Diabos! - Usada e Abusada

Um conto erótico de Bayoux
Categoria: Heterossexual
Contém 2229 palavras
Data: 22/06/2023 10:19:37

Eu era irremediavelmente linda, loira de cabelos cacheados e fartos, alta na medida certa, uns peitos espetaculares de aréolas grandes e rosadas, uma bucetinha depilada de lábios finos e toda bonitinha, uma mulher de parar o trânsito.

Meu rosto bem tratado de zero rugas e meus olhos azuis de cílios longos emoldurando um nariz cirurgicamente moldado denotavam que eu era chique, rica e encantadora. Essa era minha nova aparência nesta nova fase e, sinceramente, eu me comeria muito se fosse para algum motel comigo mesma.

Ele era alto, moreno, forte e tinha um sorriso lindo de ator de cinema. Seus cabelos bem cortados e as tatuagens distribuídas ao longo do tórax, desde as costelas até seu peitoral imenso e envolvendo tudo ao redor de uns dos braços, bem poderiam pertencer a um jogador de futebol famoso e milionário, daqueles que qualquer mulher mataria para comer.

O fato é que eu também comeria muito ele e, inclusive, a estação de trabalho em que nos encontrávamos parecia a suíte presidencial de um motel - sim, os motéis possuem suites presidenciais, mas eles dão outros nomes segundo o tema do estabelecimento.

Mais uma vez, as regras do inferno para que eu pudesse passar de fase não eram claras e nem havia maiores explicações.

O que será que nos aguardava? Eu deveria fazer ele gozar ou somente me dedicar a ter o maior orgasmo da minha morte? Seria ele mais um recruta como eu, ou mais uma das diabas padrão vestindo este uniforme tesudo de macho alfa?

Pensando bem, era melhor nem tentar adivinhar: o setor de luxúria do inferno vivia disso, de criar expectativas para depois te foder - ou fazer você foder alguém.

Eu já nem me incomodava com a minha ambiguidade sexual, já havia vestido uniformes dos mais diversos, tanto masculinos como femininos, já havia chupado rola e buceta, bem como tinha comido e sido comida de muitas maneiras.

Isso fazia parte do treinamento de capeta do setor, você necessitava aprender a se adaptar e estar pronta para o que desse e viesse - principalmente para o que “desse”, pois, como eu havia sido homem durante a vida, me custava um pouco mais essa parte de “dar”.

Contudo, depois de ser uma putinha de trinta reais que aguentava diariamente um bando de Tony Vamos chorando por conta de suas desilusões amorosas e de encarnar uma versão maléfica da Kymmi Karalhashian que comia suas próprias irmãs numa suruba lésbica, eu me sentia pronta para agasalhar qualquer rola, ainda mais com aquela buceta linda do uniforme de loira poderosa que eu estava vestindo.

Sim, aquela não era qualquer buceta, parecia mais uma máquina desenhada para dar prazer de tão sensual e tentadora - e olha que, depois da vida de luxúria que eu levei, de buceta eu entendia um montão!

Nem bem nos aproximamos, aquele homão me pegou com suas mãos fortes e me puxou contra seu peito, me segurou pela nuca na base dos cabelos e a essa altura minhas pernas já tremiam de tesão: dava para perceber que ele tinha pegada e que seria uma trepada daquelas de deixar você arriada na cama sem saber a placa do caminhão que te atropelou.

Era um tanto estranho estar do outro lado, eu havia feito isso inúmeras vezes na vida, mas sempre como o assassino, nunca como a vítima.

Minhas últimas incertezas se dissiparam quando ele me beijou a boca, seu hálito refrescante e sua língua grossa se enroscando na minha, sua barba do dia anterior roçando minha face, seus lábios carnudos contra os meus, seus braços musculosos agora me envolvendo inteira e suas mãos subindo desde minhas contra-coxas até a minha bundinha bem tratada de mulher fina, enfim, minha bucetinha começou a ficar toda molhada já naquele beijo.

Tudo bem, eu pensei, se é para dar a buceta, melhor que seja com um cara assim, carinhoso e teusudo.

Uma música suave saia pelos auto-falantes no teto e me sentia envolvida com tudo aquilo, eu já nem pensava no inferno, nem na prova, não me importava se a questão fosse dar ou receber prazer, eu só desejava ter aquele homem sobre meu ventre, beijando meus seios, lambendo meu grelo, me penetrando, me possuindo, me fazendo sua mulher.

Sabem, nessa hora creio que senti algo diferente, era tudo tão perfeito, sei lá, me envolvi e deixei-me levar ao sabor do deleite, esse homem fantástico estava ali só para mim, para ser meu, para me dar algo que eu nunca havia tido enquanto viva.

Eu desci uma das mãos e acariciei seu pau, era um pouco grande além da média, estava duro e a cabeça era um pouquinho rombuda, com umas cinco polegadas de diâmetro, devia ser gostoso foder com ele, uma ferramenta perfeitamente desenhada para o orgasmo, assim como minha bucetinha.

Eu não sei o que o inferno pretendia, mas nós dois formávamos o par perfeito e nosso sexo não porderia ser difrente. Totalmente entregue ao momento, sussurrei em seus ouvidos: “Meu amor, me possua, eu preciso de você dentro de mim…”

Me apertando forte contra seu corpo másculo, ele beijou meu pescoço, veio deslizando a língua da base até embaixo do maxilar, aproximou aquela boca sensualmente do meu ouvido, deu uma mordidinha no lóbulo da orelha que me deixou ainda mais desarmada e sussurrou com uma voz rouca e deliciosa: “Calminha, sua piranha, que hoje tu vai levar rola no toba até fazer os olhos saltarem dessa tua cara de puta!”

Dito isso, me girou deixando-me de costas para ele, enlaçou os meus braços por trás e puxou o meu cabelo até fazer meu queixo ficar apontando para o teto e foi me levando à força até a cama do quarto.

Caralho caralhudo, o inferno novamente havia aprontando das suas, eu fui da paixão ao desespero em meio segundo, aquele safado era um lobo em pele de cordeiro e queria currar o meu furico, nada mais, nada de amor ou sensualidade, ele queria só foder o meu cú e depois ma largar abandonada!

Mardita merda de inferno!

Eu ainda esbocei uma reação quando ele me jogou na cama, fui tentando escapulir, mas ele agarrou um dos meus pés e me puxou de volta, rindo ante minha fragilidade e impotência.

Ele me girou de novo e me deixou de barriga para baixo, eu quis engatinhar para o outro lado da cama, mas o crápula me agarrou pela cintura, dizendo: “Ah, a putinha gosta de levar rola de quatro, é? Peraí que eu vou ajudar, hoje tu vai ficar com o cú frouxo do tanto que eu vou foder!”

Por Satanás, o cara ia me currar e eu não tinha para onde fugir! Comecei a me debater violentamente na cama, tentando evitar o inevitável, mas ele me reteve com uma mão na minha cintura e outra agarrando meus cabelos como se fosse a crina de uma égua.

Empurrou minha cabeça contra o colchão deixando a minha bunda arrebitada para o alto, acertou uma cusparada em cheio no olho do meu cuzinho e… Crau!

Veio metendo aquela jeba em mim, bem lá onde a cusparada acertou, sem dó nem piedade, sem alargar antes com o dedo nem lubrificar além da saliva!

Olha, eu confesso, já comi muito furico na vida - e na morte também, inclusive o de uma sósia da Gisela Bucetchen. Também já dei e levei umas dedadas lá atrás, como da vez em que fiz a suruba lésbica com as sósias das irmãs Karalhashian.

Mas nenhuma dessas vezes, estivesse eu comendo ou sendo comido, eu nunquinha havia dado o rabo. Ser enrabada mexe com a gente, sabe, algo se quebra lá no fundo do ser - e da retaguarda também! Eu me senti suja, usada, rasgada.

A dor de levar uma trolha grandona quase a seco na raba era lancinante, o cara pisava na minha cara e bombava com tudo no meu furiquinho virgem, a rosquinha queimava e ardia parecendo que ia atear fogo na próxima estocada e o homem só ali, me pilando o cuzinho, sem delicadeza nem piedade do meu corpinho tão perfeito.

Quando eu não consegui mais reagir, desabei de bruços na cama e senti um alívio enorme quando o pau dele escapou de dentro do meu cuzinho. Isso durou dois segundos, até o macho deitar por cima de mim abrindo minhas pernas e se colocando entre minhas nádegas, para então voltar a fustigar meu furico com a coisona quente dele.

A cabeça rombuda do pau fazia um estrago, principalmente quando entrava e saia da portinha, parecia que estavam enfiando um martelo elétrico no meu rabinho comigo achatada sobre a cama. Daí ele inclinou o tronco para trás, agarrou meu cabelo pela franja e acelerou ainda mais as marteladas no meu cuzinho, até gozar uma quantidade de porra viscosa e quente lá dentro da minha bunda.

Ainda me segurando pelos cabelos, puxou minha cara em direção à pica ainda tesa e me fez chupar a melequeira toda, dizendo: “Vai puta, chupa essa rola, sente o gosto do teu cuzão, safada!”

Quando ele saiu da estação de trabalho, eu estava fora do ar, o cú me ardia e eu sequer consegui levantar da cama até o final da tarde, quando me dirigi ao alojamento andando toda torta. Passei a noite acordada, em posição fetal e chupando o dedão, sem conseguir esquecer o que me acontecera.

O pior de tudo era saber que, como eu não havia passado de fase, muito provavelmente tudo aquilo se repetiria, uma e outra vez, todos os dias, até eu conseguir entender o que tinha de fazer para vencer o desafio e escapar daquele crápula arrombador de furicos.

O inferno era muito escroto, eu tinha um corpinho lindo e tesudo, mas seria dilacerada diariamente por aquele jogador de futebol canalha - pensando bem, a morte no inferno até que se parecia com a vida na terra, não é?

No dia seguinte, recebi um uniforme novo. Não, eu não seria outra pessoa hoje, o uniforme era idêntico ao da loira do dia anterior. Haviam trocado simplesmente porque o furico havia ficado tão rasgado pela surra de pica aplicada pelo cara em mim, que aquela pele ficou inutilizada.

Quando entrei na estação de trabalho, ele já estava lá, esperando para me foder novamente. Dessa vez me comeu inclinada contra a parede do quarto, batendo na minha bunda e beliscando meus peitos, me chamando de cadela enquanto torava sem dó o meu cuzinho.

Mais de cem dias e cem enrabadas à força depois, minha alma já estava até meio apagadinha. O cara havia me comido no furico de todas as maneiras descritas no kama-sutra e ainda inventara uma quantidade enorme de outras posições, sempre me batendo, me xingando e arrebentando meu anelzinho.

Já nem trocavam mais meus uniformes e eu parecia uma puta de beira de estrada quando me vestia pela manhã: toda desarrumada e arregaçada. Mardita merda, eu precisava reagir ou seria enrabada por toda a eternidade.

Ok, ser enrabada é uma coisa, mas aquilo ali era demais, o cara era tarado por cú e abusava além da conta, até minha alma etérea e luminosa me doía no traseiro de tanta rola que eu tomei pela retaguarda.

Eu precisava de um tempo para me recuperar, mesmo que fosse um diazinho sem tomar no cú, já seria um adianto para restabelecer meu orgulho e pensar mais claramente.

Foi algo meio instintivo, sei lá, eu não planejei nada daquilo. Naquele dia, tentando ganhar algum tempo, antes do cara começar a tortura anal, eu dei um sorrisinho sedutor e pedi para chupar a benga primeiro.

Não sei o que deu em mim, mas enquanto eu tinha a pirocona na boca, a raiva de saber tudo o que ele faria comigo em seguida foi maior que eu mesma. Instintivamente, cravei meus dentes grandes, brancos e bem cuidados naquela rola, bem quando estava cutucando minha garganta.

O cara urrou de dor, me deu vários tapas na cara e tentou tirar a carne presa aos meus dentes, mas eu não soltei e em vez disso apertei com mais e mais força. Sinceramente, eu seria capaz de arrancar a mordida aquela pica só para o cara não comer o cú de novo.

Eu começava a sentir o sabor metálico do sangue já escorrendo pelos meus lábios, quando algo inédito aconteceu: ele gozou.

Não estou falando das gozadas usuais que ele dava no meu furico todos os dias, não mesmo, isso era diferente, o cara se tremia todo e chorava ao mesmo tempo, parecia um menino fazendo birra, dizendo: "Não vale, assim não vale, ai meu pau! Eu quero a mamãe!"

Já repararam que, lá no fundo, os homens e os diabos sempre recorrem às mães na hora do pega para capar? Aliás, “pega para capar” é uma expressão bem apropriada para descrever aquele momento.

Eu parecia um animal selvagem e iria terminar arrancando mesmo aquela rola com os dentes, sem sombra de dúvida, se duas diabas morenaças padrão não houvessem entrado correndo na sala e intercedido.

Uma delas me agarrou pelos braços e a outra pressionou minha mandíbula até me fazer largar o pinto. O canalha arrombador de furicos caiu no chão se debulhando em lágrimas segurando o pau semi-decepado, enquanto uma das diabas morenaças padrão tentava me acalmar.

“Calma! Calma! Está tudo bem, já acabou! Você passou de fase, tá legal?” - eu ouvi uma delas dizer, para meu alívio.

Nota: Confira os capítulos ilustrados da “Saga Diabos!” em mrbayoux.wordpress.com

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Comentários

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Olá Bayoux! Eu não vi graça nesse capítulo, muito pelo contrário, você trouxe um assunto mais do que necessário, a violência contra a mulher, que virou uma epidemia no nosso país, estupros, assedio sexual, no trabalho, no transporte público, nas baladas, enfim, a violência contra a mulher, a tortura, a violência psicológica, e o feminicidio. É bom encontrar um texto dentro de um site de contos eroticos que traz a tona, mesmo de forma que pode soar para alguns cômica, mas numa leitura que ultrapasse a fantasia erótica, eu vejo uma critica, a sociedade, ao comportamento de individuos que estão sendo denunciados, escancarados pela mídia, jogadores de futebol condenados por estupro, presos pelo mesmo crime, como também milionários com comportamentos de psicopata que se acham intocáveis. Não dá mais para a sociedade, mulheres e homens, aceitar esses comportamentos criminosos e bestiais. Para esses indivíduos, o rigor da lei e a hospitalidade dos presídios brasileiros.

Consentimento sempre, não importa qual fantasia se quer realizar.

Um Abraço.

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Sabe Morfeis, eu iria até um pouco mais além. A comicidade está no fato de que ali está um homem vivendo essa situação como uma mulher. Nesse ponto “vestir a pele” do outro e passar pelo que o outro passa, seja em termos de cor, etnia,sexo, gênero, religião e até mesmo política… Enfim, nunca precisamos tanto disso como agora. Realmente, não foi intencional tratar disso quando escrevi o conto, mas fiquei feliz que vc tenha levantado essa bola!!

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Baioux que confusão dos diabos. Rsrsrs com trocadilhos. Muito bom humor nesse conto -acho que é tua marca registrada - como sempre você vem surpreendendo e inovando em teus relatos. Um prazer te ler.

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Obrigado Treinadorsex! Sabe, às vezes eu até tento escrever textos mais sóbrios, mas quando vejo já descambei para o humor, hahaha

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