Meu Judoca (capítulo 2)

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 1950 palavras
Data: 17/08/2023 21:08:42
Assuntos: Amigo, Beijo, esporte, Gay, Judô

Fiquei tão distraído em meus pensamentos que simplesmente não percebi que curti a foto dele de sunga sem querer, minha nossa, meu coração acelera parece que vai sair pela boca, tenho um breve momento de pânico e tento me acalmar a ponto de conseguir pensar em uma solução, como posso não parecer um stalker, que curti as fotos dele antes mesmo de seguir o perfil dele e ainda pior uma foto antiga e de sunga, a única solução que me ocorre é de tirar a curtida e torcer para que ele não tenha visto, mas a ansiedade é grande, então resolvi segui-lo como teste, se ele me seguir de volta no mesmo instante vai significar que ele estava com o celular e viu minha curtida, caso demore a me seguir de volta será um sinal de que deu tempo desfazer o like — eu sei não faz sentido, mas estou desesperado — e assim faço, aperto no botão de seguir e seguro a respiração.

Meus olhos não saem da tela do celular, cada segundo que passa fico mais estático, só quando passa cinco minutos é que volto a respirar normalmente, ele não me seguiu de volta agora, vejo seu último story e vejo que ele está jantando fora com a namorada, fico assistindo seus storys e posso está enganado, mas parece que tem algo de errado, ele parece sério em alguns momentos, pelo pouco que conheço dele sinto que ele incomodado com algo.

Depois de mais um tempo pego no sono sem que ele tenha me seguindo de volta, não tenho certeza, mas acredito que tive um sonho erotico com o Iuri porque acordo de pau duro e meio babado, me esforço para lembrar, mas não consigo, só me restando fazer o que sempre faço, bater uma no banho e ir para a escola, estou no terceiro ano, o Téo terminou os estudos ano passado e já começo a faculdade de educação fisica em uma universidade foda, ele tem bolsa de atleta, o cara manda muito bem, Iuri estuda na mesma escola, mas em uma sala diferente da minha, depois que Téo se formou quase não nos falamos pelo motivo dele ser amigo do Téo, só agora com o Judô é que estamos nos aproximando — bem de vagar por sinal — por ele ser de outra turma Iuri tem sua galera e eu a minha, mas ele sempre me comprimenta quando nos encontramos nos corredores.

No intervalo costumo ficar de olho nele, o cara consegue ser lindo de todas as formas, quase chego a babar secando ele no intervalo, uma hora vejo ele indo no banheiro e aproveito para ir atrás, assim que entro ele está num dos mictórios sem pensar muito para não desistir vou para o mictório ao lado do que ele está.

— Iuri. — Falo meio constrangido.

— Iai Beto, tudo tranquilo cara? — Ele é simpático.

Faço o possível para manjar a rola dele, mas sem que ele perceba, porém não tenho sucesso, sou muito arregão e o medo de ser descoberto é grande demais, ele acaba e vai lavar as mãos, vou logo em seguida, bem a tempo de ver ele dando uma ajeitada na calça, tenho a leve sensação de ele está duro, mas não prendo meu olhar para não gerar nenhum mal entendido, ele acena com a cabeça e sai, fico com isso na cabeça, mas não deve ser o que estou pensando, ele parece ter o pau grande já vi o seu volume várias vezes, só que dessa vez tenho quase certeza de que ele estava excitado.

A noite vou para o treino junto do Téo, o treino agora está um pouco mais divertido, ainda mais porque ouça outros falando que levo jeito isso deixa meu ego lá em cima, de vez em quando olho para Iuri que treina pesado junto aos outros que vão competir em breve, mas ele não é o único a atrair meus olhares, meu medo Matheus ter visto a curtida no seu perfil ainda existe e é bem grande, como matheus sempre chega em cima da hora do treino ainda não tive a oportunidade de sondar ele para ter certeza de que ele não viu nada.

Quando o treino acaba fico esperando meu amigo e olhando o meu celular, finalmente vejo que Matheus me seguiu de volta, verifico minha DM e nada de mensagem dele, então posso começar a me acalmar, pois se ele tivesse visto a essa hora, já teria cobrado satisfações ou insinuado algo, o que não fez, ao invés disso ele agia normalmente.

Quando o treino acaba vejo Téo conversando com Matheus e apontando para mim, meu coração acelera, parece até que vai sair pela boca, só consigo pensar que fui pego e que agora ele deve está me expondo, porém quando Matheus se despede e acena de longe para mim — a Amanda se agarrou nele e saiu puxando ele para outro lado — enquanto Téo se aproxima de mim.

— O que Matheus queria? - Faço o possível para transparecer calma e serenidade.

— Convidar a gente para uma resenha que vai ter no fim de semana, parece que a casa dele te psicina. — Téo fala todo empolgado.

— Que resenha é essa mesmo? — Pergunto.

— Ele disse que é aniversário da filha dele, aí chamou a gente, só que Iuri não vai poder e eu só vou se você for. — Fiquei triste por Iuri não ir, mas era uma boa poder sair para uma festa em uma casa com piscina.

— Ah eu topo, Matheus parece ser gente boa, vai ser legal, quando que vai ser? — Perguntei mesmo depois dele já ter dito no início da conversa.

— Fim de semana, te falei, você anda muito distraído hoje em? — Tô com tanta coisa na cabeça que tá difícil de concentrar.

— Tenho um trabalho para apresentar de Geografia e não estudei ainda só isso. — Não gostava de mentir para o Téo, mas não tive outra escolha.

— Você sempre deixa para última hora, não aprende nunca né Beto. — Meu amigo me repreende.

O treino era muito bom, mas para um sedentário que nem eu, era muito cansativo, estou tão morto, que depois de jantar tomei banho e apaguei, parece que a noite mau dormida da noite anterior cobrou seu preço, a vantagem de dormir “cedo” é não ter problema de acordar cedo, realizo meus rituais matinais e vou para aula, mais um dia em que fico de olho no Iuri, mas sem coragem de chegar perto dele e tentar contato.

Quando as aulas acabaram e estou indo para casa vejo Iuri no portão, assim que ele me ver abre um sorriso e vem até mim, toda vez que estou perto dele meu coração erra uma batida, ele me deixa fora de órbita e um pouco eufórico admito, ele esta só, e incrivelmente bonito, com um sorriso que faz minhas pernas falharem.

— tá indo para casa? — Ele pergunta.

— Sim, estou sim. — Respondo fingindo naturalidade.

— Vou com você, tenho que pegar uma coisa que o Téo me passou.

— Ele deve estar na faculdade uma hora dessas.

— Tô sabendo, mas ele deixou com a mãe dele. — Achei estranho, já que era para entregar ao Iuri, por que o Téo não me pediu, era bem mais prático do que fazer o menino até a casa dele pegar.

— Tranquilo, vamos nessa. — Ponto positivo é poder passar mais tempo com ele pelo menos, e melhor só nós dois.

Ele vem me acompanhando, não moro tão longe do colégio, mas ele mora um pouco distante, então realmente é foi vacilo do Téo, Iuri segue do meu lado com seus fones ouvindo música e em silêncio, acho que tenho que tomar coragem, então pergunto o que ele está ouvindo.

— Você não deve conhecer. — Ele responde sem jeito.

— Olha sei que sou unha e carne com o Téo, mas posso afirmar que nosso gosto musical é bem diferente. — Nós dois rimos, pois Téo é a única pessoa que eu conheço que gosta de estudar ouvindo Alcione e outras músicas do gênero.

— Ah, estou falando com um eclético então? — Ele fala debochando.

— Agora te desafio a me dizer o que está ouvindo. — Falei fingindo segurança.

— Desafia, e o que acontece se você acertar?

— Você vai me dar uns treinos extras de judô. — Falei meio sem pensar, só depois me dando conta de que ele poderia entender errado, ou certo se é que me entendi.

— E se eu vencer? — Ele pergunta arqueando a sobrancelha.

— Faço qualquer coisa que você pedir. — Mais uma vez falando sem pensar.

— Perfeito, estou ouvindo Bloc Party - This Modern Love e ai sabichão. — Óbvio que conheço Bloc Party, embora minha favorita seja Blue Light, mas algo em mim gritou para que me fizesse de doido e vai ser o que vou fazer.

— Olha conheço muitas bandas, mas nessa você me pegou. — Doeu negar o Bloc Party, mas ele me entenderam se soubessem o motivo.

— Olha só quem rir por último rir melhor. — Algo me dizia que eu riria por último.

— Muito bem qual seu desejo, meu bom vencedor? — Perguntei pronto para minha sentença.

— Ah, te falo depois pode ser? — Achei estranho, mas aposta é aposta.

— Claro. — Respondo e agora estou fingindo ouvir uma das minhas bandas favoritas pela primeira vez, rapaz, o que a gente não faz pra conquistar alguém.

Chegamos no meu prédio e acompanho ele até o apartamento do meu amigo, mas damos com a cara na porta, minha tia e nem meu amigo estão em casa, Téo é muito vacilão, fico com pena do Iuri ter andando de graça o ofereço um suco na minha casa, para ele nçao ter perdido a viagem totalmente, assim que entro em casa, vejo que minha mãe não está, já deve ter ido para o trabalho — ela é enfermeira — vou até a cozinho e confirmo que ela deixou almoço pronto.

— Tem bastante para nós dois, quer almoçar comigo. — Falo.

— Claro, onde posso lavar as mãos?

— Pode usar meu banheiro, no final do corredor é meu quarto. — Falo enquanto vou esquentando o que vai ser nosso almoço.

Iuri está demorando um pouco, vou atrás dele no quarto, assim que passo pela porta o vejo olhando minha coleção de jogos na estante, preciso de uns segundo para me beliscar, pois ele no meu quarto parece um sonho, inclusive já sonhei com a gente se pegando bem onde ele está parado agora.

— Você tem muitos jogos. — Ele fala.

— Só gasto meu dinheiro com isso. — Respondo me vangloriando da minha coleção.

- Teo disse que você é fera nos games.

— Ele é terrível. — Brinco — Podemos jogar depois do almoço se quiser.

— Ótimo.

Ele me fala sobre outras bandas que gosta durante o almoço e faço o mesmo, temos um gosto muito parecido principalmente em detestar músicas brasileiras, o rock de fora é muito melhor, acho que nunca conversei tanto com Iuri, tudo parece mágico, estamos sozinhos e ele está falando comigo sem a presença de Téo, isso é surreal, mais ainda por eu não está em pânico com isso.

Após o almoço fomos para o meu quarto para jogar alguma coisa, primeiro vamos num bom e velho futebol, depois de três partidas onde ganhei duas e ele uma Iuri toca no assunto da nossa aposta novamente e meu coração acelera.

— Bem você me deve. — Ele fala.

— Devo sim. — Estou sentado no chão escorado na cama bem do lado dele.

— Beto.

— Iuri. — Rimos.

— Falando serio, você me deve e eu quero um beijo.

— Um beijo. — Estou em completo choque.

— Sei que você também quer. — Ele falando largado o controle e vindo para cima de mim.

Depois de muito tempo estou com a cara dos meus sonhos na minha guarda — entre minhas pernas — sua boca é quente e seu beijo é indescritível, desejo com todas as minhas forças que esse momento nunca acabe.

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Comentários

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Perfeita a pequena manipulação com o desafio da música, quem nunca fez né?

Pequenos pormenores com que nos conquista ah...

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Rafa! Que massa! Tesão nesse Beto. E o Iuri é tudo de bom.

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Depois do Yuri quem vai te comer gostoso primeiro? O Theo ou Matheus?

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Yuri irá tirar sua virgindade?❤️

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Que fofo eles se permitirem . E o Matheus também vai querer ficar contigo? E o Theo pode tornar uma amizade colorida? Conto maravilhoso continua logo por favor ❤️❤️❤️

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Game interessante esse de mostrar a arma pro oponente hein! Na próxima me chama ow 😈

E essa aposta não tinha prazo pra ser cumprida não?? Tá demorando demais isso aí...

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oi rafa , parabéns, vc sempre com a escrita que prende a gente , prfv não demora tanto pra continuar a história,seus contos são meus passa tempo preferido

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Cacete Rafa, tá demais esse reboot!! Doido pra ver o q vai rolar entre esses dois aí 😈

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