Nas Ruas de Recife 8

Um conto erótico de Jonas
Categoria: Heterossexual
Contém 1544 palavras
Data: 29/02/2024 01:30:09

Onde é que eu tô me metendo?

Jailza olhava pra mim ainda ofegante do gozo que teve e acariciava meu rosto de um jeito suave. Eu, ainda pesando sobre ela, curtia as contrações de sua buceta apertando meu pau que amolecia dentro dela. Tínhamos transado muito e de várias maneiras naquela manhã. O motel barato que ela mesma escolheu por ser bem discreto, ficava na Avenida Sul no bairro de Afogados.

Aquela loucura de transar no vestiário no meio da madrugada, além de ter sido muito arriscado, mexeu com nós dois e, mesmo sem querer e tentando ao máximo disfarçar, começamos a agir como um casal e todo mundo no serviço percebia. Resolvemos que deveríamos ter um momento nosso, para acertar mesmo o que havia entre nós.

Fazia poucos dias que eu tinha me recuperado daquela crise com Sara, as revelações dela, o turbilhão de sentimentos que me abalou, nossa reconciliação e a dúvida de como seria nosso casamento dalí pra frente. Eu só tinha a certeza de que eu deveria ser sincero com Sara e com Jailza também. Portanto, a coisa com Jaílza, tinha que acabar alí. Mas, depois dessa foda que tivemos, eu não sabia como falar.

— Não dá mais pra gente ficar assim. Acabou, meu neguinho. Ela me surpreendeu pela naturalidade com que encerrava o assunto.

— Olha Jaílza, eu… eu gosto muito de você, tu é linda demais, mas é que…a gente pode continuar…mas…eu e Sara…

— Não neguinho, acabou aqui. A gente não vai se vê mais, a gente vai ser só colega de trabalho, tá.

Olhei pra ela surpreso com sua pronta decisão e com o modo tão simples e amável com que ela me falava. Ela nunca tinha me chamado de neguinho.

— Não é pelo o que a gente tá fazendo, nem pelo que você sente por mim, eu nem me importo com isso. É pelo que eu tô sentindo. Não é mais só tesão, sabe? Vamos simbora, tua mulher já tá desconfiada. Falou com um arzinho de riso. Aí ela suavemente me empurrou e eu saí de cima dela.

Como eu fiquei um bom tempo dentro dela já com o pau mole, um pouco de gala escapou da camisinha.- e ela, percebendo a nossa bobeira, correu para o banheiro do quarto pra se lavar. Quando voltou, viu minha cara de preocupado e me tranquilizou.

— Eu tomo injeção neguinho, eu não te disse? Realmente ela tinha me falado, e eu respirei aliviado.

Enquanto Jaílza se vestia, depois de tomar banho sozinha e com a porta do banheiro fechada, eu fiquei observando o quanto aquela negra era realmente linda e me lembrava o tanto de prazer que ela me proporcionou naquela manhã. Na nossa última transa, a saideira, ela me puxou pra cima dela, mas seus movimentos foram suaves, dava selinhos na minha boca e me encarava o tempo todo, enquanto vez por outra me chamava de neguinho.

Não era mais a Jaílza que queria só me comer, que queria só mais uma transa. Não era mais aquela mulher segura de si e que não precisava de homem pra nada, ou pra quase nada. Eu entendi, e não precisava dizer mais nada.

Já vestida, se aproximou e me abraçou forte.

— Essa tua branquela é muito sortuda mesmo. Vamo embora?

Acompanhei ela de uber até sua casa e nos despedimos só com um tchau. Depois, segui pra minha. No caminho, vejo um zap de Sara.

— Tá chegando? Amanda tá aqui. ela vai te esperar na portaria. Ela quer falar com tú. Eu vou ficar aqui com Mariana e Matheo. Leva ela pra almoçar.

— Na portaria, quê que tá havendo, Sara?

— Tá tudo bem, só ouve o que ela quer falar, tá?

Eu já tinha digerido aquela situação toda de Sara transando com Amanda e com o marido dela, mas realmente não estava preparado para conversar sobre isso com ninguém além de minha esposa. Claro que muita coisa ainda estava por se resolver, muita coisa ainda precisava ser conversada, mas aquele encontro forçado me deixava apreensivo. Além do mais, eu tava quebrado de cansado. Sai de um plantão de 24h e inventei uma desculpa esfarrapada para ir pro motel com Jaílza até aquela hora!

Na portaria, Amanda me esperava algo apreensiva. A ruivinha se vestia bem à vontade, com uma roupinha bem caseira, uma blusinha de alça verde e um short verde e branco. Usava um sutiã que parecia muito grande para sua medida, certamente para evitar que seu leite melasse sua blusa. Quando me aproximei ela primeiro ficou observando minhas expressões e, vendo que eu estava afinal feliz em ver ela, embora um pouco constrangido também, me abraçou forte.

— Tudo bem Jonas? Já almoçou? Sara disse que tem um restaurante bem aqui pertinho, na Avenida Caxangá, que dava pra gente ir andando. Vamo?

E fomos caminhando um ao lado do outro em silêncio até o Bode do Primo. Já bem perto do restaurante, Amanda perguntou se podia enlaçar o braço dela no meu e ficou bem coladinha em mim. Entramos parecendo um casal. Almoçamos sem dizer nada um para o outro, como se estivéssemos nos preparando para entrar num assunto bem delicado.

— Eu tou sabendo de Sara e… vocês. Tu quer me falar mais alguma coisa? Quebrei finalmente o gelo.

— Eu tou me separando de Roni. E… quero te dizer que gosto muito de Sara, muito mesmo…e nunca faria nada para ferir ela e nem atrapalhar o casamento de vocês. A gente só foi ficando muito íntima e acabou que aconteceu…

— E teu marido, como ele entrou nessa estória?

— Meu casamento já acabou há um tempo já. Mas eu ainda faço…fazia… umas coisas com Roni. Unas coisas nossas, sabe? de… de transar com outras pessoas. E Sara ficou muito íntima … da gente. Falou sem olhar pra mim.

— Ela te ama demais Jonas. E depois que começou entre a gente, ela ficou angustiada pra te falar.

Eu pensei em seguir fazendo perguntas, em saber há quanto tempo estavam nisso, entrar em detalhes sobre os dias, as situações em que se encontravam. Mas isso só me traria sofrimento e resolvi preservar o que acertei com Sara.

— E vocês vão continuar? eu digo, tu Sara e …teu marido?

— Não tou mais com ele. Já acertamos. Ele vai sair de casa amanhã mesmo. E Sara não tem nada com Roni. Só aconteceu naquele dia e… foi mais por culpa minha.

— Então é só isso, né? Eu conversei com Sara. Já nos entendemos e quero continuar sendo teu amigo também. Além do mais, Mariana não vai querer perder o bonequinho dela, né? Amanda sorriu aliviada e apertou forte minhas mãos.

— Minha amiga tem sorte em ter você do lado dela.

— Então vamos pra casa que eu tô cansado que só.

— Eu tenho que te dizer mais uma coisa, Jonas. Vê só…entre eu e Sara…a gente…a gente descobriu uma coisa nossa que… que tava reprimida, sabe? a gente se gosta muito e…e a gente tem muito tesão uma pela outra. E a gente quer continuar. Se você não se importar. Eu e ela só, claro!

Aquilo deu outro nó na minha cabeça e meu sono passou na hora. Então não tava nada resolvido. Sara e Amanda tinham virado sapatão, era isso? e eu ia ficar como? e se Sara resolvesse me deixar pra ficar com Amanda? Essas perguntas voavam pela minha cabeça e Amanda percebeu minha aflição.

— Jonas, Sara te ama e é doida de tesão por tu. E eu gosto é de homem… gosto de homem também. Mas a gente quer viver isso que surgiu entre eu e ela. E não tem nada a ver com o que ela sente por tu. Amanda tinha puxada a cadeira dela para perto da minha e falava agora bem pertinho de mim, baixinho. E eu sentia seu perfume, seu hálito, seus seios bem pequenos escondidos naquele sutiã enorme roçando no meu braço.

Eu sabia sim do amor de Sara por mim, por nossa família, e eu não me sentia no direito de impedir que ela vivesse aquilo com Amanda. A ruiva estava ali sendo realmente sincera e corajosa declarando o que sentia por minha esposa. E havia entre as duas uma amizade bem firme, estreita de muito carinho e cumplicidade.

— Eu não vou prender nem proibir Sara de nada, Amanda. Eu quero que ela seja feliz, só isso, e que seja ao meu lado, de preferência.

— Claro que é do teu lado, bestão. Ela me encarou por um tempo e encostou a boca dela na minha num beijo que eu correspondi, primeiro timidamente e depois com bastante empolgação.

Abracei aquele corpinho magrinho, como o de uma adolescente, bem diferente da corpulência macia de Sara e da firmeza malhada de Jaílza, e trouxe ela mais colada a mim, curtindo aquele beijo gostoso, acariciando os cabelos vermelhos e volumosos da ruivinha. Por baixo da mesa senti que ela procurava sentir o volume de meu pau com uma das mãos. Paramos de nos beijar e ela olhava ofegante para mim, confusa.

— Desculpa Jonas. Vamo voltar? Olha como eu tô.

Vi que a blusa dela estava ficando encharcada de leite que nem aquele sutiã enorme tinha conseguido segurar. Saímos do restaurante de mãos dadas.

— Puta merda! Onde é que eu tô me metendo?

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Comentários

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Eita deu pra entender que a Amanda tá afim dele também, pelo visto agora vai ter um trisal, e isso mesmo que eu estou pensando.

Jailza pelo visto se apaixonou por ele, por isso falou que foi a última vez.

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Quanto a Jaílza, eu concordo. Mas no caso de Amanda, eu tenho minhas dúvidas. Vamos ver mais pra frente.

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Correção,os dois fizeram merda e nenhum deles está feliz de verdade

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Eu transaria com a Amanda durante um tempo depois me separava e vivia a vida de solteiro, pois os dois ficaram mercado e na realidade nenhum deles está feliz realmente

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Separar por que? Se ele ama a esposa. O negócio complicou agora com a confissão de Amanda. É preciso ver onde vai dar.

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A própria Amanda deu a entender que tem mas coisa o casal era liberal a sara foi ficando íntima e participou mas que essa foda

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Concordo bem observado isso, sara está escondendo mais alguma coisa, isso dá pra entender.

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A sara fala bem do amante marido da amiga e ele feio e esposa fala mau sara conta outra estória do marido da amiga kkkkk

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