Diabos! - Enquanto Isso, nos Bastidores…

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2251 palavras
Data: 14/10/2023 21:33:55

A vida não faz sentido. Nem a morte. Muito menos a minha.

Condenado a ser jogado pelo estilingue do loop temporal para frente e pra trás, as coisas ficaram confusas. Eu já havia ido da idade média para o Egito antigo, daí passei pela África ancestral e pela era dourada de Hollywood, fui dar na revolução russa e caí diretamente num navio durante a primeira guerra mundial.

Fui submetido a uma verdadeira maratona sexual, fodi Cleópatra, Mary Stuart, Mata Hari, Marilyn Môrro, a princesa Anastácia e até uma jovem guerreira zulu. Não que eu fosse obrigado, nada disso, mas diante destas oportunidades únicas, qual capeta resistiria? Bem, pelo visto, eu é que não!

Contudo, a mais louca das aventuras até ali havia justo acabado de acontecer: Depois de fugir de uma batalha sangrenta no Japão do século dezessete para evitar o extermínio dos samurais, terminei fodendo um cara, que na verdade era uma mina, só para ela engravidar e conseguirmos driblar a extinção dessa arte filosófica marcial secular.

Daí, depois de comer a japonesinha samurai, o tal loop temporal, em que eu fora aprisionado pelos seres sobrenaturais para não melar seus planos de obrigar os mortais de só fazer papai-mamãe, me teletransportou ao último lugar onde imaginei um dia estar…

Ok, isso vai parecer estranho. Diferentemente das outras vezes, vim dar num lugar até moderno e cheio de gente ao redor. Havia uma verdadeira aglomeração de pessoas num salão, todas usando roupas coloridas de golas grandes, mangas bufantes e calças boca-de-sino, cabelos compridos e costeletas. Fora o mau gosto, o que me incomodava sobremaneira eram os holofotes incandescentes e os flashes de um exército de fotógrafos pipocando ao redor.

Eu não estava acostumado a aglomerações, calças boca-de-sino nem fotógrafos, minha existência pós-vida costumava ser discreta e eu me adaptara a fazer tudo no mocó. Para piorar, todos pareceram entrar numa espécie de frenesi quando uns seres altos e esguios usando roupas íntimas ainda mais estranhas apareciam por uma passagem ao fundo, davam voltas ignorando o público e depois desapareciam por onde vieram.

Peraí… Seres estranhos aparecendo e desaparecendo? Mardita merda, eu devia estar de volta ao inferno! Contudo, a julgar pela audiência naquela sala, esse inferno devia ficar no final da década de sessenta e era bem diferente do outro que conheci quando fiz o treinamento para capeta do setor de luxúria.

Resolvi fugir do salão e ingressar na tal passagem misteriosa, se houvessem outros seres sobrenaturais por ali de fato talvez eu obtivesse alguma dica sobre como escapar do loop temporal - e, caso não se tratasse disso, ao menos eu conseguiria entender em que merda eu estava metido agora.

Enquanto a multidão enfurecida gritava, xingava e vaiava fumando cigarros longos com piteiras, fui levando minha figura azul translúcida invisível aos olhos humanos o mais rápido que pude e me enfiei na passagem, atravessei um corredor escuro e fui dar numa salinha à meia luz, repleta de mulheres usando calcinha e sutiã - bem, se tudo parecia estranho, agora então eu estava sem entender nada.

Esse inferno diferentão não fazia o menor sentido, aquelas diabas seminuas eram demasiadamente magras e altas e pareciam tentar consolar o seu chefe, um cara meio afetado de terno bem cortado e óculos escuros que estava dando um verdadeiro piti ali.

- Merd! Eles odiaram! Minha carreira foi parar no lixo!

- Cama Sr. Dioro, teve gente que gostou

- Cala a boca, sua bulímica! Gostar não é o suficiente! Eles tinham que amar!

- Mas Sr. Dioro, a inovação tem um preço, nem sempre emplaca de primeira…

- Não, não e não! A humanidade deveria se render ante minha genialidade e adorar minha criação!

- Cristiano, você é genial, mas leva tempo até as pessoas reconhecerem!

- Eu quero morrer! Quero me enterrar! Não, eu quero viajar mil anos no futuro, quando o público estará pronto para minha coleção de lingerie futurista!

Peraí de novo… Cristiano Dioro? Mulheres Altas e magrelas? Coleção de lingerie futurista?

Caralho caralhudo, eu estava completamente enganado! Aquilo ali não era um inferno diferentão, eu estava no primeiro desfile de alta costura da história que ousou apresentar uma coleção de lingerie erótica!

Porra, eu não sabia nada de desfiles nem de alta costura, mas sempre me amarrei em lingerie erótica - e disso eu sabia um montão! Aquele homem meio afeminado dando fricote era o Cristiano Dioro, um mito, um visionário que se atreveu a revolucionar a arte das trepadas criando roupas especiais para estas ocasiões!

Fiquei emocionado, confesso. De todas as coisas que vivi no loop temporal, aquele talvez fosse o momento mais importante da história, talvez só comparável à invenção da roda! E o pior é que as pessoas haviam odiado a ideia de lingerie erótica, ou seja, o futuro devia estar mudando e, se eu não interviesse, talvez as futuras gerações estariam condenadas a só fazer papai-mamãe de olhos bem fechados!

Ok, o único jeito de reverter aquilo tudo era provar para a humanidade que calcinha e sutiã de renda despertavam a libido de qualquer um. Pensei rápido e, quase que instantaneamente, um plano maligno estalou entre meus neurônios infernais.

Pulei sobre o Cristiano Dioro e tomei posse do seu corpo, era estranho, apesar de estar cercado de modelos usando roupas nada comportadas, em meio ao mar de bucetinhas, peitinhos e bundinhas magras, eu sentia certa aversão. Porra, como eu não havia pensado nisso? Cristiano Dioro era gay de armário e seu corpo estava condicionado a rejeitar mulheres!

Num ato desesperado, resolvi apelar e partir pra guerra: problemas difíceis exigem soluções criativas! Mandei as modelos tirarem as roupas e me darem as calcinhas e sutiãs. Era desesperador, eu estava cercado de modelos peladas, ali tinha mamilo e buceta de tudo quanto era jeito, mas nem assim o pau do Dioro subia!

Pior ainda, tive um fricote involuntário com aquilo e comecei a dar gritinhos frenéticos e rasgar as roupas com os dentes! Em condições normais de temperatura e pressão, eu já estaria botando pressão em tudo quanto era cuzinho ali, mas ao invés disso eu estava tendo um ataque de pânico!

A situação era muito mais grave do que eu imaginava! Os seres sobrenaturais estavam sim concretizando seus planos maléficos, os mortais já começavam a rejeitar o erotismo e as lingeries provocantes sequer eram capazes de provocar uma ereçãozinha que fosse num gay de armário! Fudeu!

Foi nesse momento, em meio a uma crise de choro infantil e fazendo uma cena ridícula entre um monte de modelos nuas, que olhei os restos das lingeries espalhadas pelo chão e me deu aquele estalo dentro da cabeça.

Afoito, fui recolhendo aquelas partes e mandando as modelos se vestirem de novo. Ante protestos e resmungos das mulheres, as fiz sair de novo ante o público e desfilarem com o que restou das roupas. Bem, era um tiro no escuro e eu não sabia como seria a reação da platéia à minha nova coleção revisada, mas a esperança é a última que morre, não é?

Vendo das coxias aquelas mulheres esguias desfilando seminuas com as peças mínimas, um sorrisinho sacana se desenhou em meu rosto. A platéia estava atônita, boquiaberta, estática, enquanto meu pau começava a levantar e babar com aqueles mulherões desfilando de… Calcinha fio dental!

Isso mesmo, possuindo o corpo de Cristiano Dioro, em meio a um piti desgramado, eu acabara de inventar o fio dental!

Assim que a última modelo desapareceu pela passagem, a multidão explodiu. Todos foram à loucura com minha coleção de micro-lingerie erótica de inverno! Desfilei soberano, cercado pelas modelos seminuas, recebendo ovações e aplausos acalorados, enquanto as mulheres da platéia gritavam que eu era um gênio e os fotógrafos mordiam os lábios, tentando segurar o tesão.

Chuuuupa Nathaniel, o Anjo Fogoso! Chuuuupa Aélis, demônia luxurienta dos infernos! Mesmo preso no loop temporal, esse capeta aqui estava salvando o futuro da raça humana!

Nos vestiários, a champanhe estourava e as modelos me abraçavam, me beijavam e, surpresas, constatavam que eu estava de pau duro apesar de ser um gay de armário. Ouvi risinhos e cochichos, minha calça estava começando a transparecer a umidade sobre o volume acentuado e, se antes eu não conseguia fazer o pau subir, agora não tinha como lograr que ele baixasse!

Uma das modelos mais magrinha se atreveu até mesmo a se aproximar e pegar no meu pau por cima da calça, dizendo: “Meninas, essa lingerie é tão porreta que até a piroca do chefe tá durinha! Olhem só que tesão!”

Daí outra veio, abriu o zíper e, rindo, puxou o cacete para fora de maneira que todas pudessem ver o resultado do desfile. Eu tremia e suava frio, minha alma de capeta estava adorando aquilo, mas o corpo de gay do armário do Dioro sofria ao sentir tesão em mulheres.

Tendo várias modelos seminuas de fio dental ajoelhadas à minha frente enquanto se revezavam em tocar punheta no cacete e rir do quanto estava duro, eu tentei algo desesperado para ver se extirpava de uma vez aquela ereção constrangedora: fechei os olhos imaginei o Tommy Cruise pelado!

Foi pior, o maldito corpo de gay do armário gostou daquilo e reagiu fazendo o pau latejar e ficar ainda maior! “Uuuuhhh” - disseram as modelos, ficando mais assanhadinhas do que já estavam e começando a lamber e chupar aquela piroca gay dos infernos.

Neste ponto, preciso fazer uma aclaração: não existe, nem nunca existiu isso de “ cura gay”, tá legal? Ser gay não é uma doença, nem uma opção, logo, não há que se falar em cura. Justamente por isso, meu cérebro de capeta queria muito foder todas aquelas mulheres gostosas de fio dental chupando o meu pau, mas o corpo gay enrustido que eu ocupava se negava a tanto e, daí, eu estava num conflito interno brutal.

Enquanto a parada se resumia a ter o cacete lambiscado, sugado, babado e mordiscado por aquelas piriguetes da Victoria's Secret, tudo bem, eu suportava. Mas quando uma delas afastou o fio dental e quis se encaixar na rola, minha situação ficou crítica!

Cruzes, não, isso não, comer buceta gostosinha e cheirosinha não! Comecei a dar tilt e parecia que entraria em combustão instantânea dada a contrariedade entre minha alma e aquele corpo gay. Confuso, comecei a sentir uma falência múltipla de órgãos, a respiração me faltava e o coração passou a sofrer arritmias, minhas forças se esvaiam e eu deixaria de existir em breves segundos.

O pior era saber que, caso eu não fodesse ninguém, todo aquele esforço em prol da sacanagem universal estaria perdido: as pessoas jamais usariam lingerie erótica se o inventor daquilo não fosse capaz de comer uma mulher vestindo sua própria criação. Era uma questão de coerência, uma armadilha do destino da qual não haveria como escapar… ou não?

Reunindo manhãs últimas forças, consegui balbuciar: “ Bucetaaaa… Não quero bucetinhaaaa… Eu quero cuzinhoooo….”

Inacreditavelmente, foi só a modelete assanhada mudar a direção da cabeça da rola da bucetinha para o bruoquinho que eu já comecei a sentir-me um pouco melhor. Para minha sorte, Cristiano Dioro gostava de cú, não importava o sexo - e aquilo parecia que iria funcionar!

Com a modelo inclinada a minha frente e tendo o fio dental peso para o lado de uma de suas nádegas magrelinhas, consegui segurar em seus ombros e me jogar por cima dela num impulso milagroso, fazendo a piroca invadir seu cuzinho com tudo de uma só vez. Ahhh! Vidaaa! Eu estava voltando à vida - bem, no meu caso eu estava voltando à morte, mas a sensação era a mesma!

Bombei na modelo inclinada à minha frente, eu comia seu cuzinho e esfregava o grelinho da bucetinha ao mesmo tempo, de maneira que a bichinha começou a ter espasmos e gozar em cinco minutos.

Com as energias crescendo dentro de mim, minha alma de capeta e o corpo gay se alinharam e agora trabalhavam juntos com o mesmo objetivo: comer cuzinhos!

Catei outra das modelos que chuparam o meu pau, ela meio que quis fugir, mas eu consegui derrubar a mulher de quatro, fazer a mira e meter a cabecinha da rola no furico apertadinho. Mais cinco minutos, não sobrava nem uma preguinha ali para contar a história, a garota rebolava no cacete, gemendo e gozando com seu melzinho ácido escorrendo entre suas pernas.

Puxei a modelo seguinte, uma loira altona dos peitos pequenos, essa veio rindo e de bom grado sentou ela mesma sobre mim, encaixando a pitoca no cuzinho e começando uma cavalgada ritmada e suculenta com o pau no traseiro.

Teve quem quisesse colocar a bucetinha na minha cara para eu chupar, ou mesmo tentasse pegar minha mão para eu tocar uma siririca, mas eu me negava: estava obsesionado com os cuzinhos e não abriria mão da minha tara por nada no loop temporal!

Uma hora depois, as doze modelos saíram andando meio tortinhas do vestiário enquanto o loop temporal fazia eu me esfumar em direção a outro ponto aleatório no tempo-espaço, levando dentro de mim o orgulho por haver cumprido a missão e ter salvo a vida sexual de milhões de pessoas, ainda que provisoriamente.

Quanto ao Cristiano Dioro, bem, o cara se tornou o estilista mais famoso de sua geração, estando sempre adiante de seu tempo ao lançar coleções futuristas e inovadoras.

Ah, sim, ninguém jamais soube qual era sua real orientação sexual, isso tornou-se um mito, pois, apesar das inclinações gays e fricotes do mundo da moda, todas as modelos comentavam à boca pequena sobre sua performance comendo cuzinhos após o desfile do fio dental!

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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