Cicatrizes #32

Um conto erótico de Stella
Categoria: Lésbicas
Contém 2023 palavras
Data: 05/10/2023 00:13:48
Última revisão: 04/11/2023 05:01:10

No mesmo dia meu Tio ligou para o advogado e falou com ele que iria comigo ao Brasil no outro dia e que era para ele redigir uma procuração dando a ele o direito de gerir toda minha herança, que já tinha falado comigo e eu iria assinar assim que chegasse, ele passou todo seus dados e os meus para o advogado redigir a procuração, ele também pediu para o advogado pedir para o piloto do jatinho que era do meu pai vir me buscar, que se o advogado fizesse tudo que ele pediu seria muito bem recompensado, o meu advogado falou que ele podia ficar tranquilo que ele faria isso com o maior prazer

.

Depois da ligação meu Tio foi no meu quarto e falou que tinha ligado para o advogado e resolveu tudo com ele, que só faltava ele resolver o problema do jatinho mas se não fosse resolvido ele pagaria as passagens para a gente ir ao Brasil, ela falou que eu já podia preparar minhas malas que de todo jeito a gente viajaria no outro dia

.

Meu Tio tinha tudo planejado, iria ao Brasil comigo e com a procuração em mãos poderia fazer o que quisesse com minha herança, provavelmente iria me trancar aqui na sua casa e ficaria com todo meu dinheiro

.

O que ele não sabia é que naquele noite Daniel me contaria tudo porque o advogado contou cada detalhe da conversa pro Daniel, eu fui dormir feliz porque tudo estava dando certo já que meu Tio avisou na hora da janta que o advogado disse que o jatinho estaria nos esperando no aeroporto de manhã

.

Eu tinha deixado tudo combinado com Rute, assim que a gente saísse ela iria pegar suas coisas, sua mãe e ir para a cidade de Braga, lá elas iriam ficar no apartamento que Bruno e Liandra dividia até eu voltar, por isso eu queria que Tiago fosse comigo, queria tirar ele e meu Tio de casa para elas poderem arrumar tudo e sair dali

.

Saímos de manhã, Tiago fez questão de carregar minha mala até a caminhonete e depois para o jatinho que já nos esperava, eu só estava com aquele mala, uma pequena mochila nas costas e meu coração de pelúcia, o Piloto me olhou e deu um sorriso amarelo, eu sorri de volta, o cumprimentei e agradeci por ele ter vindo, ele deu uma relaxada e disse que não tinha problema algum e estava feliz em ajudar

.

A viagem foi tranquila apesar do papo chato do Tiago que eu tive que aturar e ainda fingir que estava adorando, enfim chegamos no Brasil, um carro nos esperava, era Daniel que se apresentou como motorista da família, disse que o advogado tinha entrado em contato com ele e pedido para ele ir nos buscar e levar até a mansão

.

Eu disse que não queria ir para a mansão, que não queria pisar ali de novo e disse que gostaria de ficar em um hotel, meu Tio não gostou muito da ideia mas eu insisti e ele para não me contrariar aceitou, Daniel nos levou para um hotel, eu estava doida para dar um abraço no meu amigo mas não podia

.

Meu Tio queria que eu ficasse nos 3 em um quarto só mas eu disse que eu não iria me sentir a vontade dormindo no mesmo quarto que dois homens e também seria só por duas noites no máximo e voltaríamos para Portugal porque eu queria resolver tudo o mais rápido possível, que não queria ficar muito tempo no Brasil, eu acho que fui bem convincente porque ele aceitou

.

Quando a gente iria sair Daniel disse para meu Tio que o advogado queria falar com ele e passou o celular, meu Tio atendeu e falou que tudo bem, logo ele abriu sua bolsa e vi ele pegar meus documentos e entregar a Daniel, aí eu imaginei que o advogado tinha falado o que a gente tinha combinado que era pedir para Daniel levar meus documentos para ele poder resolver tudo mais rápido

.

A gente foi para os quartos, eu para o meu e meu Tio e Tiago para o outro, eu me despedi deles e disse que iria dormir porque eu estava muito cansada mas que se eles quisessem sair tinha uns barzinhos bons perto do hotel, fiz questão de dar um abraço no meu Tio e agradecer a ele por tudo que ele estava fazendo por mim, dei um abraço e um beijo demorado no rosto de Tiago e disse que no outro dia queria muito passear com ele na cidade, que só não iria naquela hora porque eu estava muito cansada da viagem, eu queria deixar eles bem seguro que o plano deles estava funcionando, assim eu teria mais chance de completar o meu

.

Fui para meu quarto que ficava do lado do quarto deles e me deitei com meu celular do lado, eu quase durmo porque realmente eu estava muito cansada, mas consegui me manter acordada, se os dois não saísse para ir em alguns dos barzinhos minha espera iria ser mais demorada ainda, eu não queria arriscar nada tudo tinha que ser perfeito

.

Era pouco mais de 21 horas quando meu celular vibrou, atendi e era Daniel, ele disse que os dois tinham saído e entrado em um barzinho movimentado ali perto e que estava na porta do hotel me esperando, eu só disse que já estava indo, desliguei, peguei a mochila, o coração de pelúcia e desci

.

Tinha algumas pessoas na recepção aí aproveitei passei bem rápido para os atendentes não me ver, logo que saí vi o carro de Daniel, ele estava em pé do lado de fora, eu corri e me joguei nos braços dele, eu estava com muita saudades do meu amigo e muito feliz por estar livre novamente

.

Eu chorei de felicidade naquele momento, Daniel estava visivelmente emocionado mas se conteve e pediu para eu entrar para a gente sair rápido dali, eu entrei ele me entregou meus documentos e saímos, logo estávamos na casa dele, assim que entramos Lúcia veio me abraçar, eu a agradeci por tudo ela tinha feito por mim, eu fui levada até a sala e conheci Ângela a filhinha deles, jantei com eles, conversei bastante, mesmo cansada eu não queria ir dormir

.

Era muito bom estar ali no meio de pessoas tão queridas, mas o cansaço bateu, tomei um bom banho e fui para o quarto que eu iria dormir, antes verifiquei o celular e tinha uma mensagem de Rute avisando que ela e a mãe já estavam no apartamento de Bruno, eu respondi dizendo que estava tudo dando certo aqui no Brasil, que eu já estava na casa do meu amigo e que no outro dia eu ligaria

.

Acordei no outro dia já era umas 9 horas, eu dormi tão bem que dormi demais, quando abrir os olhos e vi onde estava um sorriso se formou no meu lábios na hora, me levantei e Daniel e Lúcia estavam na sala, fui no banheiro e fiz minha higiene e fui sentar com eles, Daniel disse que o advogado ligou e falou que já tinha tirado o chip que usou para ligar para meu Tio e aguardava a gente no seu escritório as 13 horas

.

Enquanto conversava com Daniel Lúcia trouxe um lanche para mim, eu agradeci e ficamos ali conversando, eu contei tudo que eu tinha passado que eles ainda não sabiam, Lúcia perguntou o que meu Tio iria fazer quando descobrisse que eu não estava ali, eu disse que não ligava, que eles não poderiam fazer mais nada, se caso chama-se a polícia não iria resolver porque não tinha como eles me obrigar a ir a qualquer lugar com eles já que eu era de maior e estava no meu país, eles provavelmente iriam perceber isso e não chamaria a polícia

.

Lúcia perguntou se eles tinham passaporte, eu disse não sabia e se não tivesse era só procurar o consulado português em Brasília e pedir ajuda, Lúcia riu muito de mim e disse que eu estava mais do que certa, eles mereciam mesmo

.

Eu só queria ser uma mosca para ver a cara dos dois quando descobrisse que eu não estava mais ali no quarto, eles não conheciam a cidade, não sabia onde era o escritório do advogado nem o seu nome verdadeiro, não sabia nada, a única coisa que sabiam era meu nome e o número do advogado que já não funcionava mais

.

Eu e Daniel saímos para ir no advogado, quando cheguei e o vi a primeira coisa que fiz foi agradecer por tudo que ele fez por mim, ele disse que foi um prazer ajudar e que depois que Daniel contou o que houve comigo faria tudo de graça e com muito prazer

.

Sentamos e ele começou a falar como seria os próximos passos para eu receber toda minha herança, ele disse que ia me ajudar em tudo mas que ia ser um pouco demorado, eu perguntei quanto é ele disse que para resolver tudo talvez até mais de um mês porque tinha contas do meu pai no exterior e negócios também e isso levaria um tempo, eu disse que tudo bem, mas que eu precisava de uma boa quantia de dinheiro rápido, ele disse que as contas nos bancos no Brasil seria mais rápido e que os imóveis também

.

Conversamos por muito tempo, ele me explicou tudo e me mostrou tudo que seria meu, eu fiquei de boca aberta do tanto de coisa que meu pai tinha, era muita coisa, muito mais do pensei, não sabia que meu pai era tão rico

.

Falei isso com o Daniel quando saímos e ele disse que meu pai ganhou muito dinheiro trabalhando para o governo, não só em Minas mas no Brasil todo, ele era envolvido com políticos e roubaram muito com obras superfaturadas no Brasil todo, eu disse não queria dinheiro sujo, aí Daniel disse que não foi eu quem roubou, que não tinha como devolver e se caso devolvesse pro governo seria roubado por outros políticos, e que era melhor ficar comigo que o usaria de uma boa maneira

.

Tive que concordar com ele mas sinceramente não fiquei feliz com aquilo, Daniel me levou até a mansão, eu não queria voltar ali mas precisava, peguei a chave reserva com o porteiro do condômino que me conhecia bem e também conhecia Daniel, a mansão estava do mesmo jeito, só tinha um pouco de poeira nos móveis, fui no escritório do meu pai e peguei alguns documentos dele, fui até o cofre e tentei abrir mas não sabia a senha, tentei a data do aniversário dele e nada, data do meu aniversário, do aniversário da minha mãe, aí desisti e Daniel disse que teria que pedir para alguém arrombar, quando ia sair eu vi a foto dele com minha mãe no dia do casamento deles em cima da mesa do escritório, voltei no cofre e coloquei a data do casamento e o cofre abriu

.

Dentro tinha uma boa quantia em dinheiro, a maioria era em reais mas tinha dólares também, tinha alguns documentos e uma pistola 9 milímetros carregada e um pente reserva carregado, tinha uma caixa de joias que provavelmente era da minha mãe, peguei tudo e coloquei na minha mochila

.

Fui no meu antigo quarto e peguei algumas coisas minhas pessoais, entre elas um pequeno diário que eu escrevia algumas coisas, não contava minha vida ali mas anotava datas e coisas importantes, saímos dali e eu dei graças a Deus, eu peguei trauma daquele lugar depois de tudo que me aconteceu ali

.

Voltamos para casa do Daniel, eu liguei para a Tia e contei que eu estava no Brasil, ela pediu para eu ir vê-la, eu perguntei se não era arriscado eu encontrar com a Ká e ela disse que não tinha risco algum porque Ká nunca mais colocou os pés em casa depois que resolveu sair dali

.

Pedi o Daniel para me levar e ele me levou quando eu cheguei que vi aquela casa eu tive um turbilhão de sentimentos, era muito emoção misturada, muitas lembranças, mas resolvi mesmo assim entrar

.

.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 27 estrelas.
Incentive Forrest_gump a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Até eu queria ver a cara dos otários 🤣

1 0
Foto de perfil de Forrest_gump

Malzinho em 🤣 🤣 🤣 🤣 🤣

1 0
Foto de perfil genérica

Eu sou do pensamento que FDP tem que se dar mal mesmo. Pra não dizer outra coisa...

1 0
Foto de perfil de Forrest_gump

Já percebi isso 🤣 🤣 🤣 🤣

1 0
Foto de perfil genérica

Pra você ter uma ideia, eu ainda tou na mágoa com esse processo todo da Karla. Se eu tivesse na história eu seria que nem a Liandra, ou até pior.

1 0
Foto de perfil de Forrest_gump

Eu ja sou do tipo que acredita em uma segunda chance, agora tudo tem um limite, só acredito em segunda, daí pra cima esquece! Isso em casos normais, no caso da Karla eu entenderia numa boa...

1 0
Foto de perfil genérica

Eu posso até entender e relevar, mas aproximar, véi... dá pra mim não. A confiança quando vai embora pra mim não tem volta

0 0
Foto de perfil de Forrest_gump

Sem confiança fica complicado mesmo, mas existe várias tipos de situações, umas eu acho que não tem como ter segunda chance não, outras acho que sim... No caso da Karla acho que vai de cada um, eu no meu caso não iria julgar alguém que fez algo sem notar que estava fazendo aquilo por ter um problema psicológico, fazer algo consciente blz mas fazer algo sem ter consciência do que estava fazendo é diferente, mas como eu disse isso vai de cada um 🤷🏻‍♂️😅😅

1 0
Foto de perfil genérica

Eu concordo com você. O problema reside no fato de eu não acreditar numa cura tão rápida. Imagina aí, eu agarrado com ela e de repente ela surta?

0 0
Foto de perfil de Forrest_gump

Imagina ums pessoa com um problema desse tentando se curar e não ter o apoio das pessoas que ela gosta? Cara eu faria o mesmo que Stella e Layla fez, mesmo com o risco de dar errado eu ficaria do lago da pessoa, até porque no caso da Karla o melhor remédio para sua cura era enxergar que tinha um problema 🤷🏻‍♂️ mas como disse cada caso é um caso, cada um tem seu modo de pensar e de agir em cada situação, isso não quer dizer que um está certo e o outro errado, são opiniões diferentes, até porque se todo mundo pensasse igual a vida ia ser chata pra caramba 😂 😂 😂 tmj 🤜🏻🤛🏻

1 0
Foto de perfil genérica

Longe de mim ditar o comportamento de outrem. Eu sou imperfeito, cara. Sou exemplo pra ninguém não. Agora, que eu acho que a dodói poderia curar a doença longe de quem ela machucou, poderia. Com esse dinheiro, ela poderia chorar as pitangas nas baladas de Ibiza por exemplo... Vida muito triste... kkkkkkk

0 0
Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Também penso assim, mais o caso dela da pra entender, só que se ela pisar na bola agora, já era as chances.

0 0
Foto de perfil de Forrest_gump

Acho que é por isso que penso diferente um pouco, para mim ela não pisou na bola, ela foi vítima assim como Stella, mas é só minha opinião 🤭

1 0