O filho do Pastor (S02-Capítulo 12-Iuri)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 2825 palavras
Data: 13/02/2024 21:59:09

Peguei o cartão do jovem herdeiro e passei algumas doses de tequila, fode-se preciso ficar chapado para falar de boas com o Felipe depois, estou virando a segunda dose quando sinto uma mão no meu ombro, me viro e vejo Marcelo. “Ah, que mundo pequeno.” Ele fala com um sorriso largo no rosto, Marcelo é um tesão de homem, peguei ele e a namorada dele e depois fizemos uma festinha só nós dois, inclusive foi ele quem me convenceu a cursar direito, quando me dou conta de que ele está mesmo ali eu o puxo para um abraço. “Quanto tempo seu puto.” Falei, e agradeci mentalmente por já está ficando bêbado, porque se não estaria me fudendo com crises de pânico agora.

“Tem alguma coisa que você não seja foda Iuri?” Ele pergunta se referindo ao fato de ter me visto tocando, sorriu, ele parece mais solto do que da ultima vez que o vi, conversando e bebendo com ele, descobri que ele está namorando com um cara agora, mas ainda nos mesmo formatos, em uma relação aberta, Marcelo parece que ficou mais gostoso do que da última vez que nos vimos, ele diz que veio para o aniversário do sogro que mora nessa cidade, que coincidência, ele me apresenta o namorado que veio até onde estamos o nome dele é Lucas. “Então esse é o famoso Iuri?” Ele pergunta sorrindo. “Agora entendi o porquê do nosso acordo.” Fiquei curioso. “Que acordo?” Pergunto e eles riem. “Disse ao Lucas que se um dia fecharmos a relação eu vou querer um passe.” Continuo sem entender até que o próprio Lucas fala. “Ele disse que mesmo que a gente tenha uma relação fechada ele ainda vai querer trepar com você.” Fico meio sem jeito, mas o álcool em mim fala mais alto e abro um sorriso sacana lembrando da nossa foda. “Agora que to te vendo e se você faz o que ele disse que você faz até eu vou querer esse passe.” Lucas fala passando a mão no meu peito, nesse momento Felipe aparece onde estamos, sua pele morena brilhando com as luzes do lugar, ele está lindo, quase esqueço que ele estava pegando uma mina enquanto estava atrás dele desviando das tentações, as tequilas estão cumprindo sua função de me deixar incoerente.

“Iuri, pode vir aqui por favor.” Ele fala de forma formal e quase tenho a sensação de que ele está fuzilando o Lucas com os olhos, peço um licença para o Marcelo e sigo com meu garoto até uma parte fechada da festa. “Vou te fazer o Pix agora do cachê do show.” Não gosto do tom formal dele. “Não quero seu dinheiro, fiz isso para te ajudar.” Falo com minha voz meio embargada por causa da bebida. “Faço questão.” Ele fala firme e vejo a raiva em seus olhos. “O que eu te fiz, Felipe?” Pergunto pois realmente estou tentando ficar do boa com ele. “Eu sei que você é um cara que não namora e nem se relaciona Iuri, mas pensei que estávamos tendo algo, mas de boas, você não me prometeu nada, eu que fui idiota.” As palavras dele fazem minha mente girar. “Eu não sei o que eu fiz, estou aqui nessa droga de festa só para tentar falar com você caralho.” Ele arregalou os olhos, percebi confusão nos olhos dele e pela primeira vez hoje sinto que não deveria ter bebido tanto, queria está sóbrio para essa conversa. “Ah, claro Iuri, quando você tentou falar comigo, antes ou depois da Bruna e da amiga dela, praticamente dá pra você na frente de todo mundo.” Ele está mesmo com ciúmes de mim, isso me arranca uma risada involuntária e nem sei porque isso me deixa feliz, mas ele interpreta errado e vejo sua ira se intensificando, “Devo ser muito idota, falando aqui com você e você rindo da minha cara.” Me apressou em falar para ele que não estou rindo dele. “Felipe, fui atrás de você e você estava beijando uma garota.” As palavras simplesmente saem da minha boca e ele fica sem resposta, “Eu não fiquei com ninguém na sua frente.” Completei e ele está formulando uma resposta em sua cabeça até que finalmente fala o que quer falar dias. “Pode não ter ficado com ninguém aqui mais fez pior que isso, depois de ficar comigo levou outro pro seu quarto no mesmo dia.” Agora eu que fui pego de surpresa, levo um tempo até entender que ele está falando do Jonas e acabo soltando outra risada, mas antes que possa explicar para ele que o Jonas é meu irmão ele passa por mim sem querer me ouvir, quando vou atrás dele, o vejo pegando na mão da menina que ele estava beijando e a levando para outro lugar, que filho da puta eu penso, estou tão bêbado, mas agora me parece que não o suficiente, então volto para perto do Marcelo e do Lucas para tomar o restante das tequilas que comprei, Marcelo comprar mais algumas para gente e embora cresça em mim uma vontade de ir atrás do Felipe não vou dar o gosto a ele e deixar que ele se pegue com uma qualquer na minha frente. “Vamos sair daqui para encontrar uns amigos em outro bar, vem com a gente.” Marcelo fala, penso em recusar, mas lembro que Felipe está pegando uma mina em algum lugar da festa, então viro minha última dose se sigo com eles para fora da festa, no outro bar tem mais umas galera amiga do Marcelo e do Lucas, estamos bebendo whisky agora minha boca está dormente, uma prima do Lucas vai se chegando em mim até que estou beijando ela, só que ai que minha mente começa a falhar, estou beijando ela, depois outra garota, ai estou no banheiro beijando o Marcelo, ele me chupou no box do banheiro e essa é a última lembrança que tenho da noite passada.

Acordo numa cama de casal bem confortável, Lucas está deitado no peito do Marcelo e estamos os três na cama, percebo que estou só de cueca, mas Marcelo está pelado, quando tento me levantar minha cabeça pesa e meu mundo gira, foi preciso um esforço imenso para sair do quarto e por sorte o banheiro fica de frente, mão consigo chegar no vazo e coloco tudo que bebi para fora, fazia tempo que não bebia assim, minha dor de cabeça está tão forte que nem consigo abrir os olhos, a única certeza que tenho é que não estou em casa, alguns flash do Lucas e do Marcelo me chupando vem na mente, e a noite de ontem pouco a pouco vem surgindo feito cortes, algumas coisas não fazem sentido e tem pedaços inteiro em um completo branco e quanto mais me esforço para lembrar mais minha cabeça doi vejo o relógio e é quatro da manhã, volto para o quarto e tanto MArcelo quanto o namorado está em um sono profundo, me visto com dificuldade pegue meu celular e dico para o meu irmão, só quando o celular começa a tocar é que me dou conta de que ele deve está dormindo, então era melhor pedir um uber, é que essa dor de cabeça não está me deixando pensar. “Alô” A voz de sono do Isaac atende o telefone. “Isaac?” Ele percebe minha voz fraca e meio que desperta do susto. “Iuri, você está bem? Onde você está?” No fim com muita dificuldade pois ainda estou muito bêbado mando minha localização para ele, por fim consigo sair e me sento numa calçada estranha me escorando em um poste.

Mesmo passando meu endereço para o Isaac não faço ideia de onde estou, vou caindo para o lado e quando percebo acordo numa maca de hospital, tem uma remédio na minha veia a luz do hospital faz meus olhos doerem, minha bebedeira passa um pouco, mas ainda não consigo lembrar de nada e agora tenho mais um pedaço arrancado de mim, é como se meu cérebro tivesse desligado, escuto a voz do Isaac meio longe, ele está falando com alguém. “Mozão, não precisa, eu cuido dele, assim que sairmos daqui passo na farmácia e vamos para casa…É claro que vou levar ele para nossa casa mozão, ele não tem condições de ficar sozinho o médico disse que temos que ficar de olho nele por algumas horas.” meus olhos pesam de novo, mas vou despertando. “Bem vindo de volta ao mundo dos vivos mano, você me deu um baita de um susto.” Isaac fala aliviado, uma enfermeira vem tirar meu soro. “Pronto senhor Isaac, já pode levar seu irmão para casa.” Ela fala de forma simpática e ele agradeceu, me ajudando a ficar de pé, ele é alto e forte, ainda bem, porque não estou cem por cento ainda. “Vamos parar na farmácia e comprar uns remédios para você, depois vou te levar para casa, para nossa no caso, assim que você estiver melhor vai nos dizer porque bebeu até ter um coma alcoólico beleza?” Ele disse bem sério, mas não de forma acusatória ou me julgando, só havia preocupação em sua voz, concordei com a cabeça, senti um leve afago em meus cabelos e seguimos para a farmácia.

Ele me deixou no carro, por causa do remédio não conseguia dormir, mas meu corpo está letárgico, Isaac me deixou no carro e foi na farmácia, pelo menos estou no ar condicionado do carro e sentadinho, meus olhos vão baixando mas aí escuto uma voz longe e família chamar meu nome, acho que estou delirando ou sonhando. “Iuri, Iuri, filho vocês estão bem? Iuri me responde.” De Repente acordo de uma vez e quando olho para o lado vejo a mulher que foi embora parada na janela do carro batendo no vidro e tentando abrir a porta do carro, o susto é tanto que meu coração acelera, meu mundo está girando, não consigo entender o que está acontecendo só vejo Isaac surgindo e a afastando do carro, ela está chorando e gritando com ele, Isaac entra no carro e arranca me tirando de lá, minha respiração está acelerada, estou tendo uma das piores crises de pânico que já tive, não escuto a voz do Isaac me chamando, minha visão escurece, meus ouvidos estão zunindo, meu coração está tão acelerado que parece até que vai explodir, eu quero voltar lá e machucar ela, estou com tanta raiva e medo dela, cravo minhas unhas em mim mesmo e rasgou minha pele, Isaac para o carro e segura minhas mãos com dificuldade porque estou me batendo com elas, quero sentir dor, uma dor maior do que a que estou sentindo no meu peito.

Isaac grita meu nome e finalmente olho para ele, começo a chorar descontroladamente, ele me segura até que pare de querer me machucar, ele me leva para sua casa, lá Jonas me recebe no carro, ele deve ter explicado o que aconteceu, Jonas me leva para o quarto e fica comigo até que depois de muito tempo consigo parar de chorar e pego no sono, Jonas falou com meu pai usando meu telefone explicando toda a situação, meu pai quis vir na mesma hora, mas Jonas o prometeu que o manteria informado e que em sua casa vou está seguro, meu pai disse quais remédios eu preciso tomar e Isaac usando minha chave foi até meu apartamento para pegar, ainda bem que ele não cruzou com nenhum morador, não quero ter que explicar nada para ninguém, fiquei com tanto medo de vê-la de novo que desliguei meu celular, não estava raciocinando, só me acalmei quando fiz isso, na minha cabeça ela iria me ligar, mesmo Jonas me falando que ela não tinha meu número não quis correr o risco, ele já tinha o numero do meu pai no seu celular então concordou em desligar o meu.

Devido a situação passei o dia na cama, Jonas trabalhou de casa para ficar de olho em mim e Isaac também subiu todas as vezes que podia para ver como estava, me forcei a comer um mingau que ele preparou para mim, e tomei os remédios que Jonas me deu, a noite já me sentia um pouco melhor, mas um medo de ficar sozinho começou a me tomar e tive um pesadelo com o dia em que ela me deixou, Isaac disse para Jonas dormir comigo na cama que ele dormiria no sofá, fiquei muito aliviado quando percebi que eles não iam me fazer ir embora, mesmo que ela não soubesse onde estou morando um medo irracional me tomou.

Passei dois dias na casa do Jonas e Isaac foi incrível cedendo um espaço na cama para mim, Jonas até quis revezar com ele, mas só ele conseguia me acalmar quando tive pesadelos, no terceiro dia estava medicado e de volta ao meu normal. “Iuri você não precisa ir.” Disse Isaac no café da manhã. “Amo vocês e nem consigo por em palavras o quanto sou grato, tinha mais de um ano que não tinha uma crise assim e prometo não misturar meus remédios de depressão com bebida de novo, aprendi minha lição.” Falei. “Sabe que pode ficar o tempo que quiser né?” Agora foi a vez do Jonas de falar. “Estou bem mano, e você mesmo já disse para ela que voltei para casa, ela não vai me procurar, me sinto mal de ter feito você falar com ela, sei o quanto é difícil para você.” Falei agradecendo o Jonas por ter mentido para ela por mim. “Iuri, eu nunca vou perdoá-la pelo que ela te fez e fez a mim, mas por você estou disposto a fazer tudo o possível para te ajudar mano.” Me sinto o cara mais sortudo do mundo por ter os dois melhores irmãos que um cara fodido que nem eu poderia ter, nem mereço esses caras cuidando de mim.

Por fim Jonas me leva para casa, como é um domingo meus colegas de apartamento estão em seus pontos de costume, Patrick saiu, Bruna viajou para uma praia com uns amigos, Erika está com a namorada e por fim Felipe está no sofá vendo tv, usando um calção de futebol, quando entro em casa ele me encara com um misto de preocupação e raiva, mas antes que fale alguma coisa sua visão se escurece assim que ele ver o Jonas, Felipe fica de pé e vai pisando duro em direção ao quarto, mas mesmo com minha voz fraca devido minha garganta inflamada de tantos remédios pesados que tomei nesses dois dias forço o máximo possível. “Felipe!” Ele pára e olha para mim fuzilando Jonas e eu com os olhos. “ O que foi, Iuri?” Respiro fundo até que é fofo vê-lo com ciúmes. “Quero te apresentar o Jonas.” Falo e Jonas abre um sorriso se divertindo com a gente. “Está falando sério, primeiro você fala que foi me ver na porra da festa, ai me acusou de ter ficado com alguém na sua frente.” respiro funto e fala o interrompendo. “Mas você ficou.” Agora ele é quem respira fundo e continua. “Ela é minha ex, que bebeu demais e me beijou sem que eu quisesse, fui atrás dela para que ela te esclarecer as coisas.” Começo a me sentir o maior idota do mundo. “Agora você para se vingar passa o fim de semana inteiro com o celular desligado e com seu namorado.” Ele aponta para o Jonas, que não consegue não rir e isso deixa Felipe ainda mais irritado. “Pensei que você tinha ido ficar com ela de novo, como ia adivinhar?” Falei tentando me defender. “E você não está entendendo.” Ele bufa de raiva. “O que, vai me dizer que não passou o fim de semana inteiro trepando com esse tal de Jonas” Jonas nem conseguia se ofender com a acusação. “E para de rir de mim assim, não sou palhaço Iuri.” Melhor explicar de uma vez antes que isso fique pior. “Para de rir Jonas.” Ele olha para mim e diz. “É que engraçado?” Felipe lhe lança um olhar assassino. “O que é engraçado?” Ele sorri e responde. “Você com ciumes do meu irmão.” Felipe para por um segundo. “Quem é seu irmão?” Agora eu que estou sorrindo, mas aí Jonas pega algo de sua carteira e pede a minha, entrego a ele e ele tira minha identidade, depois entrega as duas para o Felipe que arregala os olhos quando finalmente comprova que somos irmãos.

“Meu sobrenome só é diferente porque sou casado.” Completa Jonas se divertindo com a mudança de humor do Felipe que agora parece envergonhado. “Bem mano acho que você e seu amigo tem muito o que conversar agora, vou indo, qualquer coisa me liga por favor.” Agora ele fala um pouco mais sério, faço que sim com a cabeça e o acompanho até a porta, depois volto e Felipe está sentado no sofá com um olhar distante para a tv, passo e estendo minha mão para ele. “Vem, no quarto a gente conversa melhor.”

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Comentários

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Finalmente a conversa. Mas se tivessem conversado dois capítulos atrás as emoções que passamos com a dupla não existiriam.

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Rafa, mandou bem demais nessa trinca sensacional!! Essa conversa dos dois vai ser boa 😈

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Uai océ chegando atrasado KKK

Tô curioso pra ver o que vai dar essa conversa, Rafa não esquece Jonas tem que saber, que Davi tá atrás dele.

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Hahahaha viajei no carnaval! Tava ansioso pra ler os contos! Hahahah

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Acho q eu iria ficar vermelho de vergonha no lugar do felipe e ia falar bem baixinho

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Uma trinca de carnaval, espero que gostem desses três capítulos seguidos, até breve.

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Uai como não gostar grande surpresa essa, três capítulos num único dia.

Esse capítulo teve muitos gatilhos hein, puts quem diria reencontrar a megera, depois de um bom tempo, é o pior encontrar da forma que ele estava.

Ainda bem que Jonas mentiu pra ela, falando que o Iuri foi embora, tomara que ela não procure ele.

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