Diabos! - Algo de Podre na Ilha da Fantasia

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1925 palavras
Data: 28/09/2023 17:29:30

Falsidades, mentiras e enganações: esse era o resumo da minha vida após a morte.

Tanto trabalho para conseguir condenar algumas almas ao fogo do inferno e depois um esforço hercúleo para redimir e salvar tantas outras e garantir-lhes o paraíso, tudo isso para nada, absolutamente nada, nadica de nada.

Não existia a tal guerra entre o bem e mal, o céu e o inferno não estavam se digladiando próximo ao fim dos tempos, o Cara lá de cima e Satanás estavam cagando fazia quatrocentos anos e as coisas deveriam ser estáveis enquanto isso! Tudo foram puras invenções engendradas somente para manipular um pobre capeta: eu.

Agora eu descobrira que Nathaniel, o Anjo Fogoso do céu, e Aélis, a demônia chefe do setor de luxúria do inferno, haviam inventado aquela merda toda somente para me fazer trabalhar dobrado e simular aos seus respectivos chefes que se empenhavam na tal disputa, quando na verdade passavam o tempo se pegando à vontade e rindo da minha cara de babaca.

Ok, tudo isso eram apenas conclusões a que cheguei depois de umas dicas fornecidas por uma diaba gostosinha que conheci na pré-história, não haviam provas cabais desta trama maquiavélica entre os seres sobrenaturais, mas fazia todo o sentido.

Quando voltei àquela ilha misteriosa onde tudo podia acontecer e que na verdade era o purgatório, apesar de minhas desconfianças, resolvi ficar no mocó e não confrontar Nathaniel diretamente. Eu precisava de evidências, isso sim, devia ser capaz de comprovar tudo antes de foder com a existência do anjo - ou então seria ele quem terminaria me enrabando.

Para minha sorte, Nathaniel não estava na aldeia das Anüir quando eu cheguei, então aproveitei para dar uma volta e tomar algumas iniciativas.

Desci a trilha da montanha até a praia de Lost, passei pela Lagoa Azul, atravessei a floresta de Valinor, quase me perdi nas neblinas dos pântanos de Avalon, escalei as escarpas montanhosas da Ilha da Caveira desviando do King-Kong e finalmente cheguei a meu destino: A Ilha da Fantasia - sim, tinha tudo isso no purgatório, se quiser comprovar basta ler a terceira temporada, está tudo lá.

Diferentemente da outra vez em que andei por essas bandas vendo as partidas das jogadoras de vôlei belgas peladas e fodendo as terríveis guerreiras vikings lideradas por Laguerta, a viúva de Ragnar Lothbrok, desta vez o senhor Rôrque e seu ajudante Tattú me pareceram um tanto constrangidos com minha presença naquele resort seis estrelas.

Tudo bem, eu não paguei a conta quando fui embora, mas daí a negar a minha entrada era um pouco desproporcional, afinal, não é todo dia que um capeta chega de visita, não é? Eu meio que forcei a barra lembrando ao senhor Rôrque que as guerreiras de Lagertha somente levantaram acampamento da sua praia porque eu intervim convencendo-as a entrar numa guerra falsa contra as Anüir pela supremacia na ilha. Se não fosse por mim, aquilo ali não teria mais nenhum cliente sequer!

Ao Tattú, bastou recordar-lhe que fora eu quem apresentei a sua atual esposa: a cabeça da Jéssica Karayanne. Sim, era só a cabeça mesmo porque o corpo da celebridade foi devorado pelas Anüir, em compensação, aquela cabeça falava pelos cotovelos e sabia pagar um boquete como ninguém. Porra, eu fui padrinho dos dois e agora ele vinha com essa de me barrar?

O senhor Rôrque e o Tattú confabularam muito e por fim me deixaram passar, mas pontuaram veementemente que eu não deveria frequentar a praia, pois estava ocupada por convidados especiais que desejavam total privacidade. Obviamente que eu fiquei curioso com isso e, na primeira oportunidade que tive, fui lá dar uma espinhadinha.

Mardita merda, se vocês alguma vez já se sentiram ultrajados por ter um chefe que mentia descaradamente só para conseguir bater metas no fechamento do mês, o que diriam se depois surpreendessem esse mesmo chefe em lua de mel junto à concorrência? Pois foi isso o que encontrei na praia paradisíaca: Nathaniel e Aélis juntinhos tomando daiquiris e trocando beijinhos como dois pombinhos apaixonados em lua-de-mel!

Enquanto os dois trepavam sobre uma cama lounge na areia, escondido atrás de uma palmeira eu podia ver o pauzão do Nathaniel entrando e saindo da bucetona de Aélis. Caralho caralhudo, essa diaba era rodada na bagaça, mas mesmo assim a piroca do anjo era capaz de torar a bichinha a tal ponto que sua buceta parecia que iria rasgar a cada golpe do Anjo Fogoso ali.

Entre bufadas e resfolegar de ambas partes, eles riam e conversavam como se não fosse uma traição suprema estarem os dois ali, o bem e o mal, fodendo.

- Porra Nath, que saudade dessa piroca me comendo! Vai anjo, mete fogo na tua diaba!

- Lilith, depois de tanto trabalho, nós bem que merecemos essa folguinha juntos! Vem cá que eu vou dar um trato nessa bundona gostosa!

- Ai Nath, adoro quando tu me chama pelo meu apelido de súcubus, me dá um tesão do caralho! E essa folguinha veio mais que bem-vinda, eu nunca trabalhei tanto assim na vida!

- Que trabalhou o quê, diaba? Aquele capeta que eu roubei do inferno e a diaba que trabalha com você estão fazendo tudo! A gente tá só de boa!

- É, mas ficar de olho nesses dois não é fácil! Quase deu merda quando eles se conheceram lá na pré-história! Imagina se eles descobrem tudo? A gente podia se foder!

- Gata, relaxa e goza. Ninguém vai descobrir que a gente nunca brigou de verdade e nos pegamos com força desde a criação do universo.

- Nath, seu bobinho do pau gostoso, eu tô falando da nossa armação, não do nosso casinho. Se Satanás ou o Cara lá de cima descobrirem o nosso golpe, eles vão comer o cú da gente de um jeito que não vai ser divertido, tá ligado?

- Olha Aélis, não começa de onda não! Você bem sabia dos riscos quando planejamos derrubar aqueles dois e acabar com o livre arbítrio da humanidade!

- Ai, você fica ainda mais tesudo quando está nervosinho… Vai soltar fogo pelas ventas, vai? Olha que eu me derreto toda!

- Aélis isso é sério! Eu não aguento mais ficar de babá dos mortais vendo quem come quem, quem chupa rola e quem dá o brioco! Quando formos os chefes da porra toda, se acaba isso de vale-tudo e só vai ter sexo papai-mamãe na terra, tudo bem comportadinho!

- Tá bem, Nath, tá bem… Mas entre a gente ainda vai rolar analzinho, não é? Eu amo dar a bunda pra você, seu safado!

- Lilith, entre a gente não muda nada, isso de papai-mamãe vale só para os mortais, é claro!

- Ai, adoro! Quanto mais a gente puder sacanear o povinho lá da terra, melhor!

Bem, eu posso até ser um capeta, mas vocês devem imaginar muito bem como eu me sentia: eu estava enojado, indignado, ultrajado. Não bastasse os dois me sacanearem mentindo até não poder mais, o Anjo Fogoso e a diaba luxurienta tinham algo muito pior em mente: dar um golpe de estado no céu e no inferno conjuntamente e obrigar os humanos a terem uma vida sexual absurdamente monótona!

Sem saber, desde que eu morrera fui envolvido nos pérfidos planos do casal sobrenatural e agora me dava conta. Se não fosse a tal diaba gostosinha que conheci na pré-história, talvez eu nunca tivesse descoberto nada disso! Ah não, esses dois estavam se achando muito, eu tinha que tomar alguma atitude e acabar com aquela palhaçada toda!

Bem, eu fiquei tão puto que acabei me desequilibrando atrás da palmeira e caindo de cara. Para piorar, os dois me notaram praguejando com areia na boca e vieram como cães de caça ao meu encalço. Fudeu, fui seguro por um lado por Nathaniel e do outro por Aélis.

Para piorar, a diaba me retinha de um jeito em que minha mão ficava encostando na sua buceta e seus peitos se espremiam no meu tronco, me deu um tesão da porra e meu pau começou a levantar no ato. Nathaniel percebeu tudo, ficou com ciúmes, o que só tornava minha situação ali ainda mais difícil.

Bem, pode parecer escroto, mas eu só tinha uma saída: Dividir para conquistar, a máxima estratégia de guerra de Sun Tzu, livro obrigatório para qualquer administrador. Percebendo que Aélis estava propositalmente se esfregando em mim, girei o pulso e consegui enfiar dois dedos dentro de sua bucetinha, onde fiquei friccionando seu grelinho com a palma da mão e comecei o vai e vem metendo os dedos.

Enquanto Nathaniel esbravejava e me xingava de tudo quanto era nome proibido no céu, Aélis ficava gemendo baixinho e tinha um sorriso meio sacana no rosto.

Quem diria, justo ela, a demônia chefa do setor e luxúria do inferno, a mulher que fez comer o pão que o diabo amassou no treinamento para capeta, a demônia que me sacaneou jogando todos os relatórios de minhas missões no lixo e me obrigando a comê-la como castigo - justamente ela era minha única possibilidade de salvação!

Enquanto eu batia uma siririca escondido para Aélis, a diaba se contorcia toda e discutia com Nathaniel sobre o que fazer comigo. Ele queria me condenar às caldeiras ferventes de Satanás, mandava Aélis me jogar nos rios de lava, ou mesmo me colocar na faxina dos sanitários de alguma rodoviária o inferno - eu nunca fora a um banheiro público no inferno, mas bem podia imaginar do que se tratava.

Aélis, obnubilada pela siririca potente, argumentava que não era para tanto, que eu havia sido um capeta fiel quando estava no inferno e um dos melhores serviçais trabalhando para o céu. Para ela, depois de tudo aquilo, o mínimo que podiam fazer era não me fuder tanto e arranjar um lugar onde eu não atrapalhasse os seus planos. Além do mais, considerava, o pior castigo para mim seria justamente levar uma vida sexual monótona como a que eles pretendiam implementar na terra.

Porra, isso não, tudo menos isso, ninguém merece fazer só papai-mamãe a vida inteira!

Como eu conseguiria sobreviver sem dar uns tapas na cara e cuspir numa mina enquanto torava sua bucetinha? Como poderia existir sem puxar uma garota tesudinha de quatro pelo rabo de cavalo e meter fundo a rola no seu cuzinho, escutando seus gemidos e súplicas para gozar lá no fundo? Logo eu, um adepto voraz de sexo anal, como conseguiria resistir por anos nestas condições indignas?

Puta que pariu, agora sim eu estava fudido e mal pago! Apesar dos meus esforços para conter Aélis, ela era uma diaba das piores e, mesmo querendo aplacar a ira de Nathaniel, propunha um castigo insuportável para mim.

Contudo, Nathaniel ponderou que, sem ter a mim trabalhando em seu plano maquiavélico, poderia ainda levar muitos anos até que dessem o golpe de estado e concretizassem seus planos de chatice sexual plena, o que, cá entre nós, era bem verdade - pois aqueles dois ali não gostavam nada do batente.

Aélis então estava quase gozando e, com a voz entrecortada pelos arrepios que lhe subiam a coluna vertebral, propôs algo terrivelmente diabólico - o que não era de se admirar, posto que de fato ela era uma demônia: “Nath, vamos condenar esse capeta ao loop temporal! Assim, ele terá que vagar pela terra sem poder interferir e sabendo que, quando chegar aos dias atuais, terá de suportar uma vida eterna chata pra caralho!”

E foi assim, depois de Aélis gozar até deixar o melzinho escorrendo pelas pernas, que Nathaniel me enviou a um lugar sombrio e inóspito, onde comecei a viver a nova etapa da existência imortal!

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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esse loop temporal que vai ser o castigo dele pode até ser algo muito bom, se nesses momentos históricos ele encontrar umas mulheres parecidas com a Aélis

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Jorginho, como Aélis vai ser difícil, ela é imbatível: foram séculos desenvolvendo a arte da sedução e da luxúria!

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