Conexões obscuras cap 2

Um conto erótico de nz
Categoria: Gay
Contém 841 palavras
Data: 12/07/2023 14:36:58
Última revisão: 12/07/2023 14:40:27

Antes de continuar a historia, vamos fazer uma pequena viagem no tempo para entender melhor os acontecimentos atuais, essa volta no tempo vai durar alguns capítulos e assim vocês podem conhecer tudo melhor. Vou postar um cap por dia pois estou de férias.

Se estiver Gostando peço realmente que de força e faça comentários, é ruim escrever pras paredes.

Pensei em compartilhar meu Instagram com vocês para podermos interagir o que acham ?

Segue a continuação da historia:

Prólogo:

No ano 1230, a fumaça envolvia o templo em chamas, sufocando Mike enquanto lutava para respirar. Cada inspiração era uma ardência em seus pulmões e o amargo gosto de enxofre invadia sua boca. Desmaiara uma ou duas vezes, mas, entre esses breves momentos de inconsciência, podia ouvir os gritos distantes da multidão raivosa que se reunira do lado de fora.

"Morram, bruxas! Queimem os filhos de Satã!", vociferavam os aldeões com uma ferocidade nunca antes vista no pacífico vilarejo de Oakwood. E no meio daquele turbilhão de vozes, tochas eram arremessadas em cada canto que ainda não havia sido consumido pelas chamas.

No interior do templo, a tristeza e a compaixão preenchiam o coração do rapaz. Ele e seu povo conheciam a verdade por trás daquela histeria coletiva. Quando estava prestes a perder todas as forças e já havia se entregado à sua sorte, algo inesperado ocorreu. Um jovem surgiu, rompendo o mar de fogo, trajando uma túnica negra que se assemelhava à própria noite. Enquanto entoava uma prece ou um feitiço, abriu caminho através das labaredas.

Ele parou ao lado do exausto e chamuscado bruxo, que estava encolhido no chão. Seus olhos percorreram o local, testemunhando os incontáveis corpos de seus companheiros: amigos, irmãos com quem crescera, mestres e professores que agora descansavam sem esperança num futuro, alguns carbonizados pelo intenso calor. Ajoelhou-se, afastando as chamas com habilidade, enquanto o erguia. Nesse instante, Mike pôde discernir com maior clareza os cabelos e os olhos negros como a própria noite de seu salvador. Era Ethan.

"Vou te ajudar. Precisamos escapar deste lugar antes que os mortais consigam reduzir o templo a cinzas", disse Ethan, a voz firme mesmo diante do caos que os cercava.

Porém confuso pela fumaça que inalara, não conseguia articular palavras. Limitou-se a obedecer. Passo a passo, desviando-se dos escombros em chamas e dos corpos estendidos no chão, alguns ainda gemendo em agonia da alma se soltando do corpo, os dois avançaram. Diante deles estava devastação e desespero, capaz de mergulhar qualquer observador, mortal ou não, em profunda angústia. Contudo, Mike e Ethan persistiram, movendo-se com determinação, desviando de corpos e chamas, até alcançarem os fundos do templo. E por meio de outra entoação mágica, Ethan abriu um portal de escape.

Lá fora, aguardava-os uma jovem de cabelos vermelhos como chamas , mas diferente das chamas do interior no qual tinham escapado, o vermelho de seus cabelos não era intimidador, pelo contrário , parecia maçãs em ponto de colheita , uma cor receptiva. Era Layla, cujos olhos expressavam preocupação e prontidão para ajudar.

"Layla, rápido! Segure-o enquanto lanço uma proteção que nos oculte dos olhos mortais", solicitou Ethan, sabendo que o tempo se esgotava e ele jamais havia lançado tal encantamento.

Entretanto, o destino não lhes era favorável. De uma extremidade, uma mulher do vilarejo os avistou e soltou um grito aterrador:

"Bruxos escaparam pelos fundos!"

Num ímpeto, as pessoas voltaram-se na direção apontada, circundando-os com suas tochas. Aproximavam-se, determinadas e hostis.

Diante desse cerco iminente, ele fitou seus amigos, suas forças já no fim, dirigiu-se a Layla com sinceridade:

"Você precisa fugir. Agradeço sua ajuda, mas esta não é sua batalha. Eles caçam bruxos e feiticeiros, não mortais como você. E Ethan..." Nesse momento, lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto. "Mantenha-se vivo, por favor. Eu não tenho forças para proteger nós três, e provavelmente você não teve tempo de aprender este feitiço já que não frequentou a escola das trevas."

Reunindo as últimas energias que lhe restavam, o jovem bruxo, coberto de fuligem e cinzas, sussurrou as palavras de um encantamento ancestral, repetindo-as insistentemente no centro do círculo que se formava em torno deles:

"Tenue velamen, quod mortuorum tegit, praesentiam voco. Me non videant inimici, accedant amici."

No instante seguinte, apenas Mike permanecia dentro do círculo, caindo de joelhos, enquanto os inquisidores proferiam palavras como "forca", "guilhotina" e "queimem o bruxo". Seus amigos testemunhavam impotentes,invisíveis e intocáveis, mas nenhum dos inquisidores mortais podia enxergar o que acontecia ali. Infelizmente, receberam o oposto do que desejaram, naquela noite teriam que se contentar com o único que escapou do templo.

Amarrado e exausto, Mike foi conduzido até uma clareira oculta na floresta, onde uma árvore alta e solitária estendia seus galhos por cima de todas as outras, era uma macieira. Uma corda foi passada em volta do galho mais alto e em torno de seu pescoço.

Era uma época sombria para os seres místicos, a era da Inquisição às bruxas. Mas, para entender como aquele vilarejo tranquilo, envolto pela floresta, chegou a tal ponto, precisamos retornar exatamente alguns dias antes desse assasinato.

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