Diabos! - Mijón e a Putinha da Esquina

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 1522 palavras
Data: 18/07/2023 13:01:33

Caso 472, eu já me aproximava de quinhentas tentativas de condenar alguém ao setor de luxúria do inferno e ainda não havia sido bem sucedido. Não que a humanidade estivesse se redimindo e melhorando, nada disso.

O fato é que o inferno era cheio de regras incompreensíveis e, por mais que eu fodesse e fosse fodido pelos humanos na tentativa de induzi-los a pecar, a coisa sempre desandava e eu terminava sendo motivo de gargalhada para minha chefa, a diaba Aélis.

Pelo visto, o inferno seguia tentando angariar para suas hordas gente famosa. Acho que a estratégia era fazer os influenciadores das massas pecarem, e assim os números de condenações subiriam naturalmente.

Dessa vez, minha vítima seria um apresentador de televisão, desses que fazem programas de fim de semana à tarde, um tal de Marku Mijão. Ora, só fazer um programa de auditório já é por si um pecado, precisava mais?

É claro que sim, precisava! Eu era um capeta do setor de luxúria, então devia buscar que minhas vítimas cometessem o nosso pecado predileto!

Pelo que me informaram, a vida estava dura. Os setores da gula e da avareza, assim como os da inveja e da preguiça, estavam abarrotados de condenações, mas a luxúria, estranhamente, não conseguia um pecadorzinho novo sequer.

Vendo o local onde eu deveria encontrá-lo, um plano diabólico me veio à mente. Seria batata, fui até o vestiário do inferno e escolhi um uniforme maneiro. Quando cheguei à terra, eu era uma jovenzinha de vinte e poucos anos, peitinhos pequenos e pontudos, longas trancinhas loiras e uma bunda de fazer qualquer macho babar.

O tal Mijão não teria a menor chance, ia se acabar me comendo pelo furico e terminaria no inferno!

O lugar do encontro era meio sinistro, uma esquina escura no centro da cidade. Fiquei esperando por meia hora, período em que vários homens passaram por mim falando baixaria e fazendo ofertas nada elegantes.

Apesar da tentação de estrear aquele corpinho nota mil, eu não cedi e segui obstinada na minha missão, esperando pelo Mijão. Quando um estranho se aproximou novamente, apesar da escuridão local, eu o reconheci logo de cara: era ele, a minha vítima!

- Oi querida, boa noite. Tudo bem?

- Oi. Tudo bem sim.

- Eu estava sacando você dali de longe. Te achei muito bonita, sensual, sabe?

- Obrigado.

- Então, tenho uma proposta… Que tal se a gente fosse ali no meu carro? Pago mil paus para você vir comigo. Aceita?

- Mil paus? Ali no seu carro? Você quer me comer?

- Isso. Pago adiantado. É pouco?

- Não imagina.. Bem, só porque eu não tenho nada agendado agora, acho que eu vou sim.

- Legal! Vamos indo, está logo ali. Sabe, eu não costumo fazer isso… Mas, ultimamente ando meio inquieto, sei lá, acho que é a idade chegando.

- Interessante. Você não costuma mesmo fazer isso?

- Não, nunca. Quer dizer, eu já marquei com umas meninas novinhas como você, umas garotas daquelas com ambiente próprio, foi legal, mas…

- Mas?

- Sei lá, não era o que eu procurava. Parecia artificial, aquelas lingeries eróticas caras, os quartos cheirando a eucalipto, os penteados perfeitos, a música ambiente de elevador.

- Você é engraçado. Tem caras que pagariam uma bela grana por isso.

- Eu sei. Normalmente custa uns quinhentos, mas acredite: não vale. Por isso vou te pagar milzinho para foder no carro, porque quero satisfazer essa minha fantasia.

- Acho que não entendi bem… Afinal, qual é mesmo a sua fantasia?

- Eu quero uma coisa real. Algo que não se pareça com um filme, ou que não seja como o ideal romântico de qualquer outro homem. Entendeu?

- Cara, não tô entendendo porra nenhuma. Dá para você descrever essa fantasia sua de uma maneira mais simples?

- Olha, meu sonho, já há muitos anos, é comer uma puta de rua. Não leva a mal não, digo, eu chamar você assim de puta.

- Imagina. Afinal, eu estou indo no seu carro dar para você por mil paus, então você pode me chamar do que quiser.

- É disso que eu estou falando! As mulheres das lingeries sofisticadas não são assim!

- Mas elas não são putas também? Digo, elas não cobram para você foder a buceta? Então, qual é a diferença?

- Bem, não repara na linguagem, vou tentar explicar da maneira mais crua possível, assim vai fazer sentido para você.

- Ôba, tô curiosa!

- Aquelas mulheres agem como se fossem sua namorada e ficam cheias de frescura na hora de trepar. Daí, você está fodendo e elas ficam paradonas, parecendo uma boneca barbie tamanho gigante. Não gostam que você agarre um peito, não querem que você puxe o cabelo, nem que borre o batom… É uma farsa!

- E comigo? Como é que você sonha em me foder?

- Ah, você é diferente. É uma puta de rua. Digo, fica ali na esquina esperando e daí vem um cliente atrás do outro, trepa o tempo todo, já viu de tudo. Contigo não tem frescura.

- Você pensa mesmo de um jeito engraçado. Está me dando tesão.

- Está vendo? Eu digo essas barbaridades e você acha graça. Logo, nem vai reclamar se eu meter até os bagos no seu cú com você de quatro no banco do carro, te chamando de piranha escrota enquanto meto o pau na sua boca e faço você mamar puxando pelo cabelo, ou se ponho suas pernas no alto e belisco os mamilos enquanto te enrabo.

- Nossa, que imaginação, hein? Bem taradinho você, gostei. Se fizer isso tudo comigo, nem cobro os milzinho.

- Como assim não cobra? Que tipo de puta não cobra?

- O tipo de puta que não é puta, bobinho! Eu só estava esperando o táxi quando você me abordou oferecendo a grana. Chegamos? Esse é o seu carro?

- Olha, não leva a mal não. Pode ficar com a grana, mas não vai rolar. Você é só uma garota normal, não é uma puta de verdade!

Mardita merda, eu quase perdi o cliente, digo, a vítima! Que bola fora essa de dizer que eu não era puta! Também, como eu iria adivinhar que ele não gostaria de foder uma garota sem ter que pagar? Sentindo a condenação escorrer entre os meus dedos de unhas longas e azuis, tive que agir rápido.

- Olha moço, eu tô precisando dessa grana. Se você me der uns quinhentos, deixo fazer tudo. Tudo mesmo: Oral, bucetal e anal. Faço cara de piranha e gemo dizendo que você está acabando comigo. Vou quicar no seu pau até deixar ele torto. Para finalizar deixo gozar na minha cara. Então, mudou de idéia?

Olha, o tempo que eu vivi como um homem na terra me ensinou muita coisa. O sujeito pode ter a fantasia que for, mas, se aparecer uma mulher gostosinha com uma proposta dessas, ele abre mão rapidinho - a cabeça de baixo não tem voz, mas é capaz de falar mais alto que a de cima!

Com o Marku Mijão não foi diferente, em dois minutinhos estávamos no banco de trás do carro, ele deitado com o pau apontando para o teto e eu afastando a calcinha para começarmos a foder.

O tal do Marku tinha uma rola fina, mas comprida como a porra. Toda vez que eu sentava até o fundo, aquele negócio ficava cutucando meu útero, doía pra caralho, literalmente. Resolvi mudar a estratégia, tirei aquele espeto em forma de rola de dentro de mim e coloquei na portinha de trás. E foi aí que eu me arrependi…

Pelo visto, ter escolhido um uniforme zerado no inferno não foi lá uma grande idéia: aquilo nunca tinha sido usado antes e o furico era apertadíssimo, tipo zero quilômetros. Para piorar, eu havia deixado o tal Mijão taradão e o cara veio enfiando a vara com tudo, me puxando para baixo pela cintura até eu sentar sobre sua barriga.

Então, dar o furico pela primeira vez dói, tem que fazer com jeitinho, sabe? Mas o filha da mãe não estava nem aí, me colocou de quatro e martelou meu cuzinho virgem até alargar as preguinhas.

O negócio era comprido, eu suspirava quando ia saindo e quase morria quando voltava para dentro. Eu chorei, confesso, chorei caladinha e deixando ele se acabar no meu traseiro: tudo em prol da missão!

Saí do carro toda arrombadinha pela vara do Mijão. Apesar de ser um capeta, os uniformes do inferno funcionam como uma pele capaz de transmitir todas as sensações - e, agora, eu mal conseguia caminhar!

Cheguei na esquina escura meio apressada e me teletransportei de volta ao inferno. Foi um alívio tirar aquela pele e voltar à minha forma amorfa de fantasma azul púrpura brilhante que não sente dor!

Ok, se por um lado eu me livrei do sofrimento físico, o psicológico veio logo em seguida. Quando apresentei o relatório da missão para Aélis, tomei um esporro danado - cheguei mesmo a preferir estar de volta no carro com o Marku Mijão.

O caso era que, para o inferno, prostituição não é pecado, logo, a condenação do apresentador de programa dominical não valia o papel que usei para escrevê-la.

Mardita merda, se no inferno nada era pecado, como eu conseguiria condenar alguém?

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Kkkkkk continua a saga do diabinho incompetente e agora vacilão. Quando será que ele conseguirá arregimentar uma alma para as hordas do inferno? Suspense total

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Bem, pelo menos ele esta se esforçando bastante, hahaha

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Kkkkk!! Quem tá te fudendo mesmo Bayous é a tua chefe Aélis, já te disse.

Dica: O cantor Gatilho tem 4 ou 5 filhas acho, mais duas ex saradas, loiras, gostosas pra caralho. Só para constar! Kkkkk

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Ôpa vou anotar a dica para a sequência! Obrigado!

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