A mulher do farol

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Heterossexual
Contém 2838 palavras
Data: 07/12/2023 23:09:38

Eu sempre gostei dos dias chuvosos mesmo com o frio e a umidade castigando a natureza e também as pessoas; eu costumava levantar cedo nesses dias para acender a lareira e o fogão a lenha deixando uma fresta nas janelas para quebrar aquele aspecto esfumaçado; a casa de pedra calafetada com piche era aconchegante e eu me acostumara a viver em seu interior; porém o que eu mais gostava nesses dias chuvosos é que ele viria me ver; as noites eram longas e solitárias e eu costumava dormir nua acariciando minha buceta e esfregando meu clítoris até gozar, sentindo os arrepios gostosos, os mamilos tão durinhos que chegavam a doer e aquela sensação de ansiedade a espera dele.

Naquela manhã não foi diferente; ainda pelada saí da casa correndo até o banheiro onde já acendera previamente o fogo sob a velha banheira que fumegava a minha espera; me banhava com esmero e depois me secava voltando para dentro da casa onde saboreava um café fervente e algumas broas de milho; eu não tinha certeza se ele viria, como também não sabia se ficaria ao meu lado, mas a espera era excitante …, até mesmo porque eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, ele viria. Passava um pouco das dez quando ouvi a sirene do navio anunciando sua chegada que fundeando no meio da baia; pouco depois eu olhava pela janela vendo o bote motorizado deslizar sobre a água revolta rasgando a enseada na direção do pequeno cais; com seus gestos firmes e musculosos ele amarrava o cabo do bote na estaca e punha sobre os ombros o saco com mantimentos segurando o outro com uma das mãos.

Ele caminhava resoluto e a medida em que se aproximava da casa fazia meu corpo reagir com arrepios, mamilos intumescidos e uma buceta lacrimosa e saudosa; com seu jeito calmo ele entrava depositando a carga em um canto da pequena sala e vindo e minha direção; ele me enlaçava com seus braços fortes apertando meu corpo contra o dele e selando minha boca com a sua em beijos ávidos e infindáveis; com uma de suas mãos apertando minhas nádegas e a outra segurando minha nuca por baixo dos cabelos ele insistia em mais beijos lascivos sabedor de que tudo aquilo servia apenas para me deixar mais quente e úmida.

Alvoroçada pelo tesão eu me desvencilhava dele apenas para ter a oportunidade de tirar sua roupa; ao vê-lo nu eu me quedava em êxtase examinando detidamente aquele corpo másculo e viril com peito largo e proeminente ornado por uma belíssima tatuagem Maori suportado por um abdômen torneado seguido de um baixo ventre onde se erigia um membro cuja rigidez era tão inquietante que minha boca salivava instintivamente me levando a ajoelhar diante dele tomando sua ferramenta em minhas mãos sentindo toda sua pujança pouco antes de tê-la dentro de minha boca sequiosa; tal era minha ânsia por ele que lhe dei um banho de língua alternada com sugadas eloquentes e beijos ardentes.

Nos olhávamos naquela posição que em nada representava submissão, mas sim um desejo descomunal de pertencimento; a certa altura ele me tomou em seu colo me levando para a cama onde nos deitamos entregues a mais beijos e carícias luxuriosas e desmedidas; finalmente ele mergulhou seu rosto até sua boca encontrar minha gruta que já vertia copioso néctar que ele incumbiu-se de saborear ao mesmo tempo em que me concedia estrondosos orgasmos por meio de sua língua dotada de indescritível habilidade; eu cerrava os olhos e me deixava levar apenas pelas sensações que ele aflorava em meu corpo que lhe pertencia sem qualquer limitação.

Desvairada e sem noção de nada quase perdi os sentidos quando ele me cobriu fazendo movimentos pélvicos ágeis e hábeis que culminaram em uma penetração profunda e vertiginosa redundando em um gemido explodindo de minha garganta e libertado por minha boca que logo foi emudecida pelos beijos ainda ávidos dele que cuidava de iniciar uma sucessão de movimentos sacando e enterrando seu membro dentro de mim, bastando apenas um mínimo esforço para elevar-me ao sétimo céu com o gozo fluindo como um rio luxurioso e profuso sacudindo meu corpo tomado por um sem-número de arrepios e espasmos incapaz de oferecer alguma resistência diante da impetuosidade daquele macho que me conquistava e me dominava sempre que estávamos juntos usufruindo de lascivo prazer.

E assim seguia-se o dia e também a tarde com ele me tomando para si após breves descansos demonstrando uma performance impecável como antes e me alimentando de um prazer inebriante e inesquecível; quando o manto da noite cobria o firmamento eu me levantava para preparar uma merecida refeição para ambos, muito embora ele não soubesse que minha intenção era alimentá-lo para logo depois exauri-lo dentro de mim. Depois da refeição ele fazia questão de me tomar no colo para que pudéssemos voltar para a cama, onde ele se deitava permitindo que eu o cavalgasse experimentando uma comoção estupenda ao subir e descer sobre ele com seu membro rijo invadindo minhas carnes para ser expulso e novamente me preencher numa sequência voraz que logo desaguava em novos orgasmos chacoalhando meu corpo deixando-me trêmula, excitada e feliz ao mesmo tempo.

Mais um descanso e lá vinha ele atacando meus mamilos com sua boca marota lambendo, chupando e mordiscando num renovado estágio de provocações que duravam apenas o tempo suficiente para que ele me pusesse de quatro sobre a cama vindo por trás transformando-me em sua cadela predileta ao receber seu invasor dentro de mim provocando uma retomada surpreendente caminhando em direção ao momento em que após tanto prazer, meu homem vibrava, gemia e grunhia até atingir seu clímax, despejando sua profusa carga de sêmen dentro de mim, causando um impacto tão contundente que eu acabava eclodindo em um derradeiro gozo que convulsionava meu corpo e obliterava por definitivo minha mente envolvida por uma bruma extasiante que me punha em nocaute desabando sobre a cama sem um mínimo resquício de energia vital …, tal era esse impacto que meus olhos pesavam e meus sentidos perdiam-se tomados pela exaustão e pela plena satisfação.

O som estridente e insistente da sirene da embarcação estacionada na enseada me arrancava da profunda sonolência decorrente de um dia e uma noite de intenso prazer anunciando que a partida se aproximava; mas, infelizmente, ao tatear sobre a cama constatava que ele já não estava mais junto a mim; desesperada eu me levantava e corria até a porta pelo menos para um último beijo de despedida, porém já não havia tempo para mais nada! Eu o via descendo em direção ao cais e preparando o bote motorizado para retornar ao navio; antes de partir ele olhava em minha direção e acenava com um sorriso discreto nos lábios.

A mim restava apenas conformar com o inevitável guardando as deliciosas recordações daquela visita alucinante, torcendo para que em breve ele retornasse para mim que o aguardaria ansiosa e sempre excitada. Lamentavelmente suas visitas eram raras de descontínuas deixando-me em tal estado de ansiedade que mal conseguia realizar as tarefas diárias sempre buscando uma oportunidade para ficar nua, deitar-me sobre a cama e dedilhar minha grutinha obtendo um gozo voraz, porém insuficiente para mitigar todo o tesão que ardia em minhas entranhas. E muitos dedilhados depois eu ouvia a sirene da embarcação adentrando na enseada e deixando-me tomada por enorme alvoroço ansiando pela chegada dele.

E nessas ocasiões eu o devorava de todas as formas possíveis procurando exaurir sua virilidade que me alimentava; e insistia em que ele ficasse nu enquanto estivesse em minha companhia e o surpreendia com gestos a ações inesperadas; mal ele se sentava ao redor da mesa para uma refeição e eu me punha entre suas pernas tomando seu membro em minha boca deliciando-me com a sensação de vê-lo crescer e enrijecer para que eu pudesse sugá-lo até extrair seu néctar que eu engolia como a melhor das iguarias.

Ele gostava quando me via de quatro sobre a cama balançando meu traseiro como sua cadelinha predileta com as pernas abertas exibindo minha gruta gulosa chamando pelo seu nome com tom ansioso quase exaltado; então ele vinha e me preenchia com sua bela ferramenta socando com força e profundidade me fazendo gozar várias vezes sem exibir qualquer sinal de arrefecimento; algumas vezes depois de muitos orgasmos acabávamos por adormecer ainda engatados e eu suspirava ao sentir sua pistola escorrendo para fora da minha grutinha com o sêmen escorrendo lentamente.

Lamentavelmente chegava a manhã do dia seguinte e eu me via sozinha sobre a cama ouvindo a sirene do navio anunciando sua partida em uma despedida triste e vazia; algumas ocasiões eu choramingava pela partida e também pelo abandono; ele não entendia o quanto sua presença era importante para mim …, não se tratava de tê-lo para mim, mas sim de pertencer a ele; homens não compreendem que mulheres fazem do pertencimento algo essencial em suas existências; as parcas vezes em que estávamos juntos eu rogava aos céus que não houvesse um amanhecer, uma sirene estridente e uma partida fria e silenciosa. Eu precisava dele mesmo que ele não precisasse de mim e caso ele compreendesse isso eu me sentiria exultante!

Uma noite, depois de copularmos mais de uma vez eu acabei por lhe confidenciar meus sentimentos esperando em troca apenas um gesto ou um sorriso que me comprovasse que eu era tão importante para ele como ele era para mim …, para minha profunda tristeza nada recebi em troca exceto um silêncio esmagador de alma. Ele se foi e me deixou entregue a minha própria sorte, pois ele sabia que quando voltasse eu estaria ávida a sua espera. Aquele situação era torturante demais e eu não conseguia me desvencilhar dela chegando mesmo a pensar em algo mais catastrófico ou vingativo para pôr fim ao meu sofrimento e ao meu próprio abandono. E mais uma vez pela manhã a sirene soou.

Todavia, para minha total surpresa, desta vez quem viera ao meu encontro não era ele …, tratava-se de um rapaz bem jovem com um ar de inexperiência fingida e uma expressão descarada que me olhava com insistência sem dizer uma palavra sequer; pensei que bastaria indicar a ele onde deixar os mantimentos e suprimentos aguardando pacientemente que ele fosse embora; observando melhor havia algo nele que me excitava …, não sei se era o tesão reprimido por tanto tempo, se era vontade de me vingar pela ausência do meu visitante habitual ou se apenas um desejo instintivo de saciar o fogo que ardia em minhas entranhas. Ele fez o que eu pedi e em seguida disse que precisava verificar o estado do farol.

Antes que ele saísse perguntei se estava com fome e se almoçaria comigo. “Será um enorme prazer, dona! Estou mesmo faminto!”, respondeu ele com uma ponta de marotice na voz. E pela primeira vez desfrutei de uma companhia falante durante o almoço o que me deixou muito feliz; ele tinha uma conversa agradável e envolvente mesclando frases sérias com outras mais descontraídas e até beirando uma leve safadeza; ao término de nossa refeição enquanto tomávamos café arrisquei saber se ele viria sempre a partir de então sem tocar no nome de outra pessoa.

“Dona, com essa sua beleza e essa refeição divina, não perderia por nada a oportunidade de estar consigo mais vezes!”, respondeu ele com tom enfático me deixando enrubescida e ardente. Não ousei pedir que passasse a noite comigo, embora tivesse a sensação de que se o fizesse ele aceitaria sem hesitar e assim nos despedimos; curiosamente, ele retornou semana após semana, fosse para reabastecimento, ou apenas para verificar o funcionamento do farol e sempre almoçava e passava a tarde conversando comigo demonstrando um interesse verdadeiro em me conhecer melhor …, e foi assim que criei coragem para convidá-lo a passar a noite no farol em minha companhia.

Antes que ele pudesse responder uma borrasca despencou dos céus ao mesmo tempo em que a sirene do navio anunciou que era hora de partir; nos entreolhamos e ele sorriu para mim; finalmente nos abraçamos trocando beijos úmidos e carícias tórridas; de uma forma extremamente gentil ele me despiu e depois se pôs a apreciar minha nudez; senti um certo constrangimento chegando a me encolher, porém ele se aproximou novamente e me enlaçou beijando meu rosto e me chamando de linda; suas palavras e seus gestos me cativaram e me envolveram num arrebatamento desnorteante.

Ajudei-o com suas roupas e também me quedei apreciando a beleza de sua nudez viçosa e viril; ele me tomou no colo e fomos para a cama onde fui depositada com enorme cuidado e desvelo; quando dei por mim ele estava com o rosto mergulhado entre minhas pernas linguando minha grutinha já muito molhada e me proporcionando uma sucessão orgásmica alucinante.

Me entreguei a ele entre gemidos e suspiros e depois de algum tempo supliquei pelo direito de retribuir sua carícia oral; ele me fitou, sorriu e girou o corpo sobre a cama de tal maneira que seu membro ficou ao alcance de minha boca sedenta; mamei aquele mastro rijo de dimensões inquietantes ainda sendo fustigada por orgasmos renovados e sucessivos que quase turvavam minha consciência; confesso que essa experiência sensorial estava muito além de tudo que eu já havia sentido na vida; aquele rapaz com sua jovialidade e vitalidade mostrava-se insuperável, sacudindo meu corpo gozo após gozo sem sinal algum de esmorecimento.

Eu já estava nadando em minha própria seiva quando me vi tomada por um desvario me desvencilhando daquela posição para me pôr de barriga para cima com as pernas flexionadas na altura dos joelhos escancarando minha greta para o olhar ainda atônito dele e implorando para que ele me fodesse com força; mais uma vez ele sorriu e veio me cobrir gingando sua cintura até que seu membro encontrasse o doce caminho em direção à minha vulva ardente. E com um movimento enérgico ele afundou aquele mastro pulsante dentro de mim provocando indizíveis sensações que me levaram ao pleno êxtase gemendo e gritando como uma cadela em pleno cio!

Cada vez que ele movimentava sua pélvis com sua cintura sacando e enfiando o bruto dentro de mim eu explodia em um gozo farto que me lambuzava e escorria concedendo um estímulo tão veemente que eu me sentia na plenitude de prazer que uma mulher realmente merece. E com afinco e desvelo aquele rapaz prosseguiu socando com força chegando a pedir que eu o enlaçasse com minhas pernas o que fiz com enorme satisfação, pois assim eu experimentava ter um homem preso dentro de mim me satisfazendo de todas as maneiras possíveis; vez por outra ele se dedicava a lamber e chupar meus mamilos durinhos chegando mesmo a mordiscá-los com certa suavidade provocando uma onda de arrepios vibrando em minha pele.

O auge se deu quando ele intensificou ainda mais seus movimentos anunciando que seu gozo se aproximava de forma inexorável e perguntando se podia prosseguir até o fim; balbuciando eu implorei que ele despejasse seu néctar bem fundo dentro de mim e foi nesse momento que ele retesou seus músculos enterrando sua verga bem fundo dentro de mim enquanto eu a sentia pulsando e esguichando inundando minhas entranhas com uma onda quente e viscosa que ainda me propiciou um gozo derradeiro e não menos veemente. Ele desabou sobre mim; ambos estávamos suados, ofegantes e realizados em todos os sentidos. A bem da verdade não havíamos acabado ainda, pois pouco tempo depois ele voltou a carga com a mesma impetuosidade fogosa me enchendo com seu membro renascido e me fazendo gozar mais vezes. E ao longo da noite e da madrugada ele me proporcionou indizíveis ondas de prazer que chacoalhavam meu corpo e agitavam minha alma.

Houve um momento em que eu lhe entreguei algo muito caro para mim quando me pus de quatro sobre a cama pedindo que ele rompesse meu selo incólume e observando por cima do ombro sua expressão de regozijo antes de linguar o rego e dedar o orifício para em seguida me empalar com imensa volúpia que de tão ansiada e realizada me proporcionou muito mais prazer que dor e finalmente eu desfrutei de uma sensação de pertencimento ampla e irrestrita e no fundo de minha alma desejei que ele me tornasse sua assim como eu desejava ser dele.

Adormecemos derrotados pelo delicioso cansaço fruto de nosso idílio sexual e mental; eu cheguei a sonhar com ele vindo me visitar sempre que fosse possível e acordei algumas vezes sentindo meu corpo fremir e minha vulva pulsar. Quando a noite se foi havia apenas um dia frio e nebuloso e pela primeira vez eu não estava sozinha na cama, pois ele estava ao meu lado; me aninhei ao seu corpo e ele me abraçou com afeto; nos beijamos algumas vezes até ouvirmos a sirene do navio anunciando que era chegada a hora de partir; nos entreolhamos e ele percebeu minha aflição. “Eu posso ir …, mas saiba que vou voltar …, ou eu posso ficar se você quiser!”, sussurrou ele no meu ouvido apertando meu corpo contra o dele e sentindo meu coração aos pulos. Eu sorri …, apenas sorri …

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