Diabos! - Mulher Misteriosa Sem Calcinha

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2373 palavras
Data: 09/10/2023 09:12:13

Acordei meio zonzo, sentindo tontura e querendo botar as tripas para fora - normalmente eu marcaria um médico, a saúde é algo sério e há que se cuidar.

Contudo, eu já morrera e havia sido transformado num capeta, logo, não tinha sentido isso de me cuidar. Eu até já estava acostumado ao loop temporal a que fora condenado, ficar viajando no tempo e no espaço diariamente sem nenhum controle já fazia parte da minha rotina, mas aquela náusea não era comum.

Olhei ao redor e percebi que estava num quartinho minúsculo, os poucos móveis eram de metal e só havia uma pequena janelinha redonda na parede. Sobre a cama, um senhor com um horrível bigode ferradura dormia o sono dos justos. Para mim não importava muito se fosse mesmo justo ou não, eu só queria me livrar daquela sensação incômoda, então nem pensei duas vezes e pulei sobre ele para possuir seu corpo.

Merda, não funcionou muito, pelo visto o sujeito estava tão enjoado quanto eu. Percebi que a atmosfera naquele quarto era meio densa, devia ser por isso. Fui até a janelinha para abri-la à procura de ar puro e então descobri: havia água até onde a vista alcança!

Mardita merda, aquilo ali era um navio!

Agora sim as coisas faziam sentido, eu estava mareado! Porra, nunca gostei de barcos, além de enjoar eu não sabia nadar e me dava pânico! Miséria de loop temporal! Passei o resto do dia trancado na cabine, vomitando num penico e dormindo. Ao cair da tarde, meu estômago começou a roncar, assim que decidi ir buscar algo para comer.

Revirei o baú de roupas daquele senhor e descobri num pacote mocozado um uniforme militar… Que ótimo, pelo visto agora eu era um oficial alemão da primeira guerra mundial! Fudeu, eu possui o corpo um membro da poderosa marinha de germânica e aquela porra de navio provavelmente seria um alvo flutuante na iminência de ser atingido e afundar!

Bem, eu não sabia exatamente onde estava, a primeira guerra foi um período conturbado cheio de tramas de delicadezas políticas, então optei por colocar um terno de lã bem cortado e quentinho que achei no mesmo baú. Foi a escolha certa, ao sair da cabine passei por vários cavalheiros com roupa semelhante e me deu alívio perceber que aquilo era um navio comum de passageiros ao invés de um buque de guerra.

No restaurante, sentei-me numa discreta mesinha ao canto buscando não chamar atenção. Quando o garçom se aproximou, discorreu para mim um longo cardápio de opções para comer, sempre indicando o vinho adequado para acompanhar cada prato. Ok, ele falava francês, o cardápio era francês e, para minha surpresa, respondi em francês fluente.

Ora bolas, o que um oficial alemão fazia num navio francês em plena guerra entre os dois países? Aquilo ali não estava cheirando bem, comi o mais rápido que pude e engoli o vinho como se não houvesse amanhã para voltar logo à cabine.Mas aí, nem bem terminei o jantar e aconteceu algo que capturou minha atenção.

No palco central do restaurante, uma bela mulher subiu e começou a dançar ao som de uma música exótica com cítaras e tambores. Apesar de não ser tão jovem, a dona era bem gostosona para os padrões da época, além de vir embalada numa fantasia de odalisca com um topzinho cheio de pérolas e brilhantes numa armação de arame e uma sainha de véus transparentes que mais deixava ver sua periquita que escondia.

Fiquei inebriado, era como se Sherazade se materializasse naquele navio e dançasse só para mim, tamanha a suavidade e delicadeza de seus movimentos. Sua figura meio árabe, meio polinésia, meio européia e meio um milhão de outras coisas mais, vestida naquelas roupinhas provocantes que deixavam entrever o reguinho da bunda por baixo de véus, me deixou meio zonzo - e dessa vez não era mareio, era tesão mesmo.

Ao terminar, a mulher extravagante pareceu olhar diretamente para mim, fez um ar de surpresa arqueando as sobrancelhas e, discretamente, com os olhos apontou a porta do restaurante, num claro sinal para que eu me retirasse.

Voltei à minha cabine atordoado, seus olhos grandes e muito negros e sua boca carnuda pintada de vermelho dominavam meus neurônios. Além disso, os gestos sensuais de sua apresentação eram um verdadeiro convite à lascívia e à luxúria. Puta que pariu, ela bem poderia ser uma diaba, faria muito sucesso condenando almas ao inferno tal como eu fizera no passado, quando trabalhava nos domínios de Satanás.

Em meio a estes pensamentos, tive verdadeira dificuldade em me concentrar. Inesperadamente, ouvi batidas sequenciadas na porta: dois golpes curtos e um forte, dois curtos e um forte… E de novo… E outra vez… Sim, aquilo claramente era um código previamente combinado entre o alemão e a pessoa do outro lado! Apressei-me em atender a porta, ansioso por descobrir mais sobre onde eu me metera dessa vez.

Qual não foi minha surpresa: ao abrir a porta me deparei com a dançarina do restaurante! Sem esperar que a convidasse, a mulher de véus transparentes entrou apressada no quartinho, fechou a porta atrás de si e começou a falar sem descanso.

- Herr Allgemein! Ficou maluco? Como o senhor sai da cabine e fica andando pelo navio? Pior ainda, como foi sentar-se no restaurante em meio ao jantar? O senhor devia esperar que eu lhe trouxesse a comida aqui! Não tem medo de que o reconheçam?

- Eh… Boa noite, fraulein. Como estão as coisas? Tudo em cima?

- Sim, general. Apesar de sua pequena aventura, tudo corre como esperado. Ninguém desconfia de sua presença no navio, creio que aportamos na França amanhã e, se tudo der certo, o senhor poderá seguir para a Holanda logo em seguida. Dali para a Alemanha será só um pulinho!

- Certo, fraulein, certo… França, Holanda e Alemanha… É uma volta e tanto, não é?

- Com certeza, general. Contudo, essa é a única maneira de viajar incógnito e chegar ao Reichstag. Mas o senhor precisa entender uma coisa, quanto menos ficar dando mole por aí, melhor! O mar não está para peixe!

- Sim, entendo… E tem certeza de que ninguém sabe mesmo que eu estou aqui?

- Absoluta certeza. Após minha apresentação, fui convidada à mesa do capitão. Aproveitei para sondar junto aos comandantes franceses e nenhum deles sequer desconfia que o senhor está a bordo, muito menos de que sou uma espiã do império germânico!

Agora fudeu mesmo. Eu era um general alemão que iria parar na França, território inimigo, a caminho da Alemanha em meio à primeira guerra mundial. Para piorar, eu estava viajando clandestinamente e o único contato que sabia de tudo era aquela dançarina exótica e meio doida que andava pelo navio sem calcinha, a qual resultava ser uma espiã nada confiável!

Peraí… Primeira guerra? Barco a caminho da França? Espiã exótica sem calcinha?

Caralho caralhudo, aquela ali não era uma mulher sem calcinha qualquer, era a espiã mais fodona da primeira guerra: Eu estava no quartinho do navio com Mata Hari em pessoa!

Agora super ultra fudeu mesmo, fudidíssimo. Eu vi um montão de documentários no Discovery Channel sobre as guerras, logo, eu sabia que a Mata Hari talvez fosse uma agente dupla, ora a serviço da França e ora da Alemanha - e eu bem poderia estar rumando para uma armadilha engendrada por aquela mulher!

Por outro lado, também havia rumores de que na verdade ela seria fiel aos franceses e só se envolvera com os alemães por chantagem do serviço secreto daquele país inimigo, em busca de informações estratégicas que alguém como eu, um general alemão, pudesse deixar escapar inadvertidamente.

Ou ainda, havia quem levantasse a hipótese dela ter sido apenas uma inocente útil, um bode expiatório da França para ter a quem culpar pelo fracasso militar nos primeiros anos da guerra e que depois caíra numa armadilha dos alemães para causar desinformação.

Ok, eu sei que parece confuso, então eu simplifico: Ninguém nunca soube ao certo qual era realmente a da Mata Hari, se era ou não uma espiã e muito menos de que lado estava - se é que estava de algum lado além do seu próprio.

De certo mesmo, somente se sabia que ela era bonita, sensual, gostosa, sedutora e dançava bem pra caralho, ou seja, a mulher era perigosa de todas as maneiras possíveis - e eu estava entregue justamente em suas mãozinhas delicadas.

Calculando que o barco chegaria à França somente no dia seguinte, eu provavelmente me esfumaria para outro ponto no tempo-espaço antes disso. Então, o melhor a fazer era livrar-me o mais rápido possível daquela delícia gostosinha e perigosinha da periquitinha peluda e ficar quietinho no quarto sem arranjar maiores problemas.

Contudo, pelo visto Mata Hari tinha uma certa tendência ao exagero. Ficou falando exasperada uma e outra vez que eu havia colocado o plano secreto e nossa segurança em risco ao sair da cabine. Eu tentei tranquilizá-la, mas a mulher chorava, soluçava, se abanava e arfava - ou estava na menopausa precoce, ou verdadeiramente tinha pânico da situação em que nos encontrávamos.

Segurando minhas mãos, Mata Hari contou-me tudo, tudo mesmo. Falou sobre o assédio do serviço secreto francês, as chantagens que sofrera de ambos os lados e como fora envolvida no mar de mentiras e falsidades daquela guerra sórdida. Aconchegando-se em meu peito, a espiã terminou lamentando-se por ser apenas uma mulher ingênua, um brinquedo entre os comandantes das duas potências que a usavam como bem entendiam.

Ora bolas, eu possuía em meus braços aquela mulher tesuda e gostosa vestindo uma espécie de fantasia de odalisca que deixava ver todo o esplendor de seu corpo. Seu perfume me inebriava e sua respiração ofegava enquanto ela se aninhava nos meus braços como um bichinho frágil buscando proteção. Para piorar, eu ainda era um capeta foragido dos infernos e estava com o pau duro feito um galho de massaranduba da serra!

Apesar disso tudo, eu me esforçava para manter a compostura de um militar alemão e tentava não cair matando sobre a pobre coitada - o que era um suplício. Mas aí eu senti que ela beijava meu pescoço enquanto me agradecia por ser seu protetor, com sua mãozinha deslizando sobre meu corpo à procura do meu pau para alisar num agradecimento sincero…

Não deu para resistir, simplesmente não deu. O reichstag que me perdoe, mas quando eu virei o rosto e nossos lábios se encontraram num beijo ardente, eu já brigava com a merda do fecho daquele topzinho para deixar seus peitinhos pequenos e duros livres e começar a mamar cheio de gosto na Mata Hari.

Em meio aos amassos, Mata hari foi me puxando para junto da parede, até se desvencilhar de mim e se virar de costas, apoiando-se com as mãos espalmadas nos lados da janelinha, dizendo: “Vem general, invada a minha trincheira com seu canhão teutônico e dispare todo esse fogo que nos consome para dentro do meu corpo, eu sou toda sua!”

Olha gente, até ali eu já tinha comido muita mulher, até mesmo a Cleópatra, mas ter a Mata Hari apoiada na parede, com minhas mãos segurando-a pela cintura enquanto metia um pauzão de alemão com um calibre de cinco polegadas na sua bucetinha oriental e apertadinha foi algo inédito.

O pau bombava na peludinha como faca cortando manteiga de tão molhada que a espiã se encontrava, era um delírio, mas eu só eu fui à loucura mesmo quando ela começou a gemer e sussurrar: “Ainn Herr Allgemein… Ainnn… Me bate, dá uns tapas na minha bunda! Ainnn… eu gosto assim! Ainnn… Puxa meu cabelo! Ainnn…”

Loucura total, eu retinha Mata Hari pelos cabelos negros cacheados, dava tapas na sua raba e fodia sua bucetinha com ela apoiada na parede, rebolando na minha pica e dizendo que aquilo sim é que era uma invasão digna de um general! Puta que pariu, Mata Hari sabia como deixar um cara doidinho por ela!

Os primeiros raios de sol da manhã já entravam pela janelinha à nossa frente quando a espiã tesuda girou, me deixou contra a parede e pulou sobre mim, encaixando aquela bucetinha peluda irresistível no meu cacete e apertando suas mãos em meu pescoço. Eu desequilibrei e terminamos caindo no chão, mas eu ainda a fodia e ela ainda apertava com força minha garganta.

Comecei a sufocar, aquilo era tesudo demais, Mata Hari quicava cavalgando na minha rola e me asfixiava ao mesmo tempo, logo eu, que nunca fui dado a essas coisas mais pesadas, estava ali totalmente entregue aos desígnios sexuais daquela fêmea extraordinária!

Daí, quando o ar me faltou de verdade eu tentei me libertar de suas mãos, mas a mulher estava aferrada espremendo minha guela. Caralho caralhudo, Mata Hari queria me assassinar! Merda, nunca confie numa espiã, muito menos se for uma das mais famosas da história! Eu me debatia feito um peixe fora d`água, mas não conseguia escapar!

Nesse momento, percebi um brilho diferente no olhar daquela mulher, acompanhado de um meio sorriso sarcástico. Dentre seus lábios, uma voz diferente soou, um tanto rouca e mais sensual ainda: “Me desculpe, capetinha, me desculpe, mas um de nós precisa escapar do loop temporal e voltar à realidade para acabar com esta tormenta…”

Puta que pariu, twist-plot a esta altura? Aquela não era Mata Hari porra nenhuma! Era a diabinha sexy por quem eu me apaixonara na pré-história, a mesma que foi condenada ao loop temporal comigo, novamente usando artifícios para foder comigo e tentar dar cabo da minha existência!

Porra, se a gente tinha um teretetê legal, porque essa diaba insistia em tentar me matar?

O sol já se distanciava da linha do horizonte enquanto eu estava vermelho como um pimentão pela falta de ar, o suor escorria pelas minhas temporas e a diaba já quase terminava de me matar, quando por um milagre do loop temporal eu me esfumei: fui teletransportado daquele corpo para outro ponto no tempo-espaço, segundos antes de falecer de novo.

Para quem não sabe, Mata Hari, a espiã que me amava, foi descoberta e presa pelo serviço secreto Francês assim que desembarcou daquele navio, acusada de espionagem para o Império Germânico. Infelizmente, foi julgada e condenada como agente duplo, encontrando seu fim ante um pelotão de fuzilamento. Achei um desperdício, sinceramente…

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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