Hoje Ande teve que acordar bem mais cedo para ajudar o pai dele em alguma coisa que não perguntei, é estranho acordar e ele não está dormindo ainda, vou para o meu banho e depois desço para tomar meu café da manhã, ficar sem o Ande pela casa é complicado, ainda não me sinto muito à vontade, mas estou com fome então não tenho escolhas, pelo menos pelo que parece não tem ninguém em casa, aproveito para tomar meu café da manhã tranquilo depois subo para o quarto, ligo o computador vou jogar algo até meu amigo voltar.
Acho que hoje vamos para academia em outro horário de novo, pelo menos amanhã vai ter o tal torneio de magic que Ande comentou, estou animado para voltar a jogar, tem muito tempo que parei, já arrumei meu deck e montei boas estratégias, estou confiante, aproveito para falar com minha mãe e minha namorada, mando mensagem para as duas perguntando como estão as coisas e falando que estou legal, porém antes de soltar o celular e voltar para o jogo chega mais uma mensagem no meu celular, uma do John.
Trocamos nossos números no dia da festa, peguei até o número da Mônica também, quando abro a mensagem vejo que ele me mandou umas dessas mídias de visualização única, achei meio estranho, mas abro a foto mesmo assim, meu coração acelera e meu pau começa a ganhar vida, John está sentado em uma cadeira, com as pernas abertas segurando seu membro ereto e bem rígido, seu corpo malhado tem gotas de suor, só aparece uma parte da sua boca, não dá para ver o rosto, mas reconheço alguns traços do corpo dele, a nude é dele mesmo tenho certeza, o pau do John é grande e cheio de veias.
Não sei o que fazer ou pensar, quero fechar a foto, porém meu corpo não me obedece e fico ali olhando aquela foto, John é um cara bonito, e pelo jeito bem dotado, deve comer muitas meninas, entretanto o que está martelando na minha cabeça é porque ele me mandou essa foto, não está fazendo muito sentido, respiro fundo e saiu da foto, por ser de visualização única não posso ver de novo, estou pensando em mil formas de questionar essa foto, porém John se adianta em uma mensagem me pedindo mil perdões.
Ele fala na mensagem que a foto era para outra pessoa, que ele está paquerando, uma mina e acabou mandando para mim sem querer, ainda sim é uma foto de visualização única, mandar umas foto assim por engano é bem difícil, entretanto vou aceitar que foi mesmo um engano e esquecer o que eu vi e o que aconteceu, mando uma mensagem falando que acontece é que não liguei, quis escrever para que ele tomasse mais cuidado no futuro, só que achei que aí já seria demais, então desisti.
O caso foi dado por encerrado, pelo menos foi o que achei, na minha mente a rola do John fica voltando e voltando ele tem um pau bonito, pelo menos na foto deu para perceber que favoreceu bem ele, poderia até está ganhando dinheiro com only fans ou coisa do tipo, ele é educador físico então o corpo dele se malhado daquela forma é normal, por curiosidade entro no insta dele e começo a ver suas fotos de sunga ou com suas roupas de treino, calções de praticar esportes normalmente tem o tecido fino, percebi nas fotos que ele tem mesmo um volume nas pernas, nunca tinha reparado nisso antes.
Leva um tempo até me tocar que estou manjando a rola de outro cara, o que está acontecendo comigo, não sou assim, não sou de ficar avaliando pintos alheios, antes de sair do insta dele percebo que ele me colocou no close dele, algo me diz para não ir lá, só que a curiosidade venceu o receio e fui ver seus storys, na primeira foto é de ontem a noite, dele na academia, tem outra dele com uns amigos jantando fora, pelo jeito ele teve coragem de enfrentar a chuva.
Até então está de boas, só que ele postou dois stories no close dele, uma se de cueca na frente do espelho da casa dele, o pau dele está duro e bem marcado na cueca, meus olhos estão arregalados, ele é todo raspado, não tem pelos, nessa foto o celular está na frente do rosto, mesmo assim dá para ver ele com um sorriso de safado, e segunda foto John está na mesma posição da nude que ele me mandou só que de cueca, uma cueca box branca, o pau tão duro que parece que vai escapar da cueca a qualquer momento, minha língua passa nos meus lábios de forma involuntária, meu corpo inteiro está tremendo.
Queria ver a nude dele de novo, mas melhor que não possa, meus pensamentos já estão me traindo muito, só consigo pensar que vou ver ele hoje e não faço ideia de como vou conseguir não manjar a rola dele pessoalmente, não sou assim, não sou de sentir atração por homem, mas conheço bem a sensação de quando quero pegar uma mina e estou com essa mesma sensação agora sobre meu personal John.
Caralho, vou para banheiro tomar um banho, talvez água gelada resolve esses meus pensamentos estranhos, me esforço muito para não bater uma pensando nele, nem arrisco ver um pornô, até porque do jeito que minha mente está posso acabar pensando nele e vou me arrepender depois, ainda estou digerindo o fato de ter batido uma cheirando a cueca do Alisson, tem algo de muito errado comigo, preciso comer uma mina.
Ande volta perto da hora do almoço, estou cem por cento focado no jogo e tentando muito parecer normal, meu amigo não notou nada de estranho ainda bem, conversamos sobre o jogo que estou jogando — the last of us — quando a mãe dele nos chama para almoçar, o almoço estava mesmo bom, aproveitei que ainda tinha sorvete de sobremesa, a mãe do Ande me deu uma bronca por lavar a louça, ela disse que não precisar essas coisas que mãe fala pros nossos amigos, mas a tranquilizei falando que era uma forma de lembrar de casa e matar um pouco a saudade fazendo tarefas que são minhas em casa.
De volta ao quarto Ande estava todo animado, acho que ele devia ter alguma coisa marcada, ele percebendo minha curiosidade tratou de me contar o motivo de sua alegria.
— Hoje a gente vai poder ir na lagoa.
— Lagoa?
— É uma lagoa que tem aqui na cidade, lá a noite é cheio de lugar legal para comer, tem bar também, só que a gente não bebe então vamos comer uma pizza top hoje.
— Esse lugar está me parecendo caro Ande, não posso gastar todo meu dinheiro na primeira semana. — Falei sendo responsável.
— Eu vou pagar, ajudei o pai no trabalho dele e ganhei uns trocados do velho, relaxa.
— Não quero te dar despesa Ande. — Falo ainda meio relutante.
— Renan, considere isso como uma compensação por ter te deixado ir sozinho para a casa do John. — Ele fala com um sorriso.
— Tá certo então, vou aceitar, só porque sei que vamos faturar uma grana amanhã no magic.
Ficamos combinados de ir a academia pela tarde, no mesmo horário de ontem e ir para essa tal lagoa a noite, pelo menos iria comer pizza de graça e o melhor pizza boa, dessas caras em um lugar chic, não tinha muito que fazer, o clima não estava tão quente então resolvemos tirar uma soneca da tarde, Ande simplesmente apagou assim que se deitou, ele acordou bem mais cedo do que está acostumado, faz sentido ele está com sono.
Também estou um pouco, mas desço para tomar água, estou com a boca seca, quando chego a cozinha dou de cara com Alisson, ele está usando uma calção de futebol branco, bem fino e até acho que ele está sem cueca, e com uma blusa do Corinthians no ombro, ele acabou de chegar da academia, seu corpo está suado, seus cabelos estão molhados e seu rosto está vermelho, fico olhando para ele por um tempinho, mas que na minha cabeça pareceu uma eternidade, segui meu destino antes que minhas reações fiquem estranha e tenha que explicar determinados comportamentos, fora que meu pau anda ficando duro com muita facilidade esses dias, não sei o que essa calor está fazendo com meu libido.
— Cadê o Anderson, Renan?
— Dormindo. — Respondo, ainda evitando contato visual.
— Ele acordou cedo para sair com o pai, vocês já foram para a academia? — Ele pergunta.
— Não, acho que vamos só mais tarde.
— Entendi, você vai fazer o que agora?
— Nada, só esperar o Anderson acorda mesmo. — Me esforço para parecer o mais normal possível.
— Entendi, você pode me ajudar com uma coisa então? — Fico surpreso com o pedido de minha ajuda.
— Posso, claro. — Respondi sem pensar, ele me deixa desconfortável, não imagino como posso passar muito tempo perto.
— Massa, vou só tomar banho e já te chamo. — Ele fala indo para o quintal pegar a toalha e depois volta indo para o banheiro.
Fui para o quarto onde fiquei quieto sentado esperando ele me chamar, uns vinte minutos ou pouco mais que isso ele apareceu no quarto, agora usava uma calça jeans e uma camisa polo branca, consegui sentir o perfume amadeirado dele de longe, me levantei e o acompanhei ainda sem saber exatamente o que era para fazer, porém não tive coragem de perguntar, Alisson tirou sua moto da garagem e me entregou um capacete reserva, aceitei sem perguntar nada, o momento ficou ainda mais constrangedor porque me vi em uma situação muito estranha, simplesmente não sabia em que segurar na moto, com Ande vou segurando em seus ombros e é tranquilo, mas não sei se posso segurar no Alisson, então dou um jeito de me segurar na moto mesmo.
Ele pilota melhor que o Ande, não vai muito rápido e se não fosse por minha falta de apoio na moto seria até uma viagem tranquila, vejo que ele me levou até o escritório que ele trabalha, aparentemente ele trabalha numa sala da prefeitura, me sinto mal vestido, ele está todo arrumado, enquanto estou usando uma bermuda, uma blusa e havaianas, ele não parece se importar pelo menos isso.
— O que precisa que eu faça?
— Ainda nada, Carolina comprou um armário, vamos pegar na loja e levar para a casa da mãe dela, vim só pegar a chave da caminhonete do trabalho. — Carolina é o novo da noiva dele.
— Sim.
Alisson pega a chave e seguimos para a loja de móveis, no carro seguimos em um longo silêncio, não tinha assunto para conversar com ele, ele é um cara muito sério e meio intimidador, não devia ter gostos nem um pouco parecidos com os meus, tudo que sabia sobre ele é que aparentemente torcia para o Corinthians, isso por conta da camisa e nem nisso éramos parecidos, meu time do coração sempre foi o Fortaleza, desde moleque.
Não sou do tipo que pega peso, porém a estante está desmontada e isso facilitou muito o processo, os caras da loja ajudaram a pôr as peças no carro então foi bem rápido, depois disso seguimos para a casa da noiva dele, ela mora com os pais, embora passe muito tempo na casa do Alisson, isso é meio que normal nos casais héteros convencionais, o que não se aplica a mim, minha mãe não me deixa levá-la para meu quarto e o pai dela é um policial que ainda acredita que a filha ninfomaníaca ainda é virgem.
— Você vai precisar de ajuda para montar quando chegar lá? — Pergunto para tentar evitar outro silêncio longo.
— Não, meu sogro vai me ajudar no Domingo, mas valeu por ajudar agora. — Ele disse.
— Disponha. — O que estou dizendo, estou parecendo um velho falando.
Ande acordou e me mandou mensagem enquanto estamos descarregando o carro na casa dos sogros de Alisson, respondo falando que estou ajudando o irmão dele e que já vou para casa, claro que Ande ficou puto, falou que o irmão é um babaca e que não tinha nada que ter me pedido ajuda, realmente não entendo o Anderson, meio que não deu tanto trabalho assim e o irmão dele já pagou até açaí para mim, mesmo que Alisson não tenha me cobrado gostei de ajudar como uma forma de agradecer também.
Ele me deixou em casa e voltou para o trabalho, Ande está no quarto jogando, me junto a ele e é como se nada tivesse acontecido, estamos jogando Street Fighter, jogamos até a hora do lanche da tarde, umas quinze e trinta chegamos a academia, meu dia foi bom até esse momento, porque agora vejo John e não sei como me comportar, não depois de ver o que eu vi, aparentemente ele deu mesmo o caso por encerrado e meio que não sabe que o stalkeei ele, vou seguir no bonde melhor assim do que deixar as coisas ainda mais estranhas.
Como sempre ele me ajuda na minha rotina de exercícios, me explicando cada máquina ou movimento, as coisas iam bem até que tenho que me deitar em um banco para levantar peso e ele se posiciona atrás do banco para ajudar a segurar o peso, tudo normal não não fosse o fato do pau enorme dele está tão perto do meu rosto, observar ele nessa posição me deixou muito estranho, meu pau até começou a ficar meio duro, ainda bem que coloquei uma cueca mais apertada hoje, justamente prevendo que poderia ter umas dessas emoções descontroladas, comecei a suar frio.
Direto em minha mente a nude do John foi ganhando espaço, terminar o treino foi bem mais difícil do que da primeira vez, sempre que me ajudava ele ficava bem perto, pude sentir o seu perfume e tudo, John é um cara muito bonito, não deve faltar mulher para ele, ficar pensando nisso foi só um passo para imaginar ele comendo alguém, não sei como mais comecei a gostar de imaginar os caras comendo as minhas, nem sou tão pervertido assim, deve ter mesmo algo errado.
Quando acaba o treino invento que preciso ir para casa logo para Ande não ficar de conversinha com ninguém, quando mais rápido sair de perto do meu personal dotado melhor, amanhã já vou ter esquecido, só devo está com isso na cabeça por ter recebido a nude por engano hoje, de qualquer forma descido me render, uma punheta pensando nisso não vai me comprometer, não é que eu seja gay por imaginar certas coisas.
Durante o banho seguro meu pau e imagino como ele deve ter feito, segurando seu pau com força, ele tem cara de que gosta de uma batida rápida, o pau dele é grande deve ter lubrificado com cuspe, segurando firme ele vai da base até o topo, sua respiração ofega porque ele está inspirado, deve está imaginando uma bucetinha quentinha e apertada, John dobra os dedos do pé e se contorce de prazer, ele bate com força, lubrifica a mão mais uma vez, seu pau duro e firme aponta para cima, ele segura pela base o oferecendo para quem quiser cair de boca nele e é aí que ele tira a foto, ele sabe como instigar, como seduzir, sorte da menina que sentar nele.
Imaginar ele oferecendo o pau naquela foto, me faz questionar, como será pegar no pau de outro cara, chupar não é uma opção nunca, quando meu pau estava em atrito com o do Ande no dia do ménage senti ele quente e pulsante, qual será a sensação de pegar em pau duro que não é o meu, e as mãos de outro cara no meu pau, sei lá mulher normalmente tem a mão menor e mais macia, mão de homem deve ser diferente e homem bate punheta os caras devem saber bater uma melhor do que as minas, seu sei o que machuca, sei como segurar, acho que deve ser melhor talvez ou estou só viajando, minha namorada as vezes pega com muita força e machuca um pouco, mas as gatas que fiquei a umas noites sabiam pegar e chupar, de repente me vem uma outra lógica, se o cara sabe como bater punheta para outro baseado em sua própria experiência será que a mamada de uma cara é melhor também?
Pego o celular e entro em um site pornô, coloco oral gay na pesquisa, vejo um cara mamando outro, isso começa a me dar tanto tesão, é a primeira vez que vejo um pornô que não tem mulher no meio, ou que só tem mulher, mas estranhamente isso me dar o mesmo tesão que sinto quando vejo uma mina chupando outra, em tal momento imagino o John me chupando e ai não aguento mais segurar e gozo bastante, esses dias estou com um tesão fora do comum, tenho que encontrar uma forma de lidar com isso, ou logo o Ande vai descobri que estou batendo punheta no banheiro dele todo dia.
Como Ande prometeu a noite vamos para a lagoa, o lugar tem um calçadão e uma praça muito bonita, bem arborizada, tem mesmo muitas opções de bar e restaurantes, o clima está agradável, por conta da lagoa o vento é geladinho, alguns amigos do Ande se juntam a gente incluindo amigos da academia e sim John aparece também, o cara está lindo diga se de passagem, quando vejo Mônica fico mais aliviado, gostei dela, no caso eu que a chamei, mas não sabia se ela iria por causa do Ande.
— Só você para me fazer vir pra isso. — Ela fala rindo.
— Amor? — O seu namorado fala fingindo estar ofendido.
— Nem começa que tu sabe que só te quero por causa do teu dinheiro. — Ela tem essas piadas infames e internas com ele.
— E ai te convidei para você ver que o Anderson não é um monstro que te falaram.
— Veremos. — Ela responde.
Todos são muito legais, no final parece que Ande e Mônica até resolveram fazer um trégua e não ficam se alfinetando e nem fazendo cara feia a noite toda, a pizza desse lugar é mesmo outro nível, se bem que pelo preço tinha que ser mesmo, a melhor parte claro foi não precisar pagar a conta, brincadeira, só aceitei porque os argumentos do Ande foram bons mesmo, a noite foi divertida, só que quem é de farra foi indo para os bares e nós que somos nerds que não bebem fomos para casa, me despedi de todos e voltamos para casa, já era quase meia noite, nem vi o tempo passar, Ande estava que nem pinto no lixo — eufórico de animação — gosto de ver meu amigo assim animado.
— Te falei que ia gostar da pizza. — Ele fala orgulhoso por estar certo.
— Tá bom admito, estava boa mesmo, se eu ganhar amanhã uso o dinheiro para pagar um jantar legal para gente. — Falei.
— Então amanhã vai ser sushi. — Ele fala todo feliz.
Ele vai pro banho no banheiro de cima e como não gosto de banhar no de baixo fico esperando, pelo horário todos já deve está dormindo ou pelo menos nos seus quartos, depois que meu amigo sai do banho e minha vez, quando volto para o quarto ele coloca um filme para gente assistir, a ainda estamos na nossa saga de ver filmes teen babaca então começamos a saga After, são cinco filmes, o roteiro deixa a desejar, as atuações não são das melhores, mas até que tem umas cenas boas, o filme é uma bosta, mas a nossa intenção é ver os filmes ruins do catálogo do Prime então estamos dentro do combinado.
O filme tem quase duas horas de duração, quando acaba já são duas e cinco da manhã, Ande desliga o computador e vamos dormir, para não perder o costume vou tomar meu último copo d'água e ir ao banheiro, quando desço vejo a porta que leva para o quintal aberta, vou olhar por curiosidade e vejo Alisson sozinho no quintal.
— Algum problema? — Perguntei.
— Só calor mesmo. — Ele está só de cueca samba canção como sempre, ele está sentado numa cadeira lendo no kindle.
— O que está lendo? — Pergunto puxando assunto.
— Umas coisas do trabalho. — Ele responde sem me olhar.
— Ah, desculpe não quis atrapalhar. — Falei já me retirando.
— Espera, você não está atrapalhando não e quero te agradecer por ter me ajudado hoje.
— Estava te devendo.
— Não estava não. — Ele insistiu. — Tenho chocolate você gosta? — Ele fala me oferecendo um pedaço da sua barra de chocolate.
— Tudo bem. — Nego mesmo querendo.
— Deixa disso pega. — Me aproximo dele e pego um pedaço, agora estou do lado dele que é justo que estava tentando evitar.
— Sabe pensei que você não gostava de mim. — Falei.
— Nem te conheço muito bem, como poderia não gostar. — Ele responde.
— Sei lá é que você nunca sorri.
— Sorrio sim, para sua informação sou o mais divertido da família. — Ele fala abrindo o sorriso mais bonito que já vi na vida.
— Repete isso para você a noite para tentar se convencer. — Falei brincando, estava usando do humor pra mascarar meu total desespero.
Nos dois estamos rindo, mas aí acontece o que nunca esperei que pudesse acontecer, ele me olha e retribuo olhando em seus olhos, ficamos em silêncio, meus olhos ficam presos nele e os dele em mim, e quando menos espero estou me inclinando em sua direção e ele na minha, Alisson beija minha boca e é como se meu corpo inteiro acordasse de uma vez, não tem borboletas em meu estômago e sim os fogos de artifícios desse que acontecem em ano novo, meu corpo está em brasa, mordi o lábio dele e sua língua penetrou minha boca, nunca fui beijado dessa forma, não sei como dizer isso, só que foi o melhor beijo que já dei na vida e também o mais aterrorizante, a barba rala dele passando no meu rosto, sua boca macia porém numa pegada forte, beijar um homem é completamente diferente.
Não teve agarração foi só o deixo, porém nem um de nós dois recuou, até o beijo naturalmente se encerrar meus lábios estava ali provando do doce gosto de chocolate dele, sabe quando você usa uma droga que te deixo incrível, mas depois vem a ressaca, e a minha não tardou nenhum pouco, corri sem dizer uma palavra, foi feito um foguete para dentro da minha rede, meu coração acelerado, meu mundo girando, essa noite fiquei em claro até amanhecer, tentando convencer minha mente de que tudo não tinha se passado de um sonho muito, muito esquisito ou então estaria muito fodido quando amanhecer e todos soubessem que eu tinha beijado o irmão do meu melhor amigo, o pior de tudo era que ainda faltavam 25 dias até voltar para casa ou seja tinha feito merda no quinto dia das minhas férias e claro que isso também entrou para a lista de coisas que nunca tinha feito na vida.
