Rose e Suas Duas Faces (Cap.2)

Um conto erótico de EduBe
Categoria: Heterossexual
Contém 2737 palavras
Data: 19/11/2023 15:26:59

Depois da tentativa falha de conquistar Rose na lotação, percebi que era melhor evitar situações desconfortáveis. Decidi não mais pegar a mesma lotação que ela, na esperança de evitar encontros indesejados. No entanto, como a ironia do destino gosta de brincar conosco, éramos vizinhos, e nossos caminhos se cruzavam por vezes, nos finais de semanas, pelas ruas do bairro.

Cada encontro, mesmo que casual, era uma chama acesa. Às vezes, ela estava sozinha, e outras, na companhia do marido, Gustavo, ou das duas cunhadas, Mônica e Shirley. Meus olhos inevitavelmente buscavam sua figura linda, e meu coração acelerava a cada vislumbre. Evitar pensar nela tornou-se uma tarefa árdua, fazia de tudo para esquecê-la, para não a ver, ainda assim, minha mente continuava atraída para a dualidade que ela representava.

Passaram-se dois meses desde o incidente na lotação quando uma festa de aniversário na casa da Vera, nossa vizinha em comum, mudou o curso das coisas. Rose apareceu linda, usando uma roupa curta para não falar sensual, ao lado do esposo. Eu quase caí da cadeira e me senti como que atordoado pela visão dela. Aquela blusinha justa, saia curta, seus pés calçavam a um par de sandálias de saltos, seu modo de andar, os movimentos sensuais dos quadris com o bumbum, tudo conspirava para despertar um desejo enorme pela aquela mulher, era como uma tempestade de emoções explodissem dentro de mim.

Quando ela e o marido vieram me cumprimentar, ele com aperto de mãos, ela, Rose, perguntou se eu havia sido demitido, porque nunca mais havíamos tomados a mesma lotação. Travei na hora, não sabia o que responder, mas a respondi, com a desculpa de tomar o transporte meia-hora antes para ir sentado até a estação. Ela me cumprimentou com um beijo no rosto, e sentir aquele beijo, e aquele perfume doce, foi enlouquecedor, tive vontade de agarrá-la na frente do esposo e de todos ali presentes!

A festa era animada, cheia de risos e músicas divertidas, tornou-se um campo minado para os meus pensamentos reprimidos. A tentação e o tesão se misturavam com a culpa. Percebi, que precisava sair dali para evitar, de ficar de pau duro na frente de todos.

Deixei a festa, tentando fugir da intensidade do que estava sentindo. Caminhei até em casa me trancando no banheiro, a mente turva pela confusão de desejos me fizeram gozar duas vezes na punheta.

Quando finalmente retornei à festa, o ambiente estava impregnado com a energia festiva, mas minha mente ainda estava fixada em Rose. Ela estava lá, sambando sensualmente, movendo os quadris, imitando a Carla Perez do (É o Tchan), na frente de todos, e o marido ciumento, de olho em quem a olhava sambar. Foi uma visão irresistível que me fez perceber que precisava me distanciar completamente da dama.

Abandonei a festa, deixando para trás vizinhos e a tentação que se materializava na figura de Rose. Eu queria aquela mulher a todo custo para mim! E eu sabia que para preservar minha sanidade precisava dar tempo ao tempo.

Após a festa na casa da Vera, a dinâmica entre mim e Rose mudou novamente. Ela notou minha ausência na lotação e, o encontro casual de todos os dias na parada de ônibus, questionou o motivo pelo qual eu não pegava mais o mesmo transporte. Talvez fosse apenas curiosidade dela. Nessa idade, cara, minha libido, estava borbulhando, decidi voltar a enfrentar aquelas viagens diárias.

Na segunda-feira após a festa, acordei animado, pronto para retomar uma parte da minha rotina que havia evitado. Ao chegar na parada, lá estava ela, Rose, usando roupa social justa, falando com outra vizinha, a Acácia, mas ela me cumprimentou, com gentil beijo no rosto desprovido de segundas intenções. No dia, algo em seus olhos denunciava uma tristeza que não passou despercebida por mim.

Embarquei na lotação, sentando-me no banco ao lado de Rose e a vizinha. Quando descemos na estação para pegar o metrô, essa vizinha já tinha desembarcado. Percebi que ela estava um pouco distante, como se carregasse o peso de uma discussão recente. Com cuidado, abri espaço para que ela compartilhasse o que estava acontecendo. Foi então que ela desabafou na plataforma da estação, sobre a discussão com Gustavo, seu marido, após a festa no sábado.

Rose confessou que a exposição durante o samba na festa, gerou atritos entre eles. Tentei consolá-la, dizendo que ela dançava lindamente, que tinha talento para ser dançarina. A gratidão brilhou em seus olhos, e ela agradeceu pelo incentivo e pela amizade, retribuindo com um beijo de agradecimento no meu rosto.

Aquele beijo, foi diferente de outros, um beijo demorado, ela chegou a tocar no meu braço, preferiria que fosse no meu pênis, mas eu sabia que era puro agradecimento. Foi um gesto que selou uma nova fase em nossa relação. Rose não tocou no assunto de meses atrás, quando eu a enconchei na lotação, afastando as sombras do passado e abrindo espaço para uma amizade.

O metrô seguiu seu curso, ela descendo em Santana, e eu, no centro da cidade, mas algo entre nós havia mudado. A partir daquele dia, nossa relação evoluiu para algo mais profundo, ela me contava os problemas diários no seu trabalho e na sua relação com Gustavo.

Esse dia foi foda:

A rotina de pegar a mesma lotação que Rose tornou-se parte do meu dia a dia. No entanto, houve um episódio que marcou nossos encontros na parada de ônibus de uma forma inusitada. Era uma sexta-feira, calorenta, daqueles dias em que a lotação estava especialmente cheia, e Rose, como de costume, embarcava na minha frente com seus trajes apertadinhos.

A situação era caótica, e a lotação se encontrava repleta de pessoas tentando encontrar um espaço mínimo para se acomodar. Rose, na sua habitual posição na frente, estava cercada por uma multidão. Em meio à aglomeração, foi inevitável não ficar próximo a ela. A superlotação do transporte nos empurrou um contra o outro, em duas ocasiões, bati o queixo na parte de trás da sua cabeça.

E eu, estava adorando a situação! O espaço reduzido da lotação resultou em uma proximidade desconcertante. Foi um contato intencional e inevitável dada as circunstâncias. Eu me vi encostando o pau nela por trás, uma situação constrangedora, porém eletrizante. Sentir sua presença, o cheiro do seu cabelo, o perfume da sua pele, a maciez da sua bunda, mesmo que naquelas condições, criou em mim, uma tensão no ar.

Isso foi em 1998, e eu lembro como se fosse ontem. Foi um momento estranho, uma mistura de constrangimento e excitação. Percebi que não havia espaço para escapar da proximidade desconfortável, e Rose, à minha frente, notou a situação peculiar, não conseguia domar meu pau e ele endureceu encostado em sua bunda, mesmo com àquelas pessoas ao nosso redor. O silêncio entre nós era plausível naquele espaço confinado.

Apesar do constrangimento inicial, algo surpreendente aconteceu. Rose olhou para mim duas vezes e não fez menção ao contato, como se ambos concordássemos silenciosamente em ignorar a situação. Aproveitava o balanço da lotação para me esfregar nela. O trajeto continuou até a estação do metrô, mas agora, a proximidade física trouxe uma intensidade inesperada.

Ao chegarmos à estação do metrô, subimos a escada rolante, quando Rose me chamou para um canto da estação, próximo à bilheteria. Ela colocou a fivela da bolsa no ombro e não rodeou o assunto, foi direta ao ponto. Com clareza, disse que sabia que eu sentia algo por ela, mas que não se envolveria, citando a diferença de idade entre nós, e a amizade que ela tinha com a minha mãe. Porém, deixou um comentário enigmático no ar, que ficou dois anos na minha memória, dizendo o seguinte:

— “Quem sabe no futuro, quando você tiver de maior e um carro.”

Surpreso, eu absorvi suas palavras, enquanto ela, no final da conversa, deu um beijo no meu rosto, com um olhar diferente.

Aquela despedida foi marcada pelo beijo suave no meu rosto, deixando-me imerso em reflexões. Apesar de excitado pela situação, não conseguia falar nada. Rose, mais uma vez, revelava uma dualidade intrigante. Poderia chantageá-la, com o fato de ter a visto aos beijos com o Leonel no penúltimo vagão do metrô, mas resolvi ficar calado. A experiência na lotação, embora fugaz, desencadeou uma série punhetas nos dias seguintes, gozos, e pensamentos eróticos sobre o que poderia acontecer no futuro.

Eu, estava preso entre o presente cheio de incertezas e as palavras promissoras de Rose. Depois continuamos a nossa rota, ela desembarcando em Santana, e eu no centro da cidade, mas as palavras dela ecoavam na minha mente, principalmente: “idade e a compra de um automóvel”.

Após as palavras enigmáticas de Rose na estação do metrô, algo mudou dentro de mim. Decidi que precisava focar no meu futuro, como se estivesse construindo um caminho para algo que ela sinalizou como possível. Enfiei na cabeça que precisava guardar dinheiro para comprar um bom carro daqui a dois anos, quando completasse 18 anos. A promessa era vaga, mas cheia de potencial, era agora uma motivação para alcançar meus objetivos.

Rose, por sua vez, não comentou mais sobre o assunto, e sempre que a gente se encontrava, ela me cumprimentava com beijo no rosto. A rotina estava lá, mas agora havia uma sutil tensão no ar, uma expectativa indefinida sobre o que o futuro nos reservava.

Em dezembro, dois meses se passaram desde a promessa de Rose, quando minha família e eu recebemos um convite. Fomos convidados para a festa de aniversário do neto da sogra de Rose. A ocasião prometia ser alegre e cheia de celebração, mas nem tudo saiu como planejado.

Durante a festa, uma discussão entre Rose e Gustavo, seu marido, explodiu, deixando um desconforto no ar. Naquele dia, deu vontade de avançar e dar um soco na cara do filho da puta. Os ânimos exaltados culminaram na decisão deles (o casal), de deixar a festa abruptamente, criando uma tensão que pairava sobre a comemoração.

Estamos agora em 1999, e janeiro marca não apenas o início de um novo ano, mas também o meu aniversário. Completei 17 anos no dia 8 de janeiro, cheio de expectativas para os meses que se desenrolariam. Meus planos para aquele ano eram claros: malhar e ficar forte, economizar dinheiro para comprar um carro e, assim que completasse 18 anos, tirar a habilitação e transar com a Rose.

A promessa que Rose fez no passado ainda pairava na minha mente, uma faísca de motivação para alcançar meus objetivos.

Em meio aos meus planos, uma nova figura entrou na minha vida. Conheci Débora, uma colega de colegial do ano anterior, em pouco tempo, nos tornamos namorados. No entanto, mesmo na intimidade com ela, meus pensamentos ainda vagavam para Rose, como uma sombra do passado que persistia em me acompanhar.

Na volta das férias, uma mudança significativa ocorreu. O horário de Rose passou para o período da tarde, enquanto eu permanecia no turno da manhã. Decidi pedir uma mudança de horário, na esperança de coincidir com o dela, mas meu pedido foi negado.

A distância entre nós aumentou, criando uma barreira que me fazia questionar se o futuro guardava realmente o que Rose havia insinuado no ano anterior. Portanto, só a via nos finais de semana, e quando a via, era sempre na companhia do seu marido, o Gustavo.

Os meses passaram, (três meses), e a mudança de horário de Rose trouxe consigo uma sensação de monotonia às minhas manhãs. O que antes era uma atração, o trajeto com ela, tornou-se um momento solitário, e a distância entre nós parecia crescer a cada dia.

Durante esse período, mergulhei em minha rotina diária, trabalhando durante o dia e estudando à noite. O relacionamento com Débora continuava, mas eu reconhecia que, apesar do tesão, ainda não havia amor.

Decidi investir em mim mesmo e comecei a frequentar uma academia próxima de casa. Os pesos tornaram-se meu refúgio, uma tentativa de moldar meu corpo e, talvez, esquecê-la.

Em um sábado de março, enquanto fazia compras no supermercado, avistei Rose de longe, conversando com um homem na seção de bebidas alcoólicas. O coração apertou quando percebi suas mãos se entrelaçando. Decidi abandonar as compras no mercado e segui-los até o estacionamento, presenciando mais uma cena que abalou minhas emoções.

Vi Rose e o homem desconhecido se beijando, parecia que um queria engolir o outro. A raiva misturou-se com uma pontada de inveja enquanto ela entrava no carro dele. A certeza de que eles seguiram para um encontro íntimo invadiu meus pensamentos, deixando-me desolado com a intensidade da situação.

Esse episódio marcou um ponto de virada em minha relação com Rose. A raiva pela rejeição se misturou com a inveja do homem que, ao que parecia, ocupava o lugar que eu desejava. Fui forçado a encarar a realidade de que Rose, era uma vadia, uma traidora de marido contumaz, e que eu, não compreendia completamente.

A partir desse momento, mergulhei em reflexões, e eu precisava encontrar uma maneira de transar com ela, mesmo forçando uma chantagem emocional na esposa do vizinho, eu ainda não sabia como e onde fazer àquilo.

O mês de junho trouxe consigo minhas primeiras férias, um período que, inicialmente, deveria ser dedicado ao descanso e ao lazer. No entanto, movido por uma combinação de curiosidade e paixão não resolvida, decidi investir nas minhas férias de maneira peculiar.

Durante três dias, me escondi, munido de uma câmera fotográfica da minha mãe, para observar os movimentos de Rose ao sair do trabalho. Os dois primeiros dias foram infrutíferos e quase desisti, mas no terceiro, uma reviravolta inesperada agitou minhas emoções.

No terceiro dia chuvoso, o mesmo homem do supermercado apareceu. Embora eles não tenham interagido diretamente, os gestos que ele fez com as mãos indicavam uma comunicação silenciosa. Ele a chamava para segui-lo, e assim começou uma descida pela rua ao lado da empresa, mantendo uma distância calculada entre eles.

Ela, alguns metros atrás, e ele na frente, os dois convergindo para um destino que se revelaria desconcertante. Entraram em um carro vermelho, um Gol Bola duas portas. Minha paixão por Rose atingiu um novo patamar, e tomado pelo desejo de capturar a realidade da situação, decidi tirar algumas fotos, apostando nas cartas que tinha em mãos.

O clique da câmera captou imagens que selariam um capítulo tumultuado na minha relação com Rose. Eu, agora, tinha evidências visuais do que minha intuição já suspeitava. A paixão queimava intensamente, e a sensação de poder sobre aquelas fotografias era, de certa forma, intoxicante, quase enlouquecedora.

Contudo, ao apostar nesse material perigoso, eu estava ciente dos riscos. As cartas que eu segurava podiam revelar verdades indesejadas, desencadeando uma série de eventos que mudariam o curso de tudo. Loucamente apaixonado, decidi investir.

Com as fotos nítidas e perigosas em mãos, a ideia de chantagear a Rose, estava cada vez mais decidida. Decidi revelar as imagens na loja da Kodak no centro da cidade, próximo ao meu trabalho. O resultado foi exatamente o que eu esperava: registros claros de beijos, vívidos em uma traição que poderia, de certa forma, moldar o destino do casal de vizinhos. Não consegui dormir naquela noite, pensando, se ia ou não chantagear a esposa do vizinho.

No dia seguinte, um dia de garoa, com a mudança de horário de Rose, que agora saía mais tarde para o trabalho, elaborei um plano arriscado. Esperei pacientemente que Gustavo, o marido de Rose, saísse para trabalhar. Ele era carteiro. Então, munido das fotos reveladas, em um envelope, com o emblema da Kodak, fui até a frente da casa de Rose e apertei a campainha.

Rose prontamente apareceu, esboçando um sorriso ao me ver. Ela se aproximou do portão, preocupada, perguntando se algo sério havia acontecido. Eu, tomado pela ansiedade e nervosismo, tremia enquanto dizia que precisava mostrar algo importante. A curiosidade de Rose venceu, e gentilmente ela abriu o portão, convidando-me a entrar em sua casa. Sei que foi loucura da minha parte procurá-la, mas quando você é jovem, apaixonado e louco de paixão por uma mulher, pensar nas consequências, não é o fato principal.

Juntos, adentramos a residência, e o ar carregado de tensão anunciava um encontro que mudaria nossas vidas. As imagens reveladoras estavam guardadas, prontas para serem desvendadas diante dos olhos de Rose. Eu, por outro lado, estava prestes a desencadear uma série de eventos que impactariam nosso relacionamento de maneira irreversível.

O que aconteceu a seguir, desenrolarei no próximo capítulo…

Sobre alguma dúvida que não mencionei, escreva-me, é: eduardobelizario1992@outlook.com

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Comentários

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Chantagem não é legal, mas a história esta boa, tem potencial.

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Eu tinha 17 anos, sei que não foi legal, mas quem nunca errou?

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sacanagem, RAPAZ, deixar o que aconteceu, PARA O próximo conto? RSRSRSRS

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