A Acompanhante: 9 - Uma gozada aos que se foram

Da série A Acompanhante
Um conto erótico de W
Categoria: Heterossexual
Contém 736 palavras
Data: 23/11/2023 07:11:33

"QUERIDOS, POR RAZÕES PESSOAIS, NÃO FAREI NENHUM ATENDIMENTO POR DUAS SEMANAS! ESTAREI FORA DA CIDADE!

TODOS QUE JÁ HAVIAM MARCADO COMIGO FORAM AVISADOS, E IREI REMARCAR ASSIM QUE RETORNAR.

TODAS AS MENSAGENS ENVIADAS PARA MIM NESSAS DUAS SEMANAS SERÃO IGNORADAS!

AGRADEÇO A COMPREENSÃO DE TODOS."

Assim que mandou essa mensagem em suas redes sociais, Antônia desligou seu celular de trabalho e o deixou guardado em uma gaveta. Deixaria ele e Rebeca em casa dessa vez.

Estava em sua cidade natal. O pai havia morrido subitamente e ela voltou para o velório, junto de sua tia Ana. Também quis ficar com a mãe, dona Catarina.

No primeiro dia, enterrou o pai. Nunca gostou dele. Foi um certo alívio ver o ser colocado debaixo da terra. Nos dias seguintes, cuidou da mãe, junto com a tia. Ela e a mãe dividiam a cama, enquanto Antônia voltou para o seu antigo quarto. Era muito menor do que ela lembrava.

– Mãe, precisa de alguma coisa?

– Não filha, por quê?

– Se não se importar, eu queria andar um pouco pela cidade.

– Pode ir. Eu e a sua tia estamos bem.

Antônia se despediu e foi andar. Usava uma camiseta branca e uma bermuda jeans e botas. Foi para lugares conhecidos e encontrou velhos amigos. Soube que alguns foram atrás da vida longe de lá. Outros, infelizmente já não estavam mais nesse mundo.

Sua segunda parada foi o cemitério. Foi até o túmulo do pai, onde deu uma boa olhada com desprezo:

– Você sempre foi pequeno e ignorante. – Antônia começou a dizer em pensamento. – Só queria controle da vida dos outros e sempre se impôs pela força, usando uma falsa moral para se justificar. E para que? Morrer nessa bosta de cidade. Deus me livre um final mixuruca desses.

Depois disso foi embora. Não queria mais nada ali.

Queria ir até um último lugar. Comprou duas cervejas em um mercadinho e foi até a Lagoinha, um lugar que era frequentado pelos jovens da sua época. Um local de pegação. Seu pai nunca havia deixado-a ir, e sua curiosidade sempre foi grande.

Era uma caminhada considerável, em uma área mais deserta da cidade. Assim que chegou, sentou-se no chão encostando-se em uma árvore. Abriu uma cerveja e tomou, desejando felicidades aos amigos que saíram de lá.

Em seguida, abriu a segunda, pedindo paz aos que se foram.

Terminadas as duas latas, deu uma boa olhada no local. Uma lagoa cercada por vegetação, bem propícia para curtição. Ficou imaginando quantas vezes seus amigos fizeram sexo lá.

Esse pensamento, junto com o álcool, lhe deu ideias. Começou a tirar a camiseta e depois a bermuda. O sutiã e a calcinha foram logo em seguida. Quis deixar as botas. Dava trabalho tirar e ficava bonita assim.

Já estava molhada. Desceu as duas mãos até a buceta e começou uma siririca. Trouxe uma mão de volta para sentir seu gosto enquanto se tocava.

Deixou sua mão livre ir onde quisesse. Apertou os seios, desceu pela barriga, voltou para a buceta e brincou um pouco com o seu cu, que geralmente não fazia.

Gemia gostoso com os seus dedos. Havia muitos pensamentos e vontades que precisavam sair por meio de um orgasmo. E pôs tudo para se contorcendo violentamente.

Ficou sentada no chão, sorrindo para si mesma. Estava cansada, suada e feliz. Sentia-se leve, como se tivesse acertado as contas com a cidade e a sua história.

Quis ficar nua mais um pouco. Achava que devia isso para a Antônia do passado. Depois começou a se vestir bem devagar. Levantou-se, deu uma boa alongada e foi embora, recolhendo o lixo que havia deixado. Jogou tudo fora no caminho para casa.

Antônia passou os últimos dias curtindo a companhia da mãe e da tia. O clima entre elas era muito mais leve agora. Sentia que agora poderia aproveitar o tempo em família. Tentou convencer a mãe a se mudar de lá e morar com ela, mas dona Catarina foi irredutível e ia ficar lá sim.

Na volta, sua tia Ana disse que ia ficar mais um tempo, para cuidar da irmã Antônia se despediu dela e de sua mãe e voltou para sua vida. Disse que voltaria com mais frequência para ver como estava tudo.

A volta foi mais tranquila. Sentia que havia encerrado um capítulo e que não devia mais nada ao seu passado. Estava ansiosa para voltar para sua casa e sua vida. E principalmente para Rebeca.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Wammy House a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Wammy HouseWammy HouseContos: 42Seguidores: 62Seguindo: 17Mensagem Só alguém que escreve sobre coisas que já viveu, mas que deveriam ter se encerrado de outra forma.

Comentários