já são quase um entidade, eles foram as primeiras pessoas a visitar meu novo ap, passamos a tarde de domingo juntos com eles me contando tudo sobre a viagem, até queria ir trabalhar no sushi, mas meus chefes me deram folga como recompensa pelo excelente trabalho que fiz na ausência deles, fiz uma macarronada para jantar e abri um bom vinho, resolvi que o domingo seria para mim, mas o destino tinha outros planos e pela primeira vez na minha vida o universo me deu uma folga, estou no fim da segunda taça de vinho quando a campainha do meu ap toca, sei que não é Jonas e nem Isaac, acabei da falar com Jonas que me mandou mensagem perguntando se queria que ele mandasse sushi para mim jantar, mas falei que estava cozinhando, meu coração acelera por que só pode ser ele.

Viro o restante da taça e arrumo o cabelo rapidamente e vou para a porta, meu coração batendo forte no peito, segurou na maçaneta e respiro fundo, não sou religioso como o Jonas e para falar a verdade não acredito em Deus, mas acredito no universo, seja o que estiver lá em cima não costuma sorrir muito para mim, mas atrás dessa porta está meu futuro, não sei explicar só sinto isso, respiro fundo mais uma vez e abro a porta.

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Comentários

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Excelente conto,o conto Meu Judoca merece nova temporada, também o conto E Se,merece continuação.

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👏👏👏 Mais conto incrível, obrigado rafa!

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Rafa, que conto sensacional!!! Que história perfeita!! Mas por favor, não deixe a gente com esse final na expectativa e na ansiedade de saber quem realmente foi atrás do Iuri

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Muito bom o conto, parabéns... será que rola uma terceira temporada rsrsrsrs?

E a continuação do "E se" ? Aquele conto também é muito bom.

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PQP Rafa!!! Essa série foi tão gostosa de acompanhar que vou sentir falta desses personagens, já tava acostumado a tê-los quase todo dia hahaha. E esse final aí, digno de mestre hein, quer deixar todo mundo na expectativa de uma temporada 3? Haha ou vamos saber o destino do Iuri na continuação do Judoca...de todo modo será ótimo 😉

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Vou sentir saudades desses personagens.

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Mais um conto chega ao fim, não me odeiem por esse final juro que não dava para escrever esse final de outra forma, chorei e rir muito escrevendo esse conto e espero que tenham gostado, também quero agradecer a todos que tiveram a paciência de ler até o fim, adoro vocês as é muito louco como me sinto amigo de alguns de vocês que sempre dão as caras por aqui.

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Como te odiar, Rafa? Haha pelo contrário! Olha só, continua postando pq eu gosto de bater papo pelos comentários dos seus contos hehhe

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Olha essa foi a melhor historia que já criei, amo de mais os personagens e acho que consegui fazer algo novo nessa historia, surpreendi vocês algumas vezes e isso é muito bom para mim como autor.

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De fato é sim a melhor história que você já criou, a história trouxe vários assuntos, reencontro de irmãos, família desequilibrada (um cara que se diz ser pastor, mais que não sabe amar é respeitar o filho, assim como Deus nos ensinou, uma mãe que fala sério não merece respeito nenhum), a depressão é a síndrome do Pânico que o Iuri tem a anos, devido ao abandono da mãe.

Esse final vc deixa a gente, pensando que era o Lipe, com a resposta de que agora ele é todo do Iuri, ou deixa pra eles aparecerem na conclusão do Meu Judoca.

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