Diabos! - Rainha Jérsei Causando no Bordel

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1613 palavras
Data: 18/09/2023 19:23:47

O pagamento por um trabalho bem feito, geralmente, é mais trabalho para fazer.

Considerando o meu êxito nas missões que desembolei para o céu na tentativa de virar o placar contra o inferno nas condenações por luxúria, Nathaniel, o Anjo Fogoso, me passou uma nova tarefa já avisando que, desta vez, o desafio seria maior e que as probabilidades de êxito eram mínimas.

Porra, estava tudo indo bem, eu só obtivera sucessos até agora, já podia ver minha redenção de capeta se aproximando e a estrada rumo a uma vaga no céu sendo pavimentada - e o Nath me vinha com essa de missão impossível?

Bem, por mais difícil que fosse, eu deveria ao menos tentar, não é?

Fui sobrevoando a terra rumo às coordenadas fornecidas por Nath e, à medida que me aproximava do local indicado, vi que a paisagem se modificava, com cidades sendo construídas feito um joguinho de encaixe muito elaborado e com uma música de orquestra sinfônica soando ao fundo.

Caralho caralhudo… Eu conhecia bem isso de joguinho de montar com orquestra ao fundo, não podia ser, seria maneiro demais, mas a verdade estava estampada naquela abertura inigualável… “The Winter is Comming”, eu estava em Westemos, dentro de um episódio de Gueime of Trounes!

Meu Senhor dos Anéis, eu bati muita punheta nos episódios da série onde King´s Lénding aparecia - ou seja, todos. Afinal, lá era um lugar permissivo onde qualquer fantasia carnal podia ser realizada e só tinha personagem feminina com pinta de modelo da Victoria´s Secret - só que sem as lingeries maneiras, é claro.

Mas qual seria o objeto desta missão? A quem eu deveria salvar das chamas do inferno, numa cidade onde praticamente todo mundo era luxurioso? Sim, desde os primórdios tempos até agora, durante o reinado de Jérsei Lanistre, incesto, pedofilia, prostutuição, boundage, sado-maso, escatofilia… Em King´s Lénding rolava de tudo entre as elites!

Sobrevoando a sede do Trono de Ferro, verifiquei bem as coordenadas. Mardita merda, se a coisa já parecia complicada, acabava de piorar. Entendi porque Nath me disse que a missão era difícil: Eu deveria me apresentar no bordel da cidade, um antro de perdição regido por um dos personagens mais escrotos de toda a série, Peter Béilish, o “Mindín.”

Não bastasse estar numa série carregada de conteúdo sexual, dentro de uma cidade que era um antro de perdição, essa missão precisava mesmo ser justamente no bordel de um cara de duas caras? Como eu conseguiria identificar uma diaba da luxúria entre tantos pecadores?

Só faltava encontrar a própria rainha, a tal Jérsei Lanistre, essa sim a mais malvada absoluta, precursora de Maquiavel e vilã ultra-tarada da série. Mal cheguei e todos os meus receios se concretizaram, ouvindo uma conversa absurda entre duas mulheres mascaradas, tal como todos os frequentadores do local.

- Sinto muito dona, mas vou ter que convidá-la a se retirar do salão dourado.

- Me retirar? Garota, você está me expulsando daqui?

- Não senhora, eu estou somente lhe convidando a se retirar.

- Mas isso é um assinte! Você sabe com quem está falando?

- Se a senhora tem um problema de amnésia e não se lembra de quem é, a senhora deveria ir a um especialista. Não deveria vir a esta casa.

- Ah, vai dar uma de engraçadinha para cima de mim? Eu exijo ver o gerente! Cadê o Mindín?

- Olha, dona, na ausência do mestre, eu sou a gerente. Poderia por favor se retirar?

- Não é a gerente porra nenhuma! Onde está o Mindín?

- O senhor Béilish aproveitou as falhas de nexo do roteiro para viajar às províncias do norte e fazer algumas armações malignas e muito complexas enquanto o inverno não chega, senhora.

Cacete, eu estava extasiado por estar em Guéime of Trounes! Primeiro porque a série era maneira, segundo porque eu estava num bordel. Por outro lado, a conversa entre a dona fodona e a tal garota não parecia ser promissora à minha missão. Continuei escutando para ver se alguma luz surgia.

- Olha garota, quem você acha que é? Eu exijo falar com o Mindín!

- Dona, eu sou a prostituta e gerente-substituta e estou lhe pedindo, com toda a cordialidade, para ir embora.

- Olha sua piranhazinha de meia-tigela, vá a merda e leve com você a sua cordialidade! Afinal, qual é o problema?

- A senhora está nua no salão dourado. Os demais clientes estão incomodados com sua presença. Sua conduta não condiz com as normas do estabelecimento.

- Ah, é isso? Toda essa presepada é só porque eu estou pelada? Porra, isso aqui é a merda de King´s Lénding, a capital do vale-tudo, mais pecaminosa que Las Vegas! Você vai implicar porque eu estou com a periquita de fora?

- Lamentavelmente, sim senhora. Poderia por favor procurar outro lugar para se divertir?

- Caralho, eu não vou embora porra nenhuma. Faz anos que eu frequento aqui, você nem devia ter nascido e eu já vinha nessa espelunca, assim que é melhor tu procurar outra pessoa para encher o saco!

- Dona, normas são normas. Nós prezamos muito pela boa experiência de nossos clientes e a senhora está causando tumulto.

- Tumulto? Ah, guria, você ainda não viu nada! E agora? Que tal? Aí galera! Essa piranhazinha quer me expulsar daqui!

- Dona, por favor, desça da mesa e feche as pernas. Sua buceta está quase no meu nariz, isso é totalmente inapropriado!

- Que foi? Nunca viu uma buceta não, é? Olha aqui então!

- Senhora! Por favor! Desça agora mesmo da mesa e pare de abrir as nádegas e mostrar o ânus para os clientes!

- nus é o caralho, sua putinha de segunda! Isso daqui é um belo de um cú! Um cuzão! Cú, entendeu bem? Cúúúú! Olha só o que eu faço com o meu cú!

- Dona, isso é absolutamente inaceitável! Por favor, retire os dedos de dentro do seu ânus e leve ele para fora daqui imediatamente, ou serei obrigada a chamar a guarda!

- Eu tô me fudendo! Tô me fudendo pelo cú bem na sua cara e você não pode fazer nada! Aí galera, olha o coro: Piranha! Piranha! Piranha!

Era um osso duro de roer, essa provavelmente deveria ser a missão mais impossível de todas! A dona estava fazendo um escarcéu no bordel, pulando em cima da mesa pelada e enfiando a mão na própria raba para todos verem!

A prostituta gerente-substituta tinha o cú duro, pobrezinha, simplesmente não estava sabendo administrar a situação. Mas, até ali, entre uma putinha sem jogo de cintura e uma dona piranhuda, quem merecia ser salva e quem merecia queimar no inferno? Sinceramente, eu não sabia…

- Guardas! Guardas! Ordeno que retirem esta mulher do daqui imediatamente!

- Pô chefia, o que é que está pegando? Porque a gente vai tirar a Rainha Jérsei daqui?

- Rainha Jérsei Lanistre? Como vocês sabem que é ela, se está usando uma máscara?

- Ô chefia, a gente viu todos os episódios da série. Essa buceta aí a gente conhece de cor.

- A senhora é mesmo a rainha absoluta absolutista da porra toda? A cliente mais assídua nos vinte anos desde a fundação da casa? Ai, mil perdões, Rainha Jérsei! Olha, eu não sabia, foi mal aí, eu sou só uma figurante e me mandaram aplicar as normas da casa!

- Normas é o caralho, garota, eu vou fazer uma queixa e você vai ser decapitada ao amanhecer!

- Mas Rainha Jérsei, não faça isso, por favor! Olha, está bem aqui nas normas, item número cento e sessenta e cinco: “Em todos os ambientes do bordel é permitida a nudez integral dos clientes, exceto no salão dourado, onde estes deverão permanecer trajando suas roupas íntimas!”

- Não me importa! Agora eu fiquei muito puta e vou mandar matar geral! Você, os guardas, os outros clientes, até as putas daqui, vai todo mundo pro beleléu! É mais, enchi o saco! Vou mandar matar também a guarda da noite, os Stark e aquela fulana que fica voando de dragão sobre a cidade!

Fudeu. A tal dona era mesmo a Rainha Jérsei Lanistre - e eu devia ter desconfiado desde o início. Agora, o autor da série iria matar a todos os personagens maneiros e um reinado ainda mais incestuoso, malvado e luxuriento se instauraria para todo o sempre sobre a pobre terra de Westemos.

Caralho caralhudo, situações extremas exigem medidas extremas! Num relance de brilhantismo, eu já sabia muito bem o que estava acontecendo e entendi perfeitamente que deveria fazer.

Olhei para o alto e lá estava ele, sorrindo, divertindo-se com sua maldade absurda e causando todo aquele rebuliço justo no último capítulo da série: o assistente de roteirista perverso que havia assumido o controle e estava escrevendo aquela merda!

Pulei para dentro do seu corpo e, laboriosamente, reescrevi o último episódio.

Ficou uma merda das grossas, porque eu matei a Rainha Jérsei, matei o “Mindín” e matei Danéris - a rainha dos Dragões.

Ademais, aproveitei para mandar o personagem mais gostosão, a porra do Jon Snow, de volta para o exílio no norte gelado e entreguei o Trono de Ferro para um personagem aleijado e sem graça, um tal de Bran Stark.

Para coroar o desastre, ainda indiquei um anão feioso para o importante cargo de “Mão do Rei.”

No final das contas, eu consegui extirpar toda a bandalheira e acabar com o glamour dos personagens principais que restaram vivos, assim que Westemos agora poderia descansar de tanta lascívia e sacanagem que já perdurava há oito anos de série.

Ok, eu confesso, a maioria dos fãs se revoltaram quando o final que escrevi foi ao ar, mas o fato é que salvei toda a população daquele pobre reino da condenação certa ao inferno e, ao fazê-lo, ganhei ainda mais pontos para o céu!

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Porra Bayoux, finalmente eu consegui entender o motivo daquele final meio sem pé nem cabeça da Guerra dos Tronos! Agora sim faz todo sentido, tinha que ter a mão de algum “geniozinho mau” para desencarrilhar a história toda! Hahaha!!! Excelente, e trazendo gostosas lembranças de noites de domingo assistindo a Cersei e outras musas da série! ⭐️⭐️⭐️

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Pois é Buko, aquele final horrível foi obra do capeta, uma grande lição sobre como se pode arruinar uma boa história, hahaha. Mas uma coisa é certa: a gente nunca vai esquecer da série, nem das musas!

PS - Eu vi a Casa do Dragão e achei xoxinha…

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