O tempo voa - I

Um conto erótico de Anjo Negro.br
Categoria: Heterossexual
Contém 947 palavras
Data: 03/01/2024 04:46:25

{Para entenderem melhor essa série, recomendo que leiam primeiro a anterior "Amigas".}

Vinte e cinco anos se passaram. Paula e Sandra trilharam caminhos diferentes. As aventuras através das "apostinhas" hoje não passam de doces lembranças.

Paula seguiu na carreira do Direito, o mesmo caminho de sucesso do avô, tios e alguns primos.

Sandra arrependeu-se do curso. Ela só chegou ao final por incentivo da amiga, mas no estágio ela percebeu que uma carreira burocrática não era o que ela queria. Em seguida fez Engenharia Mecatrônica. O barulho das máquinas soavam como música para seus ouvidos, mesmo sendo um ambiente hostil para mulheres. Ela tornou-se chefe de uma equipe responsável por programar e fazer manutenções em robôs em uma grande indústria.

Paula casou-se com o único homem com quem ela engrenou um relacionamento sério e teve três filhos. Sandra por sua vez não foi feliz no amor. Teve vários namorados, mas foram raras as vezes em que conseguiu completar 1 ano com um mesmo homem.

Dentre um desses breves relacionamentos teve seu único filho, Cláudio (nome fictício), 22 anos, branco, alto, braços fortes graças ao vôlei. Em alguns momentos sentia um vazio na alma, mas quando ela lembra o quanto curtiu com toda essa liberdade, ela entende que teve mais ganhos do que perdas.

Paula com seus 45 anos ostenta um corpo que deveria ser estudado. Perfeito, parece ter congelado no tempo em que ela tinha apenas 30 e mais intrigante: três gestações, sem dietas malucas e nenhuma plástica. Sandra foi o oposto, envelheceu sem vaidades, engordou, mas os seios enormes e coxas grossas permaneciam firmes e continuava sendo muito desejada pelos homens mesmo já com 47 anos de idade.

As amigas foram perdendo contato devido as novas metas pessoais e profissionais, além de desentendimentos bobos que a falta de maturidade da juventude complicaram situações facilmente solucionáveis pelo diálogo.

Tarde de sexta-feira. Paula e Sandra reencontraram-se por acaso no shopping. Trocaram telefones. Paula anotou sem a menor expectativa de que Sandra estivesse disposta a reatar a amizade.

Duas semanas depois, Paula está em uma tristeza enorme. O casamento estava em ruínas depois de 2 décadas e 3 filhos criados. Ela e o marido estão há pelo menos três dias sem olhar no rosto, sem dar um "bom dia". O divórcio é inevitável.

Ela começa a olhar seu álbum de memórias. Tentando resgatar momentos em que ela foi feliz. Começou de trás para frente, primeiro pelo nascimento da filha caçula, depois o filho do meio, do batizado da primogênita.

Folheou retrocedendo até a sua época de solteira, onde fotos da sua amiga Sandra dominam a maior parte das páginas. Inúmeras festas. Uma selfie das duas lhe chamou a atenção. Ao dar um zoom, percebe uma mancha na gola da camisa da amiga. E olha que ela já viu aquela foto várias vezes e só agora percebeu esse detalhe. Seria de suco? De molho do cachorro quente? Cerveja? Não. "É porra" concluiu sem sombra de dúvidas. Nesse momento abriu um sorriso misturado pelas lágrimas da saudade. Ela lembrou que naquela noite, Sandra havia ficado com um paquera que dava em cima dela em todas as baladas. A amiga antes da foto havia acabado de fazer oral no homem atrás de uma árvore, justamente a que aparece no fundo da imagem. Paula não consegue controlar as gargalhadas. Ela não sabe qual das duas era mais safada. Estava mais para empate técnico nesse quesito. Essa descoberta foram um alívio momentâneo. Em poucos minutos, as lágrimas voltaram quando percebeu que o presente só tem decepção. Nesse momento, o telefone toca.

Um número que não estava em sua agenda. Quando atendeu, a surpresa: era Sandra.

_ Oi, Paula. Como vai? ... Que tal você passar aqui em casa? No sábado é tranquilo e eu tenho nada pra fazer.

...

_ Cláudio, mamãe vai receber uma amiga aqui em casa amanhã...

_ Que saco, mãe! Mais uma velha chata...

_ Velha, não! Paulinha é uma coroa enxuta.

_ "Coroa enxuta" que nem aquela de semana passada? A mulher tem netos mais velhos que eu.

_ Ela não é tão velha assim. É porque ela teve filhos muito cedo.

_ Tá bom, mas tenho vôlei, você sabe. Espero aqui dez minutos no máximo e vou pra quadra.

Na manhã seguinte, Cláudio estava vestindo a joelheira e sua mãe pediu pra atender a porta. Ele fez reclamando de ter de receber mais uma "velha" pra ouvir de "coisas de antigamente".

Ao atender, travou.

_ Oi, você deve ser o Cláudio. Sua mãe está?

Claudio ficou mudo, apenas apontou pra sala. Sandra veio em direção a porta e deu um forte abraço na amiga.

Claudio ficou olhando aquela deusa. Vestido florido, corpo torneado, melhor que muitas garotas de sua idade. Sandra a levou para a janela para mostrar a vista. Paula que era um pouco baixinha elevou seus calcanhares arrebitando a bunda.

Claudio ficou de pau duro instantâneamente. Foi para o quarto pegar seus materiais do vôlei e de longe olhando.

Sua mãe estranhou que os "dez minutos" haviam se tornado mais de 1 hora.

_ Quando você chegar na quadra os seus amigos já não estarão mais, Claudio.

_ Dá tempo sim, mãe. Vou agora.

Paula foi até a saida despedir-se do rapaz. Claudio, nervoso, limitou-se a estender a mão.

_ Ora, não seja tímido! Disse Paula dando um abraço.

Paula percebeu que o jovem estava excitado. Ela fingiu não ter sentido para evitar constrangimento. Ela ficou molhada imediatamente.

Ela ficou pensativa. Sempre foi muito tarada, mas nunca sentiu algo assim tão rápido por nenhum homem. Ele era bonito, jovem, mas nada que supere tantos outros que ela conheceu na sua vida. Existia uma "química" diferente entre os dois.

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Comentários

Foto de perfil de Loirinha gostosa

Achei excelente nos contar como ficou a vida das amigas apostadoras, tantos anos depois. Promete coisas bem excitantes. Publiquei ontem um novo conto. Bjus.

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