Amigo do Judô

Um conto erótico de R. valentim
Categoria: Gay
Contém 2317 palavras
Data: 04/07/2023 15:24:18

—Não sei não Téo. — Estava relutante. — Eu não levo jeito pra esporte.

— Nem adianta Beto, você vai pra aula experimental como a gente combinou. — Meu melhor amigo, como sempre irredutível.

— Mas não sei nada sobre Judô.

— Por isso que você vai começar do zero. — Pra ele era fácil já era facha preta. — Você mesmo disse que queria aprender a lutar.

— Não, Judô né. — Falei com preguiça.

— Só uma aula, se não gostar não insisto mais. — Ele insistia a anos, mas senti que agora parecia sério.

Téo era meu melhor amigo desde o berço, nossas mães eram amigas de longa data, crescemos juntos e ele era como um irmão pra mim, Ao mesmo tempo que éramos tão diferentes, eu gostava de estudar e de jogar videogame, ele amava judô e esportes em geral, Téo era alto, branco dos olhos azuis o pai dele era europeu então ele tinha uma aparência de gringo, já era eu não era tão atrativo como meu amigo, era branco quase pálido já que odiava pegar sol, não era tão magro, mas para a minha altura tenho que concordar que precisava ganhar uns quilinhos.

Estava no último ano da escola e finalmente havia resolvido mudar alguns aspectos da minha vida, Téo praticava judô desde criança ele colecionava títulos e medalhas de diversas competições que havia ganhado, era o orgulho da academia, tanto que dava aulas pra ganhar uma grana extra, sempre tive curiosidade de aprender a lutar, porém minha preguiça era grande.

— Tá ok, uma aula e você para de me encher com isso. — Me dei por vencido.

— Nem tenta se fazer de vítima, que dessa vez foi você quem inventou que queria.

— É mais já me arrependi de ter falado. — Rimos juntos.

Ele treinava perto do prédio que morávamos, como iria fazer uma aula experimental, não precisei comprar kimono e nem nada do tipo, só fui com uma roupa folgada como ele havia me orientado, Téo era muito popular na acadêmia e as meninas caiam de amores por ele, até uns caras encaravam meu amigo com certa frequência, mas ele só tinha olhos pro esporte, até pegava uma ou outra, mas sem namorar sério, já eu só tinha conseguido perder o BV e a virgindade por causa do meu amigo, as meninas vinham ficar com ele e sempre traziam uma amiga pra mim, foi numa dessas que perdi minha virgindade na situação mais estranha da minha vida, foi terrível tanto que só fiz uma vez e não quis mais saber de sexo.

Já tinha me questionado se não era o caso de ser gay, mas não queria transar nem com caras, estava de boas vivendo minha vida sem querer ficar ou namorar ninguém, passava bastante tempo com Téo ou jogando, quando não estava estudando então minha vida era meio que corrida, como meu melhor amigo era atleta, ele não bebia e nem curtia muito ir em festas, logo por consequência também não saiu muito e não bebia também.

A academia era bem legal, tinha musculação em baixo e as lutas em cima, além do Judô eles davam aula de outras artes marciais também, as aulas de judô era a noite de oito às dez para quem já praticava a mais tempo e até nove horas para os iniciantes, a primeira hora era de alongamentos e treinamentos, a segunda hora era para lutar, onde eles aplicavam na prática o que aprendiam, Téo era praticamente invencível no tatame, mas não deixava isso subir à cabeça, era um cara muito humilde e paciente na hora de ensinar os outros, sem dúvidas ele era um excelente professor.

— Então Téo vai me ensinar o que primeiro? — Comecei a me empolgar no lugar

— Desculpa Beto, mas não vou poder te orientar, tenho que treinar com os caras mais graduados porque cai ter competição no final do mês.

— Como assim, quem vai me ensinar então?

— O Sensei tá vindo aí ele vai te passar o treino inicial, relaxa ele é gente boa.

Otávio era o professor mais graduado da academia, fora Judô ele sabia várias outras artes marciais, era campeão de mundial e tudo, o cara era zica, ele juntou os novatos em um canto, junto a mim tinham mais três pessoas sem kimono, uma menina e dois caras, o primeiro passo foi ensinar a cair, achei irônico já que a intenção do judô era derrubar, mas tudo bem, cair sem se machucar me pareceu uma boa ideia.

Otávio nós mostrava e depois nos mandava fazer, descobri que existem muitas maneiras de cair, tenho que dar o braço a torcer e dizer que a primeira aula tinha sido interessante, tanto que estava certo que voltaria, na volta pra casa tive que voltar escutando o sabichão do meu amigo falar que ele tinha razão.

— Passei uma hora te esperando, então melhor calar a boca, Teo. — Fingi está zangado.

— A garota nova não tirava os olhos de você. — Disse passando o braço no meu pescoço.

— Fala sério, tanto homem lá ela ia olhar pra mim. — Minha alta estima praticamente não existia.

— Fala sério cara você se põem muito pra baixo.

— Ah Téo, não quero saber de ficar com ninguém não, agora sou um atleta como você. — Ele explodiu em gargalhadas.

— Você é uma figura Beto.

No outro dia lembrei porque odiava fazer exercícios, meu corpo estava todo quebrado, meu amigo me zuou me chamando de sedentário, já que para ele meu treino tinha sido super leve, xinguei ele e fomos pra aula, na escola ele também era mais popular que eu, acho até que muitos dos nossos amigos só falavam comigo por causa dele,as nem ligava para isso, passava mais tempo jogando no celular do que dando ouvidos para as conversas nas nossas rodas de amigos, Téo dizia pra mim ser mais sociável, porém ignorava suas reclamações.

A noite fomos pra o treino, ele praticamente me colocou no ombro pra me levar, mas fui não tinha o que fazer, se dissesse que não tinha gostado estaria mentindo, descobri no segundo dia de treino que se trata muito de repetições então continuamos com as quedas, mas agora já estava caindo de boas sem me machucar, Otávio até me elogiou por aprender rápido, tanto que antes do treino acabar ele me chamou.

— Beto, você pelo jeito aprende rápido, então vou te colocar para aprender algumas técnicas de solo básicas, Matheus vem aqui. — Nunca fui de reparar em cara, mas não dava para não dizer que Matheus não era gato, o cara moreno, com kimono azul aberto dando para ver seu corpo, ele era quase da minha altura, um sorriso muito largo e olhos castanhos claros bem chamativos, fiquei meio constrangido, mas disfarcei, o sensei disse a ele o que queria que ele me ensinasse e saiu.

— Você é amigo do Téo, né? — Perguntou para puxar assunto.

— Sou sim, me chamo Roberto, mas todo mundo me chama de Beto.

— Sou Matheus mano e aí bora lá, vou te ensinar o golpe e como sair dele tranquilo?

— Sim, sou todo seu, que dizer, sou todo ouvidos. — Fiquei muito nervoso com meu vacilo, mas ele apenas sorriu e levou na esportiva.

Matheus se ajoelhou e me pediu para fazer o mesmo, no judo sempre temos que comprimentar nossos superiores em forma de respeito e também quando vamos lutar mesmo que seja só treino, ele me ensinou o comprimento quando estamos na luta de solo ou chão se preferir, depois disso fui pego totalmente desprevenido quando ele deitou no tatame de peito para cima olhou para mim e disse “monta” juro que meu coração errou uma batida fácil, como assim aquele cara bonito e de kimono que o deixava ainda mais bonito estava me pedindo para subir em cima dele, ele vendo meu constrangimento apenas riu e repetiu seu comando.

— Monta, vou te ensinar a sair quando alguém estiver em cima de você, aprendendo isso você sai de vários golpes quase da mesma forma.

Obedeci, foi muito constrangedor montar nele fiz o possível para que minha bunda ficasse em cima do abdômen dele é bem longo do pau dele, Matheus tinha muita paciência, e como disse aprendia rápido, mas a cada golpe que ele me ensinava ficávamos em uma posição que dificultava meu raciocínio, como na primeiro em que ele me ensinou, nossos rosto ficava relativamente próximos, e nem vou falar da sensação que me deu ficar agarrado bolando no chão com ele, era algo novo para mim e fiz o possível para me concentrar apenas no treino e não nos braços fortes ou no seu peitoral duro.

Acredito que a pior parte foi que Matheus era muito cheiroso, como podia um homem suado como ele estava ter um odor tão maravilhoso, ele tinha cheiro de homem, não sei explicar, só sei que até seu kimono era perfumado, nem o Téo tinha aquele cheiro todo treinando e olha que o Téo sempre foi limpinho.

Quando o treino acabou, nos comprimentamos e sai do tatame, tinha que esperar pelo Téo, mas agora não consegui observa apenas meu amigo, de vez em quando meus olhos me traem e iam direto para Matheus, o cara era bom, rapido e forte, só quando ele estava lutando foi que percebi que ele era faixa marrom, que até onde sei era a penúltima, logo depois dela vinha preta, meu amigo até já havia tentado me explicar como esse lance de faixa funcionava, mas não entendi, só sabia o básico que, eu era branca já que tinha acabado de começar e a última era preta com listras vermelhas, mas essa ai nem sonhava em ter, sabia que não conseguiria ir tão longe assim.

Cada vez que ele arrumava sua faixa abria o kimono e dava para ver seu peito, percebi que ele tinha uma tatuagem na peito, achei que fosse de algum anime, mas não deu para ver direito, sabia que ele já treinava aqui a bastante tempo, mas nunca tinha reparado muito nele, quando o treino acabou meu amigo foi se trocar no vestiário e fui esperar ele la fora, depois de um tempo vi Matheus saindo primeiro, ele me comprimentou.

— Cara você nunca treinou antes?

— Não, é a primeira vez. — Respondi timidamente.

— Pois olha você tem talento, pega as coisas rápido, se continuar assim logo vai poder fazer ezame para azul.

— Azul? — Fiquei confuso.

— É a segunda faixa. — Ele ri e antes que fale mais algumas coisa somos interrompidos.

— Vamos amor. — Uma garota loira brotou agarrando o braço dele.

— Amanda esse é o Beto, ele está treinando aqui agora. — Me apresentou para ele. — Beto, essa é Amanda.

— Namorada dele. — Ela se apressou em dizer, mais percebi que ele pareceu incomodado pela forma que ela falou.

— A gente se vê amanhã Beto, falou. — Fizemos um comprimento de soquinho e ele se foi com Amanda colada nele.

Téo saiu logo em seguida e fomos para casa, no meu quarto Matheus passou a ocupar boa parte dos meus pensamentos, era estranho nunca havia olhado para outro cara dessa forma, não teve como evitar pensar no nosso treino, no seu perfume, no seu sorriso, na sua pegada me imobilizando, isso foi mexendo comigo e quando vi meu pau estava duro e babando, fiquei muito confuso com aquela reação, preferi tomar um banho frio para ver se esquecia, mas no chuveiro foi se intensificando, quanto mais pensava em esquecer o treino mais pensava nele, não deu outro, peguei me celular e procurei ele no insta torcendo para que o insta dele fosse aberto.

— Droga! — Praguejar quando vi que estava fechado.

Minha mão tremia, mas fui corajoso e enviei a solicitação para seguir o perfil dele, não demorou recebo uma notificação do instagram, ele me aceitou e me seguiu de volta, caralho, estava muito nervoso, parecia até que estava fazendo algo errado, comecei a stalkear ele, vendo suas fotos na academia, com a família, descobri que ele tinha uma filhinha de dois anos, parece que ele foi pai com quinze se minhas contas estavam certas, de alguma forma saber que a atual dele não era a mãe me deu um certo alívio, estava vendo suas fotos mais teve uma me prendeu, Matheus estava de sunga na piscina, uma sunga vermelha, minha respiração foi ficando cada vez mais pesada, sua mala era bem chamativa, além da tatuagem no peito ele tinha um dos braços fechados de tatuagem, o sorriso dele, sua pele morena, aquilo foi me deixando completamente louco de tesão, nunca tinha sentido algo assim antes ainda mais por um cara.

não conseguia sair dessa foto, fui levando a mão até meu pau e senti que um banho não iria resolver, me certifiquei que a porta do meu quarto estava trancada, tirei minha bermuda, comecei a me tocar de leve, meus olhos ficaram presos em seu volume, me perguntava como deveria ser seu pau, minha boca ficou seca, meu coração acelerou e não aguentei por muito tempo, gozei bastante, logo que meu gozo saiu me veio o arrependimento, não podia pensar assim e ainda mais de alguém que conhecia, fiquei com vergonha e resolvi largar o celular, fui tomar banho e comer algo para me acalmar, porém quando voltei pro quarto e peguei o celular para uma última olhada vi que tinha curtido a foto dele de cueca sem querer, meu coração quase saiu pela boca, retirei a curtida bem rápido e orei a todos os santos para que ele não tivesse visto a notificação de curtir, aquele noite foi difícil pregar o olho de ansiedade, se ele tivesse visto o que pensaria, já que nem as fotos da Sofia – Filha extremamente fofa dele — eu tinha curtido, ainda pensei em sair curtindo varias fotos, mas ai imaginei que seria pior, pois uma vez Téo havia me dito que era uma forma de demonstrar interesse pelas meninas era curtindo algumas fotos e reagindo nos storys, resolvi dormir e torcer para que ele não tivesse visto, por que caso contrário não sei se ainda teria coragem de ir treinar lá.

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Comentários

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Rafinha maravilhoso, tô amando esse início.

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Paulinho, dando uma dica, o Rafa reescreveu a história e recomeçou com outro título! Hehe

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Caraaaalhoooo que início foda demais!! Eu aqui babando me imaginando no lugar do Beto com um carinha que conheci que pratica judô 😈😈😈

Você manda muito bem Rafa

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Menino, tem um judoca já no teu radar... Num escapa nada! Pqp. A concorrência é muito grande, viu? Quando eu tô criando coragem, vem mais essa 🤪

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Ihh, a fila já andou pro judoca!

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Olha aí, sumido hein! Quer dizer que na natação rola mais pegação é? Achei que fosse menos intenso viu 😉

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Seu safadinho 😈

Esperando um conto seu ainda 😉

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Adoro seus contos! Já algum tempo eu acompanho e os acho demais... Me chama atenção pois sempre tem um viés "adolescente" e de descoberta, me vejo nele justamente por que nunca vivi tal coisa, mas sempre idealizei... Parabéns pelos contos, são bem escritos, envolventes e deliciosos. Ansioso pela continuação.

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